Uso passivo de maconha cria brecha na lei, diz chefe antidoping
Por Ossian Shine
LONDRES (Reuters) - Comprovar o uso intencional de maconha será um grande problema nas disputas judiciais sobre doping, afirmou o chefe da agência britânica antidoping nesta segunda-feira.
Falando três dias depois que o velocista britânico Mark Lewis-Francis recebeu uma advertência, mas não uma suspensão, por ter um exame positivo para a droga, John Scott disse que a questão do uso intencional ou passivo seria "o paraíso dos advogados".
Lewis-Francis, que participou do revezamento 4x100 metros da Grã-Bretanha medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas, escapou de uma suspensão de dois anos afirmando que inalou a droga passivamente, e não de forma intencional.
"Minha única explicação é que estive na presença de pessoas que estavam fumando maconha", disse o velocista, que teve cassada sua medalha de prata conquistada nos 60 metros do Campeonato Europeu Indoor, em Madri, em março, quando teve exame positivo.
Quando questionado sobre a controversa decisão, Scott disse: "Nosso entendimento é que não há nenhum dado científico. São tantas variáveis que não há como precisar. Mas é cientificamente provado que a inalação passiva pode resultar num exame positivo -- isso é certo."
"Há muita discussão científicas quanto ao nível, porque existem muitas variáveis -- o tamanho do quarto, se tinha ou não ar condicionado, se a janela estava aberta ou não."
"São tantas variantes que isso pode se tornar o paraíso dos advogados para jogar com alguma delas."
fonte: http://newsbox.msn.com.br/article.aspx?as=...c=0&ml=ma&lc=pt