Galera,
O problema de não debater o recreativo conjuntamente às questões medicinais, no meu ver, são 2: (i) possibilidade de se fazer como em alguns estados dos EUA, que de tão limitadas e detalhadas as doenças, acaba sendo realmente difícil conseguir, mesmo para quem precisa, como no caso de "dores em geral". Não me lembro o Estado agora, que tirou a possibilidade de prescrição no caso de dores e insônia, com alegação que existem remédios melhores. Aí talvez possa ficar restrito para câncer, HIV, esclerose múltipla, dravet, etc. O que seria muito ruim... Claro que se for no esquema califórnia, seria praticamente a mesma coisa que legalizar o recreativo, como todos sabemos... (ii) o número de usuários que hoje sofrem pela "falta de remédio" certamente é grande, mas o problema criminal e prisional e o nosso grande problema mora na discussão do recreativo e não do medicinal...
Acho que um grande medo daqueles que são contra o recreativo, é que você vá acender um beck num restaurante ou andando na rua. O Cristóvam mesmo mandou essa. E acredito que esse não seja nosso ponto. Entendo que uma democracia (diferente do que vem dizendo o Cristóvam - espero que seja estratégia para o debate) não é a vontade da maioria, mas o respeito às minorias. Demo = todos, que é diferente de maioria, certo?
Enfim, acho que o certo é atacar pesado por todos os lados e todos os aspectos.
Outro fator importante é a questão das tecnologias que são tão importantes quanto, com relação à biocombustíveis e energia, novas substâncias para fins estéticos, as muitas utilizações comerciais do óleo das sementes, as sementes como alimento, enfim. Cannabis é muito mais que a "nova penicilina". Pode ser o novo eucalipto, a nova cana, o novo petróleo, etc, etc, etc...
Abraços!