Denius
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Caro Bong, escolhi voce pois vc declarou que é mestrando em agronomia e tambem falou sobre pesquisadores, achei que possuia algum tipo de conhecimento sobre o assunto, de qualquer forma agradeço. Essa edição da Ciencia Hoje eu já baixei da internet é o vol 31 no. 181 correto? O meu interesse sobre o assunto é a minha defesa sobre o flagrante que comentei nos primeiros posts, não sei se você viu... Caso você ou qualquer outra pessoa disponha de material científico sobre o assunto estou aceitando contribuições....
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Mr. Bong, a pesquisa cientifica sobre a maconha é muito importante para a sociedade entender melhor os seus efeitos. A lei antidrogas remete a uma portaria do ministério da saude que classifica a maconha entre as drogas entorpecentes junto com todas essas outras que no meu entender não deveriam ter a mesma classificação. Sempre achei que a maconha deveria ter uma classificação igual a do alcool, ou seja uma droga recreativa, voce sabe se existe algum estudo cientifico nessa direção?
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Bud, interessante essas informações, não sabia que nos EUA tinha isso. Talvez em cidades pequenas seja mais tranquilo mesmo, mas a experiencia que eu tive em Amsterdam foi essa que eu falei, depois comentando com outras pessoas tiveram a mesma impressão: socialmente, escancarar não é um coisa bem vista. O fato de ser uma cidade grande, movimentada, onde as pessoas estão trabalhando e não de férias fica esquisito esses tipo de escancaro, pra fumar maconha tem o lugar certo, dentro de casa, dentro do coffeshop, nem todo mundo é obrigado a conviver com a maconha. Acho que o que tem de comum nas nossas opiniões é que tem que ter os dois: controle e educação. Aliado a isso uma regulamentação e procedimentos mais positivos, pois o que eu percebi é que os profissionais da polícia e o juiz que me negou a liberdade estão preparados para tratar com os seres nocivos à sociedade, mas com pessoas que não são nocivas não estão. Acabam colocando todo mundo no mesmo saco. Esse é um trecho do diário que eu escrevi lá dentro após me dar conta que eu estava tendo contato com pessoas que nunca tivera na vida: "Fiquei pensando que se eu quisesse entrar para a escola do crime tinha acabado de receber a minha primeira aula, poderia tirar outras lições desse assunto daí em diante. Com a ajuda de um juiz e de um delegado vim parar na porta da faculdade do crime, ironias da vida... Mas eu não quis entrar, não posso dizer o mesmo de outros que passaram pela mesma situação, sempre ganhei a vida com a minha criatividade, e aqui eu estou aprendendo a utilizá-la de uma outra maneira: contaminar o ambiente com a força do bem, resolvi focar nisso e parti para o ataque." Gostaria de lembrar que na História um caso bem clássico do que a proibição pura e simples causa: Nos anos 30 nos Estados Unidos foi criada a tal da lei seca, ou seja, bebidas alcoólicas eram crime, bem parecido como o nosso momento. Foi essa lei que possibilitou o surgimento, através da viabilização econômica, da máfia americana, o Al Capone é o produto mais conhecido desse tipo de política inconsequente para a sociedade. Acho que as pessoas que propõem isso deveriam fazer um estudo mais histórico/científico e menos moralista, o que no meu entender acaba caindo no "achismo".
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Aí vc tocou no ponto, achei otima a sua colocação. tambem acho que tem que ser uma coisa controlada pelo estado, nada de poder economico envolvido, isso só fode com tudo. me disseram que na espanha voce pode plantar mas não pode comprar, pena fudida pra quem compra. acho essa ideia duca!
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èssa é uma otima ajuda, afinal sem um bom advogado a coisa fica dificil, o meu foi carissimo mas valeu a pena, acho até nisso eu tinha me preparado inconscientemente, estava com uma grana pra receber tudo se ajeitou. nao tive que recorrer a ninguem apesar de ter tido varias ofertas. acho que o principal é a estrutura emocional para suportar tudo. qualquer tipo de apoio é benvindo sejam em forma de grana, ou de palavras. acho que o primeiro é muito importante mas o segundo é fundamental. tudo se ajeita se cabeça estiver boa e tranquila, afinal os growers tem um poder: o poder da certeza de que não são criminosos de fato, plantam para fazer o bem, estão alguns anos a frente da sociedade. o que acontece é que sociedade não pode compreendê-los.
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Cara eu tentei viver no mundo que eu queria, mas vacilei, fiz isso sem sabedoria e rodei, se tivesse tido um pouco mais de cuidado talvez estivesse vivendo nesse mundo até hoje.... mal sei o que devo fazer quanto mais o que os outros devem fazer, mas acho que quando a gente tem atitudes positivas a vida fica bem melhor, ficar reclamando praguejando, achando o mundo ao redor uma bosta, a nossa vida acaba se tornando uma bosta, porque a gente acaba se contaminando com ela, ficar evidenciando isso para nós mesmos é uma maneira de aumentar o poder da bosta, mas se a gente tiver consciencia da bosta sem se deixar se contaminar estaremos contribuindo para que o nosso mundo fique melhor, e se o nosso mundo ficar melhor já estaremos fazendo uma coisa muito boa, estaremos contribuindo para equilibrar um pouco mais esse mundo cheio de barbaridades. o que importa nesse mundo é estarmos bem conosco mesmo, com as nossas escolhas. assim se caminha para frente. essa frase que escrevi eu ouvi numa palestra sobre permacultura, era a isso que eu estava me referindo, não sei se você ouviu falar sobre permacultura. o cara propõe um novo tipo de sociedade, uma nova cultura em que poderemos viver permanentemente sobre a terra, sem o risco de catástrofes ambientais, total mente sustentável. a permacultura já tá rolando, aqui, nos EUA, na australia, em muitos lugares, mas não tem nada a ver com a maconha, apenas é um novo paradigma para a sociedade. eu acredito nessa sociedade e acho que a maconha dentro dessa sociedade é apenas um detalhe, uma coisa para alguns que curtem. nem todo mundo curte. mas todo mundo que quer viver essa sociedade pode, é só começar. é só mudar sua atitude, eu acho que isso vale para tudo... toda vez que vou pra qualquer praia no brasil, o ambiente super a maconha, as vezes até mais do que a própria amsterdam, lá em amsterdam, nós brasileiros temos a ilusão de que é uma sociedade de maconheiros, mas tem pessoas olhando feio se você escancara no meio da rua, drogado não é bem visto por lá, tem sutilezas que nós não percebemos no primeiro instante... até aqui em brasília fumar um baseado nas superquadras é uma coisa normal, a gente vê direto, tem muito mais maconheiro do que policia. lógico que o povo não dá bandeira, eu mesmo passei vinte anos fumando maconha tranquilamente mais solto do que se estivesse em amsterdam, mas um dia eu vacilei.... não dá pra vacilar só isso, mas dá pra viver a vida numa boa, e eu acho que dá pra construir essa mudança, agora tem que ser uma mudança bem debatida, a maconha tem que ter um consumo responsável, na minha opinião não dá pra liberar geral e fazer a mesma coisa que o alcool, o alcool é podre, nao ter esse destaque que ele tem, não devia poder vender de manhã. Não é porque o poder economico fala mais alto com o alcool que a gente deve achar esse modelo idela. A vida em sociedade tem que ter regras senão descamba. Na minha opinião os maconheiros tem odireito de exigir o seu espaço na sociedade, mas como é esse espaço? Tem que debater...
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Sem saber o nome e onde está fica dificil. Os unicos apoios possiveis eu acho que são: visitar o cara no dia de visita, se for na carceragem da PCDF a visita é nas quartas pela manhã. Se puder contatar a família, fica mais fácil mandar umas cartas, esse apoio seria ótimo, levanta muito a moral. Não consigo pensar em mais nenhum...
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Cara infelizmente essa é a realidade, o importante é estar consciente dela para poder agir com sabedoria, mas de nada vale ficar se lamentando sobre isso. De nada adianta adianta ficar resistindo ao mundo que não queremos, melhor é viver o mundo que queremos! David Holgren
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Cara só indo pra ver... apesar de tudo eu acho que aqui ainda é o melhor lugar lugar do mundo pra se viver!
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Certeza, os caras são totalmente despreparados dá vontade de rir na cara deles mas é melhor não fazer isso pra não piorar as coisas hehe. Vou dizer uma coisa, se eu tivesse esse tipo de despreparo para lidar com as coisas da minha profissão eu tava fudido. Ouvi cada abobrinha que é melhor nem contar pois nem vale a pena... Acho que quem fuma tem que ter uma atitude mais positiva e agir para mudar essas coisas ao invés de ficar malhando e falando mal, isso não leva a nada. Tem muita gente que sociedade respeita que está no armário, quando houver um ambiente mais favoravel elas vão sair e isso é uma onda que não tem mais volta. Acho que o que tá precisando é de atitude! Mas atitude com sabedoria para não ter que ver o sol nascendo quadrado.
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Towelie obrigado pelos bons fluidos emanados ... eles são muito importantes! Olha eu acho que é denuncia de vizinho, afinal eu vacilei. A casa fica num condominio, o muro é alto para quem ve da rua mas dentro é baixo. elas cresceram um pouco acima dele e os olhares mais atentos perceberam o que era. achei que a sociedade estava mais evoluida mas me enganei. Pois bem quando cheguei em casa no fim do dia tinha um monte de policiais que me prenderam em flagrante e nesse caso não necessita de mandado judicial ele podem dar voz de prisão e ainda revistaram a casa toda, queriam achar outras drogas mas eu não curto outras drogas, depois viram que sou um cara da paz quando mostrei o meu trabalho pra eles, viram que tenho outras preocupações na vida, não sou um trafica. Deixei de comprar maconha justamente pra não alimentar mais o tráfico e a bandidagem. Tenho certeza que invadiram a minha casa e pegaram uma amostra para averiguar, deixaram rastros... sei até quando isso aconteceu e foi durante o dia, isso me permite tirar alguma conclusões mas eu pretendo ficar na minha pois não vale a pena eu perder mais o meu tempo com essa história. A pessoa que fez isso deve ter os seus motivos e eu não posso fazer nada quanto a isso... Da minha parte, fiz a minha autocrítica e tirei as minhas lições do fato, não tive sequelas e tudo já voltou ao normal igualzinho como era, com duas diferenças: que as pessoas que mais me importavam agora sabem de tudo nao preciso mais esconder nada, nem na empresa em que eu trabalho. A outra é que me tornei uma pessoa mais forte, mais segura e mais positiva, então to cagando pra vizinhança eles que percam o seu tempo cuidando da vida alheia!
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Bom pessoal, coloquei esse noticia aqui pra mostrar que a "Cruzada Nacional da Moral Contra a Maconha" está mais viva do que nunca. Eu mesmo fui vítima dela a pouco tempo, fiquei 5 dias em cana devido a 4 pés que plantei no quintal. Não tinha consciencia da existencia dessa cruzada em cana eu tive muito tempo para refletir sobre esse assunto. Quando saí li o a nova lei anti drogas que é bem melhor que a anterior e permitiu que eu pudesse sair da prisão pois meu advogado alegou o artigo 28 inciso primeiro que diz que o usuario que planta para consumo deve ter uma pena leve e portanto nao deve ir para a cadeia e sim ser ressocializado, ou seja ele deve se arrepender. Aconselho todos a lerem essa lei. Cada um vai tirar as suas conclusões e a suas interpretações, as minhas são: - A maconha é uma substância entorpecente proibida, utilizar é um crime, com pena leve mas um crime. Isso está definido no: Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1o desta Lei, até que seja atualizada a terminologia da lista mencionada no preceito, denominam-se drogas substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob controle especial, da Portaria SVS/MS no 344, de 12 de maio de 1998. Portanto para a maconha deixar de ser crime ela deve sair da portaria. Como fazer isso eu não sei, mas se houvessem cientistas que provassem que ela não esse bicho que a moral se acostumou a pintar, isso tudo ficaria mais fácil. Outra coisa é acabar com esse estigma negativo do maconheiro. Eu, você todos nós que fumamos maconha e somos perfeitamente integrados a sociedade, não lhe causando prejuízo deviamos sair do armário, não sei como. Eu particularmente parei de fumar ainda antes de ser preso, por motivos de saude, parei para poder checar se a maconha influi nesse problema e agora acho que isso tudo aconteceu para reforçar a minha decisão. - Quem enquadra é o delegado, no meu caso ele me enquadrou como traficante mesmo eu não tendo nenhum aparato que os traficantes costumam ter em casa e ele não ter nenhuma prova de que eu vendi, dei, ofereci ou fumei junto com outra pessoa. Sou um profissional liberal que trabalho o dia todo não tenho tempo para esse tipo de coisa mas isso ele não levou em consideração. Imagino que ele tenha feito um julgamento moral e resolvido me enquadrar por esse motivo. Ao procurar no dicionário o significado da palavra moral qual não foi a minha surpresa ao descobrir que moral é entre outras coisas o conjunto de regras, preceitos, etc. caracteristicos de determinado grupo social que os estabelece em determinada época, ou seja uma coisa totalmente subjetiva e da qual nós não fazemos parte. portanto fica dificil estar sujeito a essa moral que nos enquadra julga e condena a todo instante antes de realmente sermos julgados e condenados pela justiça, que é quem tem que fazer isso. Ao ser enquadrado no art. 33 - plantar para o trafico, fui preso sem direito a fiança e poderia ter ficado lá até 81 dias que é o prazo para se julgar os crimes hediondos. No meu caso como sou réu primário e consegui provar que tenho endereço fixo, tenho uma ocupação, sou um cidadão de bem, tenho emprego, rendimento etc, consegui ser solto para esperar o meu julgamento em liberdade. Agora a policia tem 90 dias para me investigar, acrescentar mais dados ao processo, pode pedir para grampear o meu telefone, a minha caixa postal, os meus acessos a internet e esse tipo de coisa, depois o processo vai para a justiça aí então vou ser julgado. Primeiramente o Ministério Público, através de um promotor, vai me acusar, nesse momento ele pode mudar a acusação já que já apresentei documentação pedindo isso para a minha liberdade provisória. O delegado é apenas o responsável pela prisão, no que ele me enquadra não necessariamente segue no processo. Para tudo isso, eles sequer me entrevistaram, não me ouviram, apenas o meu depoimento ao delega e outros documentos como depoimento de testemunhas escolhidas por eles, depoimento de policiais, laudos periciais com pouco rigor técnico, enfim, praticamente tudo feito com aquele julgamento moral que é peculiar a quem monta os processos, faz as perícias, da os depoimentos. Ainda bem que no depoimento eu fui bastante sincero e isso acabou me ajudando. O delegado queria que eu dissesse que eu era um dependente, velho procedimento utilizado pelos traficantes para serem enquadrados como usuários na lei antiga, eu fui firme e disse que era um usuário (grande Marcelo D2 me deu uma luz nessa hora). Na minha opinião eu era uma espécie de chocólotra só que com maconha, por tanto um maconhólotra. Após 20 anos de consumo eu aprendi os momentos certos de fumar e de não fumar, portanto não me considero um dependente porque o dependente precisa da substancia independente de qualquer coisa, no meu caso não, dos momentos que eu considerava possíveis de se fumar maconha eu fumava em todos.... Lógico que isso não era legal pois a maconha acaba lesando demais em certos momento, e nesses momentos eu não conseguia ficar sem o meu baseado. enfim, nem entrei nesse mérito com o delega apenas fui firme em que ele me classificasse como usuário e não dependente também por questão de orgulho. Depois ele foi falar com minha mulher dizendo que dependente é assim mesmo, não assume o que é... ou seja o meu depoimento e nada é a mesma coisa para quem já tem a sentença na manga. No depoimento eu tentei acabar um pouco com esse estigma negativo que os maconheiros carregam e isso foi importante, quis mostrar que sou um cara comum, que tem um trabalho e sou inserido na sociedade. E provei isso, pois é a verdade, tanto que estou respondendo em liberdade. Depois eu li o auto de indiciamento feito pelo delega que colocou que a evidencia de que eu era um trafi era um fumo prensado velho que eu tinha comprado antes da minha colheita, ele disse que eu prensei pra vender!!! Só que ele foi tão incompetente que não percebeu que o fumo que eu produzi era sem semente e o prensado era com semente, e o pior é que no laudo ta escrito que o fumo que eu produzi tem semente!!! Quanto despreparo, quanta falta de rigor técnico. Outra trapalhada do processo: pesaram os quatro pés que apreenderam, com tudo, caule, folhas, raízes e até o torrão de terra – tudo deu 1,8kg. De camarão não tinha nada, acho que a terra não era muito boa. Eles não sabem que caule, folhas, raízes e torram de terra não servem para o consumo, é de chorar!!!! - A nova lei na minha opiniao é muito melhor do que a anterior, ela não avança em nada para nós. Por outro lado ela abre espaço para uma evolução, nesse ponto o Lula e o Márcio thomaz Bastos mandaram super bem pois jogaram para a sociedade esse ônus sem se queimar com os moralistas e aprovaram a lei. vejam por exemplo: Art. 16. As instituições com atuação nas áreas da atenção à saúde e da assistência social que atendam usuários ou dependentes de drogas devem comunicar ao órgão competente do respectivo sistema municipal de saúde os casos atendidos e os óbitos ocorridos, preservando a identidade das pessoas, conforme orientações emanadas da União. (ela reconhece que o Estado não tem uma base de informação muito confiável e portanto está aberta para novas informações, fico pensando em uma) Art. 19. As atividades de prevenção do uso indevido de drogas devem observar os seguintes princípios e diretrizes: I - o reconhecimento do uso indevido de drogas como fator de interferência na qualidade de vida do indivíduo e na sua relação com a comunidade à qual pertence; (grande parte dos maconheiros não se enquadram já que são inseridos socialmente e tem qualidade de vida) II - a adoção de conceitos objetivos e de fundamentação científica como forma de orientar as ações dos serviços públicos comunitários e privados e de evitar preconceitos e estigmatização das pessoas e dos serviços que as atendam; (só tá faltando alguem fazer esses estudos cientificos, vamos lá quem se habilita??) III - o fortalecimento da autonomia e da responsabilidade individual em relação ao uso indevido de drogas; ( se a lei aponta para essa direção, então precisamos exigir essa autonomia e essa responsabilidade individual também para optar pelo consumo, quando pertinente) Art. 21. Constituem atividades de reinserção social do usuário ou do dependente de drogas e respectivos familiares, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas para sua integração ou reintegração em redes sociais. Art. 22. As atividades de atenção e as de reinserção social do usuário e do dependente de drogas e respectivos familiares devem observar os seguintes princípios e diretrizes: I - respeito ao usuário e ao dependente de drogas, independentemente de quaisquer condições, observados os direitos fundamentais da pessoa humana, os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde e da Política Nacional de Assistência Social; (mais uma vez o maconheiro não se enquadra pois já é inserido socialmente) - Quem define se plantio é para tráfico ou consumo é o juiz como definido no art.28 § 2o Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente. - O delega me disse que a competencia para julgar é do juiz mas eu não entendi porque ele não me enquadrou no 28 já que a lei preve no inciso 2 (alguem que entende mais poderia me dizer?): CAPÍTULO III DO PROCEDIMENTO PENAL Art. 48. O procedimento relativo aos processos por crimes definidos neste Título rege-se pelo disposto neste Capítulo, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do Código de Processo Penal e da Lei de Execução Penal. § 1o O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, salvo se houver concurso com os crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, será processado e julgado na forma dos arts. 60 e seguintes da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais. § 2o Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários. Pois bem agora estou no aguardo em saber o que o promotor vai fazer com o meu processo, estou torcendo para que venha o melhor e eu não tenha muito desgaste com essa parada toda. Na cadeia eu refleti muito sobre isso e cheguei a conclusão que fui tolo e insensato, plantei a maconha e ela acabou crescendo demais e passou a altura do muro e eu não fiz nada, deixei ela lá... não demorou muito para algum vizinho me denunciar... Não recomendo essa atitude para ninguem
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TRÁFICO Maconha cultivada em casa Homem plantava droga em estufa no Setor de Clubes Sul: sementes adquiridas na internet ________________________________________ Morillo Carvalho Da equipe do Correio Arquivo/Polícia Federal Guarda-roupas servia de estufa para comprador de sementes: prisão por tráfico, cultivo e importação A internet possibilita a compra de quase tudo. Celulares, roupas, aparelhos eletrônicos e livros são alguns exemplos. Basta ter um cartão de crédito e aguardar alguns dias: o produto chega em casa. Isso não é nenhuma novidade, já que a cada dia o comércio eletrônico ganha mais e mais adeptos. Mas agora os mecanismos tecnológicos que permitem não sair de casa para a aquisição de um bem também estão a serviço do crime. Além da pedofilia, que encontrou na rede uma forma de propagação e tornou-se alvo de investigações em todo o mundo, o tráfico internacional de drogas também se serve dos mesmos dispositivos cibernéticos: a pessoa escolhe a droga que quer consumir, paga com cartão de crédito e ela é entregue em casa. Uma ponta desse iceberg, que tornou-se alvo de investigações da Polícia Federal, apareceu ontem, em Brasília. Um homem de 30 anos, que mora em uma quitinete no Setor de Clubes Sul, foi preso em casa. Ele era um dos compradores de sementes de maconha pela internet. Efetuava o pagamento com cartão de crédito, como se faz com qualquer produto lícito, e a droga era entregue em casa. A oferta era feita num site que a PF acredita ser inglês, mas ainda não confirmou a origem. Sabe, apenas, que não é brasileiro. O nome do rapaz não foi divulgado para não atrapalhar as investigações. A compra e venda de drogas pela internet continuarão a ser alvo de ações da Polícia Federal. Tráfico internacional No momento em que os agentes da PF chegaram à casa do homem, uma surpresa: as sementes de maconha que ele comprava desde março deste ano eram plantadas ali mesmo, na quitinete dele. Além de servir-se da internet para comprar as sementes, ele usou a tecnologia para cultivar as plantas. Dentro do guarda-roupa, instalou uma verdadeira estufa, com sistema de iluminação artificial e um umidificador de ar que, ligado a alguns canos, garantiam a umidade necessária para o crescimento dos pés de maconha. Ele tinha oito vasos de plantas. Em quatro deles, elas já estavam crescendo: tinham de 30cm a 1m. Nos outros quatro, as sementes estavam em processo de germinação. Os agentes cumpriam mandado de busca e apreensão e o processo será julgado na 12ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, porque o caso em questão é de tráfico internacional. Quando fosse encontrado, ele seria autuado por tráfico e colaboração. Agora, por causa dos pés da planta cultivados em casa, ele foi autuado por tráfico, importação e cultivo e pode pegar de cinco a 15 anos de prisão. No ano passado, a Procuradoria da República no Paraná descobriu um site que ensinava o usuário a plantar maconha durante uma investigação. Em outubro, o Superior Tribunal de Justiça remeteu aos juízes paranaenses a competência de julgar o processo, mesmo que o criador do site não esteja no Brasil. O entendimento da Justiça foi que não importa onde foi gerada a página da internet, mas sim onde os efeitos do crime são sentidos.