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MaldororBR

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  1. Apenas um alerta que obviamente já deve ter sido dado, mas que não custa lembrar: diante de um delegado ou de um magistrado, JAMAIS diga que você fuma com colegas. SEMPRE sozinho. Senão te botam no 33 §3º
  2. Bandido morto não produz dinheiro em cash pra polícia extorquir...
  3. Sakamoto: O Estado pode usar métodos de criminosos? Vale-tudo: o Estado pode usar métodos de criminosos? por Leonardo Sakamoto, no seu blog Um colega de um grande veículo de comunicação me perguntou, na manhã de hoje, qual minha posição sobre uma discussão que ganhou algumas redações: por que a polícia não metralhou os 200 traficantes da Vila Cruzeiro quando estes corriam em fuga após a entrada dos blindados da Marinha na comunidade. Segundo ele, parte das opiniões culpou a “turma dos direitos humanos”, que iria chiar internacionalmente quando a contagem de corpos terminasse, manchando a imagem do Rio de Janeiro (como se o Estado precisasse de ajuda para isso). Outra acredita que as câmeras presentes nos helicópteros da Globo e da Record que sobrevoavam a área – e foram alvo de reclamações do Bope pelo twitter (ah, esse admirável mundo novo…) – impediram um massacre. Uma terceira falou das duas ao mesmo tempo. De qualquer maneira, o problema em questão não é de que o “Estado não pode usar método de bandido sob o risco de se tornar aquilo que combate”, mas sim de que “droga, tem alguém olhando”. Muita gente torceu para que os criminosos em fuga fossem executados sumariamente. Ao mesmo tempo, parte da imprensa (e não estou falando dos programas sensacionalistas espreme-que-sai-sangue) parece vibrar a cada pessoa abatida na periferia, independentemente quem quer que seja. Jornalistas, cuja opinião respeito, optaram pela saída fácil do “isso é guerra e, na guerra, abre-se exceções aos direitos civis”, tudo em defesa de uma breve e discutível sensação de segurança. Afe. Relembrar é viver: as batalhas do tráfico sempre aconteceram longe dos olhos da classe média e da mídia, uma vez que a imensa maioria dos corpos contabilizados sempre é de jovens, pardos, negros, pobres, que se matam na conquista de territórios para venda de drogas ou pelas leis do tráfico. Os mais ricos sentem a violência, mas o que chega neles não é nem de perto o que os mais pobres são obrigados a viver no dia-a-dia. Mesmo no pau que está comendo hoje no Rio, sabemos que a maioria dos mortos não é de rico da orla, da Lagoa, da Barra ou do Cosme Velho. Considerando que policiais, comunidade e traficantes são de uma mesma origem social, é uma batalha interna. Então, que morram, como disseram alguns leitores esquisitos que, de vez em quando, surgem neste blog feito encosto. De tempos em tempos, essa violência causada pelo tráfico retorna com força ao noticiário, normalmente no momento em que ela desce o morro ou foge da periferia e no, decorrente, contra-ataque. Neste momento, alguns aproveitam a deixa para pedir a implantação de processos de “limpeza social”. Já bloqueei comentários que, praticamente, pediam que os moradores de favelas fossem retirados do Rio. Quando a atual onda de violência acabar, gostaria que fossem tornados públicos os exames dos legistas. Afinal de contas, acertar um tiro na nuca de um suspeito no meio de um confronto armado demanda muita precisão do policial – e depois registrar o ocorrido como auto de resistência demanda criatividade. Em 2007, a polícia chegou chegando nos morros, cometendo barbaridades, sem diferenciar moradores e traficantes, sem perguntar quem era quem. Duas dezenas de pessoas morreram. Naquele momento, o Rio optou pelo caminho mais fácil do terrorismo de Estado ao invés de buscar mudanças estruturais (como garantir qualidade de vida à população para além de força policial dia e noite) para viabilizar os Jogos Panamericanos. Imagina agora com a Copa e as Olimpíadas então. Dose dupla. Ninguém está defendendo o tráfico, muito menos traficantes (defendo a descriminalização das drogas como parte do processo de enfraquecimento dos traficantes, mas isso é história para outro post). O que está em jogo aqui é que tipo de Estado queremos e o tipo de sociedade que estamos nos tornando. Muitas das ações que estão ocorrendo vão criar uma sensação de segurança na população passageira e irreal, que vai durar até a próxima crise.
  4. José Cláudio Alves: A reorganização da estrutura do crime 27/11/2010 Uma guerra pela regeografização do Rio de Janeiro. Entrevista especial com José Cláudio Alves do site do Instituto Humanitas Unisinos “O que está por trás desses conflitos urbanos é uma reconfiguração da geopolítica do crime na cidade”. Assim descreve o sociólogo José Cláudio Souza Alves a motivação principal dos conflitos que estão se dando entre traficantes e a polícia do Rio de Janeiro. Na entrevista a seguir, concedida à IHU On-Line por telefone, o professor analisa a composição geográfica do conflito e reflete as estratégias de reorganização das facções e milícias durante esses embates. “A mídia nos faz crer – sobretudo a Rede Globo está empenhada nisso – que há uma luta entre o bem e o mal. O bem é a segurança pública e a polícia do Rio de Janeiro e o mal são os traficantes que estão sendo combatidos. Na verdade, isso é uma falácia. Não existe essa realidade. O que existe é essa reorganização da estrutura do crime”, explica. José Cláudio Souza Alves é graduado em Estudos Sociais pela Fundação Educacional de Brusque. É mestre em sociologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e doutor, na mesma área, pela Universidade de São Paulo. Atualmente, é professor na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e membro do Iser Assessoria. Confira a entrevista. IHU On-Line – O que está por trás desses conflitos atuais no Rio de Janeiro? José Cláudio Alves – O que está por trás desses conflitos urbanos é uma reconfiguração da geopolítica do crime na cidade. Isso já vem se dando há algum tempo e culminou na situação que estamos vivendo atualmente. Há elementos presentes nesse conflito que vêm de períodos maiores da história do Rio de Janeiro, um deles é o surgimento das milícias que nada mais são do que estruturas de violência construídas a partir do aparato policial de forma mais explícita. Elas, portanto, controlarão várias favelas do RJ e serão inseridas no processo de expulsão do Comando Vermelho e pelo fortalecimento de uma outra facção chamada Terceiro Comando. Há uma terceira facção chamada Ada, que é um desdobramento do Comando Vermelho e que opera nos confrontos que vão ocorrer junto a essa primeira facção em determinadas áreas. Na verdade, o Comando Vermelho foi se transformando num segmento que está perdendo sua hegemonia sobre a organização do crime no Rio de Janeiro. Quem está avançando, ao longo do tempo, são as milícias em articulação com o Terceiro Comando. Um elemento determinante nessa reconfiguração foi o surgimento das UPPs a partir de uma política de ocupação de determinadas favelas, sobretudo da zona sul do RJ. Seus interesses estão voltados para a questão do capital do turismo, industrial, comercial, terceiro setor, ou seja, o capital que estará envolvido nas Olimpíadas. Então, a expulsão das favelas cariocas feita pelas UPPs ocorre em cima do segmento do Comando Vermelho. Por isso, o que está acontecendo agora é um rearranjo dessa estrutura. O Comando Vermelho está indo agora para um confronto que aterroriza a população para que um novo acordo se estabeleça em relação a áreas e espaços para que esse segmento se estabeleça e sobreviva. IHU On-Line – Mas, então, o que está em jogo? José Cláudio Alves – Não está em jogo a destruição da estrutura do crime, ela está se rearranjando apenas. Nesse rearranjo quem vai se sobressair são, sobretudo, as milícias, o Terceiro Comando – que vem crescendo junto e operando com as milícias – e a política de segurança do Estado calcada nas UPPs – que não alteraram a relação com o tráfico de drogas. A mídia nos faz crer – sobretudo a Rede Globo está empenhada nisso – que há uma luta entre o bem e o mal. O bem é a segurança pública e a polícia do Rio de Janeiro e o mal são os traficantes que estão sendo combatidos. Na verdade, isso é uma falácia. Não existe essa realidade. O que existe é essa reorganização da estrutura do crime. A realidade do RJ exige hoje uma análise muito profunda e complexa e não essa espetacularização midiática, que tem um objetivo: escorraçar um segmento do crime organizado e favorecer a constelação de outra composição hegemônica do crime no RJ. IHU On-Line – Por que esse confronto nasceu na Vila Cruzeiro? José Cláudio Alves – Porque a partir dessa reconfiguração que foi sendo feita das milícias e das UPPs (Unidades de Policiamento Pacificadoras), o Comando Vermelho começou a estabelecer uma base operacional muito forte no Complexo do Alemão. Este lugar envolve um conjunto de favelas com um conjunto de entradas e saídas. O centro desse complexo é constituído de áreas abertas que são remanescentes de matas. Essa estruturação geográfica e paisagística daquela região favoreceu muito a presença do Comando Vermelho lá. Mas se observarmos todas as operações, veremos que elas estão seguindo o eixo da Central do Brasil e Leopoldina, que são dois eixos ferroviários que conectam o centro do RJ ao subúrbio e à Baixada Fluminense. Todos os confrontos estão ocorrendo nesse eixo. IHU On-Line – Por que nesse eixo, em específico? José Cláudio Alves – Porque, ao longo desse eixo, há várias comunidades que ainda pertencem ao Comando Vermelho. Não tão fortemente estruturadas, não de forma organizada como no Complexo do Alemão, mas são comunidades que permanecem como núcleos que são facilmente articulados. Por exemplo: a favela de Vigário Geral foi tomada pelo Terceiro Comando porque hoje as milícias controlam essa favela e a de Parada de Lucas a alugam para o Terceiro Comando. Mas ao lado, cerca de dois quilômetros de distância dessa favela, existe uma menor que é a favela de Furquim Mendes, controlada pelo Comando Vermelho. Logo, as operações que estão ocorrendo agora em Vigário Geral, Jardim América e em Duque de Caxias estão tendo um núcleo de operação a partir de Furquim Mendes. O objetivo maior é, portanto, desmobilizar e rearranjar essa configuração favorecendo novamente o Comando Vermelho. Então, o combate no Complexo do Alemão é meramente simbólico nessa disputa. Por isso, invadir o Complexo do Alemão não vai acabar com o tráfico no Rio de Janeiro. Há vários pontos onde as milícias e as diferentes facções estão instaladas. O mais drástico é que quem vai morrer nesse confronto é a população civil e inocente, que não tem acesso à comunicação, saúde, luz… Há todo um drama social que essa população vai ser submetida de forma injusta, arbitrária, ignorante, estúpida, meramente voltada aos interesses midiáticos, de venda de imagens e para os interesses de um projeto de política de segurança pública que ressalta a execução sumária. No Rio de Janeiro a execução sumária foi elevada à categoria de política pública pelo atual governo. IHU On-Line – Em que contexto geográfico está localizado a Vila Cruzeiro? José Cláudio Alves – A Vila Cruzeiro está localizada no que nós chamamos de zona da Leopoldina. Ela está ao pé do Complexo do Alemão, só que na face que esse complexo tem voltada para a Penha. A Penha é um bairro da Leopoldina. Essa região da Leopoldina se constituiu no eixo da estrada de ferro Leopoldina, que começa na Central do Brasil, passa por São Cristóvão e dali vai seguir por Bom Sucesso, Penha, Olaria, Vigário Geral – que é onde eu moro e que é a última parada da Leopoldina e aí se entra na Baixada Fluminense com a estação de Duque de Caxias. Esse “corredor” foi um dos maiores eixos de favelização da cidade do Rio de Janeiro. A favelização que, inicialmente, ocorre na zona sul não encontra a possibilidade de adensamento maior. Ela fica restrita a algumas favelas. Tirando a da Rocinha, que é a maior do Rio de Janeiro, os outros complexos todos – como o da Maré e do Alemão – estão localizados no eixo da zona da Leopoldina até Avenida Brasil. A Leopoldina é de 1887-1888, já a Avenida Brasil é de 1946. É nesse prazo de tempo que esse eixo se tornou o mais favelizado do RJ. Logo, a Vila Cruzeiro é apenas uma das faces do Complexo do Alemão e é a de maior facilidade para a entrada da polícia, onde se pode fazer operações de grande porte como foi feita na quinta-feira, dia 25-11. No entanto, isso não expressa o Complexo do Alemão em si. A Maré fica do outro lado da Avenida Brasil. Ela tem quase 200 mil habitantes. Uma parte dela pertence ao Comando Vermelho, a outra parte é do Terceiro Comando. Por que não se faz nenhuma operação num complexo tão grande ou maior do que o do Alemão? Ninguém cita isso! Por que não se entra nas favelas onde o Terceiro Comando está operando? Porque o Terceiro Comando já tem acordo com as milícias e com a política de segurança. Por isso, as atuações se dão em cima de uma das faces mais frágeis do Complexo do Alemão, como se isso fosse alguma coisa significativa. IHU On-Line – Estando a Vila Cruzeiro numa das faces do Complexo, por que o Alemão se tornou o reduto de fuga dos traficantes? José Cláudio Alves – A estrutura dele é muito mais complexa para que se faça qualquer tipo de operação lá. Há facilidade de fuga, porque há várias faces de saída. Não é uma favela que a polícia consegue cercar. Mesmo juntando a polícia do RJ inteiro e o Exército Nacional jamais se conseguiria cercar o complexo. O Alemão é muito maior do que se possa imaginar. Então, é uma área que permite a reorganização e reestruturação do Comando Vermelho. Mas existem várias outras bases do Comando Vermelho pulverizadas em toda a área da Leopoldina e Central do Brasil que estão também operando. Mesmo que se consiga ocupar todo o Complexo do Alemão, o Comando Vermelho ainda tem possibilidades de reestruturação em outras pequenas áreas. Ninguém fala, por exemplo, da Baixada Fluminense, mas Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Mesquita, Belford Roxo são áreas que hoje estão sendo reconfiguradas em termos de tráfico de drogas a partir da ida do Comando Vermelho para lá. Por exemplo, um bairro de Duque de Caxias chamado Olavo Bilac é próximo de uma comunidade chamada Mangueirinha, que é um morro. Essa comunidade já é controlada pelo Comando Vermelho que está adensando a elevação da Mangueirinha e Olavo Bilac já está sentindo os efeitos diretos dessa reocupação. Mas ninguém está falando nada sobre isso. A realidade do Rio de Janeiro é muito mais complexa do que se possa imaginar. O Comando Vermelho, assim como outras facções e milícias, estabelece relação direta com o aparato de segurança pública do Rio de Janeiro. Em todas essas áreas há tráfico de armas feito pela polícia, em todas essas áreas o tráfico de drogas permanece em função de acordos com o aparato policial. IHU On-Line – Podemos comparar esses traficantes que estão coordenando os conflitos no RJ com o PCC, de São Paulo? José Cláudio Alves – Só podemos analisar a história do Rio de Janeiro, fazendo um retrospecto da história e da geografia. O PCC, em São Paulo, tem uma trajetória muito diferente das facções do Rio de Janeiro, tanto que a estrutura do PCC se dá dentro dos presídios. Quando a mídia noticia que os traficantes no Rio de Janeiro presos estão operando os conflitos, leia-se, por trás disso, que a estrutura penitenciária do Estado se transformou na estrutura organizacional do crime. Não estou dizendo que o Estado foi corrompido. Estou dizendo que o próprio estado em si é o crime. O mercado e o Estado são os grandes problemas da sociedade brasileira. O mercado de drogas, articulado com o mercado de segurança pública, com o mercado de tráfico de drogas, de roubo, com o próprio sistema financeiro brasileiro, é quem tem interesse em perpetuar tudo isso. A articulação entre economia formal, economia criminosa e aparato estatal se dá em São Paulo de uma forma diferente em relação ao Rio de Janeiro. Expulsar o Comando Vermelho dessas áreas interessa à manutenção econômica do capital. O que há de semelhança são as operações de terror, operações de confronto aberto dentro da cidade para reestruturar o crime e reorganizá-lo em patamares mais favoráveis ao segmento que está ganhando ou perdendo. IHU On-Line – Como o senhor avalia essa política de instalação das UPPs – Unidades de Policiamento Pacificadoras nas favelas do Rio de Janeiro? José Cláudio Alves – É uma política midiática de visibilidade de segurança no Rio de Janeiro e Brasil. A presidente eleita quase transformou as UPPs na política de segurança pública do país e quer reproduzir as UPPs em todo o Brasil. A UPP é uma grande farsa. Nas favelas ocupadas pelas UPSs podem ser encontrados ex-traficantes que continuam operando, mas com menos intensidade. A desigualdade social permanece, assim como o não acesso à saúde, educação, propriedade da terra, transporte. A polícia está lá para garantir o não tiroteio, mas isso não garante a não existência de crimes. A meu ver, até agora, as UPPs são apenas formas de fachada de uma política de segurança e econômica de grupos de capitais dominantes na cidade para estabelecer um novo projeto e reconfiguração dessa estrutura. IHU On-Line – A tensão no Rio de Janeiro, neste momento, é diferente de outros momentos de conflito entre polícia e traficantes? José Cláudio Alves – Sim, porque a dimensão é mais ampla, mais aberta. Dizer que eles estão operando de forma desarticulada, desesperada, desorganizada é uma mentira. A estrutura que o Comando Vermelho organiza vem sendo elaborada há mais de cinco anos e ela tem sido, agora, colocada em prática de uma forma muito mais intensa do que jamais foi visto. A grande questão é saber o que se opera no fundo imaginário e simbólico que está sendo construído de quem são, de fato, os inimigos da sociedade fluminense e brasileira. Essa questão vai ter efeitos muito mais venenosos para a sociedade empobrecida e favelizada. É isso que está em jogo agora.
  5. Parabéns pelo texto! Vou aproveitar seu tópico para divulgar outros! Abraço! Locatelli e os estraga-prazeres de nossa sociedade “perfeita” por Roberto Locatelli, em comentário no blog Essa conversa de que “é preciso prender os bandidos” é cortina de fumaça. O que é preciso é combater o crime. Qual é a diferença? É uma diferença de visão entre esquerda e direita. Maluf passou décadas dizendo, com aquela voz anasalada: – No meu governo, os bandidos iam para a cadeia. Eu ponho a ROTA (1) na rua para prender os bandidos. Zé Bolinha de Papel e os seus pares vivem dizendo que vão aumentar a segurança aumentando o número de policiais “nas ruas”. A questão é que a direita nos tenta passar a visão de que a sociedade é perfeita e que os bandidos são uma espécie de alienígenas que sentem prazer em cometer roubos e assassinatos. Os filmes estadunidenses nos impingem “ad nauseum” essa ótica. Os quadrinhos também. Por que os irmãos Metralha são bandidos? Porque são malvados por natureza, segundo a lógica dos gibis. Ou seja, a sociedade é uma engrenagem maravilhosa e linda, com cada cidadão feliz e contente, seja ele rico, pobre ou miserável. Então, uns sujeitos desajustados e malvados resolvem atrapalhar tudo, entrando numa vida de crimes. Temos que matá-los ou prendê-los, e seremos felizes para sempre. Assim, basta chamar o Capitão Nascimento e matar os bandidos. Os que não forem mortos, que sejam trancafiados e que se jogue a chave fora. A parte que está faltando dessa história é que o crime é produto da sociedade capitalista, já doente nessa fase de decadência imperialista. Assim: * O bandido suborna o policial; * O adolescente de classe média alta – aquele mesmo que espanca homossexuais – compra maconha, cocaína e ecstasy dos traficantes; * O pobre se presta a ser “mula” ou trabalhar na produção de drogas por não ver outra perspectiva; * Alguns juízes são ligados aos grandes criminosos, que não estão nas favelas, mas no Leblon e em Higienópolis, em suas mansões. Estes, por sua vez, são os chefes dos chefes que moram nas favelas. A solução passa por: * Dar uma vida digna aos policiais. Eles não podem usar botas com sola furada, como uma reportagem mostrou anos atrás; * Intensificar as políticas sociais, que dão perspectiva aos que não tinham perspectiva; * Fazer obras de infraestrutura nas comunidades carentes, impedindo que as favelas sejam um Estado paralelo. Isso está sendo feito no Rio, mas de modo muito embrionário; * Aumentar os efetivos da Polícia Civil, que vai atrás dos grandes criminosos, dos peixes grandes. Nesses episódios de violência no Rio, há um cérebro por trás. De quem? Prender os peixes pequenos ajuda, sim, mas pegar os grandes traficantes – que não moram na favela, repito – é fundamental. O governador Cabral tem feito algumas coisas boas, como as obras do PAC nas favelas e as UPPs. Mas faltou material humano de qualidade. Muitos policiais, infelizmente, devido aos salários baixíssimos, se deixam levar pela tentação de ganhar dinheiro fazendo parte de milícias ou se vendendo ao tráfico. Por que Cabral não preparou esse material humano antes? Além disso, Cabral – e todos os governadores – não ataca a questão central: quem são os cabeças? Em quais bairros “nobres” eles moram? E, por fim, uma questão FUNDAMENTAL: é preciso descriminalizar as drogas. E, por favor, nada de falsos moralismos. Cigarro é droga pesada e está legalizado. Álcool é droga pesada e está legalizado. Cafeína é droga pesada – é da família dos alcalóides – e está legalizada. Toma-se cafezinho em qualquer barzinho de esquina, nas barbas da polícia!! Aliás, até eles consomem essa droga pesada! Sou contra o uso de drogas, inclusive as legalizadas. Mas sou contra a criminalização das drogas. Acho que seria muito melhor que as drogas hoje ilegais fossem produzidas regularmente como as drogas já legalizadas. E que a sociedade seja informada e discuta os efeitos ruins dessas drogas. Mas essa legalização demorará muito, pois os traficantes são contra, a polícia é contra, os juízes são contra e os políticos são contra. Continuaremos seguindo assim: as drogas são consumidas, geram dinheiro, que financia armas, as quais geram violência. (1) ROTA – polícia ostensiva e violenta que atuou em São Paulo nas décadas de 80 e 90.
  6. As melhores White Widow que fumei foram do De Sjaman... Óbvio que existem maconhas nativas na amazônia... Teve uma série do chico mendes filmada lá que um certo ator da globo quase não filmava de tanto que aproveitava as landraces numerosas da área... Uma plantinha de baixa estatura, saborosíssima e com uma excelente potência! Nego desse e do cc já teve oportunidade de experimentar...
  7. Eu dei uma resposta parecida com essa na área de cometários da matéria...
  8. O hábito de fumar maconha frequentemente, mesmo em pouca quantidade, pode danificar seriamente a área do cérebro responsável pela memória, segundo estudo feito na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Os resultados mostram que os déficits no armazenamento de informações e na evocação da memória nos usuários persistiram após um tempo médio de 14 dias de abstinência. A parte do cérebro mais atingida é a responsável pelo processamento da memória e pela execução de atividades complexas que requerem planejamento e gerenciamento das informações. Com o tempo, o usuário de maconha esquece até informações simples do dia a dia. Quando o uso é crônico e se inicia antes dos 15 anos de idade, o risco de danos é ainda maior, devido ao efeito tóxico e cumulativo da substância da maconha no desempenho cerebral. A pesquisa avaliou preliminarmente 173 usuários crônicos de maconha e selecionou 104 para o estudo sobre funcionamento executivo do cérebro - sendo 49 usuários de início precoce e 55 de início tardio -; 34 usuários crônicos abstinentes há mais de sete dias e 55 controles não usuários. A idade dos participantes variou entre 18 e 55 anos, e o estudo mostrou grande prejuízo nas funções executivas do cérebro, como a realização de uma equação matemática. - A função executiva do cérebro nos permite processar e organizar todas as novas informações que nos são passadas diariamente e que necessitam de planejamento, iniciação, memória operacional, atenção sustentada, inibição dos impulsos, fluência verbal e pensamento abstrato - explica a neuropsicóloga Maria Alice Fontes, autora da pesquisa que foi apresentada como tese de doutorado pelo Laboratório de Neurociências Clínicas (LiNC) da instituição. Para o professor Acioly Tavares de Lacerda, do Departamento de Psiquiatria e orientador da pesquisa, trata-se de um estudo com a maior amostra no mundo de usuários crônicos avaliados por meio de testes neuropsicológicos e o primeiro mostrando que os déficits cognitivos pelo uso leve de maconha (cerca de dois cigarros por dia), porém crônico, da parecem ser muito expressivos em desencadear disfunções no cérebro humano. - Quanto mais precoce e maior a exposição à droga, pior será o dano causado à memória, mesmo depois de um período de abstinência - afirma. Maria Alice recomenda a realização de eventuais déficits neuropsicológicos em usuários crônicos da droga para prevenir futuros danos. Esses testes servem ainda para direcionar o tratamento dos dependentes químicos, já que o déficit cognitivo aumenta a chance de recaída. Em http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2010/11/08/habito-de-fumar-maconha-destroi-memoria-922970986.asp
  9. E o "traficante" nordestino ou paraguaio que colhe/prensa ainda vai demorar uns 50 anos p acessar Internet e pegar infos de cultivo... Mto dificil eles chegarem até essa info de "misturar amônia"... Até pq sem misturar amônia já dá cheiro de amônia e eles certamente sabem disso...
  10. É o que eu falo aqui em todo de grower preso injustamente... Conheço o modus operandi policial... Se eles fazem campana e realmente verificam tráfico, só prendem no flagrante... Se fosse verdade que os cultivadores do recreio estivessem vendendo, eles teriam sido presos no flagrante da venda e não da maneira como foi feita...
  11. Tem picareta na magistratura, na polícia, nos hospitais públicos... Gente ruim e gente boa tem em todos lugares...
  12. Eu voto no Homem Planta, apesar de tbm achar que o gringo merece!
  13. Existe regra dentro do fórum... Se ele tivesse de chinelo, bermuda e camiseta, tudo branquinho e limpinho, teria acontecido a mesma coisa... Óbvio que ele não deve ter sido detido por apologia e sim por desacato, desobediência ou algo assim... Apologia só lá no G1 mesmo... Vcs têm que aprender a ter olhar seletivo nas matérias pulbicadas por aí...
  14. Meh... Isso é rotular as pessoas... Eu comecei a fumar com 12 anos, nunca me alimentei mal, sempre pratiquei esporte, sempre dormi cedo e acordei cedo, sempre tirei nota boa... Enfim... Nunca dei trabalho pros meus pais... E com 12 anos tinha muito mais cabeça e responsabilidade que muito garoto de 18 anos hj em dia, que chega na faculdade sem saber ler e escrever... Acho que não interessa a idade em que o cara começa a fumar e sim o ambiente em que ele vive. Jovens de 18 anos têm 2 ou 3 filhos não porque fumam maconha ou pq começaram a fumar maconha cedo e sim pq no ambiente em que eles vivem esse tipo de situação vem se "normalizando" ao longo dos anos...
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