Pessoal, aqui quem fala é o autor da monografia! Vi que o link do arquivo está indisponível, se alguém tiver interesse em ler me manda um email - felipewind@gmail.com.
Só vi este post agora em 2014, dois anos depois das duras críticas! Abaixo posto minha defesa!!
Sobre erros de concordância e de continuação, creio que às vezes podem passar algumas coisas mesmo. Mas, o trabalho foi revisado várias vezes, se possível peço que me apontem os erros para que eu possa corrigir. No entanto, não acredito que os erros sejam assim tão presentes a ponto de desqualificar o meu trabalho. Quem tiver curiosidade dá uma lida para ter a própria opinião!
As representações sociais geralmente sofrem mudanças muito lentas, não são como as revoluções ou as guerras! Por isso precisei fazer este recorte social mais longo, entre o princípio do século XIX e o período da contracultura nas décadas de 1960 e 1970. Inicialmente eu estava até mais ambicioso, desejava avançar até o princípio do século XXI com a lei antidrogas de 2006, mas percebi que seria muito difícil e parei antes. Os recortes mais curtos apresentam mais detalhes e os mais longo tem mais generalizações, assim funciona a historiografia! Outro exemplo de representação social seria a visão que sociedade tem da mulher, isto é algo que muda no decorrer dos séculos! Seria muito difícil, por exemplo, tratar das mudanças nas representações sociais da mulher usando um período muito curto.
Sem dúvida eu poderia ter acrescentado trabalhos como o da "antropologia social" e outros, mas tive de fazer opções e restringir minha pesquisa. No entanto, na monografia eu abordo uma grande diversidade de fontes históricas como músicas, pesquisas médicas, leis, tratados internacionais. Da antropologia eu trato da tese de doutoramento do Gilberto Velho feita em 1975 sobre um grupo de jovens de Copacabana que adotavam o uso recreativo da maconha.
No TCC existe uma liberdade para se escrever a dedicatória e os agradecimentos, creio que não fugi do "normal" e mantive os padrões acadêmicos.
Em 2011 eu estava muito empolgado com o movimento de descriminalização da maconha e a monografia, de fato, tem este tom. Na introdução eu procurei deixar isto muito claro: "A produção de conhecimento histórico imparcial é impossível, os estudiosos da teoria da história já superaram essa visão há mais de um século. A historiografia tem a finalidade de responder questões para o tempo do historiador. Essa monografia não fugirá a essas conclusões teóricas, seu autor já participou da Marcha da Maconha realizada em Brasília nos anos de 2010 e de 2011" (WINDMOLLER, 2011, p. 9).
Ao mesmo tempo que a monografia tem este tom, eu deixei claro que "alertar sobre a parcialidade inerente às ciências sociais não significa afirmar que esse trabalho será um manifesto político. Essa pesquisa seguiu o rigor do método científico, citou as suas fontes e manteve um compromisso com a verdade. As publicações históricas nunca serão objetivas e imparciais, no entanto os profissionais da história precisam respeitar o conjunto de regras acadêmicas para diferenciar os seus trabalhos da ficção literária, cujo objetivo é apenas o entretenimento, ou dos manifestos políticos, cujo único compromisso é o proselitismo. Para se aproximar da verdade histórica é preciso, em primeiro lugar, aceitar que a verdade histórica não existe de forma absoluta. Aos eventos que se sucedem na realidade são atribuídos inúmeros sentidos, entre eles, aquele decorrente do ofício do historiador" (WINDMOLLER, 2011, p.10).
Mesmo que na monografia eu não tenha dito nada de novo e apenas utilizado as várias fontes de pesquisa que encontrei, creio que eu fiz uma pequena contribuição ao tema! Se alguém se interessar sobre o assunto, na bibliografia existem várias fontes interessantes como os livros "Diamba Sarabamba" e "Maconha, cérebro e saúde".
Abraços e continuo na expectativa de que algum dia a diamba seja liberada no Brasil! Nosso vizinho Uruguai já deu um passo à frente!