e ai galera do growroom.
então... venho aqui dar o meu parecer a respeito da audiência pública de hoje.
nosso camarada sano já fez um perfeito resumo do que rolou, então vou só complementar com a minha parte e opinião.
primeiro quero ressalvar minha opinião quanto à democracia que se fez presente no que diz respeito ao bom debate. saí de lá contente com isso, me surpreendeu. tirando a pequena limitação de tempo que o evento teve no encerramento, foi tudo perfeito, mas isso eu complemento no final. nosso querido Carlos Minc presidenciou a audiência com louvor, levando o debate para os pontos mais importantes a meu ver. O Dr. Domingos Bernardo também merece ser citado, pela qualidade de tudo que expôs em seus pronunciamentos.
bom, no momento em que me foi concedido o comentário eu disse resumidamente que na minha opinião não adianta decidir algo na audiência se as decisões não forem passadas ao povo que receberá a sua aplicação e à policia que é quem a fará. o grande problema que o usuário enfrenta não está na atual lei, mas sim na sua má aplicação principalmente por parte da polícia militar que é quem a aplica em primeiro momento. isso devido principalmente à falta de conhecimento do usuário à respeito de seus direitos. exemplifiquei com um encontro que tive com um policial que demonstrou não saber da mudança das consequências da lei em sua abordagem (talvez tendenciosamente). então, deveria ser feita uma conscientização da população/usuários, assim como dos policiais, a respeito do que determina tal lei e quais as consequências de sua aplicação em caso de "flagrante" (que não prevê privação de liberdade).
depois disso é claro que tive de falar da nossa causa. levantei novamente a má aplicação da lei que é feita em caso de flagrante de produção/cultivo de droga pra usos pessoais. levantei que muitas vezes baseam-se em argumentos vagos e fatos duvidosos e o cidadão acaba sendo enquadrado como traficante e então tem a privação de sua liberdade. lembrei que houveram alguns casos de grande repercussão recentemente (como nosso amigo Pedrada que foi lembrado e citado), em que o usuário foi preso como traficante para somente depois ser solto como usuário. então era necessário que houvesse novamente uma conscientização (deveria ter dito "mecanismo para determinar") a respeito do que é uma produção de droga para fins pessoais e o que é uma produção de drogas para fins de tráfico (nosso amigo mandacaru desenvolveu bem mais algo parecido em seguida, mas depois ele conta). isso para que não haja mais má interpretação das evidências e usuários auto-cultivadores sejam presos como traficantes.
terminei minha parte por aí, mas gostaria de ter falado mais. a raiva é que depois que terminei, começaram a vir outros pontos que queria ter dito e comecei a ficar puto comigo por julgar ter falado pouco. sempre rola esse arrependimento, mas pelo menos falei uns pontos que acho bem importantes. (e eles haviam pedido para as pessoas tentarem se limitar a 3 minutos também)
com relação ao final: lá para as tantas, Carlos Minc anunciou o fim previsto do evento para 12:30 (que só foi acabar quase 13:00, eu acho). a última colocação foi de um dos delegados da polícia, acho que o subsecretário de segurança pública, que veio a meu ver como uma réplica ao que nós, ativistas/civis, havíamos exposto. digo isso porque todos haviam falado apenas uma vez e ele recomeçou com sua "réplica" dizendo olhando para nós que a lei já previa que o usuário-cultivador não pode ser preso e começou a citar uma parte da mesma, terminando sua "citação" em uma parte muito tendenciosa a meu ver, levando-se em conta o que vinha a seguir no texto. em seguida ele elucidou, não sei por que motivo, uma apreensão de 1 tonelada de maconha pela polícia no complexo do alemão e dizendo mais algumas coisas terminou.
como o planejamento estava terminado e o tempo esgotado, não houve mais nada dito e essa foi a chave do evento. minha única crítica é quanto a esse último pronunciamento do delegado. na minha opinião foi completamente vazio, pois o fato de que a lei não prevê prisão já havia sido dito, a ressalva era para a má aplicação da mesma, levando à penas não previstas por ela. isso ele não explicou... em seguida o exemplo de apreensão que ele deu na minha opinião retrata circunstâncias bem diferentes das que nós estávamos expondo. afinal apreender x pés de maconha na casa de alguém e apreender 1 tonelada de maconha prensada no complexo de alemão são eventos um pouco diferentes. vocês não acham ?
espero que tenhamos representado a opinião da galera que não pode ir. de passos pequenos vamos a passos grandes e daqui a pouco já estamos lá. a legalização foi posta em pauta!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
bons cultivos