Bem babaca o título da matéria. Sei lá se é coisa da revista ou fraqueza da jornalista, mas a afirmação é um exagero. Quem tem distúrbio psiquiátrico faz bem em se manter longe da maconha e de muitas outras coisas, inclusive daquelas que nem são classificadas como droga. Há pouco, tomei conhecimento de uma dessas "pesquisas". Esta dizia que viciados em internet se tornavam mais propensos a desenvolver depressão. Sei lá se é isso mesmo mas, seja como for, não se pode simplesmente afirmar que internet leva a depressão!Francamente.
Quanto aos estados de paranóia e psicose, creio que muitos deles são reflexos dos estados de tensão social que envolvem o usuário. Quem decide fumar um mero baseado, muito antes de acendê-lo, já enfrenta o peso dos estigmas alimentados por alguns setores da sociedade e das leis. E são vários, como a galera pode confirmar. Coisa proibida, vergonhosa, de criminoso, problemático, doente, diabo, fraco, perdido, maluco... Ocorre que alguns são muito suscetíveis à essa pressão e quase sem poderem controlar acabam permitindo que se instale em sua psique sentimentos de culpa e exclusão. É um tal de A ou B não poderem saber, pingar colírio, preocupação com o cheiro que invade a vizinhança, grilos com a família, medo da polícia e por aí vai. Por conta de um monte de coisas que nada tem a ver com a maconha em si, o usuário se torna neurótico. Creio que existe uma conexão nefasta entre o acúmulo de culpa e a manutenção de neuroses, com o surgimento de psicoses e paranóia. E, neste caso, acredito sim que o THC possa, em alguns, disparar crises psíquicas mais difíceis e perturbadoras. Agora, não é pelo fato do mundo estar lotado de diabéticos que devemos proibir o açúcar ou sair por aí dizendo que brigadeiro leva à diabetes. Que mania!
Evite o alcatrão, vaporize!