Cara , não queria falar filosoficamente, mas impossível falar de vício e virtude sem mencionar Aristóteles em ética a Nicômaco ( Não se sabe se ele escreveu para seu filho ou pai,pois eles tinham o mesmo nome) um livro que todo ser humano deveria ler,para mim é uma bíblia,tive várias "revelações" lendo-o e eu recomendo a todo ser humano.
Aristóteles, um cara que foi o 1º a pensar sobre virtude e justiça e influenciou todos os pensadores de todas as épocas distinguiu dois tipos de virtude:
1) as virtudes intelectuais ou virtudes da mente.(interiores)
2) as virtudes morais, que consistem no controle das paixões, movimentos espontâneos do caráter humano.(exteriores)
A virtude não é, diversamente da felicidade, uma atividade, senão que um hábito, ou maneira habitual de ser; como tal, não pode ser adquirida da noite para o dia, porque depende de muito exercício - repetindo certos atos o homem acaba por transformá-los numa segunda natureza, isto é, numa disposição (e não atividade) para no futuro agir sempre da mesma forma.
O processo é sempre o mesmo, sejam os atos bons ou maus : no primeiro caso temos a virtude e, no segundo, o vício.
Quando se adquire uma virtude, age-se de acordo com ela sem esforço e com prazer, porque se aje de acordo com a própria natureza ; o vício, ao contrário, acaba por trazer desprazer uma vez que se coloca contra a natureza.
A atividade daquele que age de acordo com os bons hábitos que adquiriu durante a maior parte de sua vida é o que chamamos de felicidade.A felicidade mais perfeita é a que se baseia no exercício da virtude igualmente mais perfeita, da virtude de maior excelência, a sabedoria, que é a contemplação das verdades fundamentais da ciência e da filosofia. Também a felicidade mais auto-suficiente, porque não precisa de bens materiais para se efetivar.
Numa analogia para que vc entenda sem nhem nhem nhem filosófico, no pensamento aristotélico o cara que dá o peixe,apesar de estar praticando a virtude, está pecando,pois a justa medida da bondade(virtude) ela é excessiva,pois fará com que quem recebe o peixe se acomode e seja "preguiçoso", este ato apesar de parecer virtuoso é víciado e corrompe,pois o virtuoso mesmo seria ensinar as pessoas a pescarem...Por isso a frase do diamante e do carvão...Sacou???
Bom, como é off topic se quiser trocar uma ideia mande uma MP...
A a justa medida é a justiça. A virtude perfeita.Nem o mais, nem o menos.O equânime, e isso está ligado a seus valores ideológicos: políticos, éticos e morais.
Não sou eu que te direi qual a justa medida,pois meus valores são diferentes dos seus...sacou?
Na verdade nós não sabemos de porra nenhuma...
Se te interessar dar uma viajada...
Segue link de um resumo ,pois o original é muito chato, pois Aristóteles era muito detalhista e para quem não está estudando o tema fica prolixo.
http://projetophronesis.wordpress.com/2009/04/07/resumo-de-etica-a-nicomaco-de-aristoteles/