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Como é difícil conversar com objetividade nesse mundo! Obviamente generalizando.... para os que são contra a erva é do diabo já os a favor acreditam que é um presente de Deus.... Está na hora daqueles interessados em discutir pra valer a legalização pararem de se valer de pré- conceitos a respeito da droga e passarem a se informar de verdade, para durante uma discussão, poderem argumentar como gente grande... ou então ficarem quietos, é menos pior que falar besteira. A mídia é realmente uma porcaria, todos sabemos o quanto ela pode ser manipulada... então que tal buscarmos as fontes de informação ? Algum dos queridos que saiu metendo o pau no trabalho (ou adorando outro qualquer que tenha sido vinculado pela mídia popular) se deu ao trabalho de procurar a pesquisa original ? Ver se ela é única ou se existem outras pessoas no mundo que estão trabalhando com outras metodologias para investigar a mesma pergunta ? Gostaria que chovesse patrocínio de empresas, assim como alguns pensam que chove... Em geral, a muito custo, o pesquisador que desenvolve uma pesquisa pede bolsas pra órgãos de fomento à pesquisa, que tomam um único cuidado, garantir que o pesquisador realmente está fazendo o que ele se propos a investigar, da maneira mais objetiva e controlada ( ou seja sem enviesamentos). Para publicar um trabalho em uma revista científica, toda a pesquisa é mandada para um relator da revista, que não tem nada a ver com o grupo que fez a pesquisa, e que estuda meticulosamente tudo que foi feito para garantir que as conclusões que o pesquisador chegou tem fundamentos. Com relação a esse tópico específico, em um dos inúmeros site que reunem as pesquisas publicadas em revistas científicas no mundo (www.pubmed.com) a busca pela palavras "Cannabis depression" resulta em meros 834 trabalhos... Os pesquisadores, ao iniciar uma pesquisa, leem o que há sobre o assunto, correlacionam dados, buscam pontos que não foram bem trabalhados em um determinado trabalho... enfim... não é essa coisa jogada que muitos pensam não! Em alguns pontos, os pesquisadores buscam respostas na pesquisa humana e na modelagem matemática/estatisca. Em outros pontos a investigação ocorre em ratos, em que se é possível administrar a droga de maneira controlada e até mesmo abrir o cérebro para buscar algumas respostas... Voltando ao assunto... Sabe-se que a Cannabis, por atuar na comunicação entre neuronios ((((( alguns endocanabinóides são liberados por neuronios que foram "ativados" e atuam nos neuronios que liberaram substancias que levaram a essa "ativação" fazendo com que parem de liberar a substancia.... explicação super superficial e generalizada, mas se procurarem nesse mesmo site vcs encontram tópicos sérios sobre isso)))))))) pode levar a má formação de circuitos neurais se utilizada durante períodos de formação desses circuitos, como por exemplo, durante a adolescencia. Obviamente diferenças genéticas na população, tempo de uso, frequencia e mesmo sexo ( mulheres são mais sensíveis a esse tipo de prejuízo, aparentemente) são fatores a serem considerados e o são, em diferentes trabalhos. Como pesquisadora peço, encarecidamente, que busquem a verdade e saibam trabalhar com ela. Ela não muda só pq alguns não gostam. A informação é só a base do debate, podendo ser utilizada pelo lado que for, afinal se isso é motivo pra proibir/ ou tentar liberar com o intuito de controlar o acesso depende da discussão da sociedade!