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cannabis.a

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  1. Sou membro recente aqui no GR, mas gostaria de expor minha visão sobre toda essa questão dos panfletos. Não estou no eixo RJ/SP, onde percebo em que há grandes discussões em torno de questões que, a priori, eram para ser de trato nacional. O que eu vejo é que há uma constante acusação de apropriações indevidas por parte de alguém sobre a bandeira da legalização para autopromoção, ou coisa do gênero, e isso vem refletindo no movimento a nível nacional quando sentamos para discutir uma simples divulgação para arrecadação de panfleto. (Sem querer entrar no debate sobre se a marcha é um movimento, um evento, uma paralisação, uma manifestão, o que seja, o que ela promove é um movimento, nada que acontece na sociedade é estático, natural, a-histórico, por favor, sejamos racionais nesse sentido). Fato é que estamos em cima do mês da marcha, há cidades que não tem estrutura para mandar imprimir panfletos, e o que se tem que fazer é uma maciça divulgação se o que defendemos aqui é realmente uma radical transformação da política de drogas, ou se a disputa de egos vai realmente suprimir uma questão que vai mais a fundo, ficando no simplismo de acusações infindáveis de que "fulano é isso, fulano é aquilo". Em muitas horas precisa-se amadurecer posturas políticas se aqui é um espaço que se coloca como uma alternativa para a questão da proibição da maconha (seja ela bandeira de autocultivo, de guerra aos pobres, de uso medicinal, religioso, o que for.) Ninguém aqui esta obrigando a fazer doação, mas AUXILIAR NUMA CAMPANHA DE ARRECADAÇÃO. Aqui em Natal, como em qualquer outra cidade do Brasil que organiza a Marcha, não temos nenhuma ligação com as divergências que aconteceram/acontecem do movimento no RJ, e fomentar isso creio que seja sim uma atitude de desagregar o movimento. Que fique claro que os coletivos não são dependentes do RJ, ano passado fizemos uma marcha em 30/Julho, com panfletos impressos numa multifuncional e que rolou a muito custo. Não pedimos nada a ninguém do Rio, de SP, ou de qualquer outra cidade que fosse no sentido de financiar nada. O Rio não é o coletivo mais importante do Brasil, nem está acima de qualquer outro, mas como foi dito, se ninguém assumia a tarefa de organizar os panfletos, o Rio assim o fazia. SObre o avião no Rio, bem, se isso foi decidido em uma reunião do grupo do Rio, não acho válido arrecadação a nível nacional para custear algo que só vai beneficiar a cidade do RJ (a não ser que o avião dê um rolé nas 16 cidades que farão marcha), e que isso seja emcampado por quem assim trata a questão do avião como prioridade. SObre a conta ser de quem seja, qual o problema que há nisso? Havendo prestação de contas durante todo o processo não vejo nenhum mal, mas também não vejo problemas em se mudar a conta e tudo mais. Porém, o que não estão percebendo é que estamos com pouco tempo, e essas discussões mais atrapalham do que ajudam, isso beira a uma burocratização de empresa corporativistas que cansa! Aqui em Natal podíamos muito bem ligar o foda-se para as outras cidades, mandar imprimir uns panfletos aqui e só distribuir aqui, e pronto! O NOSSO problema estava em parte resolvido, mas tem mais 15 cidades que não conseguiram operar da mesma maneira que nós e, por isso, precisam de auxílio nesse sentido. E, se estamos pensando numa perspectiva maior de um grupo que pensa e discute caminhos para a legalização, temos que pensar isso de forma coletiva. Como nós aqui nos enquadramos nessa idéia, seria mais racional distribuir essa responsabilidade para todos, e não ficar a cargo só de uma cidade decidir, custear, e enviar tudo isso. Sobre todos marchando num lugar só....Venhamos e convenhamos, me agradaria muito marchar na minha cidade com 2000 pessoas e elas poderem participar, discutir, construir o processo juntos, do que juntar só aqueles que têm condições de estarem em determinada cidade e fechar o movimento para únicos participantes. Acho que um dos pontos mais interessantes da marcha, diferentes de outros movimentos, é que eles ocorrem em várias cidades e constroem sua autonomia, sem necessariamente isso representar uma desunião. Isso é um desabafo de alguém que está bem longe do Rio/SP, mas também um pedido para se refletir sobre os posicionamentos que estão sendo tomados e que estão engessando um processo de decisão tão simples que é de não boicotar a divulgação de arrecadação de fundos para custeio dos panfletos. Tenho certeza que isso não é desonra a nenhum grower, mas que aparentaria uma demonstração enorme de imaturidade ficar se prendendo a picuínhas menores e locais, ao invés de estar se discutindo projetos maiores de mobilização e construção de uma outra política de drogas no país.
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