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holland

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  1. holland

    VEJA

  2. Dei de cara com essa matéria ontem. Alguém da casa ? Alguém sabe dizer se tá tudo bem com o envolvido ? Menos mal assinou o art. 28.
  3. Alguém sabe dos candidatos do DISTRITO FEDERAL ???
  4. Caramba, merece todo meu respeito ! Repórter quis ridicularizar a matéria e o entrevistado a todo tempo com colocações descabidas e edições de mal gosto. Mas o Jonathan respondeu a altura e se esquivou de todas as brincadeiras maldosas.
  5. Matéria na Revista GPS Brasília. Fonte: Revista GPS Brasília - http://www.gpsbrasilia.com.br/
  6. Menino que esperava por liberação do Canabidiol morre em BrasíliaEle fazia uso do Canabidiol (CBD), substância derivada da maconha, há 10 dias com autorização excepcional da autarquia Roberta Pinheiro Publicação: 01/06/2014 21:43 Atualização: 01/06/2014 22:48 Gustavo Barbosa Guedes, de 1 ano e 4 meses, morreu na madrugada deste domingo (1º/6), em Brasília, vítima de complicações da Síndrome de Dravet, uma rara doença degenerativa que ataca o sistema neurológico e provoca crises epiléticas. Ele fazia uso do Canabidiol (CBD), substância derivada da maconha, há 10 dias com autorização excepcional. O garoto foi internado na última quinta-feira (29/5) com convulsões. Leia mais notícias em Cidades André Queiroz, lamenta a perda do sobrinho."Não há quem não se apaixone por um sorriso como o de Gugu, e quem não se compadeça ao ver tamanho de pessoas amadas. Por mais triste que todos possam estar, estão cientes de que Gugu cumpriu sua missão". Ele postou no perfil da mãe da criança, Camila Guedes, uma foto em que o menino usava fantasia de super herói com a seguinte mensagem: "Oi, eu sou o Gustavo e aí na terra essa era a minha roupinha que mais combinava comigo. Fui um super bebê e superei muitos obstáculos. Hoje estou aqui ao lado do papai do céu. Estamos olhando por todos vocês na certeza de nosso reencontro. Papai, mamãe, muito obrigado por todo o seu amor, carinho e dedicação. Vocês foram peças fundamentais para essa minha passadinha aí na terra". A nutricionista Camila Guedes, 33 anos, lutava pela liberação da substância CBD, apontada como terapêutica para casos de doenças genéticas raras que provocam crises epiléticas constantes. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não liberou a venda da substância, ou seja, ela continua na lista de produtos proibidos e de uso ilegal no país. Os pacientes, que dependem da substância para dar continuidade ao tratamento em busca de melhor qualidade de vida, precisam de uma autorização da Anvisa por meio do pedido de importação de medicamentos controlados sem registro no país. Para fazer a solicitação, são exigidos uma prescrição e um laudo médico indicando a necessidade e o benefício do medicamento para o paciente. Solicita-se também uma comparação com as alternativas terapêuticas registradas no Brasil. Cabe ao médico a responsabilidade pela indicação do produto. Como fica A Anvisa tem até três reuniões da diretoria colegiada para dar o parecer sobre a possível liberação de substâncias derivadas da maconha para uso medicinal. Confira as datas: 10 de julho — Data da primeira reunião, quando o diretor de Controle e Monitoramento Sanitário (Dimon), Jaime Cesar de Moura Oliveira, responsável pelo pedido de vistas do processo, pode votar e, assim, dar seguimento à análise do órgão. 24 de julho — Caso a questão continue indefinida, os diretores podem usar esse dia para definir o caso. Agosto — É a última chance para a diretoria chegar a um consenso. Mesmo assim, há a possibilidade ainda de uma prorrogação do pedido de vistas, o que adiaria o processo a um prazo indeterminado. Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2014/06/01/interna_cidadesdf,430413/menino-que-esperava-por-liberacao-do-canabidiol-morre-em-brasilia.shtml
  7. Eis que me deparo com a seguinte matéria. Fonte: Jornal METRÔ - Brasília-DF (http://www.metrojornal.com.br/brasilia)
  8. Maconha medicinal no Brasil Vítimas de câncer, esclerose múltipla e mal de Parkinson vão se beneficiar da decisão da Anvisa, que deve autorizar a importação de remédios feitos a partir da cannabis. Saiba como essa decisão pode enriquecer o debate para a descriminalização da droga Camila Brandalise (camila@istoe.com.br) e Fabíola Perez (fabiola.perez@istoe.com.br) Era 1997 quando a Justiça do Canadá autorizou Terrence Parker, 42 anos, a plantar e consumir maconha para tratar sua epilepsia. Quatro anos depois, o governo canadense foi o primeiro do mundo a regulamentar o uso medicinal da cannabis. O exemplo foi seguido pelo mundo. Nos Estados Unidos, já são 22 os Estados que permitem a produção e comercialização da erva para tratar doenças. No Reino Unido, um laboratório fabrica um medicamento em forma de spray com os dois componentes mais conhecidos da planta: o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD). Recentemente, a França aprovou a venda desse mesmo remédio, assim como outros países europeus. Em Israel, também é possível adquirir a droga mediante autorização do governo. Na Holanda, compra-se a erva na farmácia. E no Brasil? Na quinta-feira 29, quando a diretoria da Anvisa aprovar a reclassificação do CBD, que deve ser liberado com uso controlado, será iniciado um novo marco na relação do País com a droga. ISTOÉ apurou que não há nenhuma resistência por parte dos cinco membros da diretoria técnica da Anvisa em votar pela mudança que autorizará a importação do medicamento. “Há uma tendência bastante grande em se aprovar, caso haja segurança nas informações”, afirmou à ISTOÉ o presidente da entidade, Dirceu Barbano. Ele e outros quatro diretores se encontram para discutir a alteração em reunião aberta ao público. “Aparentemente, são todos favoráveis”, disse o presidente. Com a reformulação, a substância passará a integrar a lista de classificação C1, que permitirá a prescrição e a importação do composto em forma de medicamento. Em território brasileiro, a função terapêutica da cannabis vem sendo estudada há décadas por pesquisadores. Mas a Anvisa se voltou para um de seus compostos, o CBD, há cerca de 40 dias, quando tomou conhecimento de que algumas famílias estavam importando sem autorização um remédio à base da substância, alegando impossibilidade de adquirir o produto de maneira legal (leia histórias de pessoas que se beneficiaram com o uso da erva ao longo desta reportagem). Há anos brasileiros recorrem à maconha medicinal, por conta própria, como último recurso para aliviar o sofrimento em situações-limite, como espasmos que impedem a pessoa de caminhar, convulsões e efeitos colaterais drásticos decorrentes de quimioterapia, entre outros sintomas. O que parece ter sacudido a equipe da agência foi a repercussão da história da menina Anny Fischer, 6 anos (leia na pág. 57). Sua história foi contada no documentário “Ilegal”, de Tarso Araújo, autor do “Almanaque das Drogas”, e ela passou a ser uma referência na luta pela importação do medicamento. Pioneiro na pesquisa sobre o assunto, o psicofarmacologista Elisaldo Carlini, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), explica que a maconha possui 66 canabinoides, substâncias de estrutura química peculiar que atuam em receptores do cérebro. “Entre eles, o THC e o CBD são estudados há mais tempo”, afirma Carlini, ele próprio autor de um trabalho de 1980 que demonstrava o uso terapêutico da cannabis em casos de epilepsia. Segundo o professor do laboratório de neurobiologia e comportamento da Universidade de Brasília (UnB), Renato Malcher, os canabinoides têm capacidade de atuar em diferentes males e imitam substâncias produzidas pelo nosso próprio organismo, em um sistema descoberto há cerca de duas décadas chamado endocanabinoide. “Eles controlam a hiperatividade dos neurônios, que são todos interconectados”, diz Lopes. Por isso, são tão citados em casos de convulsões e epilepsia, por exemplo. “Também evitam ruídos mentais no cérebro dos autistas.” A quantidade dos compostos necessários para um tratamento vai depender de cada caso, mas sabe-se que, enquanto o THC é euforizante, o CBD é ansiolítico. Se, por um lado, está claro que muitos pacientes seriam beneficiados pela regulamentação da maconha medicinal, por outro, ainda há uma grande resistência social em torno da erva. A primeira coisa que vem à cabeça quando se fala em cannabis é um cigarro de maconha. Mas, quando o assunto é saúde, pensar só no baseado é o primeiro erro. Um exemplo que ilustra essa questão é a planta da papoula, que pode gerar tanto a heroína, droga ilícita, quanto a morfina, analgésico muito utilizado para controle de dores fortes. Usar maconha terapeuticamente, portanto, não tem relação com ficar entorpecido – mesmo os portadores de doenças que fumam o baseado afirmam que só o fazem por não haver outra alternativa. Mas, apesar de a prescrição medicinal não ter relação com o uso recreativo da droga, como fazem questão de frisar os especialistas, a liberação dos medicamentos pela Anvisa irá colaborar para quebrar o estigma sobre esse entorpecente e deve contribuir para o debate sobre a sua descriminalização. Tão difícil quanto a mudança na legislação é a mudança de postura entre a comunidade médica. Pudera, já que, de acordo com a legislação sobre drogas, prescrever uma substância proibida é crime. Há receio, mas também há desinformação. Coordenador do comitê de ética em pesquisa do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), Carlos Henrique Silva afirmou durante o IV Simpósio Internacional da Cannabis Medicinal, realizado em meados de maio, em São Paulo, nunca ter ouvido proposta de uso da planta no tratamento da doença, mesmo com depoimentos de pessoas relatando, durante o mesmo simpósio, que os efeitos da quimioterapia são amenizados pela maconha. A maioria dos médicos dos pacientes entrevistados para esta reportagem também preferiu não se manifestar. Segundo Carlos Vital, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, o uso medicinal da maconha será discutido pela entidade, que pode reconhecer a validade terapêutica. Colocar todas as ações relacionadas às drogas no mesmo patamar, o do crime, parece ser a maior falha da legislação brasileira. Até órgãos multilaterais se manifestaram sobre a questão. A Organização dos Estados Americanos (OEA), por exemplo, divulgou relatório em maio do ano passado afirmando que despenalizar, e não criminalizar usuários, deve ser a base para políticas de saúde pública. “A lei sobre drogas permite o uso medicinal, mas não há regulamentação. O que falta é a Anvisa dizer como se faz o uso terapêutico”, afirma o advogado Emílio Figueiredo, que defende cultivadores e usuários medicinais. É inconcebível, portanto, que uma pessoa que importe um remédio ou sementes para o tratamento de uma doença própria seja enquadrada como traficante internacional. “Teoricamente, é o que acontece hoje”, diz Figueiredo. Assim, o próximo passo da regulamentação do uso por doentes é garantir que o paciente usuário da droga não seja considerado criminoso. PIONEIRO - Elisaldo Carlini, da Unifesp, pesquisa as propriedades medicinais da maconha há mais de 30 anos Com toda a discussão sobre maconha medicinal no mundo, a indústria farmacêutica começa a lidar com um novo mercado. No Brasil, o laboratório Ipsen tem uma parceria com a empresa GW Pharmaceutical, detentora do Sativex, spray contendo THC e CBD. “Por isso, há planos de promover e distribuir o Sativex na América Latina”, afirma Mauricio de Souza, diretor médico do Ipsen. Por enquanto, a equipe trabalha em um dossiê regulatório antes de solicitar o registro à Anvisa. De acordo com a agência, se houver um pedido de registro, uma área técnica fará a análise e, caso aprovado, o medicamento deverá ser registrado com algum tipo de restrição, já que o CBD entra como substância de uso controlado. Mas o passo mais importante é a pesquisa, ainda restrita e dificultada pela burocracia de importação. Elisaldo Carlini, pesquisador da Unifesp que tenta desde 2010 criar uma agência brasileira da cannabis medicinal, afirma que os entraves do governo impedem o avanço científico. “Tentamos importar compostos e um medicamento para um estudo, mas parou na Anvisa. Agora, para tirar de lá, temos que pagar R$ 9 mil em taxas. Quando um centro de pesquisa de uma universidade pública vai ter esse dinheiro?” Além da Unifesp, a Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto estuda há alguns anos a função da maconha para tratamento do mal de Parkinson. Recentemente, divulgou um novo estudo sobre o uso do CBD para controle de distúrbios do sono ligados à doença. O psiquiatra Arthur Guerra de Andrade, coordenador do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas (Grea) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, salienta a importância da produção científica para disseminar os benefícios da maconha medicinal. “A maconha tem propriedade terapêutica e funciona para algumas patologias? Sim. Funciona melhor do que medicamentos que temos hoje? Não sabemos. Acho que faltam mais dados científicos e comparações”, diz. Segundo ele, o fato de a maconha ainda ser ilícita faz com que comitês de ética de universidades e de órgãos públicos resistam em liberar a pesquisa. “O estudo dessa droga necessita que sejamos mais ousados.” Os pacientes agradeceriam. Fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/364676_MACONHA+MEDICINAL+NO+BRASIL?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage
  9. A cachaça de maconha febre no sertão Encravado no “polígono da maconha”, região pernambucana famosa pela produção da erva em áreas irrigadas pelo rio São Francisco, o município de Cabrobó (a 531 km do Recife) vem se tornando conhecido por um “souvenir” peculiar: uma cachaça artesanal com raiz de maconha, a “Pitúconha”. É fácil encontrá-la em bares e carrinhos que vendem espetinhos de carne. Os interessados encontram o produto tanto em dose (R$ 1) como em garrafa. Com o rótulo que se apropria da tradicional marca pernambucana de aguardente Pitú, essa caninha sai por R$ 30. “Aguardente de cana adoçada com raiz de maconha”, informa, sem pudor, o rótulo da garrafa de 965 ml. “O Ministério do Transporte adverte: o perigo não é um jumento na estrada. O perigo é um burro no volante”, completa, em tom jocoso, o aviso da embalagem. A Folha conversou com um servidor municipal que, aos finais de semana, vende doses de cachaça de maconha em seu carrinho de churrasco. Ele diz que algumas pessoas coletam as raízes que sobram das operações policiais de erradicação dos pés de maconha e vendem para os produtores de cachaça. Um saco de 30 kg sai a R$ 100. O servidor, que vende a cachaça há cinco anos, afirma que chega a comercializar até seis garrafas por semana. “Já virou souvenir. Tem um pessoal do banco que compra de carrada. O pessoal tem muito interesse de conhecer. Houve até um leilão na capital. Saiu por R$ 200″, afirma. ILEGAL Segundo a Polícia Federal, ainda não há clareza sobre a situação legal da bebida. Perícia feita pela PF no ano passado indicou pequenas concentrações de THC (tetraidrocanabinol), o princípio ativo da maconha, nas raízes. Desde o início do ano, policiais federais e colaboradores que participam das operações de erradicação de plantações da droga foram proibidos de trazer e distribuir as raízes, que, ao contrário do restante da planta, não são incineradas. “Se você for levar ao pé da letra, seria crime [a comercialização da raiz e, consequentemente, da bebida] porque tem o princípio ativo. Só que a concentração é baixíssima. É uma questão que ainda não se tem uma posição definida”, afirma Carlo Correia, chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal em Pernambuco. De acordo com o artigo 2º da lei 11.343/2006, “ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas”. A exceção é para autorizações legais e para o que estabelece a Convenção de Viena (1971) a respeito de plantas de uso “ritualístico-religioso”. “A lei não especifica a quantidade de THC. A questão é de ordem prática: a concentração é muito pequena. Não existe uma repressão sistematizada até hoje”, diz o delegado. Correia afirma que há quem peça raízes aos policiais para tratar dor na coluna, problemas de estômago e asma. “Não existe nenhuma comprovação científica de que a raiz de maconha tenha alguma função terapêutica”, diz o delegado. Fonte: http://brasil.blogfolha.uol.com.br/2014/05/23/a-cachaca-de-maconha-febre-no-sertao/
  10. Hoje começa o ciclo de debates da mostra “A história da Cannabis – Uma planta Proibida”, que estreou semana passada, com peças e conteúdo do Hash, Marijuana and Hemp Museum, de Amsterdã. Mais do que contar história, essa exposição faz história. É a primeira mostra brasileira exclusivamente dedicada a essa planta pra lá de polêmica – e útil. No debate de hoje, às 20h, eu, o neurobiólogo Renato Filev e os pacientes Maria Antônia e Gilberto Castro falaremos sobre maconha medicinal. Nas próximas duas semanas, sempre às quartas, às 20h, tem mais duas rodadas de conversas – a programação está no flyer aí de cima. Essa exposição coroa um momento especial do debate sobre regulamentação da maconha – e sobre guerra às drogas, de modo geral. Este tem sido maio de vitórias, de consolidação e de novas demandas no alto-falante. Ter uma exposição sobre a história da cannabis nesse momento é emblemático e simbólico. Além de mostrar cerca de 90 objetos, fotos e painéis, a mostra tem uma versão enxuta da linha do tempo do especial A Revolução da Maconha, que fiz para a revista Superinteressante. E outra coisa igualmente superinteressante: uma mostra de cinema! A Matilha programou em sua sala exibições gratuitas de Cortina de Fumaça, de Rodrigo McNiven, e Quebrando o Tabu, de Fernando Grostein, entre outros filmes. Oportunidade boa de ver (ou rever) na telona esses dois já clássicos libelos contra a guerra às drogas. E todas as sessões da mostra são abertas pela versão estendida do Ilegal, com 22 minutos, preparada apenas para exibição em cinema. Imperdível. A programação completa está no site da Matilha Cultural, que fica na rua Rego Freitas, 542, Consolação. Antes de ir para lá, recomendo que você leia a entrevista abaixo, com Rebeca Lerer, curadora da mostra e fundadora da rede Pense Livre. Rebeca, qual a importância de uma exposição como essa na Matilha? É algo fundamental para aprofundar o conhecimento de uma forma qualificada sobre a planta Cannabis. O objetivo da exposição é trazer informações sobre o histórico de uso da planta. Hoje só se fala do aspecto droga, aos poucos começamos a falar dela como medicamento, mas tem muito mais que isso. A fibra de cânhamo foi um dos produtos agrícolas mais importantes da história da civilização ocidental. Trazer isso à tona, educar as pessoas sobre isso, ajuda a diminuir o estigma e a ignorância sobre a cannabis e melhora a discussão sobre as leis que atualmente controlam o cultivo e o uso dessa planta. Como está organizada a exposição? O conteúdo está estruturado em quatro eixos: medicinal, industrial, histórico/cultural e proibição. A ideia foi mostrar esses quatro aspectos da Cannabis do pontos de vista histórico e contemporâneo. Em todos os temas há ilustrações e objetos que contextualizam a cannabis em diferentes momentos do desenvolvimento da nossa sociedade. A parte medicinal, por exemplo, mostra como ela era usada com medicamento há muitos anos. Tem vidros de remédio e prescrições de cannabis do século 19, mostrando como a maconha já foi um dos principais remédios da nossa farmacopeia e que como a proibição nos privou do acesso a esse medicamento, deixando milhões de pessoas sem acesso a esse tratamento. Na parte industrial, as pessoas se surpreendem de ver que a cannabis foi fonte de uma fibra tão importante. Elas nem sabem que a planta foi e continua sendo usada para fabricação de tecidos, cordas e outros bens industriais. Na exposição elas se dão conta disso vendo os tecidos feitos de cânhamo, a roca antiga usada para tecelagem e outros itens modernos, como um painel de carro feito de bioplástico de hemp, biodegradável, reciclável e deixa os carros mais leves, diminuindo o consumo de petróleo. Esse item é um exemplo de que a tecnologia pode fazer bom uso dessa planta hoje em dia também. Ela pode ser tão importante agora como foi no tempo do descobrimento das Américas, quando as velas e as cordas dos barcos eram todas de cânhamo. E foi difícil trazer tantos produtos de cannabis para o Brasil? Totalmente! A primeira grande dificuldade foi achar um despachante. Falamos com uns 20, sem exagero. Cada um indicava seu concorrente, querendo passar a bucha adiante. A gente percebeu que tem uma ignorância tremenda sobre o assunto e um tabu nos serviços oficiais, só por causa do tema da exposição. Apesar de não trazer nada de planta ou semente, tudo era superdifícil por causa da simples ignorância. Ninguém sabia que tipo de autorização cada um dos 90 objetos que trouxemos precisava para entrar no país. Para alguns precisava de autorização da Anvisa, para outros, da Secretaria de Comércio Exterior, outros do Ministério da Agricultura. Até a Receita Federal ficou meio confusa, em dúvida sobre os produtos de cânhamo. Afinal achamos um despachante que assumiu um risco, entendeu o que a gente queria fazer. Ele viu que havia um risco mas decidiu comprar essa briga. Agradeço muito ao Victória Logística. Eles tinham medo de que? De serem acusados de tráfico? Ou de tráfico, ou apologia ao crime. As pessoas têm medo de falar sobre esse assunto publicamente. Era pura ignorância, porque nada procedia. Na medida em que entrávamos com os documentos, as licenças saiam. A burocracia foi complicada como é com qualquer exposição. Mas o medo das pessoas se queimarem por se associar à causa tornou tudo mais difícil. Foi como na época em que saiu a semSemente (primeira revista de cultura canábica do Brasil), quando a gráfica não quis imprimir. E rolou algum outro esforço para evitar problemas? A gente mandou carta para embaixada do Brasil na Holanda e da Holanda no Brasil para deixar nossas intenções claras e ninguém nos acusar de apologia ou qualquer tipo de comportamento ilícito. Também procuramos antecipadamente o Ministério Público Estadual. Foi uma oportunidade de falar com os promotores antes, para evitar acusações de apologia. E nisso também a exposição ajuda a discussão política. Vira uma ferramenta para abrir o diálogo. Estamos conversando e falando sobre maconha com o mesmo MP que dois anos atrás impedia a realização da Marcha da Maconha em SP. É mais uma prova concreta de como a gente avançou no debate. Acha que a exposição contribui para avançar ainda mais? Certamente. Aos poucos, o tabu vai sendo quebrado. Os médicos vão se sentindo à vontade para falar sobre cannabis, os jornalistas para falar de modo adequado sobre o assunto. E a sociedade vai se preparando para discutir o assunto de forma embasada, sem medo. Não dá mais para viver nesse medo. A exposição ajuda a quebrar esse tabu chamando a atenção de outras mídias. Eu dei entrevista para o programa do Amaury Junior, por exemplo, que viu ali uma oportunidade de abordar esse assunto de uma maneira neutra, que não fala só da droga, mas do conteúdo histórico, com acervo de um museu holandês. Acaba pautando veículos que talvez não estivessem prontos para lidar com esse assunto. Coloca a questão das drogas no lugar a que ela pertence, que é o da cultura e do comportamento. Hoje a gente só fala de drogas nos âmbitos da saúde e da justiça criminal; mas a ciência mostra que a imensa maioria dos usuários de cannabis (mais de 90%) não desenvolvem uso problemático nem se envolvem em atividades criminosas. Trazer essa discussão para o campo da cultura e do comportamento ajuda a mudar a percepção pública e normalizar a discussão. É um gancho para trazer amigos e familiares e falar abertamente sobre o assunto. Passou da hora do usuário sair do armário e lutar pelos seus direitos também. Fonte: http://super.abril.com.br/blogs/psicoativo/2014/05/21/estreia-hoje-ciclo-de-debates-sobre-maconha-na-matilha-cultural/
  11. Feliz demais pela vitória da mãezinha que poderá tratar sua filha! Momento de reflexão agora, pois nem sei o que dizer. Feliz de uma orelha a outra! Prevejo recorde de postagens nesse topico!
  12. Alguém conhece uma maneira de tornar público o tamanho da falta de conhecimento, burrice e imbecilidade desse suposto agente da lei ? Pow delegado, PQP, mas você é burro demais, buuuuurro demais ! Acho que tá na Divisão errada ! Vai vendo o nível de instrução! Dá pena !
  13. Assinado. Passou das 300 assinaturas, rumo as 500 ... go go go !
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