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  1. Are Marijuana Allergies The Real Deal? How Negative Reactions To Cannabis May Even Spur Food Allergies By Lizette Borreli | Apr 10, 2014 01:56 PM EDT Fonte:http://www.medicaldaily.com/are-marijuana-allergies-real-deal-how-negative-reactions-cannabis-may-even-spur-food-allergies Do marijuana allergies actually exist? Exposure to Cannabis sativa could lead to hay fever, pink eye, skin rashes, and asthmatic symptoms, possibly increasing vulnerability to food allergies. Photo courtesy of Shutterstock As the momentum for the legalization of marijuana continues to grow in high numbers across the U.S., exposure to the plant has become inevitable. In most areas of the U.S. and Europe, the plant is still grown indoors, limiting the risk of exposure to the general population. However, restrictions on where cannabis can be grown are starting to loosen, increasing the likelihood of the plant’s pollen-producing allergic reactions. According to a recent study published in the journal Revue Française d'Allergologie, allergic reactions to marijuana when smoking, inhaling, or chewing the plant are starting to emerge, drawing the attention of researchers. “Allergy to illicit drugs and narcotics has rarely been reported in the medical literature. Nevertheless, in the past few years there appears to be a considerable increase in the prevalence of this allergy, in particular, allergy to Cannabis sativa (Indian hemp) is growing,” wrote the team of Belgian researchers in their report. The literature available on the allergic reactions to marijuana provides some insight as to the potential of cross-reactivity with other pollens and foods. It also makes clear that marijuana can be an allergen not only by inhalation but also by ingestion. The team of researchers at the University of Antwerp in Belgium, working in the Allergy, Immunology and Rheumatology Department of the School of Medicine, focused in particular on Cannabis sativa. They will present their study at the 2014 Congress of French-Speaking Allergists, taking place in Paris starting April 16. The allergists indicated that the plant can cause allergic rhinitis (hayfever), conjunctivitis (pink eye), skin rashes, and asthmatic symptoms when smoked, inhaled, or chewed. They believe people who are exposed to the plant’s pollen are most likely to experience these symptoms that are similar to common allergens such as pollen, grasses, and ragweed. In a 2000 study, the inhalation of marijuana pollen was found to produce respiratory allergic symptoms. The team of researchers examined whether cannabis could be a clinically important allergen by determining cannabis pollination patterns in Omaha for five years, the prevalence of skin test positivity, and the association with respiratory problems. Out of 78 patients who were randomly tested for allergic rhinitis and/or asthma symptoms during the cannabis pollination period, 22 claimed respiratory symptoms in the July-September period. The findings suggest that cannabis could be a clinically important aeroallergen for certain patients. The researchers of the most recent study not only explored the effects of the plant’s pollen but also the potential cross-reactive effects of cannabis — since exposure to the plant can lead to allergic reactions to other plants, specifically foods, the NY Daily News reported. This is known as the “cannabis-fruits/vegetables” syndrome which is said to involve a protein labelled Can s 3. This syndrome is supported by a 2013 study that found there is a lipid transfer protein (LTP) in Cannabis sativa that shares cross-reactivity with a number of different foods. LTP is known as an important allergen in plant and fruit allergies. The study found plant food allergy in patients with documented cannabis allergy had more severe reactions than patients without cannabis allergy. Cannabis abuse can lead to cannabis allergy with sensitization to nonspecific (ns)-LTP, according to the study. The sensitization may result in various plant-food allergies. Although an allergy to marijuana is considered rare, a few reports of cannabis allergies have been documented, as lipid transfer protein was recently identified as an allergen in one case. The most recent study from University of Antwerp in Belgium suggests marijuana allergies could grow in record numbers over the next few years as cannabis is becoming legalized, and restrictions on growing the plant are loosening in several states in the U.S. Based on procedures conducted in several studies, the American Academy of Allergy, Asthma & Immunology suggests performing a marijuana skin test prior to use, for those who suspect an allergy to the plant. Sources: Bridts CH, Ebo DG, Sabato V, Van Gasse AL. Emerging allergens: Cannabis. Revue Française d'Allergologie. 2014. Casale TB, Ford LB, Hartel R, and Stokes JR. Cannabis (hemp) positive skin tests and respiratory symptoms. Ann Allergy Asthma Immunol. 2000. Bridts CH, De Clerck LS, Ebo DG, et al. New food allergies in a European non-Mediterranean region: is Cannabis sativa to blame? Int Arch Allergy Immunol. 2013. TRADUTOR BING Maconha alergias são perigosos? Como reações negativas de Cannabis podem até estimular alergias alimentares Por Maria Helena Borreli | 10 de abril de 2014 01:56 PM EDT Alergias de maconha realmente existem? Exposição à Cannabis sativa pode levar a febre do feno, conjuntivite, erupções cutâneas e sintomas asmáticos, possivelmente crescente vulnerabilidade para alergias alimentares. Foto cortesia do Shutterstock Como o impulso para a legalização da maconha continua a crescer em números elevados em todos os EUA, exposição à planta tornou-se inevitável. Na maioria das áreas dos EUA e da Europa, a planta é ainda cultivada dentro de casa, limitando o risco de exposição para a população em geral. No entanto, restrições sobre onde a cannabis pode ser crescido começam a afrouxar, aumentando a probabilidade de reações alérgicas produtoras de pólen da planta. De acordo com um estudo recente publicado no jornal Revue Française d'Allergologie, reações alérgicas a maconha quando fumar, inalar ou a mascá estão começando a surgir, chamando a atenção dos pesquisadores. "Alergia a drogas ilícitas e narcóticos raramente tem sido relatada na literatura médica. No entanto, nos últimos anos parece ser um considerável aumento na prevalência desta alergia, em particular, alergia a Cannabis sativa (cânhamo indiano) está crescendo,"escreveu a equipe de pesquisadores belgas em seu relatório. A literatura disponível sobre as reações alérgicas à marijuana fornece algumas dicas sobre o potencial de reatividade cruzada com outros pólenes e alimentos. Também deixa claro que a maconha pode ser um alérgeno não só por inalação, mas também por ingestão. A equipe de pesquisadores da Universidade de Antuérpia, na Bélgica, trabalhando em alergia, imunologia e departamento de Reumatologia da faculdade de medicina, em especial focada em Cannabis sativa. Apresentará seu estudo para o 2014 Congresso da Francofonia alergistas, tendo lugar em Paris a partir de 16 de abril. As alergistas indicaram que a planta pode causar a rinite alérgica (febre do feno), conjuntivite (conjuntivite), erupções cutâneas, sintomas asmáticos quando fumado, inalado ou mastigado. Eles acreditam que as pessoas que são expostas ao pólen da planta são mais propensos a experimentar estes sintomas que são semelhantes aos alérgenos comuns tais como o pólen, gramíneas e ambrósia. Em um estudo de 2000, a inalação de pólen de maconha foi encontrada para produzir sintomas respiratórios alérgicos. A equipe de pesquisadores examinada se a cannabis pode ser um alérgeno clinicamente importante por determinar padrões de polinização de cannabis em Omaha por cinco anos, a prevalência de positividade do teste de pele e a associação com problemas respiratórios. 78 pacientes que foram testados aleatoriamente para rinite alérgica e/ou sintomas de asma durante o período de polinização de cannabis, 22 alegaram sintomas respiratórios no período de julho a setembro. Os resultados sugerem que a cannabis pode ser um aeroallergen clinicamente importante para determinados pacientes. Os pesquisadores do estudo mais recente não só exploraram os efeitos do pólen da planta, mas também os potenciais efeitos cross-reactive de cannabis — desde que a exposição à planta pode levar a reações alérgicas a outras plantas, alimentos, especificamente, o NY Daily News relatou. Isso é conhecido como a síndrome de "cannabis-frutas/legumes", que envolvem uma proteína rotulada Can s 3. Esta síndrome é suportado por um estudo de 2013 que descobriu há uma proteína de transferência de lipídios (LTP) em Cannabis sativa que compartilha a reactividade cruzada com um número de diferentes alimentos. A LTP é conhecida como um importante alérgeno em vegetais e frutas alergias. O estudo constatou que a alergia alimentar de planta em pacientes com alergia documentada cannabis teve reações mais graves do que pacientes sem alergia de cannabis. Abuso de cannabis pode levar a alergia de cannabis com sensibilização para inespecíficos (ns)-LTP, de acordo com o estudo. A sensibilização pode resultar em várias alergias de alimento de planta. Embora uma alergia a maconha é considerada rara, que alguns relatos de alergias de cannabis foram documentados, como transferência de lipídios proteína foi recentemente identificada como um alérgeno em um caso. O mais recente estudo da Universidade de Antuérpia na Bélgica sugere alergias de maconha poderiam crescer em número recorde nos próximos poucos anos como cannabis é tornar-se legalizado e restrições ao crescimento da planta são afrouxamento nos vários Estados em os EUA com base em procedimentos realizados em vários estudos, a academia americana de alergia, asma & Imunologia sugere a realização de um teste de pele de maconha antes da utilização, para aqueles que se suspeita de uma alergia à planta. Fontes: Bridts CH, Ebo DG, Sabato V, Van Gasse AL. Emerging alérgenos: Cannabis. Revue Française d'Allergologie. 2014. Casale TB, Ford LB, Hartel R e Stokes Jr Cannabis (cânhamo) testes positivos de pele e sintomas respiratórios. Ann Allergy Immunol de asma. 2000. De Clerck LS Bridts CH, Ebo DG, et al. Novas alergias de alimento em uma região não-Mediterrâneo Europeu: Cannabis sativa é o culpado? Int Arch Allergy Immunol. 2013.
  2. Law professors demand cannabis legalization http://www.dw.de/law-professors-demand-cannabis-legalization/a-17559144 10-Abril-2014 Over 120 German professors of criminal law are supporting an initiative to legalize cannabis. They have called on the Bundestag to discuss the issue. Merkel's coalition is skeptical. Around 3 million Germans regularly smoke marijuana. Some 14 million are estimated to have tried the drug at least once. It's not punishable by law in Germany to use pot, but it is to sell and grow it. Several legal experts believe that criminal prosecution of cannabis users doesn't serve the desired purpose. Lorenz Bollinger, emeritus professor of criminal law at Bremen University, founded the ‘Schildow Circle' two years ago. It now consists of 122 criminal law professors who are campaigning to legalize the sale and ownership of marijuana. In November 2013, the group called on the lower house of parliament to set up a cross-party working group to look into Germany's narcotics laws and assess the efficacy of current drug policies. Now, two opposition groups in the Bundestag, the Greens and the Left party, have agreed to back the idea. Lorenz Böllinger hopes that some Social Democrats could follow suit. At least 120 parliamentarians are needed for the commission to be set up. The two opposition groups alone have 127 seats in the parliament. Failed biographies "Marijuana consumers are being criminalized," Bölinger has criticized, because they are forced to buy the drug expensively off black market dealers. They could get involved with the wrong people, said Böllinger. "It can ruin young people's lives - and most of those who try weed are young people - if they are caught and the charge appears on their criminal record. They may have difficulty getting a job, or could be stripped off their driving license, etc. In short, it could send them off the rails." Marlene Mortler, Germany's commissioner on drug-related issues, strongly rejects the legalization of cannabis, pointing to health risks. "We must not underestimate the health risks for young people, in particular," reads a statement on the commissioner's website. "Regular cannabis consumption leads to considerable health damage, and can lead to psychoses and addiction." Many Germans are in favor of cannabis legalization But Böllinger rejects these arguments. Cannabis, he says, is only dangerous for people who have an inclination for addiction anyway. And if the dug were legal, he argues, there would be the option of educating young people about the risks of marijuana consumption - much like prevention campaigns about alcohol and cigarette consumption. Drug dealers are a source of danger There is another reason why Böllinger and others are campaigning to decriminalize cannabis: the desire to improve quality controls. Georg Würth, chairman of the German cannabis association, tells the story of a drug dealer in Leipzig who had cut his cannabis with lead sulfide. As a result, more than 100 people were hospitalized. "The problems with diluents have drastically increased over the last few years," Würth told DW in an interview. "Some add sugar and liquid plastic which dries on the weed." The campaigners for legalization argue that it would be much easier to control the use of dangerous diluents - if cannabis were legal in Germany. Hubert Wimber is a policeman who supports the idea of legalizing cannabis. ”Hubert Wimber, superintendent with the Münster police, is also in favor of changing German law. "Criminal prohibition has failed," Wimber told DW, adding that the threshold to use cannabis was very low despite the ban. Too much money was spent on prosecution and too little on prevention and rehabilitation. Wimber doesn't believe that legalization has a chance with the current German government. But he still supports the initiative. "Occasionally, Germany can learn lessons from other countries, too,” said Wimber with a twinkle in his eye. He points to the latest success stories of cannabis legalization. Last year, Uruguay became the first country worldwide to legalize the controlled trade as well as the production of cannabis. And in the US, the states of Colorado and Washington have allowed citizens to use marijuana on a recreational basis. BING TRADUTOR Professores do direito penal alemão estão apoiando Legalização de cannabis Mais de 120 professores do direito penal alemão estão apoiando uma iniciativa para legalizar a maconha. Eles pediram o Bundestag para discutir o assunto. Coalizão de Merkel é cético. Cerca de 3 milhões de alemães regularmente fumam maconha. Uns 14 milhões são estimados para ter experimentado a droga pelo menos uma vez. Não é punível por lei na Alemanha para usar maconha, mas é para vender e cultivá-lo. Vários juristas acreditam que uma acusação criminal de consumidores de cannabis não têm a finalidade desejada. Lorenz Bollinger, professor emérito de direito penal na Universidade de Bremen, fundou o círculo' Schildow' há dois anos. Agora consiste em 122 professores de direito penal que estão em campanha para legalizar a venda e posse de maconha. Em novembro de 2013, o grupo chamado na câmara baixa do Parlamento para definir um grupo de trabalho transversal a olhar para as leis de narcóticos da Alemanha e avaliar a eficácia das actuais políticas de drogas. Agora, dois grupos de oposição no Parlamento Federal, os verdes e o partido da esquerda, aceitaram a idéia de volta. Lorenz Böllinger espera que alguns democratas sociais poderiam seguir o exemplo. Pelo menos 120 parlamentares são necessários para a Comissão a ser configurado. Os dois grupos de oposição sozinhos tem 127 assentos no Parlamento. Falha de biografias "Os consumidores de maconha estão sendo criminalizados," Bölinger tem criticado, porque eles são forçados a comprar a droga cara traficantes de mercado negro. Eles poderiam se envolver com as pessoas erradas, disse Böllinger. "Isso pode arruinar a vida dos jovens - e a maioria daqueles que tentam erva são jovens - se eles são capturados e a carga aparece na sua ficha criminal. Eles podem ter dificuldade em conseguir um emprego, ou poderiam ser tirou sua carta de condução, etc. Em suma, ele poderia enviá-los fora dos trilhos." Comissário Marlene Mortler, da Alemanha, sobre questões relacionadas com a droga, fortemente rejeita a legalização da maconha, apontando para os riscos de saúde. "Não devemos subestimar os riscos de saúde para os jovens," em particular, lê uma declaração no site do Comissário. "O consumo regular de cannabis leva a danos consideráveis de saúde e pode levar a psicoses e dependência." Muitos alemães são a favor da legalização da maconha Mas Böllinger rejeita estes argumentos. Cannabis, ele diz, só é perigoso para as pessoas que têm uma inclinação para a dependência de qualquer maneira. E se o dug eram legal, ele argumenta, haverá a opção de educar os jovens sobre os riscos do consumo de maconha - muito parecido com as campanhas de prevenção sobre o consumo de álcool e cigarro. Traficantes de drogas são uma fonte de perigo Há outra razão por que Böllinger e outros estão em campanha para descriminalizar a maconha: o desejo de melhorar a controles de qualidade. Georg Würth, presidente da associação alemã de cannabis, conta a história de um traficante de drogas em Leipzig que havia cortado sua cannabis com sulfureto de chumbo. Como resultado, mais de 100 pessoas foram hospitalizadas. "Os problemas com diluentes têm aumentado drasticamente nos últimos anos," Würth disse DW em uma entrevista. "Alguns adicionam açúcar e plástico líquido que seca com a erva." Os activistas para legalização argumentam que seria muito mais fácil de controlar o uso de diluentes perigosos - se maconha fosse legal na Alemanha. Hubert Wimber é um policial que apoia a ideia de legalização da maconha. "Hubert Wimber, Superintendente da polícia de Münster, também é a favor de mudar a lei alemã."Wimber "proibição penal falhou, disse a DW, acrescentando que o limite para usar cannabis era muito baixo, apesar da proibição. Muito dinheiro foi gasto na acusação e muito pouco na prevenção e reabilitação. Wimber não acredita que a legalização tem uma chance com o atual governo alemão. Mas ele ainda apoia a iniciativa. "Ocasionalmente, Alemanha pode aprender lições de outros países, também," disse Wimber com um brilho nos olhos. Ele aponta para as histórias de sucesso mais recentes da legalização da maconha. No ano passado, o Uruguai se tornou o primeiro país do mundo a legalizar o comércio controlado, bem como a produção de cannabis. E nos Estados Unidos, os Estados de Colorado e Washington permitiram que os cidadãos a usar maconha de forma recreativa.
  3. "Imprensa tem preconceito com qualquer tema tabu", diz autor do "Almanaque das Drogas" Lucas Carvalho* | 03/04/2014 15:45 http://www.portalimprensa.com.br/noticias/brasil/64995/imprensa+tem+preconceito+com+qualquer+tema+tabu+diz+autor+do+almanaque+das+drogas Tarso Araújo é um jornalista viciado em falar sobre drogas. Começou a pesquisar o assunto em 2006, quando atuava como freelancer para diversas revistas da editora Abril, como a Superinteressante, Mundo Estranho, Capricho e Placar. Interessado em ampliar o debate e oferecer uma fonte abrangente de informação sobre o tema, Tarso lançou em 2012 o “Almanaque das Drogas”, pela editora Leya. Crédito: Patrícia Stavis Jornalista reúne informações sobre drogas em livro “Durante todo aquele tempo pesquisando o assunto, me dei conta de que não existia um livro com informação sobre drogas para o público leigo. Era uma literatura que faltava no Brasil, em português. [...] Quando tive a oportunidade, eu propus a ideia de um livro sobre drogas para um editor e ele topou na hora”, conta o jornalista. O “Almanaque das Drogas” apresenta em quase 400 páginas, 200 fotos e mais dezenas de ilustrações e infográficos uma rica pesquisa sobre todo tipo de substância psicoativa conhecida — lícitas, proibidas, sintéticas, naturais, estimulantes, depressoras e alucinógenas. A obra apresenta a história, a composição química das drogas, além de sua influência em questões sociais, políticas e econômicas. Desde a cafeína até a metanfetamina. “É importante que as pessoas conheçam o que elas estão usando, porque o problema não é com as drogas, mas com o jeito que a gente usa, a relação que estabelecemos com elas. Muitas vezes, essa relação se desenvolve de uma maneira problemática, porque as pessoas não têm informação sobre os perigos que as drogas podem representar”, diz. Desafios na produção O desenvolvimento do livro durou cerca de um ano. Tarso revela que reunir dados concretos e informações atualizadas sobre o assunto foi o maior desafio devido à falta de conteúdo acadêmico disponível. “No caso da história das drogas, existem pouquíssimas publicações que a olhem como um todo. Ou o cara estuda a história de uma droga específica, ou ele estuda um período específico. Então eu tive que fazer um grande trabalho de compilação, usando muitas fontes diferentes.” Crédito:Divulgação Edição atualizada será lançada em 2015 Para o jornalista, o capítulo mais difícil de produzir no livro foi o sobre economia. “O aspecto econômico é muito difícil de se pesquisar, porque existem poucos estudos acadêmicos sobre economia das drogas, de mercados ilegais etc. A informação pra valer, a que mais importa, está nas mãos de dois tipos de pessoa: policiais e traficantes. E essas duas fontes são muito difíceis de se abrir. Mas, no fim, a parte de economia ficou muito interessante, acho que é uma das mais legais do livro, porque é justamente baseada nesse tipo de fonte ‘quente’.” Mas a parte de pesquisa e a tarefa de reunir e organizar os dados não foi o único desafio do jornalista. Para ele, o momento de colocar as informações no papel e encontrar a linguagem ideal para sua redação foi um trabalho duro. “O desafio é conseguir escrever sobre um tema polêmico como esse sem tomar partido, sem puxar sardinha para essa ou aquela opinião ou ponto de vista. Não era a minha intenção fazer nenhum tipo de proselitismo, defender essa ou aquela causa. Meu objetivo era realmente informar e fazer isso de uma maneira que o leigo entendesse. Transformar um assunto complexo num texto que seja simples para qualquer adolescente entender”, conta. A importância do debate O tema tem voltado à pauta da imprensa nos últimos meses após a legalização da maconha no Uruguai e os projetos de liberação da cannabis medicinal em diversos distritos dos Estados Unidos. Tarso conta que uma nova edição está sendo planejada para 2015, englobando esse novo cenário internacional em que as drogas se encaixam. Enquanto isso, o jornalista trabalha numa outra frente: a campanha “Repense”. O projeto de crowdfunding registrado no Catarse propõe a criação de um canal de comunicação sobre o uso da folha da maconha, a cannabis sativa, em tratamentos médicos. Para promover a campanha, Tarso dirigiu o documentário em curta-metragem “Ilegal” sobre uma mãe que importa de maneira ilícita o canabidiol, medicamento derivado da planta proibido no Brasil, para tratar a filha que possui uma rara doença genética. “A imprensa cobre [o assunto drogas] relativamente pouco. Ultimamente, isso tem mudado. Tem coberto um pouco mais. Mas a gente não tem coberto melhor. [...] Ano passado, a grande imprensa deu bastante atenção ao assunto ‘maconha’, ‘descriminalização’ e ‘legalização’, por causa do que aconteceu no Uruguai e nos Estados Unidos. Mas, apesar disso, nenhum grande veículo fez nenhuma grande matéria sobre a maconha medicinal”, afirma Tarso. Para o jornalista, é uma certeza: a mídia ainda tem muito preconceito com o tema. “É com qualquer tema tabu. A imprensa não fala, por exemplo, de suicídio, e também não fala de drogas porque é um tema sensível, polêmico, que envolve uma série de valores morais e religiosos. É como se fosse um vespeiro para a grande imprensa. Ela não sabe exatamente qual é a opinião das pessoas, numa época em que tudo muda tão rápido, ela prefere não tocar nesse assunto para não se arriscar”, afirma. Tarso conclui dizendo que o assunto drogas envolve uma série de questões de grande relevância no Brasil, desde economia, até corrupção, violência e saúde. Para ele, é papel da imprensa divulgar informações concretas e sem preconceito sobre o tema, para que assim ele seja compreendido e discutido em toda a sua complexidade pela sociedade. “É papel da imprensa informar melhor para que as pessoas tomem decisões mais bem informadas. Isso vale pro caso do debate sobre drogas e para qualquer outro debate”, finaliza. Assista ao vídeo "Ilegal": * Com supervisão de Vanessa Gonçalves
  4. Segunda-feira, 7 Abril, 2014 22:45 Fonte:http://www.farolcomunitario.com.br/saude_000_0595-adolescentes-tem-seu-primeiro-contato-com-bebida-aos-13%20anos.php Adolescentes têm seu primeiro contato com bebida aos 13 anos Marcos Santos / USP Imagens Foram entrevistados 1.995 jovens do ensino médio da cidade de Uberlândia Pesquisa na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP aponta o que muitos já desconfiavam: garotos têm 2,2 vezes mais chances de cometer exageros relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas se comparado a meninas. Participar de atividades de cunho religioso reduz consideravelmente as chances de consumo. "A vontade de provar algo novo, sejam drogas lícitas ou ilícitas, é comum no universo dos jovens", afirma a pesquisadora Efigenia Aparecida Maciel de Freitas, lembrando que o consumo de álcool apresenta consequências que vão desde episódios de exposição pessoal a tragédias como a morte. Para o doutorado Consumo de bebidas alcoólicas e outras substâncias psicoativas entre estudantes do ensino médio de Uberlândia-MG, a pesquisadora entrevistou, por meio de questionário, 1.995 jovens do ensino médio de diversas escolas públicas e de uma escola privada do município de Uberlândia, Minas Gerais. "O estudo traz não só a realidade dos jovens uberlandenses, corrobora com outros realizados ao redor do mundo", salienta a pesquisadora. Atualmente, no país, as principais causas de morte de adolescentes estão atreladas ao consumo prévio de álcool ou outras substâncias psicoativas. A pesquisadora lembra que brigas seguidas de agressões físicas, relações sexuais sem proteção e graves acidentes de trânsito estão relacionadas ao consumo dessas bebidas. Perfil A pesquisa, com 94,3% de estudantes de escolas públicas, revelou que eles têm o primeiro contato com a bebida aos 13 anos. "Álcool e tabaco são com essa idade, porém, drogas mais pesadas como crack, cocaína e maconha é por volta dos 14, 15 anos". Entre os 1.613 jovens que declararam já ter consumido álcool, a maioria, 35,3%, diz que o primeiro contato com a substância foi na casa de amigos. Segundo a pesquisadora algumas motivações relatadas para o contato com a bebida foram critérios de aceitação, como a entrada em um grupo ou facilitador de relações interpessoais. Boa parte desses jovens, 28,7%, relataram ter o primeiro contato em sua casa, com pessoas do seu convívio diário. Para a pesquisadora o dado é explicado com dois aspectos: Alguns pais acreditam que se seus filhos bebem perto deles, estão protegidos, porém, outros fazem isso para estimular a conduta, que pode trazer riscos, mesmo com a consciência dos pais. Já sobre o Padrão Binge (ferramenta para conceituar um padrão de consumo), adolescentes do sexo masculino (70,2%) bebem mais do que as garotas (28,2%). A comparação não foi feita apenas entre os sexos, mais também nas escolas: a prática de cometer exageros com maior frequência foi maior na escola particular. Saúde Pública Segundo a pesquisadora, o uso abusivo de bebida alcoólica é uma questão de saúde pública em todos os países, uma vez que ao ingerir bebidas alcoólicas, o organismo dos jovens tem a capacidade de aprendizado afetada devido a danos em duas partes do cérebro: o hipocampo, responsável pela aprendizagem e memória e o córtex pré-frontal, correspondente a nossa consciência, considerada a "voz da razão". Segundo a pesquisadora, é necessário políticas de prevenção com crianças de oito e nove anos. "Essa é a idade anterior ao início do consumo, então, as escolas e unidades de saúde devem começar a prevenção por elas, diz. A lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas para menores de idade também é lembrada na pesquisa, que sugere a maior severidade em sua aplicação. "O uso abusivo dessas substâncias repercutem na qualidade de vida do ser humano, afetando pessoas, famílias, comunidades e sociedade", ressalta Efigenia, lembrando que 3,2% da taxa de mortalidade é atribuída ao uso de álcool. "Devemos capacitar os profissionais da saúde para que eles ofereçam um atendimento que produza impacto nos indicadores de saúde relacionados a esses jovens." Orientada pela professora Margarita Antônia Villar Luís, a defesa aconteceu em agosto de 2013. Por Marcela Baggini | Comunicação Social Prefeitura do Campus de Ribeirão Preto
  5. 09 de Março de 2014• 12h11 Maconha pode ajudar a diminuir ansiedade, diz estudo Diversas pesquisas já mostraram que a maconha pode trazer benefícios à saúde e a mais nova descoberta dos cientistas é que a droga pode ajudar a reduzir os níveis de ansiedade. As informações são do Daily Mail. Pesquisadores da Vanderbilt University, nos Estados Unidos, concluíram que a maconha é capaz de regular a ansiedade e também a forma como o corpo reage a ela. Os cientistas descobriram que existem receptores através dos quais a erva exerce seus efeitos em um centro emocional do cérebro. Estes receptores foram identificados em ratos na região das amígdalas, a parte do cérebro que ajuda a regular a ansiedade. O estudo, liderado por Sachin Patel, também mostrou, pela primeira vez, como as células nervosas desta parte do cérebro produzem e liberam seus próprios endocanabinoides, cujo sistema regula a ansiedade e a reação ao estresse, amortecendo os sinais no cérebro. Pesquisas anteriores mostravam que uma pessoa continuamente exposta ao estresse ou a um trauma emocional pode apresentar redução na produção de endocanabinoides naturais, o que resulta no aumento da ansiedade. O uso crônico da maconha, porém, pode, paradoxalmente, aumentar a ansiedade conforme reduz a eficiência dos receptores de canabinoide no cérebro, além de, eventualmente, levar ao vício. Esta descoberta também contradiz uma pesquisa anterior, que associou a droga à ansiedade, depressão, esquizofrenia e transtorno bipolar.
  6. Cientistas uruguaios estudarão influência da maconha no sono Publicação: 27/01/2014 19:10 http://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2014/01/27/interna_internacional,492248/cientistas-uruguaios-estudarao-influencia-da-maconha-no-sono.shtml Cientistas uruguaios vão estudar, nos próximos meses, os possíveis efeitos da maconha no sono e na vigília, uma área de estudo que promete aumentar nos próximos anos, graças à regulação do mercado da erva, aprovada em dezembro. Um grupo multidisciplinar de pesquisadores da Universidade da República Uruguaia (estatal) esperam a regulação da lei que legaliza a produção de maconha para iniciar um estudo sobre quais dos 500 componentes da planta promovem sono e vigília, noticiou o jornal El Observador na edição de domingo. "Temos uma oportunidade histórica interessante porque está o marco legal que o habilita", afirmou Búrix Mechoso, professor de Ciências Biológicas. Em dezembro passado, o Uruguai se tornou o primeiro país a aprovar o controle do mercado de maconha e derivados, um projeto inédito promovido pelo presidente de esquerda José Mujica. A regulamentação da polêmica lei - que deve ser concluída em abril - vai determinar as variedades da droga que serão produzidas, o grau de concentração e como serão concedidas as licenças para plantar, inclusive os casos em que a maconha colhida tiver como finalidade a pesquisa ou a industrialização para uso farmacêutico. "Há usos e efeitos atribuídos à maconha que nos interessam analisar pelas temáticas que trabalhamos", afirmou Atilio Falconi, professor do Laboratório de Neurobiologia do Sono da universidade. A princípio, a pesquisa estará concentrada na ciência básica, mas os cientistas não descartam no futuro repassar as conclusões de seus estudos a interessados da medicina clínica. A aprovação da norma pôs o país sul-americano no foco da atenção mundial e atraiu laboratórios estrangeiros que consultaram o governo local sobre como será implementada a produção e se poderão adquirir a droga. Laboratórios de Canadá, Israel e Chile são alguns interessados, segundo fontes oficiais. As mesmas consideram que a implantação da produção de maconha atrairá investimentos do setor farmacêutico, em um momento em que os possíveis benefícios da droga com fins medicinais ganhem terreno em nível global. Após sua regulamentação, os maiores de 18 anos poderão adquirir maconha mediante o cultivo, em clubes de consumidores ou comprando-a em farmácias, em todos os casos com limites e registro prévio junto ao Estado.
  7. Usuários de maconha não têm uso maior de serviços de saúde, diz pesquisa Pesquisadores dos EUA não encontraram diferença na saúde geral entre aqueles que usam maconha todo dia e quem não usa a droga por Ana Freitas Fonte Universidade de Boston fez para descobrir que não há uma associação entre a frequência do uso de maconha e a saúde ou um maior uso dos serviços de saúde por parte do usuário. 589 adultos que usam drogas (não só maconha) foram questionados sobre a frequência de uso de drogas, a frequência com que visitam o pronto-socorro e com que sofrem hospitalizações, além de outras informações sobre diagnósticos médicos e sua saúde em geral. 84% dos estudantes afirmaram que usam maconha, 25% faz uso de cocaína, 23% de opióides e 8% de outras drogas. Desse total, 58% usa apenas maconha. E os pesquisadores não encontraram diferença no uso de serviços de saúde nem na saúde geral entre aqueles que usam maconha todo dia e quem não usa a droga. O médico que conduziu a pesquisa, Daniel Fuster, disse que embora eles não tenham comparado usuários de maconha a não-usuários, ele afirma que é muito baixo o efeito detectado do uso de maconha na saúde e no uso de serviços de saúde de um usuário.
  8. Não é o primeiro e nem será o último artigo que vou postar desse cara aqui, muito orgulho de tê-lo em tão importante função na cidade de Curitiba, amigão do peito http://oesquema.com.br/penselivre/2013/09/24/coragem-e-serenidade-para-levar-o-brasil-da-coercao-a-coesao/ 24 de setembro de 2013 às 16h45 Coragem e serenidade para levar o Brasil da coerção à coesão Diogo Busse * Vivemos um momento único no que se refere à Política Sobre Drogas Nacional. Na última quinta-feira (19), foi divulgada a mais ampla e precisa pesquisa já desenvolvida sobre o perfil dos usuários de crack no Brasil. O estudo trata a maior carência da atual discussão e formulação de políticas públicas sobre drogas: a falta de dados e de estatísticas embasadas em metodologias científicas sérias e confiáveis. A pesquisa foi desenvolvida pela Fiocruz, com uma metodologia inédita no país, elaborada por pesquisadores da Universidade de Princeton, nos EUA. O levantamento traz uma quantidade muito grande e aprofundada de informações, principalmente qualitativas – que dizem respeito ao perfil dos usuários -, que ainda estão sendo analisadas. Mas já é possível fazer algumas importantes reflexões. A grande maioria dos usuários de crack do país (quase 80%) deseja receber tratamento. O tempo médio de uso é de oito anos e, contrariando o senso comum, a região de maior prevalência não é o Sudeste, onde as “cracolândias” impressionam, mas o Nordeste, onde o uso é pulverizado e a desigualdade social mais evidente. Isso quer dizer que políticas públicas baseadas em internação involuntária são desnecessárias e que os usuários de crack não morrem em dois ou três anos, como se imaginava. Por isso, é preciso focar em ações de redução de danos que procurem humanizar o cuidado com essa população em extrema vulnerabilidade, integrando-a na rede de serviços mais básicos da administração pública. É possível inferir também que os problemas relacionados ao uso do crack são complexos e estão presentes muito antes do uso ter iniciado. No último blueprint apresentado pela Drug Policy Alliance, o resumo dos resultados indica que “a maioria das abordagens atuais para o uso de drogas tendem a intervir no nível do indivíduo, sem levar em conta o contexto ambiental maior, comunitário, familiar e econômico que contribuem para o uso prejudicial da droga”. De acordo com a publicação, não precisamos de “tolerância zero”. Muito pelo contrário, “no lugar de tolerância zero, precisamos de sistemas e suportes que ajudem as pessoas com o uso problemático de drogas a minimizar os problemas e diminuir os danos associados a esse uso. (…) Nossas políticas de drogas não devem ser impulsionadas pelo julgamento moral, mas pelo objetivo de melhorar a saúde e a segurança dos indivíduos, famílias e comunidades”. Dois cientistas contemporâneos, o psiquiatra e especialista em neurofarmacologia britânico David Nutt, e o pesquisador da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, Carl Hart, realizaram pesquisas que apontaram como fator principal para o uso do crack questões ambientais. Em um recente artigo publicado no The New York Times, Nutt afirmou que “a dependência possui um elemento social que é amplificado por ociedades com poucas oportunidades de trabalho e de satisfação pessoal”. Sabendo disso, por que ainda insistimos em políticas públicas focadas na eliminação das drogas? Carl Hart atribui este falido foco de enfrentamento à conveniência: “é muito mais fácil para os políticos e jornalistas se concentrarem nos malefícios da droga, do que lidar com os problemas sociais por trás do uso”. Infelizmente, é exatamente esse o conveniente tom do debate que presenciamos atualmente no Congresso Nacional brasileiro, onde tramita um projeto de lei que vai na contramão da pesquisa divulgada pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad) e das mais recentes discussões na comunidade científica internacional. No dia 10 deste mês, foi realizada uma audiência pública na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal, para instruir o Projeto de Lei da Câmara (PLC 37/2013) que dispõe sobre o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas. Na oportunidade que teve de se pronunciar, o deputado autor do projeto, Osmar Terra, lançou o seguinte uestionamento: “como se diminui uma epidemia”? Para o parlamentar, a resposta é que devemos “retirar o vírus de circulação”. Esta afirmação é chocante. O vírus a ser eliminado seria a droga ou o usuário de drogas? De qualquer maneira, tanto uma quanto a outra forma de se encarar os problemas relacionados ao uso de drogas são evidentemente equivocadas. O projeto em discussão mantém a criminalização do usuário de drogas, prevê aumento da pena para traficantes, sem diferenciá-los dos usuários, e institui a internação involuntária de dependentes como prática básica. É preciso que nos mobilizemos contra essa falsa ideia de que a arena adequada onde se deve tratar o tema das drogas é o Direito Criminal, porque todos estão pagando este custo. Não há nada mais insano do que encaminhar um usuário de drogas para o sistema penitenciário. Além de ser muito mais caro para o Estado, estamos formando criminosos que, antes de serem estigmatizados quando encaminhados ao sistema prisional, eram seres humanos que resolveram fazer uso de alguma substância por infinitas e imprevisíveis razões, que não dizem respeito ao Direito Penal. Enquanto se discutia o retrógrado projeto de lei no Senado, os mais renomados e bem sucedidos especialistas do assunto no mundo participavam, também em Brasília, do “Simpósio internacional sobre drogas: da coerção à coesão”. Na carta da comissão organizadora entregue aos participantes, se defendia uma ideia que me parece muito mais séria e honesta do que as propostas apresentadas no Congresso Nacional brasileiro. Os organizadores defendem “a mudança de uma abordagem coercitiva para uma abordagem que valorize a construção de espaços de coesão social, o que requer o enfrentamento de uma série de problemas sociais como a violência, corrupção, desemprego, a cobertura dos sistemas de saúde, educação incipiente, encarceramento crescente, dentre outros”. No simpósio, um dos grandes exemplos contemporâneos de política sobre drogas inteligente, Portugal, estava representado pela palestrante Paula Vale de Andrade, que afirmou que, no seu país, “a grande virada não se deu quando se deslocou o tema das drogas para a saúde pública, mas quando ele se tornou assunto do primeiro ministro”, obrigando, consequentemente, todos os outros ministros a se envolverem com o problema. Em outras palavras, os gestores portugueses tornaram os problemas relacionados ao uso de drogas uma prioridade de governo. Paula mostrou em sua exposição os resultados dessa corajosa iniciativa: em 1997 as drogas eram a preocupação nacional número um dos portugueses. Atualmente aparecem como a 15ª da lista. Trata-se da mesma recomendação proposta pelo Diretor-Executivo da Drug Policy Alliance, Ethan Nadelmann, com quem estive recentemente em Nova York, que tem sugerido a implantação de uma multi-agência que consista em um mecanismo transetorial para analisar as políticas municipais. Outro exemplo mundial presente no evento de Brasília foi a cidade de Praga, na República Tcheca, representado pelo seu ex-prefeito, Pavel Bém. O político tcheco apresentou a sua política de redução de danos desenvolvida ao longo dos últimos anos, que, segundo ele, não reduzem apenas os riscos para a saúde das pessoas, mas também os custos econômico-sociais do enfrentamento. Nessa linha de raciocínio, Bém afirmou que o processo de descriminalização adotado pelo seu país, além de proteger o indivíduo fragilizado, protege toda a comunidade. A aceitação de medidas como estas, contudo, demandam serenidade e seriedade do meio político que geralmente está atrás de números que possam gerar repercussão eleitoral. Conforme destacou Paulo Vannuchi logo na palestra que abriu o simpósio, “o novo suscita reação”. Diante de tantos desafios, eu não me incomodaria com o projeto de lei e com tantas propostas simplificantes para os problemas relacionados ao uso de drogas, se estas propostas não afetassem tão significativamente a minha vida. O Brasil gasta milhões com o encarceramento de pessoas que, muito em breve, retornarão ao nosso convívio ainda piores, porque o sistema penitenciário pode ser considerado qualquer coisa menos “ressocializante”. É muito confortável defender a ideia de que estaremos resolvendo o problema ao prender todos aqueles que fazem uso de drogas, mas eu me pergunto aonde chegaremos com essa política insana, que reproduz uma cultura do medo e do terror em torno das drogas, cujas raízes fogem à nossa compreensão, mas repercutem de forma muito importante na sociedade contemporânea. Segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), de 2006 a 2010, mesmo após a publicação da Lei 11.343/2006, que teoricamente despenalizou o consumo de drogas, o número de presos por tráfico aumentou de 47.472 para 106.491 pessoas, ou 21% da população carcerária do país, o que representou um aumento de 124%. Apesar do cenário preocupante, existem admiráveis iniciativas que optaram pelo caminho, muito mais árduo, da genuína recuperação de pessoas que clamam por condições mínimas de existência e dignidade e da estruturação de políticas que modifiquem estas tão precárias condições ambientais a que estão sujeitas as populações de extrema vulnerabilidade. É o caso do Projeto “Ponto de Encontro”, em Salvador, que procura simplesmente olhar para os usuários de crack em situação de extrema vulnerabilidade, levando até eles alternativas culturais, educativas e redutoras de danos. Essa promoção da interação da sociedade com seus membros mais marginalizados demanda humanidade, vontade de ajudar àqueles que mais precisam e constitui caminho muito mais difícil a ser trilhado, mas que, sem dúvida, é um primeiro passo que pode levar à emancipação dessa população tão vulnerável. Mudar o foco de enfrentamento dos problemas relacionados ao uso de drogas, da segurança para a saúde pública, pode parecer uma medida simples, mas os efeitos de uma concepção como essa em toda uma nação ainda são pouco compreendidos. Será preciso coragem e muita serenidade para levarmos o Brasil da coerção à coesão. * Diogo Busse é diretor de Política Pública Sobre Drogas da Prefeitura de Curitiba
  9. Resumo: Objetivos: Revisar e descrever os estudos do constituinte não psicotomimético da Cannabis sativa, o canabidiol (CBD), como ansiolítico e discutir seus possíveis mecanismos de ação. Método: Os artigos selecionados para a presente revisão foram identificados por meio de busca eletrônica em inglês, português e espanhol nos bancos de dados ISI Web of Knowledge, SciELO, PubMed e PsycINFO e combinando os termos “canabidiol e ansiolíticos”,“canabidiol e semelhante ao ansiolítico” e “canabidiol e ansiedade”. Foramtambém revisadas as listas de referências dos artigos incluídos, de revisões da literaturae de capítulos de livro. Incluímos trabalhos experimentais em humanos e em animais, sem limite de tempo. Resultados: Estudos com modelos animais de ansiedade e envolvendo voluntários saudáveis sugerem claramente que o CBD possui efeitos ansiolíticos. Além disso, o CBD mostrou-se capaz de reduzir a ansiedade em pacientes com transtorno de ansiedade social. Conclusão: Futuros ensaios clínicos com pacientes portadores de diferentes transtornos de ansiedade, em especial pacientes com transtorno do pânico, obsessivo-compulsivo,ansiedade social e estresse pós-traumático, são oportunos. Além disso, ainda é necessário determinar a adequada faixa terapêutica do CBD e os exatos mecanismos envolvidos nessa ação ansiolítica. Estudos completos: http://www.scielo.br/pdf/rbp/v34s1/pt_v34s1a08.pdf
  10. Levantamento feito pelo Comite Nacional de aconselhamento sobre drogas irlandês foi publicado semana passada revela dados curiosos sobre o consumo de maconha na Irlanda. Dentre os diveros dados analisados salta aos olhos os dados sobre escolaridade. Conforme levantamento divulgado 34 % das pessoas que continuaram estudando depois dos 20 anos fazem consumo de maconha por toda a vida, entre os que largaram os estudos com 15 anos ou menos chega a 19,4 %. Da mesma forma mostra que o uso durante toda a vida é significamente maior entre pessoas com escolaridade maior chegando a 31,4 % entre as pessoas que tem nível superior contra 13,4 % das pessoas que possuem primário. a tendência se mantêm quando se comparam os trabalhos mais bem pagos e topos de carreira e trabalhos braçais... E ainda tem que tem a cara de pau de dizer que maconha emburrece e é coisa de vagabundo. Segue o link do Estudo. http://www.nacd.ie/images/stories/docs/publicationa/Drug_Prev_SurveyCannabis_Results_B3.pdf
  11. Então galera! O que me dizem sobre essa pesquisa? Tenho algumas ideias sobre alguns dados, mas gostaria de saber a opinião da galera aqui. Segue: Consumo de drogas tem estreita relação com a primeira infração entre os jovens O consumo de drogas guarda estreita relação com a primeira infração entre os adolescentes em cumprimento de medida sócio-educativa. É o que demonstra um estudo feito pelas pesquisadoras Mayra Costa Martins e Sandra Cristina Pillon, ambas da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, e publicado no número de maio da revista Cadernos de Saúde Pública, da Fiocruz. A pesquisa revela que o uso de álcool, maconha, cocaína e até crack, isoladas ou concomitantemente, pelos adolescentes começa cedo, por volta dos 12 anos, e que todos os delitos foram cometidos pela primeira vez com idade média de 13 anos. De acordo com as autoras, “quando o uso de drogas ocorre precocemente, existe uma chance maior de o adolescente se envolver mais cedo com as infrações, pois o deixa mais vulnerável aos comportamentos de risco”. Martins e Pillon constataram que o álcool e a maconha são as drogas mais consumidas pelos menores infratores que participaram do estudo. Enquanto 146 adolescentes, ou 97,3% do grupo, relataram terem consumido álcool, 145 deles, ou 96,7%, disseram ter experimentado maconha. A cocaína tinha sido usada, também cedo, por volta dos 14 anos, por 98 deles, ou 65,3% do grupo. Apenas 14 dos menores, ou 9,3%, tinham consumido crack. Os delitos mais praticados pelos adolescentes foram o roubo, por 123 deles, ou 82% do total, e tráfico de entorpecentes, por 111 ou 74% da mostra. Seguido por furto, cometido por 89 deles, ou 59,3% dos menores, e porte de arma de fogo, o que ocorreu com 12l adolescentes ou 80,7%. Homicídios foram praticados por 28 dos menores, o que perfaz um percentual de 18,7%. As pesquisadoras constataram que com relação aos casos de roubo, verificou-se a tendência estatística de os adolescentes com baixo nível de escolaridade e com idade precoce terem maior probabilidade de participação neles. Todos os adolescentes que cometeram delitos eram do sexo masculino. O estudo foi realizado com 150 (48%) dos 312 adolescentes em cumprimento de medida sócio-educativa (internos, no jargão jurídico) nas unidades de Ribeirão Preto e Sertãozinho da Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem), no interior de São Paulo. Com idades entre 13 e 20 anos, a maioria dos alunos, 91 ou 60,7%, era de cor parda ou negra e 83, ou 55,3%, eram procedentes da região de Ribeirão Preto. Quanto ao nível de escolaridade, esta era baixa: 103 deles, ou 68,7%, tinha apenas o ensino fundamental incompleto e metade da mostra, 75 ou 50%, não estava estudando quando foram internados. Apenas três dos adolescentes tinham ensino médio completo, o que representa só 2% da amostra. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que do total da população brasileira, o percentual de adolescentes em conflito com a lei, entre 12 e 18 anos, representa 15%, ou seja, 0,2% de toda a população do Brasil responsável pela prática de atos infracionais. A Região Sudeste concentra 40% dos adolescentes infratores. Quando os vínculos primários são fortes, as chances de o adolescente exibir comportamento anti-social são menores do que quando os vínculos com os pais não existem ou são fracos, observam as autoras, citando a literatura científica da área. Os fatores associados a comportamento anti-sociais na infância, frisam, são: pertencer ao sexo másculo; receber cuidados maternos e paternos inadequados; viver em meio à discórdia conjugal; ser criado por pais agressivos e violentos; ter mão com problemas de saúde mental; residir em áreas urbanas; ter baixo nível sócio-econômico. Adicionado a esses, há estudo que aponta que os meninos apresentam maior tendência a aspectos patológicos, desvios de conduta, envolvimento com acidentes, suicídos, comportamentos anti-sociais e uso de álcool e de outras drogas. Segundo elas, como é essencial ao adolescente estabelecer contatos com novos amigos e formar seu grupo de identificação, que influencia suas idéias e opiniões, passando a permanecer mais tempo com o grupo fora de casa do que com os pais, diferentemente do que ocorre na infância ou na pré-adolescência, esse relacionamento com o grupo pode conduzir a comportamento inadequado tais como uso de drogas e a delinqüência, que se tornam normas em grupos da mesma faixa etária durante esse período. Os problemas de comportamento grave podem estar relacionados com maior risco para o uso de todas as drogas, mas a associação com relação ao comportamento delinqüente pode ser mais forte para o uso da maconha que para o uso do álcool ou do tabaco. Sabe-se, entretanto, que o uso precoce de tabaco, de álcool ou de ambos pode conduzir ao uso de maconha e de outras drogas ou a outros problemas de comportamento. Para as autoras, esses problemas podem estar vinculados ao maior risco de uso de todas as drogas, mas o comportamento delinqüente parece ser o mais importante fator para o uso de maconha do que para o uso de álcool ou de tabaco. Martins e Pillon, entretanto, chamam a atenção para o fato de que para a Psicanálise, a delinqüência indica que alguma esperança subsiste. Quando a criança se comporta de modo anti-social, não se trata necessariamente de uma doença, e o comportamento anti-social é, por vezes, um pedido de socorro, solicitando o controle de pessoas fortes, amorosas e confiantes. Levantamento feito pelo Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para Prevenção do Delito e Tratamento do Deliqüente demonstrou que é expressiva a quantidade de usuários de drogas entre os adolescentes privados de liberdade no Brasil: em 2002, 85,6% faziam uso antes da apreensão, especialmente de maconha (67,1%), álcool (32,4%), cocaína/crack(31,3%) e inalantes (22,6%). Adolescentes infratores tendem a procurar amigos no próprio meio de infração, buscando estímulo e apoio em suas ações ilegais como roubos, tráfico ou uso de drogas. As características do perfil do adolescente em conflito com a lei no Brasil são similares àquelas encontradas em estudos internacionais. Estudo feito com adolescentes delinqüentes dos Estados Unidos apontou que a maioria apresenta distúrbios de conduta, é usuária de drogas e tem estágios de humor negativos. Outras características dessa população apontadas pela literatura científica dão conta da ocorrência de impulsividade, hiperatividade, precariedade no controle diante de frustrações, deficiência de atenção, incapacidade de planejamento e de fixação de metas, além de baixos níveis de inteligência. Com base nos estudos aos quais as autoras recorreram para fazer a nova pesquisa, as pesquisadoras classificam como sendo indispensável a criação de programas preventivos direcionados especificamente aos adolescentes. As entrevistas foram feitas individualmente em uma sala de aula e com a presença do agente de segurança na porta. Fonte: http://www.fiocruz.b...foid=1821&sid=9
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