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Foto: Reprodução Panfleto apócrifo distribuído no campus usa imagem de Vladmir Herzog morto como ameaça contra "os estudantes maconheiros"; "suicídio é triste!", ironiza texto, ao feitio das piores peças do Comando de Caça aos Comunistas; na mídia, colunista Reinaldo Azevedo registra BO sobre ameaça que teria sofrido; voltamos aos anos de chumbo? 18 de Novembro de 2011 às 18:40 Marco Damiani_247 - O que está acontecendo com a atual geração de estudantes da maior universidade brasileira? Nesta sexta-feira, dia histórico em que a presidente Dilma Rousseff, diante de todos os chefes militares, instituiu a Comissão da Verdade para apurar os crimes da ditadura, um documento apócrifo, ao estilo das piores peças do antigo Comando de Caça aos Comunistas, foi distribuído na USP. Com uma imagem do jornalista Vladimir Herzog morto, trazia a mensagem "Suicídio é triste" e foi endereçado aos estudantes "maconheiros". Teria sido produzido por radicais de direita que, a partir da defesa da presença da PM na USP, tese abraçada pela maioria dos estudantes, avançam para o enfrentamento ideológico da pior espécie. Também no dia de hoje, o colunista Reinaldo Azevedo, da revista Veja, classificado como "fascista" pelos estudantes que ocuparam a reitoria da USP, registrou um boletim de ocorrência contra ameaças que estaria sofrendo de grupos mais à esquerda na universidade. Gente que, segundo o colunista, teria dito: "Vou te quebrar na rua". Nas últimas semanas, Reinaldo ironizou os estudantes que ocuparam a Reitoria, chamados por ele de "remelentos e mafaldinhas". Entre um episódio e outro, as eleições para o Diretório Central dos Estudantes foram adiadas, com acusações de golpe de parte a parte. Rodrigo Souza Neves, da chapa "Reação", que se coloca contra a direção atual, foi acusado de portar uma arma. E este, por sua vez, denuncia uma farsa eleitoral que teria sido perpetrada pelos grupos que hoje dominam o DCE. O clima é de tensão, numa radicalização gerada, em grande parte, pelos que evitam discutir os temas levantados pelos estudantes e incitam ódio e preconceito na política. Por outro lado, ao cobrirem o rosto e impedirem o trabalho da imprensa, os estudantes ditos de esquerda também colaboram para tensionar ainda mais o ambiente. As pontes para o diálogo estão rompidas. E o que se vê na USP são cenas que remetem aos piores momentos da ditadura militar. É o ocaso da razão.