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  1. O grande consumidor de cocaína e maconha não está na periferia, padre defende a descriminalização das drogas http://www.dm.com.br/cidades/2015/02/o-grande-consumidor-de-cocaina-e-maconha-nao-esta-na-periferia-padre-defende-descriminalizacao-das-drogas.html Foto: Ilustrativa/Agência Brasil 03/02/2015 Andréia Pereira Em entrevista ao jornal El País, o padre Valdir João Silveira, Coordenador Nacional da Pastoral Carcerária, afirma que a população pobre, no Brasil, está mais vulnerável e acaba sendo a maior vítima do tráfico. Ele enfatiza que defende a descriminalização das drogas e aponta alguns motivos para esse posicionamento. O coordenador da pastoral ressalta uma série de problemas sociais e associa também aos problemas ligados à criminalidade. Existe uma ênfase muito grande do poder Executivo de investir na lógica da repressão, principalmente nos bairros onde falta a presença do Estado, falta escola, saneamento, saúde e condições dignas de vida. E se responde a isso com a repressão da polícia, pontua. Padre Valdir Foto: Reprodução/Carceraria.org / Padre Valdir O padre ainda diz acreditar que há um preconceito em relação aos moradores da periferia. A pena existe para o traficante, mas quem define quem é usuário e quem é traficante é a polícia, que acaba tomando essa decisão com base no perfil do suspeito: se foi preso na favela, é traficante, argumenta. Valdir explica que a criminalidade não aumenta pela falta de vagas nos presídios do País. Há uma propaganda enganosa de que existe um déficit de vagas nas cadeias, e que esse é o problema. Na verdade são os presídios, quase todos comandados por facções criminosas que também atuam nas periferias, que alimentam o ciclo de violência, ressalta. O padre também pontua que existe um esteriótipo do criminoso. Ele declara que nos locais onde se concentram as pessoas de maior poder aquisitivo a polícia não costuma desenvolver o mesmo tipo de ação que desenvolve nos bairros onde moram as de baixa renda. A maioria deles foi presa por crimes relacionados à venda de drogas. Mas o grande consumidor de cocaína e maconha não está na periferia. Está no condomínio. Só que lá não existe a repressão policial que existe nos bairros pobres, considera. O padre afirma que o combate ao uso de drogas deve ser feito por meio de tratamento. Ele explica defende a mudança na forma como é tratado o usuário de drogas e não a liberação do uso dos entorpecentes. A questão do usuário se resolve com tratamento. É assim em Portugal, na Holanda. O presídio é a garantia do uso da droga, porque entra muita cocaína, crack e maconha lá dentro. Lutamos pela descriminalização, não pela legalização, ressalta. Com informações do El País
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