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  1. Michael Phelps, nadador mais vitorioso da história do esporte com 26 medalhas de ouro em Mundiais e 18 em Olimpíadas, passou por momentos conturbados em 2009, quando foi divulgada uma foto em que ele supostamente estava consumindo maconha O sindicato internacional de jogadores de futebol tenta há anos que a maconha deixe de ser considerada doping. Agora que a erva tem sido liberada em várias partes do mundo, os jogadores acreditam que a proibição esteja com os dias contados. "Quando você vê que outras sociedades não penalizam o uso dessa substância sem nenhum efeito ruim no padrão de vida dessas sociedades, é sábio reconsiderar [a proibição]", afirmou o advogado holandês Wil van Megen, diretor do departamento legal do sindicato, que atende pela sigla FIFPro. O principal argumento é que a maconha não deveria ser considerada doping porque ela não melhora a performance esportiva do atleta. Apesar de não incentivarem o uso de maconha ou outras drogas recreativas por esportistas, os sindicalistas defendem que é contraproducente combater uma substância que faz parte da vida de muitos jovens. "Em muitas sociedades", continua van Megen, "ela [a maconha] é usada por gente jovem e jogadores de futebol pertencem a essa parte da sociedade. Os regulamentos antidoping estão aí para um esporte justo e não para [fazer] julgamentos morais." O sindicato, com sede na Holanda e fundado em 1965, diz congregar a voz de mais de 65 mil jogadores de futebol espalhados pelo mundo. E foi da Holanda, um dos países mais liberais no que se refere ao consumo de drogas, que eles receberam um importante apoio institucional quando a autoridade antidoping nacional escreveu também pela liberação da erva. A campanha ganhou força em 2009 quando um jogador georgiano tomou um gancho de dois anos por ter sido pego com maconha no sangue. A entidade calcula (baseada em relatórios de dopagem da Uefa) que mais da metade dos casos de doping são relacionados ao THC, substância presente na Cannabis sativa, o que foi descrito por van Megen como uma "inundação no sistema". "Uma revisão poderia colocar o uso de Cannabis em outra perspectiva e pode, certamente, removê-la da lista da Wada." Por sua vez, a Wada (agência mundial antidoping) já começou a afrouxar o cerco à erva. 150 NANOGRAMAS No meio do ano passado, a agência aumentou o limite tolerável de THC para 150 nanogramas (um nanograma é um bilionésimo de grama, ou seja 0,000000001g) por mililitro de sangue, o que na prática impede que um atleta fume maconha no dia da competição, mas não antes dela. O limite tolerável foi aumentado em dez vezes, e a agência, que diz estar sempre monitorando novas descobertas sobre substâncias proibidas, não descartou esticá-lo ainda mais. Uma revisão na lista deve ser feita no ano que vem. Um dos principais argumentos contra a liberação mora na ideia de que o uso de drogas recreativas iria contra o "espírito do esporte", o que em ouvidos mais modernos soa como uma resistência muito mais moral do que técnica. Essa resistência parece sofrer sérios golpes quando países como Holanda, EUA e Uruguai começam a produzir legislações mais liberais em relação ao consumo de maconha e figuras importantes do esporte passam a tratar o assunto com mais naturalidade. Causou rebuliço na imprensa americana a recente declaração do jogador Ryan Clark, do Pittsburgh Steelers, que disse ser um hábito comum na liga de futebol americano o uso de maconha "por várias razões", incluindo o alívio de stress. Sua entrevista ao canal de televisão ESPN deve ser vista em um contexto em que o futebol americano se tornou uma das principais arenas de debate sobre a liberação da erva, desde que o último SuperBowl envolveu equipes do Colorado e de Washington, os dois estados que legalizaram a maconha para uso recreativo. "Maconha: mais segura que o álcool... e o futebol americano", dizia um outdoor no SuperBowl ao lado da imagem de um homem estatelado no chão segurando uma cerveja e um jogador se contorcendo de dor. A atleta de Belarus, Nadzeya Ostapchuk, perdeu a medalha de ouro do Arremesso de Peso, conquistada em Londres-2012 após seu exame anti-doping constatar a presença do agente anabolizante metenolone O atacante Jardel, que fez fama no Grêmio e chegou a defender a seleção brasileira, admitiu que teve sérios problemas com as drogas e que luta constantemente contra isso. Culpou as 'amizades erradas' FONTE: UOL
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