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Audiência pública expõe o mal que a maconha faz A legalização da maconha não vai diminuir a violência no Brasil, segundo especialistas que participaram, na manhã de ontem, da audiência pública que debateu a liberação do uso da droga, proposta pela deputada estadual Cantora Mara Lima (PDSB), na Assembleia Legislativa. “Vão aumentar os problemas sociais, de saúde e a insegurança pública. Em um país que não consegue fazer o controle das drogas lícitas, não será possível controlar o uso da maconha”, afirma Jorge Pilotto, coordenador estadual antidrogas. O secretário municipal Antidrogas de Curitiba, Hamilton José Klein, explicou que as drogas mais usadas no mundo são álcool e cigarro, que apesar de legais são vendidos no mercado negro. De acordo com ele, a maconha é a porta de entrada para a utilização de drogas mais pesadas, apesar de não ser mais considerada um entorpecente “leve”. Saúde O médico psiquiatra Cleandro Carnieri informou que a maconha é a droga ilícita mais usada em todo o mundo. “A maconha afeta a coordenação motora. Como regulamentar isto se hoje é muito difícil com o álcool, mesmo tendo a lei seca?”. Segundo o médico, o uso da maconha pode causar bronquites, enfisemas, câncer do aparelho respiratório, infertilidade, dificuldades no aprendizado. O usuário ainda está sujeito a transtornos psiquiátricos. “O usuário perde o ânimo e não sabe mais quem ele é. Tanto por estar focada somente no uso da droga quanto pelos próprios efeitos, podendo causas graves problemas sociais”, comenta Carnieri. Klein rebateu os argumentos do movimento favorável à legalização da maconha citando o exemplo da Holanda. Ele relatou que aquele país liberou a maconha para fazer com que os viciados em heroina a trocassem por uma droga mais leve. “Mas hoje estão brigando para restringir o uso. A Holanda tem um sistema mais repressivo do que no Brasil. Klein enfatizou que há registros na literatura médica de overdose de maconha. Fonte