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  1. Lemgruber corrige Rodrigo Bethlem sobre maconha A socióloga Julita Lemgruber publicou artigo no jornal O Dia questionando as informações e teorias publicadas e defendidas pelo secretário municipal de Governo e presidente do Conselho Municipal Antidrogas, Rodrigo Betlhem, que, entre outras afirmações, diz que a maconha é a porta de entrada para o consumo de drogas mais pesadas: “É a própria Organização Mundial de Saúde que sustenta ser o mercado ilegal e o contato com o traficante que expõem o usuário a drogas mais pesadas”, afirma Lemgruber 4 de Junho de 2014 às 15:04 ¶ Favela 247 – Julita Lemgruber, socióloga e coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Candido Mendes publicou no jornal O Dia crítica ao artigo “Maconha, porta de entrada”, escrito pelo secretário municipal de Governo e presidente do Conselho Municipal Antidrogas, Rodrigo Bethlem, publicado anteriormente no mesmo jornal. Segundo Julita, há diversas considerações que devem ser realizadas diante do texto escrito por Betlhem, além de informações que não possuem nenhuma comprovação científica, entre elas, a teoria de que seria a maconha a porta de entrada para outras drogas: “Quanto ao fato de a maconha funcionar como porta de entrada para outras drogas, como defende o secretário, é a própria Organização Mundial de Saúde que sustenta ser o mercado ilegal e o contato com o traficante que expõem o usuário a drogas mais pesadas. Vale lembrar que não há nenhum estudo científico que apoie a associação causal da maconha com a esquizofrenia”. Por Julita Lemgruber para O Dia Julita Lemgruber: Maconha como porta de saída Artigo ‘Maconha: porta de entrada’, do secretário municipal de Governo, Rodrigo Bethlem, publicado pelo DIA, merece algumas correções Em primeiro lugar, Bethlem fala “nos países que legalizaram a maconha” e cita a Suécia. Ora, o único país que até hoje o fez foi o Uruguai, que ainda está formulando a legislação regulatória. Alguns países descriminalizaram o uso de drogas, sim, o que é coisa muito diferente. Um desses países foi Portugal, há mais de dez anos; pasmem os leitores, o consumo entre jovens lá se reduziu! E a Holanda, que jamais legalizou a maconha, mas desde 1976 criou a política dos coffee-shops e aprendeu a conviver com o uso da substância, apresenta índices muito menores do que a maior parte da Europa Ocidental quando se trata de percentual de indivíduos de 15 a 34 anos que consomem cocaína e outras drogas. Quanto ao fato de a maconha funcionar como porta de entrada para outras drogas, como defende o secretário, é a própria Organização Mundial de Saúde que sustenta ser o mercado ilegal e o contato com o traficante que expõem o usuário a drogas mais pesadas. Vale lembrar que não há nenhum estudo científico que apoie a associação causal da maconha com a esquizofrenia. A maconha pode funcionar como gatilho para a manifestação da doença em indivíduos que apresentem predisposição para esta patologia. Alegar que a legalização no Uruguai não reduzirá a criminalidade é ignorar que o tráfico no Uruguai se abastece, sobretudo, da venda de maconha. Retirar a droga das mãos dos traficantes significa golpear a capacidade financeira do tráfico. É preciso hoje admitir que legalizar é regular, não “liberar geral”. Ao contrário, é criar regras claras, com idade mínima para consumo, informação sobre a qualidade do produto e seus riscos, além de restrição de locais de uso — como já se faz com o cigarro. O objetivo é educar para a prevenção, desestimulando o consumo por adolescentes e oferecendo tratamento aos dependentes. É importante lembrar, também, que 20 estados americanos já aprovaram a maconha para uso medicinal e está mais do que provado seu poder terapêutico para tratar a esclerose múltipla, as náuseas provocadas pela quimioterapia ou a falta de apetite dos indivíduos portadores do vírus HIV. Devemos reconhecer que todas as drogas podem causar mal, principalmente quando usadas de forma abusiva. A responsabilidade do poder público é tratar a questão das drogas como tema de saúde e reduzir os danos do uso problemático de drogas. De qualquer droga, a começar pelo álcool que é uma droga lícita. Por último, é fundamental conhecer o trabalho do psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, da Universidade Federal de São Paulo, para entender que a maconha pode funcionar como porta, sim, mas uma porta de saída para usuários problemáticos de crack. Julita Lemgruber é socióloga e coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Candido Mendes Fonte:http://www.brasil247.com/pt/247/favela247/142369/Lemgruber-corrige-Rodrigo-Bethlem-sobre-maconha.htm
  2. Ideia Central ■ Regular o uso recreativo, medicinal e industrial da maconha. Problema ■ O mercado não regulado da maconha gera violência, crimes e corrupção. O usuário é penalizado e milhares de jovens estão presos por tráfico. Exposição ■ A maconha deve ser regularizada como as bebidas alcoólicas e cigarros. A lei deve permitir o cultivo caseiro, o registro de clubes de auto cultivadores,licenciamento de estabelecimentos de cultivo e de venda de maconha no atacado e no varejo e,regularizar o uso medicinal. Para apoiar: http://www12.senado.gov.br/ecidadania/visualizacaoideia?id=19341 Após o cadastro é preciso confirmar o apoio no link enviado por email!
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