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  1. Política de drogas da América do Sul quer focar em pessoas antes da repressão http://noticias.terra.com.br/mundo/politica-de-drogas-da-america-do-sul-quer-focar-em-pessoas-antes-da-repressao,3064a5121a9e4bcc607581e9c935383co82aRCRD.html 31 AGO 2015 23h41 A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) aprovou nesta segunda-feira em Montevidéu um documento no qual propõe um novo enfoque na abordagem da problemática das drogas que se afasta do meramente punitivo e que se centrará no ser humano, seu bem-estar e sua saúde. "(O encontro) foi histórico porque a América do Sul foi uma das mais afetadas pela luta contra o narcotráfico. Eu digo isso pela experiência em meu próprio país", disse à imprensa Ernesto Samper, secretário-geral da Unasul e ex-presidente da Colômbia (1994-1998). O texto pactuado hoje entre os 12 países que compõem a Unasul consta de 25 pontos e será repassado à Sessão Especial da Assembleia das Nações Unidas sobre Drogas (Ungass) que acontecerá em abril de 2016 na sede da ONU em Nova York. "Passamos de um enfoque exclusivamente punitivo que veio sendo manejado na América Latina e no mundo para um enfoque muito mais integral (...). Queremos pôr no centro da política de drogas o ser humano, seu bem-estar e sua saúde acima de todos os demais critérios de intervenção", declarou à Agência Efe o diretor de Política de Drogas do Ministério da Justiça da Colômbia, Javier Flores. Por sua parte, Samper assinalou que, "apesar de todos os esforços da política proibicionista atual, hoje em dia há mais de 300 milhões de consumidores de drogas que ainda as seguem consumindo". Nesta linha, destacou o "evidente fracasso" da guerra contra as drogas e fez insistência na "autoridade" que a América do Sul tem para propor uma mudança rumo a um olhar humano sobre o tema devido à "quantidade de pessoas e de recursos econômicos e institucionais" que se sacrificaram para isso na região. Flores, que integra a delegação colombiana nesta reunião da Unasul em Montevidéu, lembrou que na região é onde se "produz quase 100%" da cocaína mundial e onde se registram os maiores índices de violência associados ao problema das drogas. "Portanto, temos toda a legitimidade e possibilidade de levar uma mensagem muito forte a Ungass 2016 e ao mundo inteiro lhes dizendo que a América Latina pode contribuir muito para uma abordagem diferente ao fenômeno das drogas", ressaltou Flores. Esta assembleia da ONU é vista como uma "oportunidade muito importante" para que a região proponha novos enfoques "que devem ser contempladas como outra forma de enfrentar o problema das drogas e não como uma guerra como foi até agora", afirmou Elena Lagomarsino, integrante da Junta Nacional de Drogas do Uruguai. Um dos objetivos fixados para a reunião de abril de 2016 é a adoção de posições comuns nas quais se incluam as diversas realidades e problemáticas dos países da região para poder ter mais peso na hora de propor este novo paradigma. Uma amostra da heterogeneidade da região foi a exposta por Samper, que mencionou algumas posições alternativas às soluções proibicionistas, como a do consumo da folha de coca na Bolívia, a iniciativa chilena para descriminalizar o cultivo doméstico e o uso medicinal de cannabis ou o indulto aos "microtraficantes" no Equador. Além disso, mencionou a legislação uruguaia, que em 2013 aprovou a lei que regula a produção e a comercialização da maconha sob o controle do Estado, impulsionada pelo ex-presidente José Mujica (2010-2015), como uma estratégia para enfrentar o narcotráfico, o que tornou o país em um pioneiro neste tipo de abordagem. Para Samper, não se trata de querer "exportar o modelo uruguaio" porque "ninguém tem a receita para todos", mas de trabalhar em uma política alternativa que surja das distintas experiências sul-americanas. Por sua parte, o representante da delegação argentina nesta reunião na capital uruguaia, Gabriel Lerner, assinalou que não acredita que ocorrerão mudanças de forma imediata, mas avaliou que o "processo de debate e de mudanças em níveis locais e regionais é imparável". "Vemos a Ungass como um momento, não como a finalização, de um processo de democratização e redefinição dos problemas em torno das drogas no mundo inteiro", opinou Lerner sobre as expectativas para a apresentação perante a ONU do documento aprovado pelos países-membros de Unasul. Os 12 países que integram a Unasul são Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
  2. Defender a legalização das drogas é legal por Wanderley Preite Sobrinho — publicado 15/06/2015 04h44 Sequência de fatos indicam aumento da repressão a quem sugere qualquer alteração na Lei de Drogas http://www.cartacapital.com.br/sociedade/defender-a-legalizacao-das-drogas-e-legal-1102.html Adriana Lorete Cert, do Cone Crew: preso no palco e espancado pela polícia por defender a legalização das drogas. Quebrou um dedo e teve o ombro deslocado Quase 20 anos após a prisão da banda Planet Hemp em um show de Brasília, em 1996, a história se repete. Na noite do sábado 6, a Polícia Militar do Rio de Janeiro invadiu o palco da banda Cone Crew Diretoria, na cidade de Paty do Alferes (a 125 quilômetros da capital), e arrastou pelo pescoço o vocalista André Leite, o Cert. Motivo: como a banda de Marcelo D2, as canções do Cone Crew defendem a legalização da maconha. O episódio é só o mais recente de uma série de fatos a indicar um aumento da repressãocontra qualquer flexibilização da chamada Lei de Drogas. Horas antes, naquele mesmo dia, a Marcha da Maconha em Guarulhos foi interrompida por balas de borracha e bombas de efeito moral. O mesmo ocorreu com o ato em Maceió, em 31 de maio. No dia seguinte à violência em Alagoas, um menor foi parar na cadeia da paulista Salto Grande por usar uma bermuda com estampa de folhas da planta. “É abuso de autoridade”, crava o jurista Cristiano Maronna, secretário-executivo da Plataforma Brasileira de Política de Drogas e vice-presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais. “Em 2011, o Supremo Tribunal Federal julgou constitucional a Marcha da Maconha, deixando claro que condutas como vestir camiseta ou boné com desenhos da erva não é crime, é manifestação do livre pensar, próprio da democracia.” Teve mais. A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU) vetou em maio a campanha publicitária Da Proibição Nasce o Tráfico. A intenção era repetir na capital paulista a iniciativa que, por 30 dias, exibiu na traseira de 43 ônibus do Rio charges dos cartunistas Angeli, Laerte, Arnaldo Branco, Leandro e André Dahmer com críticas à chamada guerra às drogas. “Parece aquele papo de levar sambista preso por ‘vadiagem’ no início do século passado”, compara Dahmer a CartaCapital. “É o Estado querendo mandar no nosso corpo. Drogas que agem no sistema nervoso central, como Ritalina, pode. Vodka também pode. Maconha, não. O Estado decide que droga podemos tomar. E decide mal.” A EMTU culpou a Intervias, terceirizada que opera as linhas, por não comunicá-la sobre a campanha, como estaria previsto em contrato. “Não conheço o documento, mas tudo indica censura”, avalia o defensor público Leandro Castro Gomes. “Ela impede a discussão social de uma política pública questionada no mundo todo.” Gomes é autor de um recurso extraordinário prestes a ser votado no STF contra a condenação de um jovem a dois meses de prestação de serviços comunitários por levar consigo três gramas de maconha. Caso a inconstitucionalidade do artigo 28 da lei seja confirmada, o consumo de qualquer droga estará descriminalizado. O defensor acredita que a medida reduzirá as detenções por tráfico – que representam 24% das prisões no Brasil. Para Maronna, é o começo da regulamentação. “Depois de estipular quanto se poderá portar, o Brasil deve discutir a autorização do cultivo da cannabis e a criação de cooperativas e clubes de consumo”, diz. “Sem isso, o sistema judicial vai continuar considerando ‘traficante’ o pobre e, ‘usuário’, o rico.” O julgamento pode colocar o País na trilha de outras nações. Nos Estados Unidos, cinco estados regulamentaram o consumo e outros cinco programaram plebiscito para 2016. OUruguai regulamentou a droga e até um general da reserva do Exército, o atual presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, considera ultrapassada a estratégia de repressão. A ONU marcou para o ano que vem uma Sessão Especial da Assembleia-Geral (Ungass, na sigla em inglês) só para debater se a coerção é mesmo a única alternativa. Maronna atribui o aumento da repressão no Brasil à “onda conservadora” que tomou o Brasil desde as últimas eleições. O resultado é o aumento das intimidações, como a sofrida por Cert, vocalista do Cone Crew. “Levei cacetadas, me chutaram, tomei três borrifadas de spray de pimenta e sofri tentativas de enforcamento. Me jogaram no chão diversas vezes, mas só fui comunicado da razão de tudo isso quando estava na viatura.” Resultado: quebrou o dedão da mão direita, deslocou o ombro e está com escoriações por todo o corpo. Mesmo após o incidente e tendo sido preso – e inocentado – no início do ano por plantar maconha, o vocalista mantém-se firme na defesa da legalização: “É injusto que qualquer ser humano sofra represália por usar uma substância mantida ilícita apenas por motivos econômicos”. *Uma versão alternativa do texto foi publicada na edição 854 de CartaCapital com o título "'Legalize Já!' enquadrado "
  3. Boa Tarde, Acho interessante contar lhes algo que aconteceu comigo agora a pouco. Estava de costume fumando um baseado em uma quebrada em um morro com vista em direção a um presídio. Fazer o que, não posso fumar na casa do meus pais. Acendi uma tronca quando de repente sobe uma viatura de polícia. Antes de esconder o baseado eu do uns tragos enorme com aperto de 2 min, Os policiais chegam até mim e eu com educação escuto argumentos de uma pessoa que é contra a maconha, tipo destruir a natureza, que se não respeitada e usada com sabedoria pode fazer mal. Tem até gente que usa cocaína e diz que não faz mal, pra você ver! kkk sem mais comentários. Por outro lado, depois de eu mostrar minha identidade o sargento sem_nome diz que eu estava em um lugar suspeito e que na verdade procura pessoas com quantidade maiores de maconha (tipo os adolescentes que vendem pra mim!). Até que ele foi educado também. Mas o viado do outro queimou minha seda e jogou todo o líquido do plim fora. kkk fdp. Essa é mais uma história, tem piores como ser preso. hehe. Flw Moçada.
  4. Organizações médicas, científicas e da sociedade civil entregam documento de apoio ao debate sobre a regulamentação da maconha no Brasil ao senador Cristovam Buarque Ciência e Tecnologia | Publicada em 07/04/2014 às 15:50:24h http://www.jornaldiadia.com.br/news/noticia.php?Id=22886http://www.jornaldiadia.com.br/news/noticia.php?Id=22886 Representantes da Rede Pense Livre*, de organizações médicas, científicas e da sociedade civil entregam nota ao senador Cristovam Buarque (PDT/DF) na próxima quarta-feira (9), às 17h, apoiando a sugestão de projeto n° 8 de 2014, proposta de iniciativa popular – do qual o senador será o relator – para a regularização do uso da maconha no Brasil e levantando pontos essenciais ao debate da questão, relativos às consequências do uso da cannabis e aos seus efeitos terapêuticos. A nota, assinada por mais de 20 associações voltadas à saúde, pesquisadores, cientistas e representantes da sociedade civil, será divulgada após o ato de entrega. Entre os que acompanharão a coordenadora da Pense Livre, Alessandra Oberling, ao gabinete do senador estão: Aldo Zaiden, psicanalista e membro da Pense Livre; Luiz Fernando Tófoli, psiquiatra, professor da UNICAMP e pesquisador doutor do Laboratório de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos - LEIPSI - Campinas/SP; Renato Malcher, neurocientista, professor doutor da UNB e pesquisador doutor do Laboratório de Neurologia e Comportamento; Emilio Figueiredo, advogado e assessor jurídico do Growroom; Vinicius Alves, Conselheiro do CONJUVE – Conselho Nacional da Juventude. Ato de entrega da nota de posicionamento ao Senador Cristovam Buarque Data: 09/04. Às 17h Local: Senado Federal, Ala Teotônio Vilela, Gab. 10 * A Rede Pense Livre - por uma política de drogas que funcione, reúne lideranças das mais diversas áreas do conhecimento e setores da economia em torno da ideia de que a política de repressão às drogas vem fracassando em seus objetivos. Propõe um amplo debate visando esclarecer fatos e derrubar mitos, além de um tratamento mais humano e efetivo para a dependência de substâncias psicoativas. Por: SHEDI - Silvia Helena Editora
  5. 7 de outubro de 2011 Segundo o ministro, 80% dos cafés holandeses vendem maconha com Thc superior a 15% e a intensidade dos efeitos psicoativos da cannabis depende da concentração de Thc: -“Consideramos a cannabis com um conteúdo de Thc superior a 15% uma droga forte e que apresenta riscos inaceitáveis. Como se sabe, a partir do início de 2012 entra em vigor a proibição de venda de maconha em cafés para estrangeiros. A meta é acabar com o chamado “turismo da maconha” A Corte Européia de Justiça já decidiu que a proibição de venda de maconha para cidadãos não residentes na Holanda, estabelecida em algumas cidades dos Países Baixos, é legítima, ou seja, conforme as normas que regulam a União Européia. Trata-se da primeira grande vitória dos conservadores holandeses. Só não sabem eles como fazer com o rombo financeiro a afetar o produto interno bruto (Pib). Na Holanda, o mercado da maconha movimenta, por baixo, US$10 bilhões por ano: este dado é de 2003 e se fala que em 2009 houve queda de 28%. Para se ter idéia e conforme informou o prefeito de Maastricht, os 14 coffeshops da cidade recebem 10.000 visitantes por dia. E o próprio prefeito alerta: “ 70% dos visitantes não residem na Holanda”. Em outras palavras, só em Maastrich, –cidade sede do Tratado que deu vida à União Européia–, 3,9 milhões de pessoas fumam maconha nos 14 cafés da cidade e 70% são turistas estrangeiros. Desde novembro de 1968 é permitida, em coffe-shop e para maiores de 18 anos de idade, a venda de maconha para consumo no próprio local, ou seja, não se pode comprar e levar para fora. Wálter Fanganiello Maierovitch -> http://maierovitch.blog.terra.com.br/ Desembargador aposentado do TJ de São Paulo, professor de pós-graduação em direito penal e processual penal, além de professor-visitante da Universidade de Georgetown (Washington-EUA). Presidente do Instituto Giovanni Falcone, o juiz italiano dinamitado pela máfia, e com quemMaierovitch trabalhou É conselheiro da Associação Brasileira dos Constitucionalistas da (USP) Ex-secretário nacional antidrogas da Presidência da República Titular da cadeira 28 da Academia Paulista de História.
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