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Trinta pessoas são presas em festa rave em Vargem Grande (rj


JulioO

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  • Usuário Growroom

Trinta pessoas são presas em festa rave em Vargem Grande

Paulo Prudente - O Globo

Trinta e uma pessoas foram detidas - 13 menores de idade - na madrugada de domingo numa festa rave na Estrada Boca do Mato, em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio. Durante a operação, que envolveu dez policiais civis e 15 agentes da 2ª Vara da Infância e Juventude, foram apreendidos um quilo de maconha, 60 comprimidos de ecstasy, sete tubos de lança-perfume, além de drogas como haxixe, skank e cocaína.

Entre os presos estão o organizador da festa, Jorge Luiz Nunes Pereira, autuado por tráfico de drogas, e o posseiro do sítio, Vanderley Bonifácio Pinto, além de três estrangeiros, autuados por uso de drogas. Os detidos foram levados para 16º DP (Barra da Tijuca), onde prestaram depoimento.

Dos 13 menores, um foi autuado por tráfico de drogas e encaminhado à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, de onde seguiu para o Instituto Padre Severino. Os outros 12 foram liberados sob a condição de se apresentaram ao juiz com os responsáveis ainda esta semana.

O juiz da 2ª Vara da Infância e da Juventude, Guaraci Vianna, que esteve na 16ª DP para acompanhar o caso, acredita que pelo menos metade dos três mil presentes à festa estavam consumindo drogas. O juiz voltou a defender a criação de uma delegacia especializada em crimes relacionados à diversão noturna.

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  • Usuário Growroom

As raves no rio de janeiro incomodavam porque eram sinonimo de pessoas usando drogas e eram muito divulgadas...

acabou-se com as festas rave no rio.

Sobreviveu essa ae que pra entrar tinha que levar 1 kilo de alimento

que depois seria doado.

A festa nao tinha uma forte divulgação, era num local bem distante, reservado, nao incomodava ninguem.

Ai como agora estourou essa guerra na favela da rocinha e vidigal, foram lá e prenderam um monte de droga

dizendo que sao os usuarios que alimentam essa violencia nas favelas...

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  • Usuário Growroom

Lamentável isso. Esse promotor que persegue raves e acha que os organizadores devem ser presos como traficantes merece tomar um chumbo de um traficante de verdade. Mas falando sério, não precisa ser de um traficante, pode ser de qualquer pessoa que eu já vou ficar feliz.

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  • Usuário Growroom

eu fui nessa festa

tava meio louco e me preparando para apertar uma tora,

quando vi a policia entrando por traz de uns malucos

a sorte é que eu estava discansando numa tenda q dava de frente pra entrada, foi a sorte, rapidamente tomei o resto dos doces e dispensei uma pedra de 25g q estava no meu bolso

bom, a policia já estava na cola do jorge a um tempão, foram 40 dias de investigação só para essa festa, a de barra mansa ele tb estava envolvido

este promotor viadinho é professor na estacio de sá da barra, e colhe as informações lá msm na faculdade, e os babacas ainda colocam no flyer que é private, e depois distribuem na msm faculdade

o burrice!!

na realidade o que não pode rolar, é má organização

po, deixar menor entrar, liberar o consumo de drogas escancarado, permitir que os traficantes atuem (as vezes eles q financiam a festa)

é assim !! fazer o que ??

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  • Usuário Growroom

saca só um comentario de um jornalista:

Dudu não foi à festa

21.04.2004 | A polícia do Rio e os juízes da Vara da Juventude estão certos de que os pais dos adolescentes e jovens que freqüentam as festas rave não têm idéia do que seus filhos estão aprontando. Esse Estado pedagógico, no qual as autoridades ensinam às famílias o caminho da virtude, bem que poderia ter dado também uns toques nos pais dos facínoras Dudu e Lulu. Ou quem sabe nos tios. O que seria dessa gente se ela fosse alvo de todo o rigor que um Siro Darlan dedica aos Mauricinhos que fumam maconha em shows do Lobão? Provavelmente seriam hoje seminaristas, em vez de chefes do tráfico.

Os homens da lei não souberam evitar o terror da guerra mais do que anunciada entre Rocinha e Vidigal. Em compensação, prenderam o ator Marcelo Anthony, elemento nocivo à sociedade porque comprou 100 gramas de maconha. Enquanto Dudu (que fugiu da prisão depois de liberado para visitar a mãe) e seu exército riscavam livremente o céu da cidade com suas balas traçantes, Anthony (não o Garotinho) desfilava para as câmeras arrastado por policiais, com o rosto coberto para evitar a foto desmoralizante. E a sociedade civilizada, como costuma ocorrer quando se vê refém de sua própria incompetência, recorre àquela saída sempre à mão: culpar o Anthony (ainda o ator) e o grupo dos que “financiam a violência com a sua diversão”.

O ex-presidente Fernando Henrique, cujo governo fez muito pouco contra o narcotráfico (Lula vai mantendo a média), aparece agora com essa mesma equação simplificadora. A culpa é dos que subsidiam o tráfico com a sua recreação. Sem qualquer concessão ao cinismo, Marcelo Anthony poderia contratacar, acusando o Estado de dar ao bandido o monopólio sobre o seu baseado.

E mesmo que ele tope ir brincar de outra coisa – encher a cara, por exemplo, e possivelmente contribuir com a violência de alguma forma “aceitável” – a imensa maioria dos usuários de drogas (uns 80%, estima-se) não terá chance de adestrar suas bocas e narizes. São dependentes químicos, sem a menor condição de submeter seu vício a um teorema sociológico, como quer Fernando Henrique. Este, aliás, talvez seja o maior mal das autoridades e políticos em geral: viverem no mundo “programático” (como chamam a disneylândia das plataformas políticas) e passearem muito pouco pelo mundo real.

No mundo programático, a droga é a encarnação do mal, e ponto final. Esta concepção era compreensível para a geração que foi jovem nos dourados anos 50. Mas no momento em que o desbunde hippie prepara-se para completar 40 anos, ninguém com menos de 60 de idade tem mais direito de ver as drogas como coisa do outro mundo. O sujeito que a esta altura do campeonato continua referindo-se a um “maconheiro” como um ser perigoso ou desclassificado é, no mínimo, um analfabeto existencial.

Essa parece ser a categoria das autoridades que fazem blitz em festa rave. No último dia 18 de abril, prenderam duas dezenas de jovens e pós-adolescentes num sítio em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio, onde estavam para uma dessas celebrações que duram dois dias ou mais. Qual a justificativa para tal operação? Como o porte ou consumo de drogas está para deixar de ser caso de polícia, conforme lei já aprovada na Câmara dos Deputados, a acusação foi de tráfico. Ou seja: enquanto os bandos de Dudu e Lulu se metralhavam à vontade disputando a venda de toneladas de maconha e cocaína – com torcida organizada e tudo – a polícia decidia que traficantes eram um punhado de garotões com algumas gramas de drogas numa festa de malucos beleza.

Os agentes responsáveis pela invasão da festa rave deram a entender que ali se daria uma espécie de ritual de autodestruição de jovens desorientados. Interessante a preocupação humanitária. Mas se a assistência psicológica desses jovens estiver dependendo da polícia, pode-se supor que eles estejam em maus lençóis. Fica a curiosidade sobre o que terá dado sustentação à tal premissa. Terão a polícia e o juizado investigado aquele grupo de jovens, traçado um perfil de suas personalidades e hábitos? Que parcela deles estará ali movida por instintos destrutivos, e quantos querem apenas se divertir, namorar, delirar um pouco e tocar a vida adiante?

Esse tipo de informação é provavelmente mais estranho às forças de segurança do que o paradeiro do traficante Dudu. Talvez até, Fernando Henrique, Lula e os demais líderes esclarecidos brasileiros cheguem à conclusão de que é preciso proibir as festas rave. Seria, na visão deles, um grande passo para constranger os usuários de drogas – e culpá-los pela violência do tráfico. Nesse passo, o Brasil vai acabar punindo o

riso e liberando o AR-15.

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  • Usuário Growroom

Ohhhhh, até que enfim pude ter o prazer de ler um texto inteligente na midia sobre drogas.

Olha essa frase:

O sujeito que a esta altura do campeonato continua referindo-se a um “maconheiro” como um ser perigoso ou desclassificado é, no mínimo, um analfabeto existencial.

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  • Usuário Growroom

ESPETÁCULO!!!!

Muito bem redigido.... e obviamente com um censo de indignação legítima, sentida por todos nós, por esta situação caótica na qual nos encontramos, gerada por séculos d corrupção dos nossos governantes/autoridades onde sempre a parte social foi deixada de lado.

E essa panela de pressão social que foi criada por eles, quando finalmente estoura, passa a ser culpa nossa.... como se nossas ações tivessem gerado essas desigualdades que nos obrigam a ver pessoas na mais absoluta miséria morando nas ruas, sem a menor esperança de melhorar suas situações (como uma delas me disse: "o meu sonho era morar em uma favela)

Não... a culpa dessa situação em que se encontra nossa sociedade não é dos "maconheiros"... somos vítimas assim como todos, de nossos governantes e da política "de levar vantagem em tudo" criada por eles...

Muito obrigado pelo texto Aninha... arrebentou ;)

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  • Usuário Growroom

revoltante isso.

a rave já acontece num lugar distante para que ninguém se sinta "perturbado" tanto com o som quanto com as doideras da galera, e os porcos ainda vão lá acabar com a festa dos outros...... é foda. governozinho medíocre, promotorzinho medíocre.

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