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Drogas- O Globo


TaLk CiRo_D2

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  • Usuário Growroom

Ae galera, ae vai uma reportagem do O Globo, pela colunista Cora Rónai!

por sinal muito boa, estão começando a colocar as caras né, é isso ae, precisamos disso!

Legalize jah!

Drogas

Está na moda condenar os usuários de drogas como co-responsáveis, quando não responsáveis diretos, pela violência que assola a cidade. Além da idéia bizarra de que só existe violência por causa das drogas, há um raciocínio simples (e simplista) por trás disso: “Se ninguém consumir, os traficantes não terão a quem vender”.

De fato. Onde não há demanda, não há oferta. Mas é tão fácil dizer “Parem de consumir!” quando não consumimos nada, não é? Agora olhem em volta e vejam quantas pessoas vocês conhecem irremediavelmente viciadas em substâncias legais: chope, uísque, tranqüilizantes, cigarro, carboidratos...

Eu mesma, por exemplo, que não fumo nem bebo, preciso emagrecer. Muito. Não estou acima do peso porque quero, porque desconheço o mal que isso me faz à saúde ou porque me agrade; pelo contrário. Meu maior desejo seria entrar em forma.

“Mas é tão fácil emagrecer!”, dizem todos os magros. “Basta parar de comer doce!”

Pois é. É o que venho tentando fazer desde que me tenho por gente — sem o menor sucesso. Minha sorte é que a dependência química de açúcar não me põe forçosamente em contato com criminosos. Posso comprar chocolate em qualquer lugar sem ser ameaçada de morte por traficantes, sem ser achacada por maus policiais, sem correr o risco de ir em cana. Se amanhã o chocolate for proscrito, eu talvez agüente uma ou duas semanas, mas é provável que, mais cedo ou mais tarde, acabe indo buscar uns bombons de cereja onde quer que seja, ao preço que me pedirem.

Parece brincadeira, mas não é. Estou falando sério. Tentem largar um simples hábito para imaginar como é difícil, quando não impossível, abandonar um vício. E eliminar a tal demanda.

Para mim, o único meio de se resolver o problema das drogas é fazendo com que elas deixem de ser um problema — pelo menos, um problema de polícia. Em outras palavras, liberando o seu consumo, e tirando a distribuição das mãos do crime organizado.

É lógico que quando falo em consumo livre não estou falando num sentido consumista. Ninguém que propõe a liberação das drogas com um mínimo de seriedade é louco de sugerir a distribuição descontrolada, com marcas chiques, gente sarada fazendo propaganda em outdoors e merchandising na novela das oito. A liberação das drogas deve ser uma liberação sem charme, hype , néon ou embalagens vistosas.

Sei que esta é uma idéia radical, malvista por boa parte da sociedade; também sei que contraria interesses e levanta questões — inclusive diplomáticas — de uma complexidade indescritível. Mas acho que deve, pelo menos, ser discutida. Será que a distribuição legal de drogas, controlada pelo Estado, seria tão pior do que a atual distribuição ilegal, controlada pelo tráfico?

O consumo não é, em si, um caso de polícia. É caso de saúde pública — o que não significa que os dependentes sejam coitadinhos doentes e inimputáveis, pelo contrário. Mas são, ainda assim, pessoas que precisam de tratamento. Se isso já é difícil em plena legalidade (vide alcoolismo), que dirá na ilegalidade...

O fato é que, desde que o mundo é mundo, a Humanidade se droga. Não há registro de civilização que não tenha inventado uma bebida, descoberto um cogumelo, mascado umas folhas. Achar que, justamente agora, nesses tempos nervosos, vamos subitamente parar com isso é, no mínimo, uma perigosa ingenuidade.

Outro fato é que qualquer adolescente de cidade grande tem, hoje, acesso às drogas. O que muitos não têm, até por causa da clandestinidade, é a quem recorrer, seja para se informar, seja para pedir socorro. É evidente que todos preferiríamos filhos “limpos”; mas, sem medo de encarar a realidade, o que é pior, a garotada comprando maconha na farmácia, abertamente, ou, como hoje, se envolvendo com traficantes e não raro com a polícia, com as previsíveis conseqüências?

Não é a ilegalidade que mantém os jovens longe das drogas, mas a educação e a informação. E, suspeito, uma certa carga genética.

Não acredito que todos passassem a se drogar indiscriminadamente caso as drogas fossem liberadas. Cigarro e álcool estão aí, para quem quiser, e nem todo mundo se torna fumante ou alcoólatra. De qualquer forma, o custo de campanhas educativas e de tratamentos contra a dependência seria uma fração do que custa a guerra (perdida) contra o tráfico. Com a vantagem de não fazer tantas vítimas inocentes.

Lógico que a violência, como um todo, não acabaria com a liberação das drogas. Os bandidos que hoje se dedicam ao tráfico não virariam pedreiros ou físicos nucleares da noite para o dia. Provavelmente apenas mudariam de ramo, dedicando-se com mais afinco a roubos e seqüestros. Mas a médio ou longo prazo acho que a violência pode diminuir, sim. Até porque as quantias extraordinárias de dinheiro que atualmente circulam pelas favelas teriam outro destino. Hoje, como todos sabemos, o tráfico paga R$ 500 por semana para adolescentes em começo de “carreira” (sem trocadilho!); qual é atividade honesta que pode competir com isso? Qual é o estímulo que o jovem cooptado pelo tráfico tem para permanecer na escola, aprender um ofício, tornar-se um cidadão de bem? Não adianta dizer a um vapor que o trabalho dignifica. A realidade à sua volta opõe uma multidão de desempregados ou subempregados, aterrorizados por marginais ricos, cheios de mulheres e com status de celebridade na mídia. Morrem todos aos 20 anos? Ora, para um menino de 15, 20 é uma idade quase tão distante quanto o conceito da própria morte.

Em última instância, a questão se resume a uma pergunta básica: a guerra do nosso cotidiano está servindo para alguma coisa?

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  • Usuário Growroom

Legal dessa reportagem vir do Globo...mas tá parecendo até moda agora né...toda a imprensa ta falando disso...é o assunto do momento....mas será que não cairá no esquecimento como tantos outros...

Eu continuo aqui, fazendo minhas preces, para que pelo menos o uso seja tolerado...

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  • Usuário Growroom

SIcneramente galera, eu gostaria muito da legalizacao da maconha, mas vcs ja pensaram como os "ex-traficantes" iriam fazer dinheiro? Infelizmente hj, estamos nas maos de poder paralelo....

Notern Lights, show de bola.... recomendo a todos...

eauehuaehuhe

falow

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po...

Os traficantes iam começar a roubar e sequestrar como apontou o texto, mas o crime deixaria de ser organizado e é bem mais facil combater quadrilhas pequenas do que grandes facções.

Pra quem naum sabe, o comando vermelho controla mais de 100 favelas no rio, oq eh completamente ridículo.

O capital "investido" no combate ao narco-tráfico poderia passar a ser investido no combate dos novos delitos causados pelos traficantes...

Mas eu soh achu q, depois da legalização, deveria haver um "preço-teto" estipulado, pois o governo irá cobrar impostos, q seriam repassados para nós, tornando o preço inviavel e ocasionando a volta do trafico ilegal (agora seria contrabando e sonegação)

PS: to mto doido de clone e viajei no post....hahaha

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  • Usuário Growroom

Ae pessoal, vou por a data e o link da materia pra vcs:

(O Globo, Segundo Caderno, 29.4.2004)

http://arquivoglobo.globo.com/pesquisa/tex...?codigo=1670854

Vamos aparecer na passeata. cada dia q passa vejo a legalização mais proxima... vamos todos participar e dar mais força!

(editei pra ageitar o link)

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  • Usuário Growroom

Essa reportagem da Cora só vem reforçar o que está em pauta na mídia, que os bons ventos levem manifestantes populares pacificamente ao posto 9 de Ipanema dia 2 as 14:00 para podermos mostrar o quanto as pessoas são capazes de se organizar e mostrar que o assunto, que repito, está em pauta na mídia, abrange um contigente capital, moral, intelectual, auto-suficiente, responsável e etc...(entre outras coisas).

Acho que precisamos muito organizar o máximo de pessoas, só assim seremos vistos e por ventura ouvidos, e para os lideres que se apresentarem, que não sejam "futura" - (canal do conhecimento)........e lembre-se!

"O conhecimento é adquirido até o último segundo das nossas vidas"

Aproveite-os.

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  • Usuário Growroom

essa falou e disse....!!!!nota 10 pra tia aewouwww!!!

:):):) ame a natureza assim como ela lhe ama :):):)

e por falar nisso hoje comecei a divulgaçao forte da marcha do dia 2 de maio em ipanema no posto 9 MMM vai bombaaar.....voces vao começar a ver cartazes em toda a cidade ate domingo....heueheu a banda de um broder vai tocar la muito bob marley e etc....vai ser iradu!!

dia 2 de maio ipanema vai parar...Marcha Mundial pela Maconha vamos erradicar o trafico da cannabis!!!pra isso é necessario a liberaçao do cultivo!!!

:):) __|/__NormalizaBrasil__|/__ :):)

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  • Usuário Growroom

Essa matéria tem muito a ver com o que está sendo feito nos países de primeiro mundo. As drogas estão sendo controladas pelo governo e o mesmo já está dando todo o apoio pra tal. Aqui no Brasil, acredito que vpa demorar bastante ainda para ser visto que essa é a melhor saída pra acabar com a criminalidade!

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  • Usuário Growroom

Ae galera,

sou estudante de jornalismo e trabalho na área há algum tempo...

Me desculpem ser tão "insensível" com esta matéria mas a mídia não está a favor como parece da legalização... Eles querem ter o que falar, ditando o comportamento e traçando os caminhos da massa... A imprensa, de um modo geral, é suja e altamente manipuladora, é uma empresa e não uma prestadora de serviços à comunidade, por isso cuidado com as aparências...

Uma frase (que não é minha, é de um inglês que não me lembro o nome) ilustra isso:

"Jornalismo e salsichas é melhor não vermos como são feitos".

Alguns vão falar: "Por que você faz jornalismo então?"

Responderei: "Para mudar a sociedade, não para ganhar dinheiro, senão faria odontologia. Mas será que serei imparcial e não manipulador?"

Falow

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  • Usuário Growroom
Amaralzao escreveu

Eu li essa matéria hoje, achei bem elaborada por sinal, eu ja ouvi muita gente falando que legalizando acabaria com o tráfico, mas sera que a violencia iria acabar junto com o tráfico??? eu acho que não...

Cada vez eu estou mais convencido de que o que gera a violência é a péssima distribuição de renda que impera neste país. O sujeito não tem onde cair morto mas é estimulado a consumir desde pequeno, por todos os meios de comunicação. O que ele faz para suprir esta necessidade de consumo que lhe é imposta mas não pode ser suprida? Rouba, e se necessário mata. Claro que nem todo mundo adota esta solução.

O que se deseja consumir? Não só comida, mas roupas, luxos em geral, presentear a lilhinha com o novo sapatinho da xuxa, automóveis, ou drogas.

Garanto que quem rouba e mata para conseguir drogas é a grande minoria dos crimes. Se o viciado em drogas tem dinheiro para gastar com isso, garanto que ele não vai roubar e matar para isso.

Mata-se para conseguir um ponto onde o lucro é maior, no caso do tráfico. Mas uma grande empresa pode "matar" outra menor para conquistar o seu espaço. Isso não é uma forma de violência, que gera desemprego e achatamento de salários, que leva a maior incidência de crimes de roubo e latrocícios?

Pensem nisso.

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  • Usuário Growroom

Cora Rónai

Observamos um artigo lúcido, ousado e sem hipocresias, diria, impecável.

Já era de se esperar a qualidade do artigo, vindo da Cora, além de excelente profissional na área de informática, observa-se agora a "Cabeça Pensante" desta ilustre jornalista, como pode se observar na seção "Cartas Dos Leitores", publicada hoje no jornal O Globo (30/04), com sete leitores dirimindo suas opiniões.

http://oglobo.globo.com/jornal/opiniao/141...1902659.asp#top

Parabéns Cora Rónai e parabéns a galera growroom.

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  • Usuário Growroom
Luchiano escreveu

Cora Rónai

Observamos um artigo lúcido, ousado e sem hipocresias, diria, impecável.

Já era de se esperar a qualidade do artigo, vindo da Cora, além de excelente profissional na área de informática, observa-se agora a "Cabeça Pensante" desta ilustre jornalista, como pode se observar na seção "Cartas Dos Leitores", publicada hoje no jornal O Globo (30/04), com sete leitores dirimindo suas opiniões.

http://oglobo.globo.com/jornal/opiniao/141...1902659.asp#top

Parabéns Cora Rónai e parabéns a galera growroom.

Dá para postar aqui as cartas dos leitores? Tentei entrar no link indicado mas tem que ser assinante ou estar cadastrado na globo.com para acessar os textos.
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  • Usuário Growroom

Qual é a tua novato2004?

O artigo de Cora Rónai está ótimo. Ela falou tudo; ou não? A gente pode discordar do Estado controlar etc. como disse ela, mas no mais o artigo está

ótimo. É disso que a gente precisa. Que tenhamos mais vózes assim...

PS. - Concordo que a midia é tudo isso que vc. falou, mas calma lá.

Penso, lógo fumo.

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  • Usuário Growroom
budcao escreveu

amanha, 2 de maio, haverá uma passeata pela legalização, no rio de janeiro, em ipanema.

Concentração as 14:00 no jardim de Alá.

Levem o maior numero de pessoas possivel.

Estarei lá!
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  • Usuário Growroom

EU nao gosto da Cora Ronai.

Estou sempre lendo as cronicas dela no segundo caderno do Globo e a acho uma nerdzinha conservadora.

Mas ate que ela falou direitinho sobre essa historia de legalizaçao.

Tenho um colega de faculdade que defende a criaçao de uma NARCOBRAS.

é interessante esse pensamento.

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  • Usuário Growroom
magaiver

Dá para postar aqui as cartas dos leitores? Tentei entrar no link indicado mas tem que ser assinante ou estar cadastrado na globo.com para acessar os textos.

magaiver

Desculpe, tinha esquecido este detalhe mais vai aqui as opniões para que todos possam ler, além da hoje publicada na mesma seção pelo Senador Sérgio Cabral:

Jornal O Globo, Cartas Dos Leitores, pg. 6, Quinta-feira, 6 de Maio de 2004.

Sistema antidrogas

"Excelente o artigo de Cora Rónai publicado dia 29 de abril. Não me recordo de ter lido texto tão transparente, tão direto, e acima de tudo tão sincero sobre o tema das dogras. Mais do que isso: não me lembro de ter lido artigo que resumisse tão bem as minhas certezas e indagações sobre o assunto. Na condição de relator do projeto que dispõe sobre o sistemas antidrogas, que está para ser votado no Senado Federal, farei questão de citar o artigo em plenário, com forma de enriquecer o debate e motivar novos encaminhamentos para a discursão do tema."

Sérgio Cabral, senador (por e-mail, 5/5), Brasília, DF

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  • Usuário Growroom

magaiver

Segue as opniões dos leitores da sessão Cartas Dos Leitores, como solicitado:

Legalizar as drogas

A definição de crime passa pelo conceito de prejudicar alguém ou a sociedade. Ora, em que uma pessoa fumando um cigarro de maconha em casa prejudica o outro, além de si mesma? Por isso a importância do artigo “Drogas”, de Cora Rónai, publicado hoje (29/4). É óbvio que não haverá um consumo desenfreado; as limitações hoje impostas às bebidas alcoólicas e ao cigarro deverão ser aproveitadas e até ampliadas, sendo mais fácil, desta forma, controlar a venda e o uso pelos jovens.

ANDRÉ TRINTA

(por e-mail, 29/4), Rio

Lembro que anos atrás, quando a reserva de mercado para produtos de informática vigorava no Brasil, Cora Rónai, editora do caderno de Informática do GLOBO, tinha coragem de debater sem a hipocrisia com que o resto da sociedade encarava o tema. Ao ler suas opiniões sobre descriminação do uso de drogas, lembrei daquela época quando éramos obrigados a comprar computadores como criminosos adquirindo drogas nas mãos de traficantes. Pode parecer ridículo hoje, mas o usuário de produtos de informática também já foi marginalizado. A grande diferença é que, tenho certeza, naquela época Cora consumia produtos de informática e hoje duvido que use qualquer tipo de droga. Do contrário não teria uma cabeça funcionando tão bem e escrevendo coisas que a gente gostaria de ter escrito.

MARCELO TEMPORAL

(por e-mail, 29/4), Rio

Foi com espanto e muito medo que li o artigo de Cora Rónai hoje (29/4). Chega ao absurdo de sugerir a liberação das drogas como fim do problema. O grande problema é que as drogas não são problema por causa do tráfico nem da polícia. As drogas são um problema per si, quer sejam legais ou não. É por ser um problema per si que o tabaco, droga legal, é combatido hoje no mundo ocidental como um dos maiores vilões da saúde pública. E não é com “informação e educação” que se resolve nada. Campanhas antitabagistas estão em voga desde o início da década de 80 e até hoje o resultado foi pífio. Quando o usuário for tratado de acordo com a lei, talvez então tenhamos alguma esperança na guerra contra as drogas.

BRUNO RODRIGO SANTOS

(via Globo Online, 29/4), Rio

Concordo plenamente com Cora Rónai. Morei na Colômbia há 17 anos e descobri então o que o narcotráfico, quando conivente com o Estado (afinal seu dinheiro sujo financia muita campanha política) e tratado de forma irresponsável, pode fazer com um país. Depois de todo esse tempo vejo, com muita tristeza, que nós somos hoje o que a Colômbia era então. E pelo andar da nossa carruagem, só posso ser pessimista e prever que infelizmente as nossas perspectivas são as piores possíveis.

FABIO SEIDEN

(por e-mail, 29/4), Rio

Finalmente leio uma opinião lúcida sobre a questão “drogas x guerra do tráfico”. A conta é simples: qualquer atividade ilegal, por mais que tenha embutidos “custos de manutenção”, é altamente lucrativa. Talvez esteja aí o porquê da dificuldade em tratar o assunto liberação. Ora, por que então o governo não se apropria destas receitas?

RODRIGO MAMEDE

(por e-mail, 29/4), Rio

Depois de ler o artigo de Cora Rónai percebi que concordo com ela. Antes achava que seria errado legalizar o uso de drogas, mas mudei de opinião. Sobre a parte genética, talvez seja verdade mesmo. Eu nunca tive diálogo aberto em casa e nunca tive vontade de experimentar nada. Estou com 31 anos, faço peças de teatro às vezes e sou locutora de rádio, e nesse meio em que vivo também tem drogas; e continuo sem a mínima vontade de saber como é. Prefiro ser eu mesma e encarar tudo de cara limpa.

ADRIANA SOUZA

(por e-mail, 29/4), Rio

Finalmente a ousadia está fazendo parte de nossos jornais. É urgente uma ação mais efetiva de todos sobre a questão das drogas. A proposta da jornalista Cora Rónai (“Drogas”, 29/4), da liberação como alternativa para amenizar esta insuportável guerra em que estamos mergulhados é um passo importante nesse processo. Mas por que não pensar no tratamento como um cuidado preventivo? Ou seja: o poder público formando profissionais capazes de ajudar as pessoas, acompanhando- as em suas escolhas, criando espaços de resistência às inevitáveis armadilhas do consumo, sejam elas quais forem. Outra possibilidade é a informação, o pedido de socorro, visando a incrementar a conversas e discussões sobre temas e valores humanos. Sinto um inevitável ar de utopia mas, com os pés no chão, as surpresas são bem-vindas. E já enxergo, não muito longe , eventos e micro espaços com estas propostas. Porque se não começarmos...

LUIS GUSTAVO VASCONCELOS

(por e-mail, 29/4), Rio

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