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Jovens franceses estão consumindo mais maconha, diz estudo


ElviajanteDoido

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  • Usuário Growroom

http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lem...lt580u1161.jhtm

26/06/2004

Jovens franceses estão consumindo mais maconha, diz estudo

Instituto divulga balanço sobre a saúde e o comportamento de pessoas de 12 a 25 anos

Sandrine Blanchard

Como vão os jovens franceses? Na véspera da Conferência da Família dedicada à adolescência, o Instituto Nacional de Prevenção e Educação para a Saúde (Inpes) da França divulgou nesta quinta-feira (25/06) seu "Barômetro da Saúde de 12 a 25 anos", extraído do estudo nacional de 12 a 75 anos publicado em 2002.

Realizado em dezembro de 1999 a partir de uma amostra representativa de 2.765 jovens, esse estudo - repetido regularmente desde 1992 - quer ser uma "fotografia das atitudes e dos comportamentos em termos de saúde dos adolescentes e jovens adultos". "Os resultados fornecem um retrato detalhado de nossa juventude, distante das idéias prontas e dos clichês", estima Philippe Lamoureux, diretor-geral do Inpes. "Não se trata nem de uma geração perdida que estaria se destruindo sob nossos olhos nem de uma geração numa bolha protegida", ele resume.

Tabaco, drogas, álcool

Comparado ao Barômetro anterior, o consumo de tabaco é estável, exceto entre as meninas de 12 a 19 anos, que são 32,9% dos que declaram fumar (contra 29,8% em 1997). Globalmente, 36,7% dos jovens consomem tabaco, com um pico de 44,2% entre os de 18 anos. Se as adolescentes são mais numerosas que antes a aderir ao tabagismo, os fumantes regulares continuam majoritariamente masculinos.

No entanto, as campanhas contra o tabaco parecem ter tido um impacto junto aos jovens fumantes. Assim, 53,8% deles afirmam desejar parar por causa do preço dos cigarros e das conseqüências do tabaco para a saúde. Enfim, cerca de 70% dos jovens de 12 a 25 anos são "incomodados" pela fumaça dos outros, mas ao longo dos anos a Lei Evin parece ser cada vez mais respeitada pelos jovens fumantes, exceto nos bares e cafés.

A maconha decididamente entrou em seu universo. Em 1999, 44,5% dos jovens de 18 a 25 anos a haviam experimentado (pelo menos uma vez na vida), enquanto eram 28,9% em 1995 e 23,3% em 1992. O número de fumantes regulares (mais de dez vezes por ano) atinge 14,7%.

Essa "banalização", que afeta principalmente os meninos, porém, não acarreta uma forte reivindicação da legalização da maconha. Dois terços dos jovens de 15 a 25 anos são hostis à venda livre de drogas brandas e apenas 32% concordam total ou principalmente com a "autorização do consumo de maconha".

O álcool continua sendo um produto de forte predominância masculina, cujo consumo está muitas vezes associado às saídas de sábado. Entre os de 12 a 25 anos que consumiram pelo menos uma bebida alcoólica nos últimos 12 meses, 43% dos meninos e 23% das meninas já tiveram pelo menos uma embriaguez.

Violência, suicídio e psicotrópicos

Desde 1997 os atos de violência permanecem estáveis: cerca de 8% dos jovens de 12 a 19 anos declaram ter dado ou recebido golpes durante o ano anterior à pesquisa, dos quais uma grande maioria (79%) com as mãos, 1,4% com arma branca e 12% com "outro objeto". Nisso também a experiência das meninas e dos meninos é muito diferente.

Entre estes últimos - que cometem atos de violência sobretudo entre 12 e 17 anos - são mais numerosos os que afirmam ter agredido (10% contra 3,7%) ou sofrido agressão (10,9% contra 5,3%), e com freqüência as violências vêm de brigas, enquanto as meninas são principalmente vítimas de uma pessoa. Quanto às relações sexuais forçadas, 2,2% dos jovens de 15 a 19 anos dizem ter sofrido (4,1% das meninas e 0,4% dos meninos), contra 1,7% em 1997.

Os jovens também praticam violência contra si mesmos. As tentativas de suicídio entre os de 15 a 19 anos passaram de 3,7% em 1997 para 4,3% em 1999. Por outro lado, os pensamentos suicidas são citados por 7,6% dos jovens, contra 10,6% três anos antes.

A idéia de suicídio é mais freqüente entre as meninas. Entre 18 e 19 anos, 12,6% delas pensaram nisso nos últimos 12 meses. Os pensamentos suicidas são mais freqüentes entre os jovens que consomem psicotrópicos. A ingestão desses medicamentos, aliás, não é desprezível entre os de 12 a 15 anos. O consumo de tranqüilizantes ou soníferos afeta 10,6% das meninas e 5% dos meninos e o de antidepressivos, 6,5% das meninas e 2,3% dos meninos.

Acesso a tratamentos

Os jovens se tratam. Em média, eles consultam cerca de quatro vezes por ano um clínico geral, e durante o ano cerca de dois terços estiveram no dentista, 43% num consultório médico ou uma enfermaria escolar e 40% das meninas num ginecologista. O recurso a um psiquiatra ou psicólogo envolve 5% dos jovens.

Por trás desses números escondem-se diferenças em função dos meios sociais. Quer se trate de cuidados odontológicos ou do acesso a médicos especialistas, o número de consultas é menor entre os jovens de nível econômico ou instrução pouco elevados. "As desigualdades diante da saúde surgem precocemente, portanto", salientam os autores do estudo. Eles também notam que o recurso à saúde escolar envolve principalmente jovens originários de famílias recompostas ou monoparentais.

Comparações regionais

Pela primeira vez o "Barômetro da Saúde" faz uma abordagem regional, comparando as atitudes dos jovens na Alsácia, Norte-Pas-de-Calais, Região do Loire e Picardia. Os resultados são às vezes surpreendentes. Eles mostram que existe uma defasagem entre a situação sanitária de uma região (a partir dos dados de mortalidade) e o comportamento dos jovens.

Enquanto Norte-Pas-de-Calais tem um índice de mortalidade por câncer de pulmão superior à média francesa, a proporção de jovens que fumam cotidianamente na região é menor que nas três outras. O mesmo ocorre para o álcool, mais consumido na Alsácia e na Região do Loire.

Se os habitantes do Loire fumam e bebem mais, seu moral é melhor que o dos jovens da Picardia e Norte-Pas-de-Calais. Nessas duas últimas regiões, os jovens de 12 a 25 anos consomem mais antidepressivos, têm mais idéias suicidas, acham-se em pior forma física (são mais afetados pelo problema da obesidade). Seu maior medo? O desemprego.

Foco na adolescência

A Conferência Anual da Família, organizada para a próxima terça-feira (29) na sede do governo francês, aborda este ano o tema da adolescência. Entre as medidas que deverão ser anunciadas está o desenvolvimento das Casas da Adolescência. Ligados ou não a uma estrutura hospitalar, esses locais de escuta e acolhimento existem em Havre, à Bordeaux, Marselha e Poitiers, e deverão surgir em Bobigny e Paris.

Em novembro de 2002, o presidente Jacques Chirac havia proposto a criação de uma dessas estruturas por departamento. Além disso, um balanço da saúde poderá ser instaurado ao nível da classe de 5ª série para suprir as lacunas no acompanhamento médico obrigatório, que hoje termina aos 6 anos.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

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  • Usuário Growroom
ElviajanteDoido escreveu

Aki no brasil a unica pesquisa q se faz é de audiencia pra saber se a porra da merda da novela esta vendendo como eles querem.

Claro assim eles podem saber uma media de quantas pessoas eles contaminam todas as noites .....
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