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Religiosos apóiam uso da maconha


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WASHINGTON - Várias grandes denominações religiosas se juntaram a um movimento crescente para legalizar o uso medicinal da maconha, afirmando ser uma responsabilidade ética ajudar a aliviar a dor e outros efeitos debilitantes de doenças como câncer, aids, esclerose múltipla e glaucoma. A Igreja Metodista Unificada, a União para Reforma do Judaísmo, a Assembléia Batista Progressista Nacional, a Igreja Episcopal, a Associação Universalista Unitarista, a Igreja Presbiteriana (EUA), a Igreja Luterana Evangélica dos EUA e a Igreja Unificada de Cristo declararam seu apoio ao uso da maconha para fins médicos. "De acordo com nossa tradição, é obrigação do médico curar os doentes", diz uma resolução adotada em novembro pela União para Reforma do Judaísmo. A declaração reconhece o uso médico da maconha como uma tradição de 5 mil anos e incentiva o governo federal a modificar a classificação da maconha, passando-a de uma substância proibida a um medicamento receitado por médicos. As denominações solicitaram que sejam aliviadas as penalidades para pessoas que usam a maconha para tentar aumentar o apetite durante tratamento quimioterápico ou aliviar dores crônicas. "Achamos que pessoas gravemente doentes não devem estar sujeitas à detenção e prisão por causa do uso medicinal da maconha com a aprovação de seus médicos", afirma a declaração Coalition for Compassionate Access (Coalizão pelo Acesso Solidário) endossada em 2002 pela Igreja Unificada de Cristo. Algumas denominações apóiam o uso medicinal da maconha, mas rejeitam seu uso recreativo - dessa forma apoiando uma meta de lobbies seculares a favor da maconha mas não a descriminação da droga. "O uso médico de qualquer droga não deve ser visto como um incentivo ao uso recreacional", diz uma declaração aprovada no mês passado na assembléia-geral da Igreja Metodista Unificada em Pittsburgh.

28/07/2004 15:40

Por BILL BROADWAY (Washington Post) para ESTADO DE SÃO PAULO

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