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Cientistas criam neurônios a partir de células-tronco humana


ElviajanteDoido

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  • Usuário Growroom

17/08/2004 - 16h59

Cientistas criam neurônios a partir de células-tronco humanas

Por Jorge A. Bañales Washington, 17 ago (EFE).- Uma equipe de cientistas obteve células cerebrais que sintetizam o neurotransmissor dopamina a partir de células-tronco humanas e de macaco, o que confirma experimentos anteriores com tecidos de ratos.

A revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS) publicou os resultados de um estudo liderado por Anselme Perrier, do Laboratório de Biologia de Tumores e Células-Tronco no Instituto Sloan Kettering de Nova York, e no qual participaram pesquisadores de outros centros.

As células-tronco, presentes na medula espinhal e no tecido cerebral, se caracterizam porque podem desenvolver-se adaptando-se para diferentes órgãos ou tipos de tecidos, e alguns cientistas vêem nelas a promessa de tratamentos e curas para muitas doenças.

Uma dessas doenças para a qual as células-tronco poderiam trazer alívio é o mal de Parkinson, que causa uma perda dos neurônios no cérebro médio que sintetiza a dopamina.

Este transmissor químico envia os sinais entre o cérebro médio e a seguinte "estação revezadora" do cérebro, o "corpus striatum", para produzir atividade muscular fluente e com propósito.

A perda de dopamina faz com que as células nervosas do "striatum" atuem sem controle, deixando os paciente incapazes de dirigir ou controlar seus movimentos de forma normal.

Os estudos demonstraram que os pacientes de Parkinson têm uma perda de 80 por cento ou mais das células produtoras de dopamina no cérebro médio.

Há dois anos, uma equipe de pesquisadores dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA anunciou que tinha obtido células-tronco do cérebro médio a partir de células-tronco embrionárias de ratos.

"O problema para o uso de células-tronco humanas (CMH, sigla em espanhol) na biologia do desenvolvimento e na medicina regeneradora foi dirigir seu amplo potencial de diferenciação para a derivação de um destino específico da célula", indicou a equipe encabeçada por Perrier.

Entre as células do sistema nervoso comprovou-se que as CMH se diferenciam "in vitro" de células progenitoras neurais, neurônios e astrócitos, estes últimos capazes de formar células-tronco novas e de gerar os três tipos de células cerebrais maduras.

"Mas, até onde sabemos, não se demonstrou ainda a derivação seletiva de algum subtipo de dito neurônio", agregaram.

Os pesquisadores sustentam que eles sim confirmaram "um alto rendimento de neurônios sintetizadores de dopamina de três linhas independentes de CMH de embrião, e duas de embriões de macaco".

Para obter os neurônios, os cientistas iniciaram o processo de diferenciação em células estromais, presentes na medula óssea.

Depois continuaram a especificação regional -estes são os neurônios do cérebro médio desejados-, mediante "a aplicação em seqüência de moléculas em pautas definidas que dirigem 'in vivo' o desenvolvimento do cérebro médio".

"Este sistema experimental também proporciona uma ferramenta poderosa para pesquisar os mecanismos moleculares que controlam o desenvolvimento e a função dos neurônios que sintetizam no cérebro médio humano a dopamina", acrescentou o estudo.

"A disponibilidade de um número ilimitado de neurônios sintetizadores de dopamina é um primeiro passo para a prospeção do potencial das células-tronco de embrião humano em modelos pré-clínicos do mal de Parkinson", acrescentaram.

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