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Foto-reportagem Passeata Verde 2004 (versão Growroom)


doutor_freud

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  • Usuário Growroom

Oi pessoal...

Como prometi, aí vai a versão especial da foto-reportagem que fiz sobre a Passeata Verde 2004 (SP). Um abraço....Freud.

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1- Logo na concentração a polícia já intimidou os manifestantes, executando severas revistas.

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2/3/4/5/6 – Mesmo com a forte presença da polícia, os manifestantes expressaram suas idéias sem medo. Representantes de diversas cidades e até de outros Estados estavam presentes.

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7 e 8 – Por meio de um megafone diversas pessoas fizeram uso da palavra, chamando os jovens para engrossar o movimento.

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9 – Um baseadão simbólico foi aceso e tragado por alguns manifestantes.

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10/11/12 – Quando o número de manifestantes já era expressivo, decidiu-se pela Marcha na Av Paulista.

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13/14 – A polícia não gostou da idéia, impedindo que a marcha continuasse. O comandante da PM “sugeriu” que a Marcha seguisse pela calçada.

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15 – Muitos tentavam persuadi-lo da legitimidade do movimento. Tudo em vão!

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16 – Veja aqui a bolsa do policial repleta de singelos artefatos, tais como bombas de gás e spray de pimenta.

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17 – Diante do impasse a “massa” optou por dar um drible na PM, atravessando a Av Paulista pela faixa de pedestre. Isso irritou bastante os policiais, que tiveram que parar os dois lados da avenida, uma vez que as motos e viaturas já estavam mobilizadas para acompanhar os manifestantes do lado oposto.

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18 – Mais uma tentativa de ocupar a Paulista. Agora do outro lado. Enquanto isso a PM se mobilizava.

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19 e 20 – A reação da PM não tardou: bombas, spray de pimenta e muita porrada.

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21/22/23/24/25 e 26 – Triste saldo: diversos manifestantes presos. Foram levados para a 4ª e 78ª DPs e liberados horas depois.

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27 – Alguns manifestantes foram encurralados em um posto de gasolina.

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28 – Após a pancadaria, os manifestantes restantes se reuniram novamente nas proximidades do MASP.

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  • Usuário Growroom

Aproveito para publicar também um ótimo texto de uma testemunha ocular da manifestação.

Passeta Verde: balanço e perspectivas

por Maria Joana

A Passeata Verde de 2004 em São Paulo começou com uma concentração no vão do Masp a partir das 14 hs. do dia seis de novembro, um sábado nublado. Apesar da presença ostensiva de dezenas de policiais, uma grande parte deles de uma força tática com motos, foram se juntando algumas centenas de pessoas. A polícia agia de forma muito mais intimidativa do que no ano anterior, abordavam quase todos, verificavam e anotavam documentos e revistavam bolsas e bolsos. Alguns pequenos cartazes entre os manifestantes: “General Uchôa, fica numa boa”, um cartaz pela legalização vindo da cidade de Rio Claro, cartazes do grupo Édilei, que trabalha com redução de danos entre craqueiros, que também trouxe um megafone e puxou palavras de ordem como: “não quero pó, não quero crak, quero fumar o haxixe do Iraque” (sic). Lá pelas 16 hs o entusiasmo aumentou, além de muitos fotógrafos e gente filmando apareceu um câmera da Globo que tentou entrevistar um rapaz que falava como organizador, mas o grito de “o povo não é bobo, abaixo a rede Globo” não deixou ele falar direito. Os policiais continuavam a circular ostensivamente, algumas faixas de papel pintadas na hora com spray foram recolhidas por eles. Um grupo tentou levar uma faixa para mostrar aos carros na faixa de pedestres e também foi impedido e teve a faixa arrancada. No meio do bolo da multidão os dicursos continuavam, havia um advogado que havia vindo de avião naquela mesma manhã, de Santa Maria, RGS, e de chapéu, bagagem e guarda chuva falou umas palavras. Também havia um cearense de Fortaleza vendendo seu livro que parecia uma novela sobre maconha, inclusive com um glossário de gírias.

O público tornava-se mais efusivo, com gritos de “Maconha!”, “Maconha!” e a musiquinha: “com muito orgulho, com muito amor, sou maconheiro!”. Acendeu-se a ponta de uma réplica gigante de um baseado e fazia fumaça como uma chaminé. Havia um clima bem de orgulho reprimido e desabafo de quem sempre teve que esconder o que faz e naquele momento assumia com alegria o seu orgulho maconheiro. Algo semelhante com o “gay pride”.

Outros gritos: “ministro Gil, libera o plantio!”, “você aí polícia, maconha é uma delícia!”. O público era bem jovem e festivo, havia um setor claramente de classe média, com câmeras, etc, outros mais plebeus, havia muitos com camisetas ou símbolos canábicos, de sites como growroom, dos cultivadores, e uma moça do Psicotropicus, do RJ, distribuindo o panfleto colorido de apresentação deles. Os estudantes da História também distribuiram um panfletinho de uma ciclo de debates e filmes sobre drogas na USP.

De repente, como de improviso, a multidão dirigiu-se para a Paulista, atravessou-a e na pista do lado do Trianon começou a marchar na direção da Brigadeiro (a idéia aparentemente era repetir o mesmo que o ano anterior, ir até o Ibirapuera). Mas dessa vez a polícia estava decidida a não permitir, na primeira esquina começaram a bloquear o caminho e empurrar pra calçada. Gritava-se “polícia é pra ladrão, pra maconheiro não”, e alguns preferiam “polícia é pra ninguém”. Criou-se um impasse durante uns dez minutos, muitos tentavam convencer a polícia a liberar apenas a pista do corredor de ônibus, quando num movimento meio inesperado resolveu-se atravessar de novo a Paulista quando o sinal fechou. Esses movimentos refletiam a natureza acéfala da manifestação, onde o setor organizador por ser aparentemente anarcojuvenil recusa-se a assumir uma liderança, promover votações, organizar a discussão, tudo segue um curso de quem gritar mais alto leva um bloco consigo, e os movimentos da massa lembram as aglutinações descoordenadas de liquídos espessos que mudam seu fluxo dependendo das ondas.

Após atravessar de novo a Paulista, a marcha recomeçou a voltar na direção do Masp por uma das pistas. Muitas palavras de ordem, equivocadamente, escolhiam provocar a polícia: “você aí fardado, fuma um baseado”, quando não se gritavam simplesmente palavrões. Nesse momento a polícia se reuniu e rapidamente avançaram em formação de ataque, com alguns já segurando as bombas de gás. Mas nesse momento um grupo retornou dizendo: “não pro Masp não, vão nos cercar” e passou a dirigir-se pela Paulista no contrafluxo dos carros, que estavam parados, para o Gazeta, enquanto outros permaneciam no Masp ou observando ao redor. Foi então que a polícia atacou. Jogaram várias bombas de gás no meio dos carros, e passaram a correr e espancar com cassetetes indicriminadamente. Na calçada, as motos da polícia davam cavalos de pau, jogavam-se sobre as pessoas para atropelá-las levando ao pânico, com todos os camelôs fugindo e pessoas correndo. Na frente da Fiesp e em outros prédios vários manifestantes e simples passantes corriam para refugiar-se dentro dos edifícios reunindo-se a pessoas que estavam saindo e logo voltavam para trás quando viam o cenário das ruas. Várias bombas continuavam a explodir e grupos de policias passavam arrastando pessoas presas e algemadas.

Um grupo conseguiu reagrupar-se no Masp onde permaneceu até quase 18:30 quando a polícia passou a prender qualquer pessoa que ficasse parada debaixo do vão livre encerrando os últimos momentos de uma tarde de lutas na avenida.

Como avaliação é preciso ressaltar que embora tenha havido um pequeno número a mais de pessoas do que no ano anterior (cerca de 500), não houve realmente um salto. A atitude mais repressiva da polícia também foi facilitada pela ausência de uma avaliação mais realista que ou mantivesse a manifestação apenas no Masp (talvez a polícia não se dispusesse a reprimir se apenas se mantivesse no vão onde poderia ter se aglutinado mais gente que continuou chegando atrasado ou que preferiu afastar-se com medo da repressão) ou aceitasse caminhar pela calçada, na verdade poucas centenas de pessoas não apresentavam um correlação de forças que permitisse tentar ocupar a rua se a polícia estava disposta a impedir. A falta de um comando, por um lado representa uma forma de autodefesa do movimento que não apresenta faces públicas e divulga-se por internet e boca a boca, mas por outro impede uma deliberação organizada dos passos a seguir tanto antes do ato como durante, além de não intervir em outros fóruns com um debate de idéias mais amplo e uma ocupação inteligente da mídia (da oficial, é preciso disputar espaço nela, na mídia alternativa o movimento já tem presença em CMI, etc.). O exemplo do Psicotropicus do RJ precisa ser seguido: uma articulação mais profissional, com setores de profissionais liberais, debates jurídicos e universitários, visibilidade publicitária com outdoors, e também ações de rua.

É preciso criar alguma coordenação nacional, parece que tb houve passeata em Fortaleza, e internacional (em Buenos Aires e Madri foram mais de dez mil pessoas em maio deste ano), aliás, por que em todo o mundo a data unificada é em maio e só aqui em SP se faz em novembro?

Na discussão no CMI uma pessoa disse que não se importava que houvesse só 500, pois preferia quinhentos manifestantes conscientes a 100 mil gritando “legaliza Lula” ou querendo aparecer na TV. Acho esse raciocínio de uma completa estreiteza, eu prefiro cem mil. Aliás, acho que existe um potencial para isso, como ocorreu com o movimento gay, uma parcela oprimida da população, obrigada a manter uma vida cotidiana secreta e clandestina, alvo dos piores preconceitos, estigmatizações e intolerâncias, que de repente descobre que são milhões e que podem ir para a rua juntos e demonstrar o seu orgulho da sua condição e a sua vontade de serem respeitados e terem reconhecidos os seus direitos. Isso é uma força poderosa, é preciso despertá-la. A passeata verde de 6 de novembro de 2004 foi um pequeno ensaio de um movimento social que ainda não conseguiu se levantar plenamente mas já dá mostras, num âmbito internacional, que o antiproibicionismo vem crescendo apesar da política imperialista de Bush e que cada vez mais deve ganhar espaço na agenda dos direitos sociais e das lutas populares altermundistas.

Maria Joana 07-11-2004

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  • Usuário Growroom

qUAL VAI SER DAQUI NO RIO ???

EU TO NESSA !!! VAMOS TOMAR TODAS AS RUAS DO RIO COM O NOSSO GRITO DE GUERRA... ...QUEREMOS MAIS PLANEJAMENTO E INTEGRAÇÃO.

GALERA DO RIO , FIQUEM ATENTOS AOS POSTS POIS A QUALQUER MOMENTO IREMOS INICIAR NOSSA CAMINHADA RUMO A LEGALIZAÇÃO!!!

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  • Usuário Growroom

pod crê vcs são foda

botaram pra quebrar o bagulho aí.

tenho grandes planos.

vamos acabar de vez com essa.. hipocrisia

nada a ver esses gambé aí.

são paulo maluco, devia ter um monte de bandido nessa hora assaltando lojas e tal, e os homi tudo aí querendo descolar uns fino

aff

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  • 2 weeks later...

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