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Copa Do Mundo Na Holanda


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  • Usuário Growroom

PODEM ACREDITAR "A MINA QUE COBRIU O EVENTO É CARETA" DISPERDÍCIO

26.11.2004 |

Passo direto por uma fila gigantesca e pergunto ao segurança onde devo pegar a credencial de imprensa. Um latino vem correndo, com um baseado na mão, me abraça forte e diz que se lembra de mim do ano passado. Nunca vi mais doido. Tento esclarecer que é minha primeira vez na Cannabis Cup, a Copa da Maconha de Amsterdã. Mas ele ri, se gabando de ter "uma boa memória, apesar de fumar todos", e eu prefiro não contrariar. O cara me entrega a credencial com uma mão e oferece o baseado com a outra. "Agora não, obrigada." Não sei tragar, nunca vi graça na coisa. Mas não seria de bom tom dizer isso logo de cara a um dos 1500 adoradores da erva que participaram da 17a Copa da Maconha, de segunda-feira até ontem, na mais cosmopolita cidade da Holanda.

Já do lado de dentro do esfumaçado Melkweg, lembrei que meu sonho, nos tempos de estagiária de esporte, era cobrir uma Copa do Mundo. Não imaginava que estrearia numa copa como essa, em que a onda não é ser artilheiro, mas juiz. Durante cinco dias, maconheiros do mundo inteiro fumam, vaporizam e inalam dezenas de tipos de erva para eleger a melhor. Eles escolhem a melhor entre as três finalistas apontadas pelo júri especializado, a mais popular entre as que não chegaram à final da Copa, o melhor haxixe holandês, o melhor haxixe importado, o estande mais bacana e o melhor acessório, entre cachimbos, bongs etc. O passe para os cinco dias do evento custa 200 euros na porta do Melkweg. "É barato se você pensar que tem maconha de graça e shows todas as noites", justifica Steve Hagen, jornalista da revista americana "High Times" há mais de duas décadas e idealizador do festival.

É preciso gostar muito para agüentar dez horas de maconha por dia. Já na abertura, a oferta gratuita da erva é farta. Todos os estandes de coffee shops e cultivadores oferecem "tragos" em gigantescos bongs ou em sacos plásticos inflados por vaporizadores. "Quero provar a Amnesia", pediu um japonês no estande do Soma, um hippie americano que mora em Amsterdã e há dez anos participa como juiz ou competidor da Copa da Maconha. É tão famoso entre os especialistas da erva que dispensa sobrenome. No ano passado, ganhou o troféu de melhor maconha, e suas sementes, Soma Seeds, viraram best-sellers. Tem cabelos com dreadlocks até a cintura e está sempre cercado de amigos. Dá muito mais erva do que vende (30 euros por um ramo de 3,5 gramas). Mas não gosta que peçam.

"A maconha vem de Deus"

Adriana Maximiliano

Um dos estandes, decorado a rigor: clima competitivo

Na hora e no lugar errados, presenciei uma briga de Soma com um rapaz pidão. "Dou só para quem eu quero", disse Soma. "A maconha vem de Deus e você devia dar para todos. Você não é um doador, Soma", rebateu o maconheiro. "Eu sou um doador, mas você é um sugador e a gente não combina. Vou dizer na comunidade quem você é de verdade." As palavras eram duras, mas o tom, de paz e amor. Em volta deles, os amigos tinham o olhar perdido e pareciam alheios à discussão. Achei que era o melhor a fazer e saí de perto. Eles que são hippies que se entendam.

No segundo dia, os organizadores apresentaram um documentário sobre The Farm, uma comunidade hippie que existe desde 1967 em Summertown, no Tennessee. O criador da comunidade, Stephen Gaskin, de 69 anos, foi o escolhido para entrar na Galeria da Fama da Contracultura na Copa deste ano. "A Copa da Maconha é um centro de resistência!", discursou o homenageado, que usa enfeites de cortina nas pontas dos cabelos e não trocou de roupa durante todo o evento. Gaskin falou para uma platéia chapada sobre ETs, Bush, religião, polícia e deu dicas a uma mulher que pretende seguir seu exemplo e criar uma comunidade hippie no ano que vem.

Quando achei que a noite já estava surreal demais, alguém lamentou Stephen Gaskin não ter conseguido se candidatar a presidente nas eleições americanas de 2000. Ele tentou, mas o Partido Verde escolheu outro candidato, Ross Perot. "A eleição na Copa da Maconha é mais honesta e séria do que a do governo americano", garantiu o militante. No fim da noite, Stephen Gaskin apresentou a banda Homegrown, formada por meninos que nasceram, cresceram e ainda vivem na comunidade em Summertown. "Minha mulher fez o parto de todos eles. Esses meninos foram criados à base de soja e maconha sem aditivos", conta ele, que é casado com Ina May Gaskin, parteira da comunidade e juíza especializada desta Copa da Maconha 2004.

Adriana Maximiliano

Cartaz do evento: Copa chega à sua décima-sétima edição

Islandês viajante

Entre os vídeos apresentados na Copa, um dos destaques foi o dos melhores momentos da maconha em programas de TV, como nos desenhos "Os Simpsons" e "South Park". "Cuidado, as coisas podem parecer mais comestíveis do que realmente são", lê Hommer Simpson, numa bula de maconha. Na história, Springfield teve a maconha liberada para fins medicinais e Hommer fumou por ordem médica. "O quarto do papai está com o mesmo cheiro da sala do professor de arte", comenta Liza enquanto Hommer tem alucinações. Um homem soltou uma gargalhada histérica e solitária na platéia. Era fácil notar que a onda bate diferentemente em cada pessoa. Enquanto alguns ficam em marcha lenta, outros aceleram e riem o tempo todo.

Um casal da Flórida, Sean e Mary Sheehy, é do tipo que acelera. Eles puxam papo e, em dois minutos de conversa fiada, Mary vira de costas e mostra uma folha de maconha tatuada no quadril ao lado da palavra "Nascar": "Estamos em lua-de-mel e aproveitei para fazer a tatuagem da folha". Começo a ficar preocupada com aquela overdose. O cheiro da maconha gruda no meu nariz e a erva vira personagem fixa dos meus sonhos. Só faltava saber diferenciar a Jack Flash da Killer Green. Dou para Mary todos os brindes que ganhei – sementes, adubo e estimulantes químicos para cultivo caseiro – e saio para tomar um ar.

Do lado de fora, um islandês se aproxima, perguntando qual é a minha erva favorita. "Eu não fumo." O cara ri por um tempo que me pareceu a eternidade. Então, chutei "Amnesia", o único nome de que me lembrava. Ele elogia minha escolha e desanda a falar de suas preferências, tipo de papel, cachimbo, nível de THC... Quando achei que não podia ficar pior, ele troca a conversa do inglês para o islandês e nem se dá conta. Tento avisar que não falo a língua, mas ele não escuta. Logo me desligo e começo a viajar. Às vezes, um monólogo em islandês pode ser mais motivador do que qualquer erva.

Mas nem todos são tão experts quanto parecem. Entre os oito juízes especializados que escolheram as três ervas finalistas da competição principal – Killer Green, do Katau Coffee Shop; Amnesia Haze, do Barney's Breakfast Bar; e Jack Flash, do Sensi Museum Coffee Shop –, estava o editor David Bienenstock. Ele explica que o que pesa na avaliação é potência, gosto, cheiro e aparência. Ou talvez o nome mais fácil de memorizar. "Eu não entendo muito de maconha. Talvez eu seja o menos experiente ou o mais sincero. Mas a verdade é que, fora os competidores, ninguém se importa realmente com isso. O que o povo quer é fumar e relaxar." A propósito: a campeã da Copa foi a Amnesia Haze, mas, a essa altura, que diferença faz?

MAIS INFORMAÇÕES

http://nominimo.ibest.com.br/notitia/servl...ontentType=html

Praça Nossa Senhora da Glória 46, 5º andar

Rio de Janeiro RJ 22211-011 · tel +55 21 2225 5772

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  • Usuário Growroom

foda....mulher careta na cannabis cup?haha...

vcs leram a matéria no site? dêem uma olhada....a mulher escreveu "BOING" ao invés de BONG!!!! uahauahuahauhauhauahauhauahuahauhauahuaha.....

só podia ser careta msm...

"Vende maconha, oferece provas ao público num boing e dança a noite inteira."
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  • Usuário Growroom

ehusahauhea

se bem q esse BOING parece até um trocadilho, tipo a pancada q o bong dá em vc!

Mas no Brasil tem coisas parecidas sim com a Cannabis Cup.. só que com uma droga pior, o álcool... que é bem aceito pela elite e pela maioria da população.

Aqui mesmo recentemente teve o Salão da Cachaça, uma mega feira de degustação, exposição e comércio de diversos tipos da famosa bebida brasileira.

Enfim... se não houvesse tamanho preconceito e desinformação para com a nossa erva, teríamos sim, inúmeros eventos cannabicos por aqui.

EDIT: Sim, essa mulher foi pra lá e nao deu se quer um tapinha? Que desperdício.

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  • Usuário Growroom

Um dia ainda vou morar num país justo, desenvolvido, onde eu possa cultivar

minhas plantas e desfruta-las avontade. Quanto tempo vai demorar para isso acontecer? Ñ sei, o tempo q demorará para o Brasil legalizar.

Ñ sei se fui bem claro, mas o Brasil é um país FODA. Com a legalização da maconha ia resolver vários problemas q iam deixar o Brasil mais irado ainda!

Ai ñ precisariamos ficar sonhando em morar na Holanda, porque nós moramos no Brasil !!!

Ñ sei se deu para entender pois eu to viajando muito e escutando um Planet Hemp, mais é isso temos q dar valor ao Brasi, um dia nego da holanda vai tar falando: meu sonho é morar no Brasil e fumar várias espécies muito lokas criadas por brasileiros.

(pelo menos eu espero q isso aconteça)

_____________________

Salve

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  • Usuário Growroom

po....num gosto de ler depoimentos de pessoas caretas nesse tipo de lugar. eles num gostam do cheiro. eles acham ridículo tudo relacionado a erva. eles não tão brizado e acham ruim quando alguem puxa conversa com eles sobre maconha.

enfim...um disperdício meeeeeesmo!

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