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PF prende diretor de penitenciária acusado


Thomas

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  • Usuário Growroom
A Polícia Federal do Pará prendeu, nesta quarta-feira, o diretor da penitenciária de Altamira (777 km de Belém), Raimundo Jorge Tavares Ampueiro, 54, acusado de tráfico de drogas. Ele foi autuado em flagrante no próprio presídio, com 170 gramas de maconha e dez papelotes de cocaína em sua gaveta.

A operação da PF teve início após uma denúncia anônima de que ele interceptava drogas levadas aos presos por parentes e amigos, não tomava qualquer providência legal e ainda liberava os transgressores.

Tenente-coronel da Polícia Militar, Ampueiro dirige a penitenciária há três anos. Ele foi levado ao quartel da PM de Altamira, onde aguarda decisão da Justiça.

O responsável pela prisão foi o delegado Ualame Machado, que foi acompanhado de dois agentes e de um promotor estadual, que recebeu duas denúncias das ações de Ampueiro recentemente.

Machado cuida do caso do assassinato da missionária Dorothy Stang. Três dos acusados de envolvimento no crime da freira (Rayfran das Neves Sales, o Fogoió, Clodoaldo Carlos Batista, o Eduardo, e Amair Feijoli da Cunha, o Tato), que estão presos no presídio de Americano 3, em Santa Isabel do Pará, foram transferidos do presídio de Altamira. Segundo o delegado, não há relação entre os dois fatos.

O superintendente do sistema penitenciário do Estado do Pará, Alyrio Sabbá, considerou a prisão "uma violência muito grande, um vexame" e acredita que Ampueiro "não deveria passar por esse constrangimento."

De acordo com Sabbá, o juiz que ficará responsável pelo caso também acompanhou o flagrante, o que gera uma suspeita. "Até parece uma coisa orquestrada."

Segundo ele, Ampueiro também responde a uma sindicância interna sendo acusado de favorecer um traficante recluso. Sabbá afastou o diretor da função até um pronunciamento da Justiça.

A Folha só conseguiu falar com o delegado Ualame Machado pelo telefone celular. Durante toda esta quarta-feira, os telefones da delegacia em Altamira deram sinal de ocupado. O superintendente da PF no Estado, José Ferreira Sales, confirmou que eles haviam sido cortados por falta de pagamento e que seriam tomadas providências para solucionar o problema na quinta-feira.

No quartel da PM, a orientação foi ligar na PF, pois não poderiam passar mais detalhes. Informado sobre o corte, um cabo do 16º Batalhão do Xingu afirmou que o expediente já havia encerrado.

Segundo o advogado de Ampueiro, Guarim Teodoro Filho, a droga havia sido jogada de fora do presídio e o diretor a guardava, pois acreditava que prenderia em flagrante o culpado e encaminharia as substâncias para a polícia. "Houve uma prevaricação, uma negligência. Mas não existe essa história de tráfico", disse.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidia...95u106881.shtml

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