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Maconha medicinal


F.H.C

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  • Usuário Growroom

A maconha medicinal agora é legalizada em 11 Estados americanos, e há projetos de lei pendentes em pelo menos mais sete. A droga também está no coração do caso que está sendo considerado pela Corte Suprema dos EUA.

Ainda resta muita confusão sobre se a maconha tem de fato qualquer efeito médico significante.

“As pessoas relatam benefícios subjetivamente”, disse o dr. Joseph I. Sirven, especialista em epilepsia e professor associado de neurologia na Faculdade de Medicina Mayo Clinic em Scottsdale, Arizona. “Há uma literatura de internet completa, que sugere as maravilhas da droga. Mas a verdade é, nós não sabemos”.

Num editorial do ano passado na publicação Neurology, Sirven disse que os melhores estudos sobre o efeito da maconha em humanos até agora mostraram poucas evidências objetivas de benefícios em pacientes com epilepsia ou esclerose múltipla. E um corpo crescente de pesquisadores indica que, pelo menos em adolescentes, o uso exagerado de maconha por um período de muitos anos, significantemente aumenta o risco de desenvolver psicose e esquizofrenia.

No caso da Suprema Corte, duas residentes da Califórnia, Angel McClary Raich e Diane Monson, abriram um processo contra funcionários federais em outubro de 2002 para defender o uso delas de maconha, depois que seis plantas de Manson foram apreendidas e destruídas pela Drug Enforcement Administration (DEA), órgão do governo norte-americano encarregado do combate ao tráfico.

O governo federal, que considera maconha ilegal sob o Controlled Substances Act (CSA), pediu a Suprema Corte para derrubar a decisão da Corte de Apelação que apoiava as duas mulheres. Argumentos orais foram ouvidos logo depois do feriado de Ação de Graça e uma decisão pode vir a qualquer dia.

O médico de Raich, dr. Frank Henry Lucido de Berkeley, Califórnia, afirmou que Raich corria risco de vida se ela fosse proibida de usar maconha para tratar náusea, anorexia, dor crônica severa e outras desordens causadas por uma variedade de doenças, incluindo estresse pós-traumática, asma e tumores cerebrais inoperáveis. No site criado em seu benefício, www.angeljustice.org, Raich disse que abriu o processo “para salvar minha vida”.

Enquanto pouca evidência científica mostra o papel salvador de vidas da maconha, muitos estudos encontraram benefícios modestos em escalas subjetivas de pacientes com dor, sonolência, náusea, falta de apetite, tremores e espasmos musculares.

“Não há nada melhor para doenças nervosas do que maconha”, disse Phillip alden, de 41 anos de idade, escritor em Redwood City, Califórnia. Duas vezes por mês, ele gasta US$200 para comprar cerca de 14 gramas de maconha de alta potência de um dos clubes de compras de maconha medicinal de São Francisco.

Ele fuma três ou mais vezes por dia para tratar a dor de uma lesão nas costas, para aumentar o apetite e reduzir a náusea associada com Aids e das drogas antivirais que ele toma. Ele contou que isso controlou a progressão de sua neuropatia periférica.

Dois estudos recentes publicados na Neurology documentaram o uso em larga escala de maconha entre pacientes canadenses e a crença difundida sobre seus benefícios. O primeiro estudo, de 220 pacientes com esclerose múltipla, descobriu que 36% dos pacientes haviam usado maconha para tratar seus sintomas e que 14% estavam usando na época do estudo.

O segundo, de 136 pacientes da Epilepsy Clinic da Universidade de Alberta, revelou que 21% usaram maconha no ano anterior. Somente dois terços dos usuários ativos disseram que a droga diminuiu a severidade dos ataques de epilepsia, e levemente mais da metade relatou uma freqüência menor dos ataques.

Mas o principal autor do estudo de epilepsia disse que isso apenas prova que alguns pacientes acreditavam em maconha, não que ela ou seus ingredientes ativos, chamados de cannabinoids, realmente funcionem. “Não há uma análise controlada que demonstre que a maconha, ou qualquer um de seus ingredientes ativos, é mais efetiva no controle de ataques do que placebo”, falou o dr. Donald W. Gross, diretor do programa de epilepsia adulta da Universidade de Alberta.

Embora médicos agora possam prescrever maconha no Canadá para certas desordens, incluindo a epilepsia, Gross disse que ele nunca havia feito isso. “É terrivelmente complicado do ponto de vista médico, e um pouco frustrante”, ele disse. “Nós temos um produto que foi legitimado sem qualquer evidência de eficácia”.

Um corpo amplo de pesquisas em tubos de testes e animais sustenta a noção de que a cannabinoids possui propriedades anti-convulsivas. Mas enquanto um estudo de 2003, de 657 pacientes com esclerose múltipla, publicado na revista Lancet, encontrou melhoras significantes em relatos subjetivos de espasmos musculares e dor, ele não encontrou melhoras por medidas objetivas depois de 15 semanas.

Um relato com o mesmo grupo de pacientes mostrou benefícios modestos depois de 12 meses, mas os pesquisadores disseram que os resultados deveriam ser interpretados cautelosamente, porque o estudo testou somente benefícios a curto prazo.

O dr. David Baker, professor do Instituto de Neurologia em Londres, encontrou efeitos benéficos de cannabinoids em ratos, que têm um tipo induzido artificialmente de esclerose múltipla. Mas, ele disse, “mostrar benefícios clínicos em humanos tem sido evasivo”.

“No máximo há um efeito terapêutico limitado antes que os efeitos colaterais tornem-se inaceitáveis para muitas pessoas”, ele falou. “O que é claro é que não houve melhoras dramáticas no geral”.

O dr. Kenneth P. Mackie, professor de anestesiologia da Universidade de Washington, dedicou 15 anos estudando a resposta do cérebro ao cannabinoids por receptores cerebrais especializados, chamados CB1 e CB2.

“Há um grupo completo de razões teóricas que sugerem que haveria benefício para a maconha ou uma variedade de condições relacionando a dor e neuroinflamação”, disse Mackie. “Mas os estudos clínicos não estão lá”.

Existe evidência muito mais forte de um efeito prejudicial de maconha em adolescentes, que começam a usá-la cedo e frequentemente. “Nós sabemos que cannabis é algo que contribui para a esquizofrenia”, disse o dr. Robin M. Murray, professor do Instituto de Psiquiatria em Londres.

Em estudo de 2002, publicado na revista médica britânica BMJ, Murray reportou que os adolescentes da Nova Zelândia que começaram a fumar maconha antes dos 15 anos e continuaram a fazer isso diariamente, aumentaram o risco de desenvolver psicose e esquizofrenia de cerca de 2% para 10%.

O estudo, ele disse, rejeitou a possibilidade de que os adolescentes que usavam maconha também eram aqueles mais prováveis a desenvolverem esquizofrenia, se eles usassem ou não a droga.

“É preciso fumar muito para ficar psicótico”, disse Murray. “Mas fumando cinco vezes por dia durante cinco anos, uma quantia que está cada vez mais comum na Europa, você está seriamente aumentando o risco de esquizofrenia”.

Mas ele acrescentou, o risco caía muito conforme as pessoas envelheciam, então as pessoas mais doentes que usavam maconha com propósitos medicinais eram improváveis de se tornarem psicóticos como resultado.

As pesquisas nos EUA foram atrasadas por restrições legais.

Em 1997, o dr. Donald Abrams, oncologista e diretor assistente do Positive Health Program na Universidade da Califórnia em São Francisco, tornou-se o primeiro médico autorizado pelo Instituto Nacional de Abuso de Droga a receber maconha para conduzir pesquisa e determinar se houve benefícios médicos.

Agora, mais de 12 pesquisadores da Califórnia estão estudando isso sob a proteção do Centro de Pesquisa de Cannabis Medicinal da Universidade da Califórnia.

“A cannabis tem uma história de 5.000 anos de uso medicinal”, disse Abrams. Ele completou três estudos em pacientes com HIV, que não mostraram efeitos negativos no sistema imunológico deles ou no funcionamento das drogas inibidoras de protease que eles estavam tomando. Agora ele tenta mostrar que a maconha possui um efeito benéfico na função imunológica, ele disse.

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  • 2 weeks later...
  • Usuário Growroom

muito boa a reportagem que você postou

argumentos muito interessantes

eu sou a favor sim da legalização da maconha

mas para isso acontecer eu sei que primeiro é preciso

legaliza-la para fins medicos

se isso acontecer

sera uma grande e belo passo para o dia magnifico

ae

kaulker movimentu de protestu tamu ai

soh chama iramum

todos por uma causa justa

a LEGALIZAÇÃO DA MACONHA.

flws irmaum to vazandu

me amarrei nu textu podta mais ai

temus q divigar msmu

a uniaum faz a liberdade

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  • 3 months later...
  • Usuário Growroom

Saudações...

Os EUA é o principal responsável pela proibição da Cannabis...

Devido sua ganância com o mercado de sintéticos, petrolífero, madereiro e farmacêutico...

Essa nova geração de cientistas vão repor toda verdade extraída da farmacopeia mundial...

Em 2008 a cannabis reinará!

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