Ir para conteúdo

Com maconha legalizada, EUA fariam economia


Thomas

Recommended Posts

  • Usuário Growroom
Se a maconha fosse legalizada hoje nos Estados Unidos, o país economizaria US$ 7,7 bilhões gastos anualmente em policiamento e ações militares e poderia aumentar a arrecadação de impostos em até US$ 6,2 bilhões, também por ano. Quem defende a tese é o economista Jeffrey A. Miron, de Harvard, em seu estudo "The Budgetary Implications of Marijuana Prohibition" (As Implicações Orçamentárias da Ilegalidade da Maconha), divulgado na semana retrasada.

O estudo, bancado pela Marijuana Policy Project (MPP), uma ONG de Washington que defende a revisão e a liberalização das leis antidrogas, ganhou a atenção do mundo acadêmico e rendeu um abaixo-assinado para George W. Bush e ao Congresso americano com nomes de 500 economistas de universidades como Yale, Cornell e Stanford, encabeçados pelo veterano Milton Friedman, hoje uma espécie de colaborador do Instituto Hoover, na Califórnia.

Segundo o estudo, se houver uma mudança nas leis, lucrariam agronegócios como Archer Daniels Midland e ConAgra Foods, que poderiam se tornar plantadores e distribuidores da erva, e empresas de bebidas alcóolicas como Constellation Brands e Allied Domecq. Não haveria um boom de plantadores domésticos de maconha, defende Miron, da mesma maneira que não há um grande número de destiladores particulares de uísque de ou cultivadores de tabaco.

Nos dias seguintes, o DEA, o órgão federal norte-americano que cuida da repressão ao consumo de drogas, apontou falhas no estudo de Harvard, como o fato de Miron usar o mesmo valor gasto pelo governo para qualquer tipo de prisão feita, seja de um acusado de portar, consumir ou vender maconha, geralmente menos custosa, seja de um suspeito de assassinato, que exige mais dólares das forças policiais.

Já a Casa Branca ignorou a carta aberta e respondeu ao estudo com um outro estudo, batizado de "Quem Realmente Está na Prisão por Culpa da Maconha". Realizado pelo Escritório Presidencial de Política de Controle de Drogas, afirma que a maior parte das pessoas presas também por porte ou consumo maconha são "criminosos violentos, reincidentes em crimes, traficantes ou todas as opções anteriores".

Segundo o estudo, apenas 1,6% da população carcerária norte-americana em geral estaria presa acusada somente de consumir maconha, porcentagem que cai para 0,7% quando o universo são as penitenciárias estaduais. Ainda de acordo com o levantamento do governo federal norte-americano, só 0,3% dos prisioneiros condenados por posse de maconha e nenhum outro crime violento eram réus primários. Besteira, acredita Milton Friedman. "O problema está no sistema penitenciário norte-americano, não no preso por drogas leves."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheir...t91u97412.shtml

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Isso é verdade, e o que eles iriam perder é coisa ligada aos resultados do trafico, corrupção...etc.. e isso so mostra que o governo tambem esta interessado manter a ilegalidade da cannabis.. mas não podemos deixar uma pesquisa dessa de lado... afinal de contas 500 economistas de universidades renomadas dos USA deram seu apoio...

eu adoro quando a logica, sendo ela por parte da medicina, economia, sociologia... detona os conceitos travados e infundados dos reprecionistas.. isso é sinal que estamos ganhando terreno.. hoje esta muito mais frequente pesquisas como essas.. a coisa está andando, muito lenta ainda, mas o importante é começar... e assim a coisa fica cada vez mais rapida...

Gostei da noticia !!

[]'s

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Mas o capitalismo também perde, com os lucros assustadores que o mercado ilegal de drogas étnicas cria; 90% deste movimento são de maconha (ou haxixe), uma economia de 400 bilhões ao ano em todo o mundo, digamos que 200 bilhões com o comércio ilegal de maconha e mais uns outros bilhões para caçar (cassar!) os maconheiros, esta quantia seria subtraída de uma economia em crise, e mesmo na visão otimista dos economistas que acham que ninguém vai plantar em casa, os impostos sob o produto canábico não seriam tão elevados, porém, o que vemos no mundo é o respeito que os usuários têm para com a planta sagrada, e o plantio caseiro é o hobby predileto, claro que outras companhias lucram, iluminação, fertilização, ventilação, etc, mas só o tráfico tem índices absurdos de geração de Capital, nada no mundo gera tanto dinheiro e miséria quanto o narcotráfico.

Quem gasta dinheiro no combate aos maconheiros é a população, mas paradoxalmente o Estado lucra com isto, as camadas mais abastadas do poder lucram com a perseguição aos maconheiros, os juízes lucram, os advogados lucram, a mídia corporativa (os jornalistas) lucra, a polícia lucra (a que diretamente mais lucra com a guerra contra os maconheiros), os vendedores de armas lucram, enfim, os poderosos lucram com a existência do tráfico e com a perseguição aos usuários. E como disse o Bush, é barato prender maconheiros, e só os pobres estão presos, então o proibicionismo é uma economia, de guerra, usada nas crises para levantar rapidamente o Capital e manter o controle sobre as minorias oprimidas; é só prender o “quase cidadão”, um crime que não tem vítimas, facilmente forjado e altamente rentável para o sistema judiciário/policial/militar. Agora mesmo Macaulay Culkin foi pego com um pouco de maconha, e segundo o juiz, só porque seus antecedentes são bons (branco, rico, etc) ele ficará durante dois anos em condicional, se fosse de maus antecedentes (negro, pobre, etc) estaria preso como todos os outros; mas o processo dele deve ter rendido um bom dinheiro, para a mídia também.

Mantendo o otimismo economista devemos pensar que a entrada do cânhamo no mercado internacional e principalmente no mercado do terceiro mundo não afetaria substancialmente a indústria de nylon, de petróleo, alimentícia e farmacêutica, reduzindo os gastos dos países pobres, evitando o gasto descomunal com a importação destes produtos.

O grande lucro do fim da guerra contra os maconheiros é social, melhoria das condições de vida e aprimoramento da cidadania, os policiais deixariam de atuar como “feitores de engenho” perseguindo os negros em seus costumes ancestrais, medicinais, recreacionais e espirituais; isto deve restabelecer um pouco da imagem, da dignidade, da humanidade comprometidas da corporação.

Legalise hemp!

Um tema complementar:

http://www.samba420.net/forum/showthread.php?t=2028

O proibicionismo é uma necessidade do capitalismo em crise

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Acho muito dificil os EUA legalizarem... e muito menos por uma questão economica.

Até mesmo o Brasil, acho que a questão economica nao iria pesar muito numa decisão, pode até ser um benefício de vários que a legalização da cannabis pode trazer. Mas com certeza é preciso primeiro derrubar alguns mitos que persistem na sociedade e claro todo o preconceito envolvendo a menina.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

PPerverso, um abraço!

--

Um texto recente que desmente o mentiroso do Bush, quando diz que 0,7% dos presos são por posse/uso de maconha

Política antidrogas dos EUA põe muita ênfase na maconha, diz estudo

fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/rep...maconhacg.shtml

Um estudo de uma organização não-governamental de Washington mostra que a política americana de combate às drogas a partir dos anos 90 se concentrou nos usuários de maconha.

Enquanto as detenções de um modo geral caíram 3% entre 1990 e 2002 e os eventos relacionados a drogas por porte e tráfico de drogas aumentaram 41%, as prisões relacionadas ao porte de maconha cresceram 113% no mesmo período, de acordo com o estudo “A guerra à marijuana: a transformação das guerra às drogas nos anos 90”.

O estudo foi feito pela organização The Sentencing Project, que defende mudanças no sistema criminal americano, incluindo a descriminação da maconha. O estudo foi baseado nas estatíticas do FBI, a polícia federal americana.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Política antidrogas dos EUA põe muita ênfase na maconha, diz estudo

Denize Bacoccina

de Washington

20040815043535cannabis203.jpg

Para entidade, esforços devem se voltar para drogas 'mais pesadas'

Um estudo de uma organização não-governamental de Washington mostra que a política americana de combate às drogas a partir dos anos 90 se concentrou nos usuários de maconha.

Enquanto as detenções de um modo geral caíram 3% entre 1990 e 2002 e os eventos relacionados a drogas por porte e tráfico de drogas aumentaram 41%, as prisões relacionadas ao porte de maconha cresceram 113% no mesmo período, de acordo com o estudo “A guerra à marijuana: a transformação das guerra às drogas nos anos 90”.

O estudo foi feito pela organização The Sentencing Project, que defende mudanças no sistema criminal americano, incluindo a descriminação da maconha. O estudo foi baseado nas estatíticas do FBI, a polícia federal americana.

“Os recursos usados para combater usuários de drogas leves poderiam ser usados em outras atividades mais importantes”, argumenta Marc Mauer, um dos autores do estudo. Ele estima que o governo gasta anualmente US$ 4 bilhões na detenção, julgamento e prisão de pessoas pegas com maconha.

Aumento do uso

Os pesquisadores dizem que essa política contradiz os objetivos iniciais da chamada “guerra contra as drogas” do governo americano nas duas últimas décadas, anunciada como de combate a drogas pesadas como cocaína e heroína.

As detenções por porte de maconha respondem por 45% do total de 1,5 milhão envolvendo drogas realizadas anualmente nos Estados Unidos.

O estudo mostra que o número de detenções por porte de maconha diminuiu no fim dos anos 80, em relação a outras drogas, e voltou a aumentar no início dos anos 90. Isso aconteceu, segundo os autores, como resultado de uma política do governo americano específica contra os usuários dessas drogas.

O analista do Escritório Nacional de Políticas de Controle de Drogas do governo americano, David Murray, diz que a política de combate às drogas seguiu a tendência do uso de drogas no país, que mudou desde os anos 80. As estatísticas do FBI mostram que as prisões por porte de maconha representavam 72% do total em 1982, 28% em 1992 e 45% em 2002.

“O que aconteceu é que o uso de maconha diminuiu naquele período com a entrada no mercado do crack, a partir de 1985. Agora, voltou a crescer”, diz Murray.

De acordo com a pesquisa, o aumento do percentual referente a detenções por porte de maconha foi resultado da combinação da redução dos crimes violentos e contra o patrimônio, no início dos anos 90, e o aumento do número de policiais nas ruas a partir de 1992, no governo do ex-presidente Bill Clinton.

“Estes dois fatores combinados podem ter levado ao aumento da probabilidade de detenção por crimes ligados à maconha”, diz o estudo.

Murray diz que a polícia não faz distinção entre os tipos de droga, e considera o porte de maconha tão grave quanto o de outras drogas. Pela lei federal americana, qualquer quantidade da droga é ilegal, mas os juízes têm poder para inocentar ou conceder penas mais leves se considerarem a quantidade pequena, com o claro objetivo de uso e não de tráfico.

Calvina Fray, diretora-executiva da Fundação para Estados Unidos Livres de Drogas (Drug Free American Foundation) acha que a estratégia do governo é correta e que o combate à maconha é tão importante quanto o combate às drogas mais pesadas.

“Existem estudos que mostram que a maconha pode causar até doenças mentais”, diz ela. “Além disso é apenas a porta de entrada para outras drogas mais perigosas”, argumenta.

Murrau argumenta que a maconha vendida hoje tem o dobro do princípio ativo (THC) do produto consumido há uma década. “Não é mais a droga leve que era antes. Além disso, pessoas cada vez mais jovens estão usando”, afirma.

Apesar do rigor da lei em relação às quantidades, nem todos os que são pegos pela polícia com drogas são condenados a penas de prisão. A maior parte deles é julgada nos tribunais de drogas, onde os juízes tentam aplicar penas alternativas, aliadas a programas de reabilitação. Mais de 1,2 mil deles já foram instalados desde 1990.

Mauer diz que os tribunais são um avanço, mas que apesar da pena alternativa muitas pessoas sofrem as mesmas conseqüências dos que foram condenados, como restrições na hora de conseguir emprego ou benefícios do governo, porque a condenação fica arquivada.

fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbb...maconhacg.shtml

-

Abraços canábicos

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.

Visitante
Responder

×   Pasted as rich text.   Paste as plain text instead

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

Processando...
×
×
  • Criar Novo...