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Mais um Estado dos EUA pode permitir


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  • Usuário Growroom

BOSTON – Ao ouvir que o legislativo de Rhode Island aprovou o uso medicinal da maconha na terça-feira à noite, Rhonda O'Donnell, em sua casa em Warwick, R.I., pensou sobre legalmente fritar a droga em manteiga para colocar na massa de bolo.

O'Donnell, 42, que tem esclerose múltipla, esperar que ingerir maconha alivie a rigidez e dormência de suas pernas que a deixa incapaz de trabalhar ou andar sem dor.

“Não vai me curar, e não me deixará andando normalmente, mas espero que possa me deixar menos desconfortável e permita que eu relaxe um pouco mais e aprecie mais a vida”, O'Donnell, cuja doença foi diagnosticada em 1994, disse em entrevista por telefone.

Mas se ela pode legalmente consumir maconha é uma incerteza, o governador Donald L. Carcieri vetou a lei na quarta-feira à tarde, dizendo que ela encorajaria o uso da maconha, sancionando atividades criminais e tornaria a droga mais disponível para crianças.

E mais, disse Carcieri, iria tranqüilizar residentes ao acreditar que não poderiam ser processados pelo uso da maconha, que continua um crime federal. A lei também não possui fortes precauções de segurança, ele disse, e permitiria que pacientes cultivassem grandes quantidades de maconha sem linhas de direção.

“Os nobres propósitos dessa lei não podem mascarar suas sérias falhas de segurança”, Carcieri, um republicano, escreveu. “Esta lei aumentará a disponibilidade da maconha nas ruas de nosso Estado”.

Parece que defensores da lei possuem os três quintos dos votos necessários em cada legislativo, ambos pesadamente democratas, para impedir o veto. A lei foi aprovada no Senado por 33-1 na terça-feira e foi aprovada por 52-10 na semana passada pela Câmara.

Se o veto for cancelado, Rhode Island se tornará o 11o Estado a permitir o uso medicinal da maconha, e o primeiro a fazer isso depois que a Suprema Corte decidiu neste mês que autoridades federais poderiam prender aqueles que fazem uso medicinal da droga, mesmo nos Estados que o permitem.

O chefe de políticas de Carcieri e um grupo de legisladores se encontraram na terça-feira com dois oficiais do Gabinete de Políticas de Controle de Drogas da Casa Branca, uma porta-voz da agência, Jennifer DeVallance, disse. A agência apresentou dados oficiais do Estado mostrando que o uso da droga era abusado e não foi comprovado ser medicamente eficiente, disse DeVallance.

“Obviamente, isto não é algo que o governo federal apóia porque a FDA não considerou que a maconha é uma medicação apropriada para a variedade de doenças que as pessoas alegam que deveriam poderia ser usada”, ela disse.

A lei permitiria que aqueles com condições médicas como Aids, câncer e glaucoma poderiam receber receitas assinadas de maconha por seus médicos. O médico, paciente e a pessoa envolvida no tratamento seriam colocados em um registro mantido pelo Departamento de Saúde Pública do Estado, que tem 90 dias para promulgar o regulamento.

O paciente e acompanhante, que precisam residir em Rhode Island, receberiam cartões de identificação permitindo que cultivassem até 12 mudas de plantas ou possuir até 70 gramas da droga.

O paciente, o acompanhante, o médico e qualquer um presente enquanto o paciente estiver usando a maconha estariam isentos de ação judicial. Proprietários, escolas e empregadores estariam proibidos de barrar alguém por estar no programa de maconha medicinal.

O Departamento de Saúde emitirá um relatório sobre o programa para o legislativo até janeiro de 2007; se o legislativo não tomar alguma medida, a lei vencerá no dia 30 de Junho, 2007, e a maconha novamente se tornará totalmente ilegal.

A lei de Rhode Island não trata de como os pacientes irão obter a droga. O seu principal patrocinador, a senadora Rhoda E. Perry, disse que os pacientes a “adquiririam ilegalmente, como fazem nos outros 10 Estados”.

Isso preocupa oficiais da lei, que dizem que a medida será difícil de aplicar e que a maconha poderia facilmente chegar nas mãos de pessoas que a lei não serve.

“Poderemos muito bem ver cartões de registro falsificados e se tornar um dilema descobrir quem possui os cartões legalmente e quais cartões são falsos”, disse o major Joseph R. Miech da Polícia Estadual de Rhode Island.

Mas Perry e o representativo Thomas C. Slater, que patrocinou uma lei semelhante na Câmara, disse que a lei é uma forma de aplacar o sofrimento dos doentes e enfermos e que é bem-apoiada pelos residentes. Uma pesquisa feita em março pelo Projeto de Política da Maconha, uma organização nacional sem fins lucrativos que promove a legalização da maconha, concluiu que 69% dos residentes do Estado apoiavam uma lei permitindo que doentes crônicos cultivem a maconha para uso medicinal.

A questão vem sendo uma cruzada pessoal para Perry, cujo sobrinho morreu de Aids e não fumou maconha por medo de prisão, e Slater, que possui um câncer no pulmão inoperável e viu três de seus cinco irmãos e seu pai sofrerem com o câncer.

“É uma questão de compaixão”, disse Slater. “É uma questão para aqueles que estão doentes, morrendo e sofrendo e precisam de uma paz de espírito nos últimos minutos”.

fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/materias/ny...1/2031351_1.xml

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  • Usuário Growroom

Um ser humano insensível não consegue se colocar no lugar de um doente crônico, não consegue se sensibilizar com o sofrimento do irmão. Falta humanidade à humanidade por isso o sofrimento e a vida têm menos prioridade que uma lei... preconceituosa e sem sentido.

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