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Força na ‘peruca’


Thomas

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  • Usuário Growroom
Força na ‘peruca’

Cabelos intocados, dieta vegetariana, pacifismo como lema: cada vez mais numerosa, a tribo rastafári chama a atenção

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O HISTORIADOR José Ribamar Vieira Soares, o Maranhão, e Gabriel, de 3 anos, em Santa Teresa: tal pai, tal filho

Eles usam dreadlocks, vestem roupas com as cores da bandeira da Jamaica, não bebem, não comem carne, rezam muito e divulgam seu lema de vida, o pacifismo, através do reggae.

Os seguidores do rastafarianismo, que sempre se fizeram notar por causa da imagem de doidões (para completar, eles ainda fazem apologia da maconha) nunca chamaram tanto a atenção.

Cada vez mais numerosos e organizados, eles agora divulgam sua filosofia em universidades (por meio de concorridas oficinas) e promovem shows, principalmente na Fundição Progresso, que virou ponto de encontro dessa turma que cultua ídolos como Bob Marley e Peter Tosh.

Grande parte dos adeptos mora em Niterói (onde nasce uma banda de reggae por mês e foi inaugurada em setembro a loja ReggaeNation), e em Sana (Casimiro de Abreu, RJ), localidade do Centro Cultural Rasta Brasil, Jamaica Camping, que abriga uma comunidade de cem pessoas, com direito a igreja e palco para shows.

“O rastafári é mais que uma religião, é um modo de vida ligado às raízes da natureza. Por isso não cortamos o cabelo nem a barba, não ingerimos refrigerantes, comidas industrializadas ou remédios e temos mais saúde e equilíbrio”, explica Hélio Bentes, vocalista da banda de reggae Ponto de Equilíbrio.

Para entender a cultura rastafári é preciso voltar no tempo. O movimento nasceu na Jamaica nos anos 1930 em protesto pelas péssimas condições de trabalho dos operários negros.

Capitaneado pelo sindicalista Marcus Garvey, o rastafarianismo ganhou força com a coroação do imperador da Etiópia Ras Tafari Makonnem, intitulado Haile Selassie I, que se transformou no líder espiritual das comunidades negras.

Através do reggae e do ritual Nyahbingui, que mistura tambores e cânticos, o movimento se expandiu para o mundo. “Os rastafáris consomem cannabis durante as cerimônias para alcançar o sagrado. Ela é chamada de ganja e conta a mitologia que cresceu sobre o túmulo do Rei Salomão”, explica o antropólogo Lucas Kastrup Rehen, que faz mestrado na Uerj e investiga as religiões alternativas.

A filosofia rastafári instiga a curiosidade de estudantes universitários. Maurício Fonseca e Fábio Simões, músicos da banda de reggae Aliança, passaram a realizar oficinas de Nyahbingui na Uerj e nas Faculdades Integradas Hélio Alonso.

Além de falarem sobre as origens da cultura e os hábitos dos seguidores, eles tocam tambores (fabricados por eles próprios), e explicam a importância da leitura da Kebra Negasta, a bíblia rastafári.

MOVIMENTO TEM OITO MIL ADEPTOS NA CIDADE

O guitarrista Ras André reúne amigos uma vez por semana em sua casa, em Niterói, para estudar a Kebra Negasta e tocar tambores, em cerimônias que chegam a durar quatro horas. Quando dá, o grupo faz o ritual na Serra da Tiririca.

“É muito interessante o estudo da cultura. No rastafári temos o Deus Jah, para quem cantamos, e a Kebra Negasta, que tem passagens do antigo testamento e a história dos reis etíopes”, diz Ras André.

O historiador José Ribamar Vieira Soares, percussionista da banda Bob Marley Cover, é outro apaixonado pela cultura. No fim de seu curso na UFRJ, em 2001, defendeu a tese ‘Religião ou conceito rastafári no Rio de Janeiro’. “Aqui no Rio há pelo menos oito mil adeptos que levam o rastafarianismo a sério”.

Sem cortar seus dreadlocks há 15 anos, Maranhão, como é conhecido, é tão fiel aos princípios rastas que já começou a ensiná-los a seu filho de 3 anos, Gabriel, que também usa dreads.

Mas, ao contrário dos rastafáris mais radicais, que simplesmente deixam de pentear e aparar o cabelo (os fios acabam se juntando), Maranhão cuida de suas madeixas com cera de abelha e argila no salão afro Dai, na Lapa.

Pensando nessa tribo, o empresário Pierre Zaka abriu há três meses em Niterói a loja ReggaeNation, que vende roupas com imagens do imperador Selassie, bandeiras da Jamaica e faixas para dreadlocks. Outro que aposta no crescimento da turma rastafári é o produtor Péricles Mecenas, que em novembro trouxe o grupo de reggae Steel Pulse para a Fundição Progresso.

“Em 2006 vamos celebrar lá os 25 anos da morte de Bob Marley e trazer Zig Marley para o Rio. Não vai faltar público”, arrisca Mecenas.

http://www.oregional.com.br/detalhe_notici...hp?codigo=11925

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  • Usuário Growroom

e ae cabelo!

só por curiosidade, tu é rasta?

isso é considerado religiao? tipo se tem um lugar proprio pros cultos, se tem rezas e essas outras coisas que outras religioes tem? tenho um interesse pela historia e condiçao atual do rastafarianismo, apesar de nao ter dreads e nem ser rasta.

é isso

abrass

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  • Usuário Growroom

Pra constar...

Não tem como adaptar o rasta pro Brasil,Rasta é rasta e eles crêem no retorno à Africa e não tem como mudar, essa é essa a crença deles.A não ser que se queira se apropriar dos dreads e ficar assim "bonitinho" e dizendo que é rasta.

Rasta é cultura, é adoração a Jah e não a Jesus!Jah pode até ser chamado se cristo pelos rastas mas é só pelos rastas pq Jah(que é a palavra usada pra Jesus[flexão de Jehová])na crença deles foi Hailé Selassie-I e não o Jesus Cristo que nós conhecemos(ou achamos que conhecemos)aquele que casou com Maria Madalena e tal...hehe

Só temo,mesmo sem ser rasta, que a verdade deles seja usurpada como vejo hoje em dia é só ser negro, ter trança(nem dread de verdade eles tem[como o maranhão que vai ao salão arrumar os "dreads"]) e fumar um que já saem dizendo serem rastas ISSO É BALÉLA!Eu não aceito.

Viva Bob Rastaman de fato!

Valorize sua cultura! Seja verdadeiro! E VIVA sua cultura seja ela qual for...

Abs

Lamotta

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  • Usuário Growroom

Sou um espiritualista universalista ..... Ou seja, tenho mente aberta para aceitar todas as historias de doutrinas e etc...

Afinal, somos todos espíritos, Jesus Cristo, tb, um espírito, um avatar...assim como Buda, Krishna e tantos outros .....

As pessoas tem mania de querer ser tao "religiosa" e nem quer realmente aceitar a palavra que é amar a todos e amando igualmente a todos !

Isso foi o que Jesus passou , mais ou menos ....Buda quis passar o caminho da consciencia ...onde quem entende, consegue tb ser igual para todos, pq somos iguais!

Ou seja, Jah, nao sei quem foi...se foi mais um avatar ou não....mas o bem ele fez...e é o que devemos fazer, ....

Eu digo, não acreditem em religião! , pois todos devemos ser unidos, de forma indiferente.....ou seja devemos ser universalistas!

AMO Krishna , Amo Jesus, Amo Buda e Amo mtos outros...e não deixo de Amar vocês .....é o que eu procuro , infelizmente não tenho toda capacidade de Amar de forma incondicional a todos, como Jesus fez..mas faço o bem, já é minha parte...cabe sempre a nós, decidir....

Não importa como o chame, seja Brahma, Deus, Senhor, O Grande Arquiteto e etc... ele vai sempre ser ele....entre na sua sintonia ....

na boa e nossa sintonia! =)

Queiram o bem, queiram LUZ! , queiram evoluir!

"Eu quero botar, vamos botar um, me deixe botar um sentimento no seu coração!"

Como nossas meninas, lindas, só são ! .....nas boas vibes!

Até mais meus irmãos! =)

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  • Usuário Growroom

Pode crê cabelo eles aceitam o Cristo mas como eu quis dizer,eles vêem em Selassie-I o Cristo e veneram ele com tal,mesmo ele sendo um ditador que governou com mão de ferro e ,pelo que a história diz,não foi nenhum "santo" muito antes o contrário,então reitero que disse isso pra exemplificar que não tem como regionalizar o rasta pois que ele é de lá,a terra prometida é a África não tem jeito.Porém temos que admitir que o Rastafarianismo tem muuita coisa que pode ser empregada na nossa sociedade como os valores e princípios mas, não se dizendo Rastafári,não se fingindo de Rasta,é o mesmo que dizer que é budista só pq é careca,entende?Não rola,é hipocrisia e é só contra isso que me manifestei pq em todas as religiões que eu conheço o que é certo é certo e ponto,sem fingimento e sem hipocrisia.

Pelo que vi tu é o Daime,né?Onde eu posso encontrar informações sérias e confiáveis sobre a religião?

Abs

Lamotta

Ah e sobre aquele período que dizem que Jesus estava no deserto,tem um monte de material que tá rolando agora,principalmente depois do Código de Da Vinci...

Recomendo o que estou lendo:A Linhagem do Santo Graal-A verdadeira história do casamneto de Jesus com Maria Madalena-Laurence Gardner-Ed Madras

Editado por Geison "la Motta"
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    • Salve galera, tudo certo?! Alguns anos sem entrar aqui na casinha, mas como eu vi que tem alguns Growers retornando à casa e outros novos chegando, resolvi postar uma "atualização jurídica" (que não é tããão atual assim) para todos os usuários que já "rodaram/caíram" nesses anos todos de cultivo!!  Todos nós sabemos do julgamento do RE 635.659 (Recurso no STF para descriminalização do porte de maconha), agora chegou o momento de revisar as antigas condenações.  Sabe aquela transação penal assinada? Aquela condenação pelo 28 (que não foi declarada inconstitucional na época)?? Aquela condenação do seu amigo pelo 33, mas que se enquadrava nos parametros de um grower??? Pois então, chegou o momento de revisar todos esses processos para "limpar" a ficha de todos(as) os(as) manos(as) jardineiros(as)!! "O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) dará início, em 30 de junho, ao mutirão nacional para revisar a situação de pessoas presas e/ou condenadas por porte de até 40 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas. A realização do mutirão cumpre determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) ao julgar recurso sobre o tema em junho de 2024, que resultou na fixação de parâmetros para diferenciar o porte de maconha para uso pessoal do tráfico. Entre o dia 30 de junho e 30 de julho, os tribunais da Justiça Estadual e regionais federais farão um esforço concentrado para rever casos de pessoas que foram condenadas por tráfico de drogas, mas que atendam aos critérios do STF: terem sidos detidos com menos 40 gramas ou 6 pés de maconha para uso pessoal, não estarem em posse de outras drogas e não apresentem outros elementos que indiquem possível tráfico de drogas. De acordo com da Portaria CNJ n. 167/2025, os tribunais atuarão simultaneamente para levantar os processos que possam se enquadrar nos critérios de revisão até o dia 26 de junho. Este é o primeiro mutirão realizado no contexto do plano Pena Justa, mobilização nacional para enfrentar a situação inconstitucional dos presídios reconhecida em 2023 pelo STF. O CNJ convidará representantes dos tribunais que atuarão diretamente na realização do mutirão para uma reunião de alinhamento na próxima semana, além de disponibilizar o Caderno de Orientações." LINK DO CNJ Caso o seu caso se enquadre, ou conheça alguém que também passou por essas situações, sugerimos buscar um Advogado de confiança ou entrar em contato aqui neste tópico mesmo com algum dos Consultores Jurídicos aqui da casinha mesmo!! Bless~~
    • Curitiba é sempre pior parte hahahaha!
    • o teu chegou? o meu já passou por Curitiba mas tá devagar (pelo menos o pior já passou) kkkkkkkkkk
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