Ir para conteúdo

Polícia Federal apreende drogas no Sana (01/05/06)


tochiba

Recommended Posts

  • Usuário Growroom

02/05/2006

Polícia Federal apreende drogas no Sana

foto5428.jpg

Foto: Reinaldo Rocha

Policiais federais revistaram todas as barracas na localidade do Sana, região serrana de Macaé, no último domingo, para combater as drogas

Agentes da Polícia Federal (PF) realizaram na manhã de domingo uma ação de busca e apreensão no Camping Jamaica, no distrito de Sana, região serrana de Macaé. A operação contou com um efetivo de 12 policiais federais e nove guardas municipais, e resultou na apreensão de drogas e na detenção de 10 pessoas, entre elas o dono do camping.

A operação foi em cumprimento de Mandado de Busca e Apreensão, expedido na sexta-feira (28), pela Justiça Pública de Macaé, através da juíza de Direito, Claúdia Pomarico Ribeiro, do Cartório da Vara Criminal da Comarca de Macaé. Segundo o delegado titular da Polícia Federal em Macaé, Eduardo Fonte, a operação foi realizada a pedido da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. "Fizemos essa operação no distrito de Sana porque no feriado da Semana Santa houve uma incidência muito grande de conde, além de ter ocorrido um tiroteio com dois feridos", disse Eduardo Fonte.

De acordo com o delegado, fora a solicitação da Prefeitura de Macaé, a PF também recebeu solicitação de moradores do distrito do Sana para que a polícia atuasse durante o final de semana de véspera do feriado de 1° de maio para evitar a ocorrência de novas arruaças. "Nós fizemos uma investigação e detectamos que um dos locais de maior incidência de consumo de drogas seria o Camping Jamaica".

A polícia revistou todos os cômodos do camping e 56 barracas. Foram apreendidos cerca de 200 gramas de maconha, e pequenas quantidades de cocaína, LSD, crack, e ecstasy. Nove turistas que estavam acampados foram detidos e levados para e sede da Polícia Federal em Macaé, onde foram autuados no art. 16 da lei 6368/76, devido ao porte ilegal de drogas, e depois liberados. Entre os turistas dois eram de Nova Friburgo, dois de Niterói, um de São Gonçalo, um de Campos e quatro argentinos que estavam irregularmente no país e também foram autuados. Um dos turistas argentinos era menor de idade e só foi liberado da delegacia após a chegada de seu pai, um empresário de Armação de Búzios.

O proprietário do Camping Jamaica, Jorge Mankadal, foi a única pessoa presa na operação e foi enquadrado no art. 12, da referida lei, por permitir que pessoas façam o uso indevido de drogas dentro da propriedade que tem posse e administra. De acordo com o Código Penal, por permitir o uso de drogas dentro do camping, Jorge está sujeito até 15 anos de reclusão.

http://www.odebateon.com.br/noticias_internas.asp

( necessario cadastro para ler )

Informação Limpa : Tudo que aconteceu no Cultura Rasta Brasil - (Sana - RJ) , em meio ao feriado do Dia do Trabalho.

maio de 2006

tab_makandal.jpg

foto: Ana

Jorge Makandal enviou a mensagem abaixo na quarta-feira 03/05/06 da Delegacia de Polícia do Município de Macaé - Rio de Janeiro, aonde está detido.

" Que a paz de Jah esteja entre nós e a todos os amantes do reggae no mundo inteiro,a todos que tem amor ao reggae, tenham uma consciência universal: O amor ,a Paz e a Evolução do Mundo.

A Babilônia é cruel, fria e perigosa. O reggae,a ganja,o rastafari sempre andaram juntos e assim será, mesmo que eles não queiram,a música de Jah, o reggae ,a Paz,a Natureza,a cachoeira, as montanhas e o mar sempre serão o ambiente natural do verdadeiro regueiro ligado nas positivas vibrações .Eu, Jorge Makandal, à 30 anos luto de coração para que o reggae seja uma realidade cultural aqui no Brasil, mas não sei se vou continuar com os shows no Jamaica Camping. Espero que tenham outros irmãos com força para continuar lutando por essa causa aqui no país, que existam outros núcleos culturais de verdade aqui no Brasil. Só Jah é importante nesse momento.O rastafari é importante nesse momento. Fui vítima da violência do sistema,com humilhação,desrespeito a filosofia que eu acredito e que me ajudou muito a viver, que me fez descobrir a Paz,o amor e a bondade. Mas estou triste nesse momento,estou preso em um lugar feio,escuro e sombrio.Tudo porque amo o reggae.Espero que todos meus irmãos rastas e meus amigos não rastas que me conhecem, me ajudem espiritualmente com uma vibração positiva em Jah. A Babilônia é cruel e hipócrita.Espero que todos os irmãos que tenham casa ou lugares que tocam reggae, não sejam invadidos ,esculachados e desrespeitados como foi o Jamaica Camping. Não sei se continuarei a divulgar o reggae da maneira que venho fazendo durante anos, mas Jah é misericordioso e vai dar o destino a todos nós.

Jah Rastafari,positivas vibrações,amor,Paz para todos que amam o reggae,o ragga o dancehall, e toda música de protesto. Principalmente o Nayabinghi,a mais espiritual de todas.

Obrigado ,com amor

Jorge Makandal"

"*Preso como um passarinho,triste sem poder até escutar a música que mais gosto,o reggae music."

A versão da "Justiça" todos já conhecemos, falemos então do...

::: OUTRO LADO DA MOEDA :::

por REGGAEMOVIMENTO

No dia 02 de maio de 2006, em meio ao feriado do dia do trabalho, aconteceu no Sana, conhecido reduto paradisíaco localizado na Serra de Macaé, uma ação policial e política (que isso fique bem claro) privando a liberdade de Jorge Makandal , administrador do Centro Cultura Rasta Brasil e colaborador do ReggaeMovimento.

A mídia em geral tem por condição ética a obrigação de ser imparcial, mesmo que este fato seja raramente observado na prática, sendo a maioria das informações por nós recebidas evasivas, dispersas e habilmente intenciosanadas a converter o leitor a perceber apenas "um lado da moeda".

O ReggaMovimento sente-se na obrigação de explanar a face oculta do discurso “politicamente correto” que o sistema vigente teima em nos empurrar. A verdade por trás das “leis”. Leis que não nos atendem em nossas mais diminutas necessidades. Somos lesados diariamente pela administração pública com sua saúde precária, orçamentos fraudulentos, políticas precárias e gestores corruptos. Lesados somos pelas empresas privadas com concessão para circulação, distribuição e comercialização, seja de energia, comunicação, informação, alimentos, transporte, dentre demais serviços imprescindíveis para a vida na sociedade, com atendimento desrespeitoso e cobranças altas que não justificam o pouco caso com o consumidor.

Mas claro que nenhum destes argumentos justificaria a infração da “LEI” na qual nosso irmão Makandal foi acusado ao ter sua casa e camping adentrado de forma brutal por agentes da Polícia Federal munidos de mandado de Busca e Apreensão, expedido na sexta-feira dia 28 de abril, pela Justiça Pública de Macaé, através da juíza de Direito, Claúdia Pomarico Ribeiro, do Cartório da Vara Criminal da Comarca de Macaé.

Todos sabemos que a lei referente a entorpecentes no Brasil é extremamente contraditória, no entanto coesa no que diz respeito à forma leviana como o assunto é tratado por nossas autoridades. Por um simples caráter interpretativo o autuado pode ser enquadrado no artigo 16 da lei 6368/76 (Uso de substâncias entorpecentes) ou no artigo 12 (tráfico de entorpecentes) da mesma “lei”.

A sociedade fecha os olhos, o poder judiciário prefere não esmiuçar de forma ampla a questão. O governo lava suas mãos. Enquanto isso, pagamos nossos impostos e nos mantemos calados. Ignoramos nossos direitos silenciados por “leis” que não entendemos na qual mal temos acesso. A constituição brasileira é um mistério para os mais interessados, os próprios Brasileiros.

Makandal foi acusado por permitir o uso de entorpecentes dentro da propriedade do Centro Cultural Rasta Brasil. Mas a pergunta que não cala é : Como impedir que todos os visitantes, dispostos nas mais de 60 barracas espalhadas pelo camping, portassem substâncias e consumissem as mesmas enquanto acampados, fora das vistas da administração? Mesmo que a administração dispusesse de cães treinados e forte esquema de segurança, ainda assim seria praticamente impossível que tal prática fosse coibida de forma totalmente eficaz. E quem faria isso? Ora, ninguém ! A rede hoteleira da Região do Sana com suas diárias apimentadas, coíbem ? Os demais campings, espalhados como pipoca pelo distrito, coíbem de forma eficaz ? Os bares, restaurantes, espaços culturais ? As áreas públicas da região são 100% monitoradas a fim de nenhuma ocorrência envolvendo drogas ser mensurada? Ora, tratemos a questão de forma aberta. A questão jurídica, policial e política envolvendo a descriminalização da maconha, por exemplo, é uma ferida aberta no Congresso Nacional , a falta de respeito e descrédito com que a situação é tratada alimenta atos de violência moral baseada em evasivas “leis” como esta. A realidade é que: Um cidadão de paz, fomentador da cultura reggae no Brasil, músico, comerciante e antes de tudo, cidadão de respeito, está encarcerado e privado de sua liberdade devido ao preconceito, ignorância e descaso do Poder Público e Judiciário com um assunto que tem de sair da marginalidade e ser tratado com a devida atenção junto à sociedade civil. Já é hora da hipocrisia ser posta de lado e o diálogo aberto tomar a cena.

Para quem pensa que Makandal está sozinho, envergonhado ou humilhado de qualquer forma, engana-se redondamente. Centenas de assinaturas estão sendo colhidas por seus irmãos rasta em eventos de reggae e cultura, além da mobilização dos familiares, amigos, visitantes do “Jamaica Camping” de todos as regiões do Brasil e América Latina, sem falar em todos os que trabalham na difusão e informação da cultura reggae pelo país. Infelizmente parece ser necessário situações limite como essa para que dialoguemos com mais compromisso este assunto.

Existe uma LEI da qual não nos isentamos, pois não há margem para erro de interpretação. É clara, simples e diz respeito a todos. Coisas como: “Não matarás” , “Ama a teu próximo como a ti mesmo” , “Não furtarás”...Leis de Deus, leis de Amor. As mesmas seguidas com respeito pelo cidadão Makandal e a mesma que esperamos que o mundo siga cada vez mais.

Quanto às outras ... que mostrem sua real face.

Está rolando um baixo assinado em indignação a prisão de Makandal. Participem com suas assinaturas. Nos eventos de reggae do Rio, Niterói e São Gonçalo.

Agradecemos a esposa Néa e as filhas de Makandal que providenciaram a comunicação dele com o ReggaeMovimento

http://www.reggaemovimento.com/coberturas/...rastabrasil.htm

Nem preciso falar mais nada, pra quem conheceu ele sabe que ele NUNCA traficou.

  • Like 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Visitante
Este tópico está impedido de receber novos posts.
×
×
  • Criar Novo...