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Entre Rastafaris e Dreadlocks


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O texto apresenta informações históricas sobre o movimento político-ideológico-religioso Rastafari, originado na Jamaica nas primeiras décadas deste século. Diferencia o movimento da opção estética pelo uso das dreads (longas tranças da rebeldia dos Rastas). Analisa criticamente a apreensão e o uso da estética e dos valores Rastas, divulgados pela musica Reggae, por brancos e negros.

"Pra entender o Erê Tem que estar moleque..."

( Cidade Negra )

Por Maria Aparecida da Silva

Os Erês, entidades mágicas das religiões de matriz africana, são conhecidos em Minas Gerais nos terreiros de Umbanda, como "Meninos de Angola". Eles são considerados arteiros e protetores das crianças e têm como características principais a imprevisibilidade e a quebra de toda a ordem estabelecida. O estado de Erê ou Erê é diferente do estado de transe das pessoas que recebem os Orixás. Para entendê-lo, decerto, é preciso um olhar moleque e a consciência leve.

O mesmo olhar seria bem vindo para os Rastafari, integrantes de um movimento religioso-político-filosófico originado na Jamaica nas primeiras décadas deste século. Eles são seres humanos, negros, vítimas de preconceitos e discriminações. Portanto, é necessário mudar o olhar que os estigmatiza.

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Está entregue a senha para a leitura que se fará do mundo Rastafari. Tolerância e condescendência são des-ne-ces-sá-ri-as. É preciso apenas respeito às opções políticas e estéticas de cada Rasta que vende o seu trabalho de artesanato na Praça Sete ou na "Feira Hippie" no centro de Belo Horizonte. Respeito ( já que provavelmente não se terá admiração ) similar ao que se tem às chamadas "trancinhas" de Tracy Chapman, Woopi Goldman, Alice Walker, Angela Davis, Djavan e Tonny Garrido, ou mesmo as grossas tranças, genuinamente Rastafari de Bob Marley.

Aquilo que o senso comum chama de "trancinhas rastafari", os Rastas chamam de dreadlocks nos países de fala inglesa. No Brasil, especialmente na Bahia e no Maranhão, onde o Movimento Rasta e a música Reggae são mais fortes, as dreads são conhecidas como "berlotas". O significado mais próximo de dread no contexto jamaicano é "rebelde, terrível", locks, por sua vez, são "tufos, tranças, mechas de cabelo". Bob Marley, músico de Reggae e cultivador de dreads, jogava em um time de futebol de seus amigos Rastas, chamado House of Dreads, "A Casa da Rebeldia". Dreadlocks serão identificadas neste texto como "as longas tranças da rebeldia". Elas começaram a ser cultivadas pelos Rastafari na Jamaica dos anos 40, inspiradas nos guerreiros Massai e Somali da África oriental que usavam o penteado gorgôneo.

O Movimento Rastafari nasceu na ilha da Jamaica ( nome vindo dos indígenas Arawak , originalmente - Xaymaca - "terra das primaveras ou da madeira e das flores" ) no Caribe, por volta dos anos 20. Neste período circulava entre os operários e trabalhadores rurais da ilha, a Holly Piby, versão da Bíblia traduzida do Aramaico ( língua semítica na qual Jesus e seus discípulos pregavam ). O desemprego crescia assustadoramente e iniciou-se o êxodo rural para as cidades. O quadro social caótico facilitava a emergência de lideranças como Robert Love, Alexandre Bedward e Marcus Garvey, cujos discursos propunham a emancipação política da Jamaica ( até então colônia inglesa ), o ideário Pan-africanista e a África como centro de salvação da , população negra dispersa pela Diáspora.

Baseado na leitura da Holy Piby , Marcus Garvey, líder mais destacado do anti-colonialismo afirmava: "A África é para os africanos. Olhem para ela, pois quando um rei negro for coroado na Etiópia, chegará a redenção para os negros dispersos pela América". Em 1930, o líder guerreiro Ras Tafari Makonnem, foi coroado como Centésimo Décimo Primeiro Imperador da Etiópia e mudou seu nome para Hailé Sélassié III . A coroação do novo Imperador etíope foi aproveitada por Garvey para consolidar sua liderança política e para conclamar o povo negro jamaicano a conquistar sua independência, fato que só ocorreria em 1962. Ele disse ao povo: "eu vejo o anjo de Deus erguendo aos céus o estandarte com as cores vermelha, preta, verde e amarela, e dizendo - homens da raça negra, homens da Etiópia, sigam-me". As cores referidas compunham a Bandeira da Unidade Africana, assim interpretadas pelos Rastafari: a cor preta simbolizava o povo negro; a vermelha representava o sangue dos mártires deste povo; o verde, a vegetação e as "obras da criação" e o amarelo significava a luz de Jah ( Deus para os Rastafari ). Garvey e outras lideranças sublevaram-se contra o Rei inglês e convocaram os jamaicanos a aceitar e venerar Sélassié, Imperador da Etiópia, como verdadeiro rei. A importância simbólica de Sélassié para o Movimento Rastafari e para a luta anti-colonial da Jamaica são incontestáveis. Entretanto, é preciso não esquecer que o "Deus Vivo" dos Rasta, tiranizou o povo etíope durante seu reinado, promovendo reconhecidamente um dos governos mais corruptos da África contemporânea.

A partir da década de trinta surgiram comunidades rurais formadas por muitos negros seguidores do Velho Testamento e de Sélassié, considerado o Messias, o Deus vivo, Jah na Terra. A mais importante delas foi Pinnacle, situada em Kingston ( capital da Jamaica ) , de onde surgiram os homens de dreadlocks ( longas tranças da rebeldia ), barbas longas e conhecidos como "guerreiros etíopes". Mais tarde, passaram a ser chamados de "Rastafaris" ou "Rastaman".

Conhecer Marcus Garvey, visionário, intelectual autodidata e empreendedor social influenciado pela tradição de esquerda, é fundamental para compreender o Movimento Rastafari. O profeta do Rastafarianismo criou em 1920 uma organização chamada UNIA, Universal Negro Improvement Association, cujo objetivo principal , era transportar a população negra do Novo Mundo, de volta à África e criar programas de auto-suficiência econômica para os negros. Para alcançar esse objetivo, Garvey fundou a Black Star Line uma companhia de navegação, destinada a "servir como elo entre os negros no mundo e nas relações comerciais e industriais". Ações da Companhia foram vendidas aos negros que partilhavam das idéias de orgulho racial e repatriamento à África. Naquele mesmo ano, Garvey conseguiu comprar um velho cargueiro de transporte de algodão, rebatizou-o como SS Frederik Douglas ( ex-escravizado, principal abolicionista do século XIX nos EUA ) e começou a explorar a linha Estados Unidos - Jamaica. O translado de negros para a África ( Libéria ) iniciou-se em 1924 mas não frutificou.

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Os seguidores de Garvey acreditavam que a justiça e a verdadeira liberdade para o povo negro, só seriam alcançadas quando eles se desprendessem do jugo dos brancos e se voltassem para a Mãe África. Dizia Garvey: "ninguém sabe quando a hora da redenção africana chegará. Ela está no vento. Ela está vindo. Um dia, como a chuva, ela chegará". Assim, o momento da redenção era esperado. Os seguidores de Jah deveriam se libertar de seus inimigos externos ( os brancos ) e também do inimigo interno, a própria mente, subjugada pelo cristianismo e pela educação convencional, perpetuadora da inferioridade racial imposta pelos brancos.

As características dos Rastas, seguidores de Garvey são difusas, mas para eles próprios, há unanimidade em dois pontos: o primeiro seria que Sélassié é o Deus-vivo e o segundo que a "salvação" do homem negro passa necessariamente pelo abandono da Babilônia ( mundo ocidental ) , e por sua volta à África. Os Rastas podem usar dreadlocks ou não, o que importa é ter o Coração Rastafari. Em geral eles não comem enlatados, mariscos ou carne, abominando especialmente aquela oriunda do porco. Preferem as frutas, cereais e raízes às comidas industrializadas. O consumo de álcool é proibido entre eles e a maconha, cannabis sativa, chamada ganja ou erva, recebeu conotação religiosa e é usada para a meditação e o contato com Jah. Aqueles que optam por cultivar as longas tranças, fazem-no interpretando o Velho Testamento que afirma: "nenhuma lâmina deve tocar a cabeça do justo". Sendo assim, as pontas da barba também não são aparadas por eles. As tranças grossas e compridas, simbolizam a juba do Leão da Tribo de Judá. Os Rastas rejeitam a forma de vestir dos "babilônios", adotando em contrapartida, vestimentas simples e baratas, coincidentes com aquelas que seu poder aquisitivo pode comprar.

Stephem Davis e Peter Simon, no livro Reggae Bloodlines, sintetizam exemplarmente o significado da Confraria Rasta para a juventude negra da Jamaica, são palavras deles: "Pode-se na verdade perguntar como é que o espírito mais fervoroso, o etnólogo mais fantasioso, poderiam ter imaginado um sistema de crenças religiosas tão estranho e poderoso como o dos Rastas. Hoje em dia ( início da década de 80 ) na Jamaica, a Confraria Rasta não é apenas uma seita milenar que espera seu repatriamento para África, mas sobretudo uma alternativa de uma nova nacionalidade espiritual que dá a milhares de jovens jamaicanos, deixados ao abandono entre os anos de escolaridade e um ciclo infindável de desemprego e de trabalhos degradantes, uma identidade cultural de massa. Para a população Rasta da Jamaica, as crenças e rituais de Rastafari trazem uma solução às ironias mortíferas do Deus do homem branco numa sociedade colonial e martirizada".

Mas, onde estarão as mulheres no Movimento Rastafari, predominantemente masculino? Será que não participam do Movimento? Elas existem, mas a literatura fala muito pouco ou quase nada sobre elas. Quando as mulheres são mencionadas é em função dos homens. Diz-se por exemplo, que um Rasta não partilhará sua cama com uma mulher menstruada, e aquela usuária de produtos de beleza está em pecado. Observando mulheres Rastas em Washington D.C. e em Londres, nota-se que elas usam saias e as dreads permanecem total ou parcialmente cobertas. Não andam em grupos como os homens Rastas e via de regra, acompanham os companheiros ou cuidam da prole. Dentre os muitos Rastas que trabalham como camelôs em certas ruas da capital norte-americana, pode-se ver diariamente, mulheres Rastas sempre caladas, trabalhando sob o sol, chuva ou neve. Chama a atenção também, os homens Rastas que se dirigem à elas ao fim do dia, recebem a féria e recolhem as mercadorias. Tudo leva a crer que as mulheres têm uma função subalterna dentro do movimento, submetendo-se aos tradicionais papéis de mães e esposas.

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A música Reggae foi a principal divulgadora do Movimento Rastafari em todo o mundo. Bob Marley, um de seus principais expoentes, cantou a filosofia de vida dos Rastafari, o retorno à África, as desigualdades da Babilônia e a opressão sofrida pelo povo negro da Jamaica. Sobre sua música, o príncipe do Reggae dizia: "a minha mensagem ao mundo é Rastafari! O que é bom deve cobrir o mundo, assim como a água cobre o oceano". E o Reggae ganhou mesmo o mundo, atingindo e influenciando negros marginalizados por toda a parte. Não se sabe ao certo o significado de Reggae, palavra da língua Patuá falada nos guetos de Kingston, mas alguns dizem que surgiu nos "bairros de lata", nos subúrbios da capital jamaicana, significando "raiva da desigualdade". Nas décadas de 70 e 80, a música espalhou-se pelo planeta e Toots Hilbert, vocalista do Maytals, grupo no qual Marley começou sua carreira, definiu-a como "algo vindo do povo, da maioria. Uma coisa diária, como a comida. Os músicos se limitariam a juntar-lhe a música e dançarem ao seu som". Foi assim desde as décadas de 60 e 70 quando o governo jamaicano, apenas permitia a passagem radiofônica das canções mais provocadoras entre meia noite e seis da manhã, quando a maioria das pessoas dormia.

O Reggae se popularizou, "virou pop", se espalhou pelo planeta. Milhares de negros e negras, dispersos pela Diáspora Africana, se valeram do legado político do Reggae e adotaram a estética Rasta. Passaram então a cultivar carinhosa e pacientemente as dreadlocks, expressão mais radical do cabelo crespo, como uma declaração de amor "na lata" ao cabelo Massai, sem aditivos químicos ou extensões artificiais. Por isto, os ortodoxos da estética Rasta, se sentem aviltados quando revistas especializadas em "penteados étnicos", deliberadamente, nomeiam tranças produzidas de material sintético como "trancinhas rastafari".

O "Reggae pop" também seduziu os brancos. Nas Minas Gerais, por exemplo, uma banda de Reggae veste camisetas com estampas de Bob Marley e canta uma música cuja letra reclama da "amolação" dos contínuos e excessivos pedidos de esmolas nas ruas ( "uma esmola pelo amor de Deus, uma esmola por caridade" ). A forma como os mendigos são banalizados chega a ser irônica. Afinal, no Reggae de Raíz as péssimas condições de vida de quem vive na miséria seriam motivo de indignação e grito por mudanças. No entanto, naquela letra não passam de um refrão idiotizado que vende milhões de cópias. Provavelmente, o grupo ouviu o som de Bob Marley, mas não entendeu a poesia.

Outro exemplo pode ser verificado no metrô e nas ruas de Londres, onde freqüentemente se vêem jovens brancos, principalmente homens, com seus cabelos lisos trançados, numa imitação às dreadlocks. Entre a xenofobia ao desconhecido e a curiosidade despertada pelos Rastas negros, na opinião pública londrina, é inevitável especular porque garotos brancos de classe média optam pela estética Rasta. Após uma enquête rápida entre alguns amigos, também brancos, se verificou que aqueles garotos escolhiam a estética Rasta para contestar o "sistema". Entretanto, a contestação não passava do "visual radical". Todos aqueles garotos de dreads, conhecidos pelas pessoas entrevistadas, se locupletavam das facilidades que seu grupo econômico lhes oferecia. Alguns chegavam mesmo a fazer esta opção para agredir a comunidade branca com uma escolha considerada abjeta. Vale lembrar que a população negra de Londres é originariamente caribenha em sua maioria e sempre se soube do pavor anglo-saxão aos negros e à sua cultura. Como diria um velho Rasta, "aqueles brancos têm locks na cabeça, mas não as têm no coração".

A Babilônia resiste, ainda não submergiu e para vencê-la será preciso mais do que a crença em Jah e em Sélassié. Talvez seja necessária a relativização dos fundamentalismos que permitiria por exemplo, ver Sélassié em todas as suas contradições. Mas apesar de tudo, os Rastas seguem firmes cantando Reggae, espalhando sua mensagem de amor e indignação pela exploração das populações negras. A música e as longas tranças da rebeldia transcendem a ordem preestabelecida, cobrem o mundo como a água cobre o oceano.

Por: Maria Aparecida da Silva

Historiadora. Coordenadora Executiva e do Núcleo de Educação do Geledés - Instituto da Mulher Negra, São Paulo

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  • Usuário Growroom

Muito bonito o texto. Tambem muito imparcial. Achei importante analisar a questao de que O Rei da Etiopia tiranizava o povo. Conta-se ate que em certa vez varios Rastas se reuniram em frente ao seu palacio para homenagea-lo e foram obrigados a se retirar pela guarda real porque o rei nao queria ser incomodado.

Assisti um video que mostrava justamente essa fase em que o reggae deixou de ser exclusivo das favelas da Jamaica (fase mais dub que reggae) para se tornar conhecido mundialmente, esse filme mostra a producao do CD Catch A Fire (um dos melhores e mais politizados) quando Chris Blackwell (produtor) introduziu as guitarras que nao faziam parte dos Wailers e deixou o som "melhorado" e "acessivel" ao mercado internacional. Algumas musicas da fase mais antiga que eu gosto sao: There She Goes, Hammer, African Herbsman, entre outras...

http://www.kazaa.com

Abracos.

Sinsemilla.

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  • Usuário Growroom

Manero . .

Só o começo lá com a citação do CIDADE NEGRA q não rolou... Cidade Negra não é reggae, é POP...

Mas existe reggae raiz no Brasil... vocês conhecem a banda PONTO DE EQUILÍBRIO ? ouçam...

PAZ>!

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A citação que a autora fez, eu interpretei como sendo.

Se pra entender o Erê (menino, criança em Yoruba) tem que estar moleque, é por que você tem que se por na posição de erê, para poder entendê-lo em todas as suas relações, e dimensões. O mesmo se dá para os Rastafari.

Deve-se despir de todo o preconceito e tentar se posicionar vendo-os pelos olhos deles.

Raizlo, Rastafari não é reggae apenas, e é isso que esse texto tenta mostrar.

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  • Usuário Growroom

Porra!!! EM falar nesse assunto ontem fiquei no Parque conversando com um Rasta que conheci!! O Cara eh da Etipopia! Ficamos conversando sobre as historias de rastafari, selassie I e religiao na Etiopia! Foi viagem demais!!

Talvez o encontre de novo por la e fumamos outro...

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  • Usuário Growroom

muito bom o texto......

otro dia os imbecis do cidade negra foram em um programinha qualqueh da globo e foram fazer uma "homenagem" ao bob. Daih eles chamaram outro imbecil, q eh tb citado neste texto: Samuel Rosa, babaca-líder do skank. Aí fodeu, uniu-se o inútil ao mais-que-desagradável cantando Stir It Up.....

foda....

eu soh acho q alguns pontos muito radicais e extremistas do rastafarianismo, assim como d qualquer outra religião, devem ser revistos pois, se já não eram, sejam talvez hoje impraticáveis.....

Andre

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  • Usuário Growroom

Alma, eu sei q Rastafari não é só reggae, mas foi onde o Bob e o reggae raiz buscaram inspiração, quando o Bob foi nas montanhas da Jamaica e ouviu a batida rasta (Nayabingi, q é baseado na batida do coração!) ele fez a sacação e uniu isso ao formato baixo-guitarra-batera.

Era só pra dizer mesmo q Cidade Negra não é reggae nem raiz... é música POP, mas ai boa sorte pra eles!

PAZ!

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  • Usuário Growroom

Pode crer!

Cidade Negra ja foi Reggae na epoca de Negro no Poder!

Dali pra ca o incandescente ser um pouco! Mas a partir dai foi cada vez perdendo mais tudo de reggae que tinha. Em sobre todas as forcas e o ere sobrou pouca coisa. No ritmo ainda poderia ter um pouco, mas ja estavam totalmente em outra onda...

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  • 1 month later...
  • 1 year later...
  • Usuário Growroom

É eu tive uns dredão, umas antenas com o cosmo, mas quando morava na

Bahia, lá tem vários malucos e rastas que usam, por que a influência da cultura negra é total, já aqui na pré-fabricada-cidade-grande os padrões de

"belo" não batem mas foda-se.

E olha que eu guardei meus dreads, um dia se der a louca eu implanto de novo

;)

Leiam a Biografia do Bob "Queimando Tudo" é dez!

E pra quem tem dreads ouça RASTAMAN LIVEUP:

[bob Marley; Lee Perry]

Rastaman, live up!

Bongoman, don't give up!

Congoman, live up, yeah!

Binghi-man don't give up!

Keep your culture:

Don't be afraid of the vulture!

GROW YOUR DREADLOCK:

DON'T BE AFRAID OF THE WOLF-PACK!

Rastaman, live up!

Binghi-man, don't give up!

Congoman, live up, yeah!

Bongoman, don't give up!

David slew Goliath with a sling and a stone;

Samson slew the Philistines with a donkey jawbone:

Iyaman, live up! Rastaman, don't give up!

Binghi-man, live up! Congoman, don't give up!

Trodding through creation in a irie meditation;

Seen many visions in-a this yah Armagiddyon:

Rastaman, live up!

Congoman, don't give up!

Rastaman, live up, yeah!

Natty Dread, no give up!

Saw it in the beginning, so shall it be in this iwa;

And they fallen in confusion, well-a just a step from Babel Tower

Rastaman live up!

Congoman, no give up!

Rastaman live up, yeah!

Congoman, no give up!

A-tell you, one man a-walkin';

And a billion man a-sparkin'.

GROW YOUR DREADLOCK:

DON'T BE AFRAID OF THE WOLF-PACK!

Rastaman, live up!

Binghi-man, don't give up!

Don't give up, don't give up, don't give up!

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  • 4 weeks later...
  • Usuário Growroom

na faculdade de publicidade meu professor me apontou do nada e disse que

eu nãome encaixava no perfil para o mercado de trabalho,

eu respondi:

"foda-se, professor tu e a babilônia, eu vou ser o meu próprio patrão

não vou ser alienado pelo sistema como tu, e digo mais nnunca mais assisto tua aula pois tu tá aqui pra passar teu conhecimento não tua ipocrisia e se fosse o resto da sala tb não, tchau"

sai da sala e metade da turma foi comigo pro bar na frente da facul tomar um goró. Só ficou três gatos pingados puxa sacos....

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  • Usuário Growroom

Não sou rasta...porém tenho dreads e apoio a religião...

seria hipocrita da minha parte dizer que sou rasta, apoio a religião a cultura e os ensinamentos...porem não sigo a risca o regimento da religia Rastafari ...

e quanto ao reggae que Raizlo disse...

Cuidado com a imagem viu...trabalho no meio...e sei de casos que as chamadas bandas do "reggae raiz"...não são p*rra nenhuma...tratam os outros com inferioridade, estupides tem o nariz la nas nuvens e outras coisas...

não estou falando do ponto de equilibrio que isso fique bem claro...

ouço a musica e gosto...porem nunca tive a oportunidade de conhece-los bem durante os shows que eles tocam tbm...

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  • 1 month later...

2 meses depois do meu ultimo post huahaua.

Semana passada fui no Fórum Mundial pela Educação.

Dai sempre que passava um bixo grilo o cara via os dreads e se sentia feliz "outro como eu ali" e me cumprimentava.

É um incentivo issu, cada um na sua, mais cooperando, nem q seja soh com um e ae brow...!

44 mil pessoas no Fórum, e nelas eu vi uns 10 rasta, incluindo eu.

Será que o mundo vai mudar....?

Rumo ao FSM 2005.

E depois? quem sabe oque a maré pode trazer?

paz.

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  • Usuário Growroom

tirei meus dreads por causa do trampo , preconceito é foda mas eu preciso correr atraz do meu!!Ele irão crescer de novo!

eu so descendente de turco otomano , aqui no ocidente só considerado branco , num sou rasta , tenho minha fé e o rastafari fez e faz parte da formação dela assim como outros ensinamentos sem hipocrisia!

Uma rapa de gente olhava torto para os meus dreads , uns tinham preconceito por ser " cabelo de bixo grilo e tal "...e outros por ser mais um " muleque branco pagando com os dreads "...assim eles viam...

mas é aquela coisa....a fé ta na mente e no coração...eu sei que ela é verdadeira!

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  • 2 weeks later...
  • 1 month later...
  • Usuário Growroom
mmonteiro escreveu

ops!

num fale sem conhecimento de causa... vc pelo visto num conheceu o Cidade Negra pré-Toni Garrido, né?

escuta isso

BOOOaaaaa mmonteiro.....qdo eu tinha minha bandinha de hc-reggae-ska a gente mandava "nada mudo" q na verdade esse som é uma versão q o cidade fez de JAH MADE, um reggae roots de um cara q puta q pariu eu num consigo lembra o nome.....( asim q eu lembra eu coloco aqui) e a gente ainda emendava numa outra versão skacore q o buck-o-nine fazia da mesma música.....muito loco cara
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