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Vícios Não São Crimes (1875)


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  • Usuário Growroom

VÍCIOS NÃO SÃO CRIMES (1875)

"Os vícios são atos através dos quais um homem lesa sua própria pessoa ou seus bens. Os crimes são atos através dos quais um homem lesa alguém ou seus bens. Os vícios são, apenas, os erros os erros que um homem comete ao buscar a felicidade individual. Ao contrário dos crimes, não implicam em qualquer intenção criminosa em relação aos outros, ou em qualquer dano a seus bens. Falta, nos vícios, a essência do crime em si mesma - a intenção de lesar outra pessoa ou a seus bens. Segundo a máxima jurírica, não há crime sem motivo, isto é, a propósito de causar dano a outra pessoa ou a seus bens. Mas, ninguém jamis se entrega a um vício movido por tal intenção criminosa, e sim em busca, unicamente, da sua própria felicidade, e sem qualquer intenção de causar mal a quem quer que seja. Enquanto não for claramente estabelecida e reconhecida pelas leis uma distinção entre os vícios e os crime, não poderá existir na terra nada como os direitos invididuais, liberdade ou propriedade, nem nada que se pareça de perto com o direito de um outro homem dispor livremente a sua pessoa e os seus bens. Ao declarar que um vício é um crime e puni-lo enquanto tal, um governo tenta falsificar a própria natureza das coisas. É tão absurdo como declarar que a verdade era mentira, ou a mentira verdade. Habitualmente, os vícios proporcionam prazer, pelo menos durante algum tempo, e muitas vezes só se manifestam como tal, pelos efeitos que produzem, depois de terem sido praticados ao longo de numerosos anos, ou talvez de uma vida inteira. Para muitos, talvez para a maioria dos que se entregam a eles, não se manifestam de maneira alguma como vícios no decorrer de sua existência. Por outro lado, as virtudes, monstram-se como freqüência tão estritas e rudes, exigindo, no mínimo, o sacrifício de tantas felicidade presente e os resultados, que não as únicas provas de que são virtudess estão, com freqüência, tão distantes e obscuros, na verdade, tão absolutamente invisíveis para as mentes de muitos, sobretudo jovens que, pela própria natureza das coisas, não pode existir certeza universal, ou sequer generalizada, de que sejam de fato virtudes. A verdade é que eminentes filósofos gastaram suas - se não de todo em vão - mas com resultados extremamente reduzidos - tentanto definir as fronteiras entre as virtudes e os vícios

"Todos nós chegamos ao mundo ingnorando a nós próprios e a tudo que nos rodeia. Por uma lei fundamental das nossas naturezas, todos nós somos constantemente impulsionados pelo desejo da felicidade e pelo medo da dor. Mas temos necessidade de aprender tudo acerca daquilo que nos pode dar felicidade e preservar a dor. Não há dois entre nós que sejam inteiramente idênticos, quer do ponto de vista físico, quer do mental ou emocional; nem, consequentemente, em nossas necessidades físicas, mentais ou emocionais, de obter felicidade e evitar seu oposto. Então, não há ninguém entre nós que pode aprender esta lição indispensável da felicidade e da infelicidade, da virtude e do vício em lugar dos outros. Cada um de nós tem de aprender por sí póprio. Para poder aprendê-lo, deve gozar de uma total liberdade de tentar todas as experiências que considere necessárias. Algumas delas são bem sucessidas e, porque são bem sucedidas, recebem o nome de virtudes; outras falham e, por isso, recebem o nome de vícios. A soberania vem para um homem , tanto dos seus fracassos como de seus triunfos e, tanto de seus supostos vícios como das suas supostas virtudes."

Lysander Spooner

Lysander Spooner nasceu em janeiro de 1808 em Athol, MA, e faleceu em maio de 1887 em Boston. "Vícios não são crimes", escrito por ele em 1875, é uma reafirmação de suas posições de contestação do establishment norte americano do século XIX.

"Vícios não são crime" é uma edição da Aquariana e faz parte da Coleção B, cujos outros títulos são "A Feiticeira", de Jules Michelet; "O poema do haxixe", que é uma maravilha, de Charles Baudelaire; e, "O Louco", de Kalil Gibran.

http://www.pontodevista.jor.br/Especiais/cannabis.htm

recebi isso por email do mano xangoespero que apreciem

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