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A História Das Latas De Maconha Em Alto Mar No Rio Vai Virar Filme


Bafo

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  • Usuário Growroom

Segunda-feira, 10 dezembro de 2007

Titanic da erva

A história das latas de maconha em alto mar no Rio vai virar filme

BRUNA FIORETI, bruna.fioreti@grupoestado.com.br

Pescadores que velejavam em algumas praias do Rio de Janeiro e de São Paulo no dia 22 de setembro de 1987 tiveram uma visão: latas fechadas pareciam brotar do mar em direção à orla. Eles ainda não sabiam, mas dentro de cada recipiente metálico havia cerca de um quilo e meio de maconha de “alta qualidade”. A polícia litorânea se esforçava para apreender o material. Em vão: menos de 10% das 20 mil latas foram recolhidas. O restante ficou ao léu, afundou ou foi capturado por curiosos que protagonizaram o episódio conhecido por verão da lata.

A história, por si só, é tão boa que o diretor João Falcão vai fazer um filme sobre ela. Com os nomes provisórios Verão da Lata ou Nunca Haverá um Verão Como Esse, o longa vai reproduzir a trajetória de gente que teve contato com as latas - com licença poética para aumentar e criar lendas urbanas. O período está definido: entre setembro de 1987 e março de 1988 as latas ainda apareciam. O foco será o empenho de caiçaras e surfistas para encontrar aquele “tesouro” e sua capacidade de tornar praias quase inabitadas em point na época.

Falcão vai reproduzir a aura de loucura que tomou conta dos que se lançavam em busca da erva em alto mar que havia chegado com o navio Solana Star, cargueiro da Austrália. “Imagine quanto tipo de história dá para contar a partir desse fato?”, diz o diretor de filmes como Fica Comigo Essa Noite e O Auto da Compadecida. Será o primeiro longa totalmente feito pela produtora de João Falcão.

Apelido: ‘panetone’

Serão pescadores, surfistas e usuários dispostos a tudo por uma lata com o entorpecente cannabis indica, princípio ativo mais forte que a cannabis sativa (a mais comercializada). “Naquele momento não havia droga com aquele componente no Rio e em São Paulo. Fez muito sucesso”, diz Falcão.

Identificadas como “sono profundo”, “tosse comprida” e “panetone”, a cannabis da lata virou sinônimo de coisa boa. “Passou-se a usar a expressão ‘da lata’ para identificar que aquele conteúdo tinha qualidade”, explica Marcelo Dantas, roteirista do filme PodeCrer.

Segundo Dantas, o verão da lata foi o último suspiro “pós-hippie” do Rio de Janeiro, quase uma ressaca dos traumas da época: a violência que aumentava, o Plano Cruzado que havia falhado, a Aids que assombrava. “Havia a sensação dos usuários de ter escapado da polícia e dos traficantes. A maconha vinha do mar, como dádiva de Deus.”

João Falcão quer justamente reproduzir nas telas de cinema o “clima de comédia generalizada” que tomou conta do litoral. No filme não faltarão “malucos” que saíam em direção às praias para pegar latas, surfistas que se mantinham horas em cima das pranchas para fugir da polícia, caiçaras que enterravam o fumo na areia, pescadores que enriqueceram ao traficar.

“Tem gente que diz ter usado a maconha da lata para educar os filhos”, fala o diretor. Outra história que provavelmente vai estar no longa é a do garoto que estudava para ser piloto e usava os aviõezinhos do aeroclube em vôos rasantes para amedrontar surfistas em alto mar em busca das latas.

Um pouco de lenda

O psicanalista e professor na pós graduação na PUC-SP, Oscar Cesarotto, também se baseou no verão de 1988 para criar fatos fictícios em seu livro O Verão da Lata (Iluminuras, 2005). “Fora do País, ninguém acredita que isso aconteceu.”

Cesarotto comemora o fato de haver um projeto de filme sobre o assunto: “Tem gente que ainda pensa que no navio naufragado tem milhares de latas que não foram soltas no mar.”

http://txt4.jt.com.br/editorias/2007/12/10...0071210.1.1.xml

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  • Usuário Growroom

hoiausHAIUHSOAIUSHOAIUHS

isso aí foi real mesmo, tem até um livro que se chama O Verão da Lata, ai agora os caras querem fazer filme... conheço um coroa aqui da cidade, doidão ele disse que fumou esse ai da lata nas antigas... segundo ele um dos melhores, mais ele fala que na época rolava muita erva boa... nao tinha essa de prensado nao... só os camarão mermo....

vou assistir esse filme com certeza!

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  • Usuário Growroom

Serão pescadores, surfistas e usuários dispostos a tudo por uma lata com o entorpecente cannabis indica, princípio ativo mais forte que a cannabis sativa (a mais comercializada). “Naquele momento não havia droga com aquele componente no Rio e em São Paulo. Fez muito sucesso”, diz Falcão.

Nossa, essa doeu!

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  • Usuário Growroom

" Num resgate da memória surreal brasileira, dedico um site a um episódio que amigo estrangeiro nenhum acredita ser verdade: o derrame de 22 toneladas de maconha ao longo da costa brasileira, às vésperas de um verão dos mais movimentados que se teve notícia.

Nem durante os delírios mais surrealistas os malucos de plantão poderiam sonhar com o aparecimento de um barco que fizesse chover maconha na praia. Mas a coisa aconteceu mesmo, no final do ano de 1987. O cenário era o litoral brasileiro e o navio protagonista da história tinha o nome de Solana Star.

Depois de levantar âncora na Austrália e fazer uma parada estratégica para abastecimento em Cingapura - onde seus porões receberam um carregamento de 22 toneladas de erva prensada acondicionada em 20 mil latas lacradas a vácuo - esse pesqueiro de bandeira panamenha começou a ser perseguido pela Marinha tupiniquim, já devidamente alertada por um instituto americano de repressão às drogas (o Drug Enforcement Agency) sobre a carga da embarcação. Acuada nas imediações de Angra dos Reis, não restou outra alternativa à tripulação do Solana: dispensar no oceano o fumo.

Assim foi feito e - por uma infeliz obra do destino ou por alguma influência divina, depende do ponto de vista - as correntes marítimas espalharam a cannabis pelas praias do Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e até o Rio Grande do Sul. "Os recipientes com a droga estavam no fundo do mar, presos em engradados", lembra Irajá de Souza, delegado da Polícia Federal no município de São Sebastião, no litoral paulista. "Mas a ação da maresia quebrou as cercas de metal e libertou as latas, que subiram e ficaram boiando na superfície". As ondas se encarregaram do resto. Ao levarem a maconha para a beira da praia, deixaram pronto o cenário para o inesquecível verão de 1988 - ou, para os mais íntimos, o "Verão da Lata".

Foi uma comoção. De repente, o fumo estava na boca de todo mundo. Virou tema de camiseta, gíria de interados, marchinha de carnaval, combustível para festas memoráveis e assunto predileto das manchetes. Circo total. De um lado, Cid Moreira denunciando a maconha no Jornal Nacional, polícia enlouquecida atrás da tripulação do Solana, religiosos e conservadores em geral esconjurando o demônio responsável pela perdição espalhada nas praias. Do outro, uma moçada ávida que colocou as mãos à obra e especializou-se na arte de resgatar latas muito parecidas com a embalagem de Leite Ninho e peso de dois quilos.

A fama sobre a qualidade superior do produto aumentou ainda mais a caça ao tesouro. Era uma corrida contra o relógio, ou melhor, contra a polícia, que também lançou seus homens ao mar na tarefa de resgatarem a droga.

Quatro toneladas e meia de erva foram apreendidas pela polícia. O restante da carga do Solana (uma diferença de "apenas" 17,5 toneladas), ninguém sabe, ninguém viu.

O Solana foi leiloado e sua tripulação sumiu de circulação. A bomba sobrou para o cozinheiro da embarcação, o americano Stephen Skelton, único a ser capturado pelos federais. Condenado a puxar vinte anos de cadeia, cumpre pena no Presídio Ary Franco, no Rio de Janeiro. "

resuminho da historia .Acabei de ler e copiar isso de um site! mas serio eu to rindo diso aqui..da pra fazer um filmasso de comedia ..auehuahe

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  • Usuário Growroom

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

eu tenho 30 anos e era um menino na época e lembro bem de um termo popular q ficou definido por causa dessa FARRA

maconha q era boa ganhou o termo:

ESSA MACONHA EH DA LATA!

kkkkkkkkkkkkk

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  • Usuário Growroom

hihi. eu tenho 38, a lata apareceu quando eu tava no auge da minha "carreira". Era lata méia assim tipo de molho de tomate por atacado pesava 5 kg, muitas chegaram no litoral, camarada meu achou uma na ilha do mel toda encrustada de marisco, abrimo o negócio fedia que só vendo, pensamo que nem era maconha, fomos tirando o negócio de dentro que mais parecia uma gosma enfiozerada e a medida que ia tirando o negócio ia crescendo que nem coisa de loco assim, tipo inchando mesmo se multiplicando saca. loucura total, fumava aquilo só acendendo, tava meio molhado apagava toda hora, mas 2 - 3 bolinhas já nem queria mais.

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  • 2 months later...
  • Usuário Growroom

Ai galega

morei no meio de uma colonia de pescadores, e pessoal da época disse que foi realmente uma riqueza. Fumaram dois anos, de não guardar nem as pontas, de tanta erva. Um pescador descreveu que quando abria a lata, parecia uma sanfona, saia um tanto pra fora, e quando deschavava enchia uma sexta plastica daquelas de mercado, ja pensou ????

Tem que fazer filme mesmo, esse incidente mudou o destino do pais.

Pescado

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Po galera, quanta malícia :o

Se eu achasse uma lata dessas eu iria diretamente para as autoridades competentes e entregaria o conteúdo...

Conhecem o Delegado Tritubarão e o sub-tenente Smoking Pure Hemp?

E tudo pra mente!

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  • 2 weeks later...
  • Usuário Growroom

1988: O Verão das Latas de Maconha - O Progresso

WANDERLEY REBELLO FILHO

Poderíamos chamar este livro de "Estudo de Caso". Wanderley Rebello Filho conta a história "verdadeira" de Stephen Skelton, cozinheiro do navio Solana Star. Apresenta aos leitores algumas partes do processo que tramitou na Justiça Federal do Estado do Rio de Janeiro e, depois, no extinto Tribunal Federal de Recursos. Stephen Skelton foi um dos acusados no processo que ficou conhecido, na Justiça, como "O Caso das Latas", e pelo povo como "O Verão das Latas", devido à grande quantidade de maconha em latas que foi supostamente lançada ao mar pelos tripulantes do navio. Stephen Skelton foi condenado, na primeira instância, a uma pena de reclusão de 20 anos, e depois foi absolvido pelo Tribunal Federal de Recursos. O livro contém a transcrição da Sentença, da Apelação, e da decisão do Tribunal que o absolveu, entre outras peças. O autor faz, também, algumas considerações sobre Direito e Justiça, e sobre o mau funcionamento do Sistema Penitenciário de nosso Estado. Principalmente, chama a atenção para a inaceitável possibilidade de se condenar um inocente. Nada explica ou justifica a condenação de um inocente! Por isto os Juízes, hoje tão menos cuidadosos do que os de antes, e principalmente o Ministério Público, têm que voltar a respeitar o princípio da presunção da inocência, no qual está inserida a mensagem que orienta que, na dúvida, se deve julgar favoravelmente aos acusados: in dubio pro reo! Diz o Autor: "Ao menos, colegas advogados de defesa, estamos livres de condenar ou de pedir a condenação de um inocente: fica esta "tarefa perigosa", apenas, para o Ministério Público e para os Juizes".

Editora: Letra Capital

ISBN: 858656883X

Ano: 2007

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