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América Latina Se Divide Por Causa Da Droga


Tiradentes

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  • Usuário Growroom

Os governos compartilham o objetivo de acabar com o narcotráfico, mas divergem sobre a questão do consumo

Enquanto a América Latina vive uma situação que os especialistas em combate ao narcotráfico qualificam como "hiperprodução de drogas", dois países anunciam mudanças em suas políticas.

O governo argentino se prepara para não processar penalmente os consumidores, e a Jamaica, o maior produtor de maconha do Caribe, estuda a legalização da planta. Sobre a mesa está novamente o dilema entre permissividade ou tolerância zero para abordar o problema da droga.

As plantações de folha de coca se multiplicaram na América do Sul, onde ocorre um choque entre as convenções da ONU - que consideram a produção como sendo proibida - e a doutrina oficial de governos como o boliviano, que reivindica a planta como parte da cultura indígena.

Atualmente há 32 mil hectares de plantações de folha de coca na Bolívia, cerca de 55 mil hectares no Peru e outros 90 mil na Colômbia. Para obter um quilo de cocaína pura são necessários 365 quilos de folha seca boliviana ou 1.000 quilos de folha verde colombiana. E a produção da droga disparou. "Em áreas da Bolívia onde não há nada de milho encontram-se máquinas trituradoras de milho. Para quê? É claro que para triturar a folha de coca", explica uma autoridade argentina.

A oferta fez com que países que antes eram de trânsito da droga para os Estados Unidos ou a Europa se transformassem em novos mercados de consumo e centros de fabricação. A Argentina é um exemplo. De fato, é o país sul-americano com maior consumo entre estudantes de nível secundário. Além disso, apareceu a pasta-base de coca (PBC ou "paco"), uma droga barata e viciante elaborada a partir dos restos da produção de cocaína.

Um caso semelhante é o do Brasil, embora nesse país o narcotráfico esteja organizado e seja capaz de pôr em cheque as duas principais cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro.

Os governos da região compartilham o objetivo de acabar com o narcotráfico, mas encontram-se divididos na hora de enfrentar o problema do consumo. O Chile, maior consumidor de cannabis da região - o maior produtor é o Paraguai -, endureceu sua legislação para perseguir não só o narcotráfico, mas também o microtraficante, o último elo da cadeia. O problema é que muitas vezes o microtraficante também é um consumidor que vende drogas para sustentar seu vício.

O Brasil, por sua vez, mobiliza regularmente o exército nas favelas - transformadas em feudos dos narcotraficantes - em operações que geram grande polêmica. A Argentina considera que processar penalmente os consumidores é uma perda de tempo e de recursos públicos que podem ser empregados contra o narcotráfico em grande escala. No Uruguai, ganha espaço a corrente de descriminalização do consumo em médio prazo.

Enquanto isso, no norte, o ministro da Saúde mexicano, José Ángel Córdova Villalobos, se opôs totalmente à legalização, mas salientou que os viciados "são doentes, e não criminosos, e devem ser tratados por esse sofrimento". Córdova reconheceu que a prisão é o lugar "menos indicado" para a reabilitação dos dependentes.

O anúncio feito pela Argentina causou grande polêmica no país, onde 75% da população são contrários à descriminalização do consumo de drogas. Outras vozes apóiam a proposta do governo, afirmando que a medida não aumentará o consumo e que é o caminho percorrido pela Europa nos últimos dez anos. Com todo tipo de argumentos a favor e contra, o debate está aberto no continente.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/elp...lt581u2541.jhtm

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    • Salve galera, tudo certo?! Alguns anos sem entrar aqui na casinha, mas como eu vi que tem alguns Growers retornando à casa e outros novos chegando, resolvi postar uma "atualização jurídica" (que não é tããão atual assim) para todos os usuários que já "rodaram/caíram" nesses anos todos de cultivo!!  Todos nós sabemos do julgamento do RE 635.659 (Recurso no STF para descriminalização do porte de maconha), agora chegou o momento de revisar as antigas condenações.  Sabe aquela transação penal assinada? Aquela condenação pelo 28 (que não foi declarada inconstitucional na época)?? Aquela condenação do seu amigo pelo 33, mas que se enquadrava nos parametros de um grower??? Pois então, chegou o momento de revisar todos esses processos para "limpar" a ficha de todos(as) os(as) manos(as) jardineiros(as)!! "O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) dará início, em 30 de junho, ao mutirão nacional para revisar a situação de pessoas presas e/ou condenadas por porte de até 40 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas. A realização do mutirão cumpre determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) ao julgar recurso sobre o tema em junho de 2024, que resultou na fixação de parâmetros para diferenciar o porte de maconha para uso pessoal do tráfico. Entre o dia 30 de junho e 30 de julho, os tribunais da Justiça Estadual e regionais federais farão um esforço concentrado para rever casos de pessoas que foram condenadas por tráfico de drogas, mas que atendam aos critérios do STF: terem sidos detidos com menos 40 gramas ou 6 pés de maconha para uso pessoal, não estarem em posse de outras drogas e não apresentem outros elementos que indiquem possível tráfico de drogas. De acordo com da Portaria CNJ n. 167/2025, os tribunais atuarão simultaneamente para levantar os processos que possam se enquadrar nos critérios de revisão até o dia 26 de junho. Este é o primeiro mutirão realizado no contexto do plano Pena Justa, mobilização nacional para enfrentar a situação inconstitucional dos presídios reconhecida em 2023 pelo STF. O CNJ convidará representantes dos tribunais que atuarão diretamente na realização do mutirão para uma reunião de alinhamento na próxima semana, além de disponibilizar o Caderno de Orientações." LINK DO CNJ Caso o seu caso se enquadre, ou conheça alguém que também passou por essas situações, sugerimos buscar um Advogado de confiança ou entrar em contato aqui neste tópico mesmo com algum dos Consultores Jurídicos aqui da casinha mesmo!! Bless~~
    • Curitiba é sempre pior parte hahahaha!
    • o teu chegou? o meu já passou por Curitiba mas tá devagar (pelo menos o pior já passou) kkkkkkkkkk
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