Usuário Growroom CanhamoMAN Postado April 28, 2008 Usuário Growroom Denunciar Share Postado April 28, 2008 UFMG cria comissão para apurar tumulto Estudantes protestam contra invasão e truculência policiais no câmpus da Pampulha. PM afirma que reagiu a agressão http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/20...a_interna.shtml Gustavo Werneck - Estado de Minas Beto Novaes/EM Alunos fazem assembléia no Instituto de Geociências para analisar confusão na noite de quinta-feira, que deixou ferida Débora Gomes de Melo A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) criou uma comissão de sindicância para apurar as causas de tumulto, na noite de quarta-feira, no câmpus da Pampulha, em Belo Horizonte, que culminou com a presença da Polícia Militar no prédio do Instituto de Geociências (IGC) e confronto com estudantes, que deixou alguns jovens feridos. O motivo da confusão foi a tentativa de exibição no local, às 19h30, do documentário Grass Maconha, que trata da liberação da droga e recebeu o veto da diretoria do IGC. Em nota, a reitora em exercício, Heloísa Starling, informou que a comissão, de dois professores e um estudante, tem prazo de 30 dias para fazer um relatório sobre a situação. A ação, segundo alunos, teve uso de helicóptero, spray de pimenta e pistolas de choque não letais. Leia também: Confusão vai parar no YouTube Na tarde de sexta-feira, os estudantes fizeram assembléia no IGC, para analisar a situação e repudiar a presença da PM no câmpus. “Foi um ato de truculência. Estava numa reunião no diretório e fui ver o que estava ocorrendo. Acabei com as costas machucadas”, disse o coordenador do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Bruno Pedersoli. Os estudantes marcaram para segunda-feira, ao meio-dia, um ato de repúdio. “Vamos fazer um dia de luto na universidade e pedir que todos venham com roupa preta. A nossa grande pergunta é: quem autorizou a entrada da PM no câmpus?”, disse. O prédio está coberto de cartazes com as frases “abaixo a repressão”, e “método pedagógico UFMG espancamento”, “ação agressiva” e outros. Há também afixados, em vários cantos, panfletos sobre a “marcha da maconha”. Os alguns negam qualquer conexão entre a manifestação pela droga e a tentativa de exibição do filme, “que pode ser comprado em banca de revistas”. Com um corte na cabeça, que resultou em quatro pontos no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, dores nas mãos, nas costas e nas pernas, a estudante do sexto período de medicina, Débora Gomes de Melo dos Santos Medeiros, de 24 anos, esteve na tarde de sexta-feira no Hospital das Clínicas para fazer exames de raios X. Durante a confusão, segundo ela, recebeu golpes de cacetetes de um policial. “Sou do DCE e também estava em reunião. Quando soubemos do que estava ocorrendo, fomos para o local e vimos que estavam algemando e levando preso um estudante de geografia. Havia cerca de 50 policiais, numa ação sem razão. Cercamos a viatura e perguntamos o que estava ocorrendo, mas eles já estavam batendo nos estudantes”, disse Débora, que fez exame de corpo delito. Como ainda era horário de aulas, muitos professores presenciaram o tumulto. “Foi um incidente lamentável. Fui empurrado e xingado”, disse o professor de geologia Guilherme Knauer, que lamentou a presença da PM num espaço democrático como a universidade “Os dois são líquidos imiscíveis, não se misturam”, comparou. Ele se lembra do que ocorreu pouco antes da confusão. “Vi quando quatro policiais entraram no prédio, trancaram a porta e disseram que ninguém poderia sair. Um aluno respondeu que precisava ir embora. Nesse momento, um dos militares, que parecia completamente transtornado, entendeu a resposta como desacato à autoridade e o levou preso”, contou o professor. O Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Belo Horizonte e Montes Claros (Apubh) divulgou nota repudiando o episódio. De acordo com a UFMG, a universidade mantém, desde 2003, um convênio com a PM, que tem, no câmpus, o Regimento de Cavalaria Alferes Tiradentes, para patrulhamento da área. A PM divulgou nota esclarecendo que foi chamada pela segurança da UFMG “e, nesse caso, não poderia se omitir”. Além da regimento, a ocorrência foi atendida pelo Batalhão de Polícia de Eventos (BPE). O tenente-coronel Ricardo Matos Calixto explicou, na nota, que o encontro “marcha pela maconha, organizada pelos alunos”, não foi autorizada pela diretora do instituto, conforme ofício enviado à procuradoria jurídica, “pois fazia apologia à liberação e ao uso da maconha”. Diz ainda que “o documento confirma a solicitação de reforço da segurança nas dependências da escola”. O militar explicou que objetos foram lançados nos policiais e que “uma aluna ficou ferida, atingida por pedrada arremessada pelos estudantes”. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Recommended Posts
Join the conversation
You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.