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Blog Da Veja - Reinaldo Azevedo


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Marcha dos maconheiros tem de ser proibida. E quem marchar tem de ser preso. É a lei!

Leia o que vai abaixo, na Folha. Volto depois:

O Ministério Público de São Paulo luta na Justiça para impedir a realização da marcha da maconha no próximo domingo, marcada para as 14h no parque Ibirapuera. A marcha ocorre também em diferentes cidades do mundo neste final de semana e em mais 11 cidades brasileiras na tarde de domingo.

Com o pedido de medida liminar, o Ministério Público espera decisão semelhante à concedida pela Justiça a seu órgão corresponde na Bahia.

"Em pelo menos três Estados houve decisões desse tipo. Difundir o uso de droga é crime previsto já na própria Lei de Entorpecentes. Esperávamos uma decisão favorável ainda hoje [ontem], o que não ocorreu até as 19h", afirmou o promotor Marcelo Luiz Barone, um dos autores do pedido juntamente com a promotora Paula Castanheira Lamenza.

(...)

Um dos participantes do Coletivo da Marcha da Maconha, o sociólogo Renato Cinco, diz que a manifestação é uma questão de liberdade de expressão e que o movimento tentará derrubar as liminares.

"Queremos mostrar a nossa opinião sobre uma lei [que caracteriza a maconha como substância ilegal]. A proibição gera conseqüências muito piores que a legalização."

Segundo Cinco, foi informado que os participantes não devem portar maconha durante a realização da marcha.

Comento

Os maconheiros têm até um blog para divulgar a sua marcha. Se quiser visitar , clique aqui. Fazer a apologia da maconha é crime, como eles mesmos reconhecem lá. Mas aí recorrem a uma droga ainda mais antiga: a hipocrisia. Dizem estar apenas informando e querendo debater.

O artigo 33, § 2º da já bastante liberal Lei 11.343 deixa claríssimo:

“Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.” A íntegra da lei está aqui.

Já disse: sou um chato legalista. Essa “marcha” tem de ser proibida. Se, uma vez proibida, as pessoas insistirem em promovê-la, então não vejo outra saída: cana! Esse negócio de que todo mundo tem o direito de marchar contra a lei de que discorda em nome da liberdade de expressão tem quais limites éticos? Deve haver quem defenda a pedofilia, por exemplo, porque, afinal, na civilização grega, etc e tal... Se os valentes querem patrocinar a causa, que arrumem um representante no Congresso que esteja disposto a assumi-la.

Sabem o que é curioso? Uma marcha a favor do cigarro, por exemplo, seria de pronto repudiada — inclusive por gente que defende a da maconha. “Ah, mas cigarro já é legal; não precisa de marcha”. Sim, mas os fumantes são hoje quase párias sociais, não é mesmo? Estou, de fato, chamando a atenção para uma questão: essa marcha da maconha toca num flagelo social: o fato de as drogas hoje consideradas ilícitas serem consideradas ainda um valor “de resistência”, o que faz com que se transformem numa espécie de "cultura".

Pior: os maconheiros querem fazer de conta — e só por isso o filme Tropa de Elite foi repudiado por alguns “descolados” — que o consumidor de droga não integra a cadeia do tráfico e, portanto, da violência e do crime organizado. O argumento de que a legalização da maconha diminuiria a violência é só uma tolice irresponsável. No mesmo caminho, seria preciso tornar legal a venda das outras substâncias: cocaína, crack, heroína — ou os traficantes de maconha migrariam pra elas, certo? Mais: o Brasil não fará isso sozinho. A Inglaterra, por exemplo, está na contramão: apertando o cerco também contra a maconha.

Falei que a lei brasileira já é bastante liberal. E é. Leiam parte do artigo 28:

Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:

I - advertência sobre os efeitos das drogas;

II - prestação de serviços à comunidade;

III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

§ 1o Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.

Como se vê, o chamado “consumidor” — se o sujeito portar a substância apenas para seu consumo — já não vai em cana. Liberal por quê? Ora, o traficante, que vai para a cadeia, não vende se não tiver quem compre. É o que se chama uma “relação”.

Assim, o corolário óbvio da tal Marcha da Maconha é um só: ela não atende, vamos dizer, às necessidades dos consumidores. Serve mesmo é aos interesses dos traficantes. Mas, na dialética perturbada desses caras, eles só estariam querendo acabar com o tráfico. Ah, sim: entre os apoiadores do blog da Marcha da Maconha está uma tal Aborda (Associação Brasileira de Redutoras e Redutores de Danos). Mais uma vez, a política de redução de danos a serviço da promoção de danos.

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  • Usuário Growroom

O cara não tem serviço não? queria ver se a cerveja fosse proibida com todas as outras alcoolicas e os cigarros tambem...

ELES NÂO QUEREM ADMITIR QUE É HORA DE REVER AS LEIS...não querem dar a cara a tapa para fazer sua função politica...querem deixar para outro resolver!!!

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  • Usuário Growroom

Reinaldo Azevedo é um conservador direitista que escreve para leitores conservadores, está fazendo o que as pessoas fazem pra ganhar o pão, ou seja, agradando a clientela. O detalhe é que o Brasil é um país atrasado onde as idéias demoram a chegar, no primeiro mundo vários intelectuais da direita conservadora já defendem a legalização da maconha, inclusive no partido republicano dos EUA já tem muita gente que defende a causa, como o governador da Califôrnia. A hora que os articulistas que ele lê nos jornais conservadores americanos mudarem o discurso ele muda também.

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  • Usuário Growroom

Por mais reacionária que a matéria seja, penso que é uma das mais bem fundamentadas e das mais equivocadas também.

Penso muito nessa parada de limites éticos e tal... faz muito sentido. Tudo tem um limite, que, na minha visão, é o início do limite do próximo.

Temos SEMPRE que nos basear no respeito! Coisa que o autor não usou muito em suas palavras. Notem a forma pejorativa como usa o termo "maconheiros"

Defendo até o último o direito de pessoas defenderem a pedofilia e o cigarro. Desde que, eu possa sim, como muitos têm feito, me posicionar contra!

Sou absolutamente contra a pedofilia, mas sou favorável ao debate sobre tal. Não acredito que varrer as coisas pra baixo do tapete resolve alguma coisa.

A proposta não é defender a Maconha, na minha visão, a proposta passa por colocar todas as possíveis visões sobre a questão para debater (sim! debater!) e apartir de um conjunto de idéias, construir uma política pública. Política essa que sirva tanto para os favoráveis, como para os contrários.

Uma marcha que traga como proposta favorecer o uso de cigarro, como a mídia fez durante anos sem ser perturbada, seria prontamente combatida por mim, entretanto, uma marcha que tenha como proposta, refletir as atuais políticas relacionadas com o uso e produção de cigarro, certamente me parece muito acertada.

Reduzir a questão das drogas a um "valor de 'resistência'" na minha visão, é desrespeitar famílias que, por conta das drogas, sofrem com a violência e outras mazelas, desrespeitar também, todo um contexto histórico-cultural pelo qual passa a questão das drogas, aniquilar uma planta, sem ao menos que ela possa ser utilizada de modo comercial e médico. Será mesmo que alguém fuma maconha pra resistir às balas, às porradas e à falta de informação? Ou será uma opção?!

E as pessoas que não fumam maconha, nem querem o fazer, e são privadas de utilizar dos potênciais médicos que ela tem.

Não me lembro de, em nenhum espaço, ouvir dizer que o usuário não faz parte da cadeia de produção e distribuição de drogas. Penso que, fazer parte, não significa ser o responsável. Essa visão me parece muito restrita ao plano da saúde. Precisamos extrapolar essa discussao pra outros planos, como a segurança, o trabalho, a violência, a redução de danos e por ai vai.

Por fim, nosso colega que escreveu essa matéria, parece adorar dados. Pois bem, vamos trazer um dado importante.

Em 2006, se somarmos toda a produção, em DOLARES, dos dois maiores produtos agricolas cultivados em solo estadunidense, não dá a quantidade de DOLARES gerados no mesmo solo, para o mesmo período. Pra onde foi esse dinheiro? Impostos? Saúde pública? Essa questão se restringe aos EUA?

Deixemos esses preconceitos de lado e usemos a cabeça!

Não se trata de promover o uso recreativo, que sou particularmente desfavorável, e sim, refletir e interagir com uma realidade.

Relidade essa cruel e BURRA!

Marcha da Maconha - São Paulo 2008

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  • Usuário Growroom
Reinaldo Azevedo é um conservador direitista que escreve para leitores conservadores, está fazendo o que as pessoas fazem pra ganhar o pão, ou seja, agradando a clientela. O detalhe é que o Brasil é um país atrasado onde as idéias demoram a chegar, no primeiro mundo vários intelectuais da direita conservadora já defendem a legalização da maconha, inclusive no partido republicano dos EUA já tem muita gente que defende a causa, como o governador da Califôrnia. A hora que os articulistas que ele lê nos jornais conservadores americanos mudarem o discurso ele muda também.

Muito pertinente isso. Não vamos usar nossa energia contra o cara.

No estudo da comunicação, é notória a relação existente entre os interesses do empregador e a visão do empregado.

A grande imprensa reproduz a história dos vencedores, os movimentos sociais escrevem sua história!

É assim, sempre foi!

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  • Usuário Growroom

Blog da Veja - Reinaldo Azevedo

Ainda a Marcha da Maconha: de individualistas e libertários

Escrevi abaixo um post sobre a tal Marcha da Marconha. E, claro, não tardaram a chegar os defensores da manifestação. Eu realmente fico muito impressionado com a fragilidade lógica dos argumentos quando o assunto é droga, mas deixo isso para o post seguinte.

A reivindicação para legalizar drogas é basicamente um assunto de classe média: o povo mesmo, como sabemos, é contra. Entre outras razões porque ele é a maior vítima do narcotráfico. Há entre os defensores, basicamente, duas vertentes:

- A minoritária: esta argumenta que é uma questão de liberdade individual e tenta jogar Milton Friedman contra mim, mais ou menos como um desafio: “Que liberal é você?”. O economista defendeu a legalização das drogas. Já contei aqui, conto de novo: a revista “República/Primeira Leitura”, que eu dirigia, deu um capa debatendo a descriminação das drogas. E já tocava no problema essencial: um país pode fazê-la sozinho? É claro que não. O mundo vai acatar a proposta? Não vai. Então esse debate é ocioso.

Isso nos devolve para o terreno da realidade, o das drogas ilegais. Consumi-las é integrar a cadeia do crime organizado. É uma questão de fato, não de gosto ou de opinião. Sem aquele que consome, não há quem possa vender: o narcotraficante.

É evidente que fumar ou não fumar maconha, cheirar ou não cheirar cocaína, comer ou não comer bacon, tudo isso é uma questão de escolha. E as pessoas devem arcar com o peso de suas escolhas. A democracia brasileira diz que o tráfico de drogas e a apologia do consumo são crimes. Quem quer fazer uma coisa e/ou outra tem de pagar o preço.

- A majoritária: para essa turma, consumir maconha — e, suponho, outras drogas também — é uma espécie de capítulo das liberdades civis. O sotaque ideológico é diferente do expresso pelo grupo anterior. Aquele considera que é uma manifestação do saudável individualismo; este outro pretende que é uma expressão de um direito coletivo. Em suma, aquele grupo teria um viés, digamos, mais à direita; este outro, mais à esquerda. Haveria uma sociedade reacionária, conservadora, que estaria reprimindo um “direito”, como se “direitos” não fossem socialmente construídos também; como se houvesse o “direito natural” de fumar maconha, o que é balela. E quem se opõe à legalização é, então, reacionário.

Ah, sim: reclamam de eu ter me referido aos consumidores de maconha como “maconheiros”. Devo chamar como?

- “Apreciadores de uma droga injustamente considerada ilícita?”

- “Consumidores de maconha”?

- “Novos libertários”?

Os fumantes também merecerão uma alcunha politicamente correta? “Consumidores de tabaco?”

Continuo no post seguinte, com considerações sobre as falácias lógicas dos supostos libertários e supostos individualistas

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  • Usuário Growroom

Não meu caro Reinaldo, o debate não é ocioso, o debate tem que ser global... fora dessa frágil noção de propriedade e fronteiras.

Debater formas de, pessoas de bem, com diverentes visões, tanto das do autor como das nossas, tenham o direito de, manter seus posicionamentos e não fazer parte de uma rede de tráfico. Vale lembrar, que grande parte dessa rede, é favorecida pelas atuais políticas públicas para drogas.

A sociedade tem sim que arcar com o peso de suas escolhas, agora, daí, dizer que a sociedade não pode participar da construção das políticas sobre as quais estamos submetidos, pra mim, parece uma insanidade, mais que isso, parece-me concordar e favorecer processos alienantes.

Penso que, se o autor tivesse parado no post anterior, estaria bem. Ele ridiculariza dizendo que os direitos são socialmente construídos, oras, que raios estamos fazendo? Falta, na minha visão, entendimento sobre a proposta para esse autor! Não é uma Marcha para fumar maconha, e sim, uma Marcha da Maconha! Não confunda as coisas. Na interpretação simplista do autor, ele subestima as pessoas que se dispõem a ir contra a opressão moral, para construir um país/mundo melhor, pra mim, pra ele e pra todos!

Alienante ou alienado, não sei qual adjetivo cai melhor!

Aguardemos agora, a avalanche de argumentos!

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  • Usuário Growroom

Ainda que o debate seja ocioso e infrutífero não haveria motivo pra proibir a marcha. Muita gente se ofende profundamente com a parada gay, isso seria motivo para proibi-la? Ai provavelmente o argumento seria que o homossexualismo não é crime, o que seria um argumento circular já que a intenção da marcha é justamente advogar a legalização. O argumento mais interessante e pertinente do artigo é a questão dos limites éticos da liberdade de expressão. Muitas famílias se sentem afrontadas pela marcha da maconha, mas isso é fruto de um estigma de um preconceito. Todas as pesquisas sérias feitas por grandes institutos de pesquisa ao redor do mundo provam que a maconha é extremamente inofensiva, não causa dependência fisiológica e não é uma porta de entrada para outras drogas, se opor à divulgação dessas informações é advogar pela ignorância, pela manutenção de um conceito errado. Essa postura de sistematicamente ignorar todas as descobertas científicas a respeito dessa planta é o que eu não consigo entender.

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  • Usuário Growroom

Acho que ele não ouviu falar Holanda na vida dele ainda.

bom, que seja.

vou entrar em uma questão fragil.

vou soltar processos e mais processos, afinal.

temos propagandas diarias de INCENTIVO E CONSUMO A DROGA.

isso mesmo...

“Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.”

na Lei não diz, ser licita ou não.

e quem disse que quero propaganda de cerveja na minha TV?

MARCHA DA MACONHA NÃO PODE, PROPAGANDA DE CIGARRO TB N.

AGORA QUERO QUE ACABEM TB AS PROPAGANDAS DE CERVEJA.

afinal BEBA COM MODERAÇÃO é oque?

Instigar o uso de uma droga.

sem +

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  • Usuário Growroom

Eu tava acompanhando a discussão no blog dele e argumentando, agora ele postou um lance lá que termina assim:

"Essa gente do miolo mole que sai fazendo marcha em defesa da maconha supõe que todos os consumidores de drogas estão apenas em busca de autoconhecimento e do, como vou dizer?, desregramento dos sentidos em busca do “próprio eu”. O único “povo” que esses caras conhecem é o que faz malabarismo em farol. Devem achar que é tudo culpa das “zelite”, como se eles próprios não a integrassem. E aí queimam um baseado."

Parei com ele, Reinaldo Azevedo é um débil mental, pau no cu dele.

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  • Usuário Growroom

Mais Marcha da Maconha: falácias lógicas

A defesa da descriminação das drogas não se exerce sem algumas formidáveis falácias lógicas. Se eu fosse fazer piada, diria que parece argumento de gente sob o efeito da maconha: costuma haver um fosso entre as premissas e a conclusão, típico de quem perde a trilha da objetividade. Vamos a algumas delas:

A – O álcool faz mais mal à saúde e provoca mais mortes do que a maconha

Sempre que se tenta provar que alho é igual a bugalho, o bugalho sai beneficiado, não é? Quando não se distingue a diferença entre o joio e o trigo, o joio sai ganhando. Conhecemos os efeitos, realmente devastadores, do consumo de álcool, uma droga legal (embora ilegal para menores), entre os jovens. Mas me digam aí: já conhecemos os efeitos da massificação do uso da maconha?

B – Então por que não proibir também o consumo do álcool?

Quem faz essa pergunta quer proibir o consumo do álcool ou liberar o consumo das outras drogas? A pergunta é retórica. Já sei a resposta. Logo, é preciso considerar que:

- quem propõe essa questão admite os efeitos nocivos do álcool;

- admitindo os efeitos nocivos do álcool, pede um tratamento isonômico para a maconha;

- sendo um tratamento isonômico, então admite os efeitos nocivos da maconha também;

- se admite, em vez de defender a redução dos danos, está reivindicando a sua ampliação.

- Há falha lógica no que vai acima?

C – O álcool é vendido para menores.

É verdade. Acho que lugar de quem vende álcool para menores é a cadeia. Desde o princípio, estou defendendo a lei, não o contrário.

D – Considerar uma droga lícita ou ilícita é uma questão de convenção

Sob certo ponto de vista, tudo em sociedade é uma questão de convenção: da proibição de certas drogas à interdição do incesto e da pedofilia. Há interdições e liberdades que fazem avançar as sociedades. Há outras que as fazem mergulhar na anarquia e na decadência. Hábitos, costumes, interdições e liberações vão sendo socialmente construídos e criando uma cadeia de valores imateriais, uma verdadeira “cultura”. No caso da pressão — extremamente minoritária, é bom deixar claro — pela liberação das drogas, é essa cultura que salta para o primeiro plano.

Boa parte dos consumidores de drogas acredita firmemente que a substância faz com que tenham uma espécie de “iluminação”, abrindo a sensibilidade para percepções que, de outro modo, não se revelariam. É... Vai ver é o efeito dos neurônios sendo torrados. No Morro do Alemão ou no Jardim Ângela, essa expressão quase poética da droga inexiste. Os valores são outros.

E – Legalize-se a droga, o narcotráfico acaba, e o crime, também

É a mais tola de todas as proposições. O principal fator que alimenta o crime é a impunidade, é a incapacidade de o estado fazer cumprir a lei. Se, um dia, se vendessem cocaína e maconha no bar da esquina, quem hoje se dedica ao tráfico de drogas — porque quer, não porque seja obrigado — passaria a ser operário da construção civil? Médico? Engenheiro? Balconista? Acho que não, né?

Legalizadas as drogas, sem o enfrentamento do crime, os hoje criminosos das “substâncias ilícitas” seriam, se me permitem, “criminosos de outros crimes”. Não é a ilegalidade da droga que faz o criminoso, mas a disposição de não reconhecer o limite que foi socialmente imposto, transgredindo-o. Suponho, aliás, que a facilitação e, pois, a popularização de mais substâncias que alteram a consciência elevariam exponencialmente a prática de crimes.

Essa gente do miolo mole que sai fazendo marcha em defesa da maconha supõe que todos os consumidores de drogas estão apenas em busca de autoconhecimento e do, como vou dizer?, desregramento dos sentidos em busca do “próprio eu”. O único “povo” que esses caras conhecem é o que faz malabarismo em farol. Devem achar que é tudo culpa das “zelite”, como se eles próprios não a integrassem. E aí queimam um baseado.

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  • Usuário Growroom
o preconceito naum está no termo maconheiros e sim no resto do texto...aff

Na minha visão, o preconceito não está no termo, mas na forma que se usa ele!

Eu tava acompanhando a discussão no blog dele e argumentando, agora ele postou um lance lá que termina assim:

"Essa gente do miolo mole que sai fazendo marcha em defesa da maconha supõe que todos os consumidores de drogas estão apenas em busca de autoconhecimento e do, como vou dizer?, desregramento dos sentidos em busca do “próprio eu”. O único “povo” que esses caras conhecem é o que faz malabarismo em farol. Devem achar que é tudo culpa das “zelite”, como se eles próprios não a integrassem. E aí queimam um baseado."

Parei com ele, Reinaldo Azevedo é um débil mental, pau no cu dele.

Parei tb... o cara é altamente escroto!

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  • Usuário Growroom

eu ainda postei isso aqui pra ele:

"Meus argumentos não têm nada a ver com nenhum desses, é uma questão bem mais simples. Existe uma lista de substâncias consideradas entorpecentes ilegais. Hoje a maconha faz parte dessa lista, mas não deveria fazer uma vez que existem argumentos médicos, científicos, estudos feitos em universidades renomadas que concluíram que a maconha é uma droga de baixíssimo potencial ofensivo, simples assim. O Viagra inicialmente era vendido com receita médica, no Japão sua venda chegou até a ser proibida, posteriormente concluiu-se que não havia motivo para essa restrição e ele pode ser comprado sem receita. Ou seja, o Viagra era uma droga controlada para ser dada a pacientes portadores de disfunção erétil e hoje se admite o uso recreativo dessa substância. É isso que eu quero pra maconha."

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  • Usuário Growroom

É impressão minha, ou apenas no Brasil está ocorrendo isso?

Não li noticias parecida de tanta repreensão ao movimento como está ocorrendo aqui, os próprios americanos não estão fazendo repreensão ao direito de se expressar, e olha que a política anti-drogas é imposta por eles, sendo assim, não vejo o motivo de tamanha repreensão no Brasil.

Nem mesmo em universidades o assunto está podendo ser discutido, agora eu pergunto isso é democracia?

De todas as besteiras praticadas pelos americanos existe uma atitude que eu tiro o chapéu, o respeito à liberdade de expressão e pensamento que seu povo tem.

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Quantos argumentos facilmente rebatidos não?

Acho que uma criança de sete anos que acabou de assistir 'Grass' conseguiria dar uma réplica à altura dessa coluna.

Mais incrível é que ele somente citou leis, leis essas que ele critica constantemente, sempre quer mudanças, já nesse caso quer que sejam cumpridas como estão escritas.

Vá beber seu uísque que eu fico com minha ganja. :bong:

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  • Usuário Growroom

Como ler esse bando de asneiras e não ficar indignado??

Brother Pintolico foi maestral em suas palavras...parabéns.

Eu fiquei pensando numa coisa ... a legalização tiraria o sustento do trafico, e estas pessoas teriam que estar fazendo alguma coisa para viver.

Nesse momento e que pergunto se há interesse dos governantes ter que prover empregos, condições dignas de vida, saude e uma boa educação para tantas pessoas.

Ao invés disso propagam uma cultura de guerras.

Querem de todas as formas nos desanimar.... mas precisamos compreender que o Brasil tem uns 500 anos e para criarmos nossa propria identidade ainda vai levar um tempo. Porém temos a vantagem de viver no sec XXI, a era da informação, do mundo globalizado, onde em fações de segundos vemos o q esta acontecendo no Japão, há 200 anos atrás imagina como era...

Uma cultura de paz é possivel!!!!!

vamos nos lembrar que um dia a babilônia vai cair!!!!

"Get up, stand up: stand up for your rights!

Get up, stand up: dont give up the fight!"

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