Usuário Growroom White Zombie Postado July 2, 2008 Usuário Growroom Denunciar Share Postado July 2, 2008 Fernando Gabeira responde a questões sobre a maconha em livro; leia capítulo da Folha Online Muito mais que apenas apresentar os prós e contras acerca da maconha, o livro "A Maconha", da coleção "Folha Explica" da "Publifolha", procura entender os motivos pelos quais se ataca ou se defende um hábito disseminado pelo mundo inteiro. Divulgação Fernando Gabeira explica o que é a maconha em livro No livro, cujo primeiro capítulo pode ser lido abaixo, Fernando Gabeira discute também o papel social que a planta desempenhou na escravidão e seu uso em rituais religiosos na selva amazônica. Em linhas gerais, o livro responde às perguntas mais frequentes recolhidas por Gabeira nos debates que participou em torno da elaboração da política nacional de drogas. "As pessoas querem saber, por exemplo, se a maconha é uma escada para outras drogas, se provoca dependência física e psíquica, se causa perda de neurônios e da memória, e se tem poder medicinal", diz Gabeira. Pessoalmente, Gabeira defende a legalização da maconha e seu uso industrial mais amplo possível. "São 350 subprodutos derivados da canabis", diz. A atual política nacional de drogas não separa a maconha de outras drogas. Pela lei, o usuário não é preso, mas arca com penas alternativas e multas. Como o nome indica, a série "Folha Explica" ambiciona explicar os assuntos tratados e fazê-lo em um contexto brasileiro: cada livro oferece ao leitor condições não só para que fique bem informado, mas para que possa refletir sobre o tema, de uma perspectiva atual e consciente das circunstâncias do país. * Leia o primeiro capítulo de "Folha Explica - A Maconha": Dizer "maconha" é espalhar um rastro de discórdia. Há quem afirme que ela destrói o cérebro e conduz ao crime. Há quem, como o escritor Carl Sagan, a considere maravilhosa. Há os que duvidam, os que ignoram, os que pesquisam e chegam a resultados frontalmente antagônicos. Nos primeiros meses de 2000, cientistas da Califórnia chegaram à conclusão de que maconha dá câncer e cientistas ingleses concluíram que maconha cura câncer.1 Enterrada num velho túmulo chinês, em forma de sementes na tanga dos escravos negros ou de tecido no corpo de uma garota egípcia, a maconha aparece em toda parte, mas ainda assim não há acordo sobre ela. Há quem ache que surgiu há 8 mil anos; a revista espanhola Cañamo 2 garante que foi há 5 mil. Talvez não seja possível definir precisamente quando a maconha entrou na história da humanidade; mas pode-se acreditar que tenha surgido há muitos séculos, embora reconhecendo que em 3 mil anos de imprecisão fumam-se milhões de baseados. Em 525 d.C., as autoridades resolveram fazer grandes fogueiras públicas da maconha no Cairo. Em 1999, autoridades brasileiras queimaram toneladas de maconha diante das câmeras de TV. Isso dá idéia de como é antiga esta ambivalência diante de uma planta: uns querendo destruí-la, outros querendo cultivá-la. Do ponto de vista da maconha, a humanidade deve parecer muito louca. Se a Cannabis sativa fosse uma família, teria dois filhos. São irmãos de sangue, com a diferença de que num deles os exames detectam níveis mais altos de THC --o tetraidrocanabinol. O cânhamo, que entra na produção de 20 mil produtos importantes para a humanidade, tem um nível de THC inferior a 3%. A partir daí, entra em cena sua irmã, a maconha, que produz toneladas de bons e maus sonhos, com um teor de THC em torno de 6%. Na maioria dos países, a plantação de cânhamo e de maconha é igualmente proibida, um irmão pagando pelo outro, o cordeiro pelo lobo. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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