Usuário Growroom kanneh Postado July 10, 2008 Usuário Growroom Denunciar Share Postado July 10, 2008 *publicado no jornal O Globo, de 1/7/2008. O fenômeno representado pelas drogas ilícitas continua sendo aproveitado para esconder interesses geopolíticos, geoestratégicos, geoeconômicos. Por isso, convenções, assembléias especiais, relatórios e conclusões devem ser analisados com cautela. O Brasil, estranhamente e pela agência de drogas e crimes das Nações Unidas (Unodc), já foi, --para agradar o governo Lula--, considerado país de grande consumo de pílulas para emagrecimento e não de elevado uso abusivo de cocaína e de maconha. Por evidente, ninguém do escritório da Unodc freqüentou morros, esquinas, bares e discotecas dos nossos centros urbanos. Essa agência, nos relatórios, emprega fundamentalmente dados chapa-branca, ou seja, fornecidos pelos próprios estados-membros da ONU. O relatório que acaba de ser apresentado pela Unodc refere-se ao arco entre 2001 e 2004. Uma radiografia antiga, mal tirada e generosa. Por ele, o consumo de maconha cresceu em 160%, a representar 3 milhões de usuários. Os usuários de cocaína chagariam a 870 mil, com aumento de 75%. No Brasil, como em outras partes do mundo, muitos usam a maconha para fins terapêuticos, medicinais. O relatório da agência Unodc, no entanto, coloca todos os brasileiros no mesmo barco, ou seja, não distingue o uso medicinal do lúdico. Para essa agência, norteada pela linha proibicionista presente na Convenção de Nova York de 1961, ainda em plena vigência, são todos igualmente transgressores. Nesse relatório, a Unodc, que vive a reboque da Casa Branca e apóia a política militarista norte-americana da “war on drugs” (guerra às drogas), preferiu, de modo a acompanhar a geopolítica ditada no governo Bush, dar destaque ao Afeganistão e à Colômbia. De forma subliminar, no relatório, interessa passar a idéia de que na Colômbia, com o aumento do plantio da coca, a “guerra” deve continuar. Lógico, com Uribe e apesar do retumbante fracasso do Plan Colômbia. No Afeganistão, maior produtor de ópio-bruto, convinha envolver os talebans (fundamentalistas fanáticos que matam usuários de álcool e drogas) com o tráfico e esquecer que são os “senhores das guerras”, chefes tribais, que cultivam a papoula, extraem e traficam o ópio. Não restou realçado no relatório o principal dos problemas: o mercado das drogas proibidas movimenta cerca de US$400 bilhões, que circula pelos sistemas financeiro e bancário internacionais. E a Convenção de Viena de 1988 alertou a respeito. No Brasil e neste 2006, o consumo de drogas continua a crescer. As drogas sintéticas, feitas em fundo-de-quintal e poluídas, são ingeridas com as denominadas bebidas energéticas. Elas caíram no agrado dos jovens nas chamadas “baladas”, onde a “bala” (nome dada à sintética) é comercializada intensamente. No particular, o governo Lula não promove nenhuma campanha esclarecedora em mídia nacional. O certo é que o Brasil tornou-se, desde o final dos anos 80, país de elevado consumo de cocaína, como todos os outros países de trânsito. Isto porque as despesas com transporte e circulação, no território nacional, são pagas com a própria droga e não com dinheiro. Quanto à maconha, o consumo sempre foi elevado por aqui e o nordestino Polígono da Maconha sofreu a concorrência da maconha paraguaia, plantada com sementes transgênicas, a ensejar safras permanentes. Não precisa ser especialista no exame do fenômeno das drogas para se saber que o Marrocos, maior produtor mundial de maconha e haxixe, tem uma economia dependente da droga. Essa situação mostra a existência de estados com economia dependente, além dos narcoestados e de países cúmplices. A Unodc, como se verificou no Chapare boliviano e no Afeganistão ao tempo do governo dos talebans, não conseguiu mínimos resultados em projetos de cultivos substitutivos ou de implantação de tecelagens (caso do Afeganistão), para mudar o eixo e a dependência econômica. Para diferentes especialistas, as áreas de plantio de coca, analisadas imagens por satélite da região andina, continuam com a mesma extensão há dez anos, ao contrário do que concluiu a Unodc. Não ocorreram aumentos, mas migrações para fugir às erradicações manuais e ao derrame de herbicidas. A política brasileira para contrastar o fenômeno das drogas, apresentada no apagar das luzes do governo FHC, é cópia carbonada da norte-america, de péssimos resultados. No governo Lula, prometeu-se tudo mudar, mas continua tudo igual. Wálter Fanganiello Maierovitch. Fonte: IBGF - Instituto Brasileiro Giovanni Falcone http://www.ibgf.org.br/index.php?data[id_secao]=2&data[id_materia]=1686 Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Usuário Growroom Bekaa Postado July 12, 2008 Usuário Growroom Denunciar Share Postado July 12, 2008 Jura que isso foi publicado no O Globo??? que estranho... Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Usuário Growroom steampipe Postado July 12, 2008 Usuário Growroom Denunciar Share Postado July 12, 2008 bela reportagem queria ver ela no proprio globo e eh essa a verdade mesmo ... 1930 e poucos, nego proibiu, de la pra ca, traçaram uma guerra contra as drogas, muitas pessoas foram presas, muitas pessoas morreram, e o consumo/venda nao diminuiu, pelo contrario ... imagina, o brasil, com a ideologia holandesa? olha qt terra fertil, inutilizada existe? seriamos o maior produtor, da melhor maconha do mundo ... qm sabe os netos dos meus netos ... ps: espero q o brasil um dia tenha ideologia de liberdade, q a alemanha teve, na epoca da derrubada do muro de Berlim, o governo completamente contra, varios confrontos contra o povo, quase expludiu uma guerra civil, mas todos continuaram indo as ruas, reinvindicando seus direitos! VAMOS AS RUAS Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Usuário Growroom pernola Postado July 12, 2008 Usuário Growroom Denunciar Share Postado July 12, 2008 Quanto à maconha, o consumo sempre foi elevado por aqui e o nordestino Polígono da Maconha sofreu a concorrência da maconha paraguaia, plantada com sementes transgênicas, a ensejar safras permanentes. meio viagem achar que a maconha paraguaia é transgênica, hein? Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Usuário Growroom cricket Postado July 12, 2008 Usuário Growroom Denunciar Share Postado July 12, 2008 Maierovitch escreve para revista"carta capital". Manja muito e defende a descriminalização do uso de drogas, sobretudo da maconha. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Usuário Growroom Sinistro Postado July 12, 2008 Usuário Growroom Denunciar Share Postado July 12, 2008 Bacanas ,tava vendo no blog do growroom que a safra de manconha nos EUA é a maior no país em 2 é o milho, quando acabar o petróleo eles liberam a noosa querida Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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