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Fluoxetina Não Funciona


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  • Usuário Growroom

Estudo mostra que Prozac não funciona

Roelf Cruz Rizzolo Sábado - 05/04/2008 - 03h01

Roelf Cruz Rizzolo é professor de Anatomia Humana da Unesp, câmpus de Araçatuba, e passa a escrever neste espaço quinzenalmente.

De acordo com um estudo publicado em fevereiro deste ano, o Prozac, nome comercial da substância química Fluoxetina, o mais vendido entre os antidepressivos e utilizado por mais de 40 milhões de pessoas no mundo inteiro, simplesmente não funciona, assim como outras drogas similares.

O estudo analisou vários resultados clínicos anteriores, submetidos à norte-americana FDA (Food and Drug Administration), a agência responsável pela autorização de uso de novas drogas nos Estados Unidos. Cada um desses estudos isoladamente fornece algum tipo de informação sobre a efetividade da droga, mas quando são analisados estatisticamente todos os trabalhos em conjunto (meta-análise), aparecem dados mais precisos. Neste caso, foram incluídos tanto os estudos publicados em revistas científicas, como testes clínicos de posse da FDA, mas não publicados (por que não foram publicados é assunto para outro artigo!).

Entre outras formas de diagnóstico, médicos (psiquiatras) avaliam o grau de depressão clínica de um paciente (doença que não deve ser confundida com a tristeza normal que todos sentimos quando algo de ruim acontece) através de questionários específicos. O mais utilizado é a "escala de avaliação para depressão de Hamilton", ou HRSD. Constando de 17 a 21 itens, o HRSD oferece um resultado final numérico que diagnostica se a depressão é leve, moderada ou severa. Pacientes com depressão leve são geralmente tratados com psicoterapia. Já em casos de depressão severa, acima de 28 pontos na escala HRSD, as técnicas psicoterápicas costumam ser combinadas com a utilização de medicamentos específicos, como Prozac e outros.

Os cientistas já tinham concluído que qualquer droga antidepressiva, para ser considerada efetiva, deveria ser superior ao placebo por pelo menos três pontos na escala HRSD. Ou seja, comparando os questionários preenchidos antes e depois do tratamento entre pacientes que ingeriram placebo e aqueles que ingeriram a droga, o valor do HRSD deveria ser três pontos menor em este último grupo. Menos de três pontos de diferença significa que a melhora não se deu por causa da droga e sim por outros motivos, sejam psicológicos ou de outra índole.

O que os autores do presente estudo observaram é que a diferença ficou em média em 1,8 pontos, bem abaixo dos três exigidos. Apenas em casos de depressão muito grave (acima de 28 pontos na escala HRSD) foi possível observar uma diferença maior a favor dos antidepressivos. Mas essa melhora se deu fundamentalmente pelo fato de que, em casos de depressão severa, o efeito placebo deixa de funcionar já que, aparentemente, o paciente não se convence mais que a droga vai surtir algum efeito. Assim, a diferença aumenta não porque o antidepressivo seja mais efetivo, e sim porque o efeito placebo diminui.

A Fluoxetina e antidepressivos análogos compõem uma família de medicamentos denominada "inibidores seletivos da recaptura de serotonina". A serotonina é uma substância química produzida pelas células cerebrais e implicada na mediação de estados de prazer. Ela é liberada pelos neurônios (as células do cérebro) em áreas cerebrais específicas, e depois de alguns segundos é recapturada para ser posteriormente reutilizada. Na teoria, o Prozac e similares retardariam essa recaptura (daí o nome dessa família de medicamentos), de forma que a serotonina permaneceria por mais tempo produzindo seus efeitos.

Essa fundamentação teórica correta, somada a milhões de dólares em marketing, convenceu boa parte da comunidade médica das vantagens de receitar esses antidepressivos. Mas sempre que os estudos clínicos de eficácia foram realizados de forma correta, existiam poucos indícios que eles funcionassem de fato.

O resultado do presente estudo não apenas pode deixar ainda mais preocupado quem usa e prescreve esses medicamentos. Serve também como mais um alerta sobre a problemática relação entre a indústria farmacêutica e a ciência. Mas, como disse antes, esse é assunto para outro artigo.

http://www.folhadaregiao.com.br/noticia?88525

Enquanto isso o FDA e o governo americano insistem em falar que a maconha, apesar da comunidade cientifica internacional mostrando cada vez mais que é um remédio seguro, é pior que cocaina.

A maconha hoje em dia é muito mais estudada que a maioria dos medicamentos disponiveis na prateleira, com poder fraquissimo de vicio... principalmente comparado aos calmantes, vastamente usados aleatoriamente na psiquiatria....

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