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Maconheiro Velho


CanhamoMAN

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  • Usuário Growroom

Maconheiro Velho

Drauzio Varella

FonteGazeta

29-julho-09

Todo maconheiro velho reclama da qualidade da maconha atual. Perto da maconha daquele tempo, dizem, a de agora é uma palha sem graça.

A observação é paradoxal, porque a maconha de hoje tem concentrações muito mais altas de THC, o componente psicoativo da planta, do que as contidas nos baseados de 20 anos atrás.

A queixa procede, no entanto. O THC inalado, ao chegar ao cérebro, libera quantidades suprafisiológicas de neurotransmissores - como a dopamina - associados às sensações de prazer e de recompensa. Como tentativa de adaptação à agressão química representada pela repetição do estímulo, os circuitos de neurônios envolvidos na resposta, sobrecarregados, perdem gradativamente a sensibilidade à droga, produzindo concentrações cada vez mais baixas dos referidos neurotransmissores. Nessa fase, a nostalgia toma conta do espírito do usuário.

É por causa desse mecanismo de tolerância ou dessensibilização que o prazer induzido não apenas pelo THC, mas por qualquer droga psicoativa diminui de intensidade com a administração prolongada. Se é assim, por que o usuário crônico insiste na busca de uma recompensa que não mais encontrará? Por que fraqueja depois de ter jurado parar? Por que alguém cheira cocaína mesmo quando vive o terror das alucinações persecutórias toda vez que o faz?

A resposta está nos circuitos de neurônios responsáveis pela motivação, memória e aprendizado.

Estudos recentes mostram que a memória e o processo de aprendizado, bem como a exposição do cérebro a drogas psicoativas, modificam a arquitetura das sinapses (o espaço existente entre dois neurônios através do qual o estímulo é modulado ao passar), dando início a uma cadeia de eventos moleculares capazes de alterar o comportamento individual por muito tempo.

Esse mecanismo comum permite entender por que a "fissura" associada à abstinência costuma ser disparada por memórias ligadas ao consumo da droga. Conscientemente, o usuário pode decidir tomar outra dose ao recordar a euforia ou a felicidade sentida anteriormente. Outros estímulos podem causar efeito semelhante: a visão do cachimbo de crack, o tilintar do gelo no copo, o esconderijo para fumar maconha. Mas existem lembranças mais abstratas (um cheiro, uma música, um fato, uma luminosidade) que podem induzir à procura da droga mesmo na ausência de percepção consciente.

Não faz sentido falar generalizadamente em "efeito das drogas", visto que cada uma age segundo mecanismos farmacológicos específicos. Mas, se existe um efeito comum a todas elas, é a estimulação dos circuitos cerebrais de recompensa mediada pela liberação de dopamina, através da interação da droga com receptores localizados na superfície dos neurônios.

Está fartamente documentado que o bombardeio incessante desses neurônios reduz progressivamente o número de receptores que respondem à dopamina. À medida que o cérebro fica menos sensível à dopamina, o usuário começa a perder a sensibilidade às alegrias cotidianas: namorar, assistir a um filme, ler um livro. O único estímulo ainda suficientemente intenso para ativar-lhe os circuitos da motivação e do prazer é o impacto da droga nos neurônios.

Essa inversão de prioridades motivacionais torna seus atos incompreensíveis. Não é verdade que o adolescente rouba o salário da mãe para comprar crack porque não tem amor por ela; ele o faz simplesmente porque gosta mais do crack.

A maioria dos ex-usuários que se libertaram da dependência de uma droga se queixa de que é preciso lutar pelo resto da vida contra a tentação de recair. Não conhecemos com exatidão os passos pelos quais as drogas psicoativas induzem alterações permanentes no cérebro. Mas os especialistas suspeitam que a resposta esteja nas distorções que elas provocam na estrutura das sinapses.

Nos últimos anos, foi demonstrado que, durante o processo de memorização, surgem novas ramificações nos neurônios. E que esses novos prolongamentos vão estabelecer sinapses duradouras com neurônios da vizinhança, aumentando a complexidade e a versatilidade da circuitaria nas áreas do cérebro que coordenam a memória.

Quando sensibilizamos camundongos à cocaína, ocorre fenômeno semelhante: surgem novas ramificações e novas sinapses, mas nos neurônios situados nas áreas que controlam os sistemas de recompensa e de tomada de decisões.

Os circuitos envolvidos no aprendizado e na memória estão sendo vasculhados pelos que estudam a neurobiologia da adição. A partir deles, talvez possamos entender por que alguns experimentam drogas para viver uma experiência agradável e não se tornam dependentes, enquanto outros transformam seu uso em compulsão destruidora.

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  • Usuário Growroom

Não acredito que a maconha de hoje comprada em boca seja mais forte que as ramas soltas da década de 60 e 70.

O texto em si já é escrito em tom preconceituoso "maconheiro velho". Essas masturbação cientificista de reações químicas não explicam porque uma pessoa se torna dependente, é uma questão psicológica muito mais complexa que deriva também para espiritualidade, mas médicos reconhecerem isso, hahaha.

É foda ver pseudo-autoridades empurrarem verdades acabadas preconcebidas, "é isso e acabou seus ignorantes aceitem somos cientistas".

A forma como foi reduzida a relação humano e maconha foi triste. O tom generalizante escarnecedor, típica arrogância daqueles que se veem como uma classe superior.

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  • Usuário Growroom

Pera ai, você pode chamar ele de um monte de coisa agora preconceituoso não rola!!

Esqueceu que ele passou altos anos no carandiru... ??

Assiste uns documentarios de lá, especialmente de um bicho de Recife que trabalhou no Amarelo Manga

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  • Usuário Growroom

A maconha de hj em dia que realmente é melhor que os soltos das antigas são as genéticas refinadas de breders como Soma, Serious, Mr. Nice etc...

esses prensados tosqueira que vende em boca de fumo tá anos luz disso...

:Maria:

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  • Usuário Growroom

Achei o texto muito bem escrito e fundamentado.

O título faz alusão a uma pessoa que fuma maconha há muito tempo, ou seja, um maconheiro velho.

Nós jovens, não sabemos os efeitos no longo prazo.

Se tiver alguém com mais de 45 anos e consumo frequente de cannabis favor deixar sua opinião. rsrs

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  • Usuário Growroom

Na moral ele é um velho preconceituoso que usa o status de médico pra demonizar a erva... mesmo que ele acredite fielmente no que esta dizendo... ele tah falando besteira, prensado é 100% diferente de skunk (ou qualquer variedade dela) !

Prensado não tem 1% das substâncias que a erva (verdadeira) possui!

pra mim ele é mais um manupulador da globo :P

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  • Usuário Growroom

Eu estou chegando nos 40 e fumo desde os 15, na minha sincera opinião ele generalizou. Eu só parei de fumar TOTALMENTE prensado há um ano e digo que se ele se baseou na qualidade deles para afirmar tudo isso está enganado e enganando.

Existem vários fatores que devem ser considerados na qualidade dos prensados como procedência, tempo e condições de armazenamento além das condições fisicas e psicológicas e regularidade do maconheiro em questão.

O Drauzio é o padre Quevedo das drogas. Maconheiro saudável? Isso Non Ecziste!

Para mim o Drauzio e o Içami Tiba já tiveram muito tempo de exposição na midia a ponto da palavra deles ser aceita sem questionamentos. A eles meu mais sincero: YOU FAIL BIG TIME

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  • Usuário Growroom

No texto ele equipara o funcionamento do principio ativo da maconha ao funcionamento da cocaína e do crack!!! Essa vala comum está sendo abolida no mundo todo.

A maconha ofereceu intrumentos para formação de diversas religiões, impulsionou movimentos artísticos, é muito mais que uso e recompensa que se testa em ratos.

"Esconderijo pra fumar maconha" KKKKKKKK. Da onde esse cara tirou essa? Então minha casa toda é um grande esconderijo. :ph34r:

Medicuzinho de televisão.

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  • Usuário Growroom

O Drauzio faz um trabalho ótimo de informação, isso quando ele tem experiência no assunto, nesse caso, está claro que ele escreveu o texto baseado na teoria e não na prática.

2 Erros graves...

O primeiro erro foi escrever esse texto no Brasil, já que essa maconha com níveis mais altos de THC, no Brasil, só uma minoria tem acesso, na sua maioria os "maconheiros velhos" têm razão. Eu me considero maconheiro velho, + de 15 anos de fumo.

A maconha de hoje, que a maioria fuma, é muito ruim mesmo, salvo algumas exceções, em certas época.

Outro erro foi comparar dependência e tolerância da maconha com a cocaína e o crack, fala sério...

O Careca não é um médico ruim, mas deu mole nesse texto, provavelmente deve ser um texto chupado de algum autor gringo proibicionista...

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  • Usuário Growroom

Manga Rosa

Sativa forte pra cassete, claro que há mais fortes, mas essa daí espancava.

A diferença da onda em relação a uma planta que tem 8% ou 24% de thc, não é proporcional, isto é, não é 3X mais potente.

Existe ainda o CBD e o CBN. MAs o Dráuzio nem sabe que eles existem...

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  • Usuário Growroom

Na minha opinião o Drausio é um idiota que só quer aparecer... num é médico, é artista, formador de opinião, e consegue muito bem manipular mentes pequenas.

O carinha que disse que os cientistas somos nós está certo !!! Maconha é uma planta mística, poderosa, e só há um jeito de decifra-la que é fumando...

Num dá pra generalizar e criar um dogma em cima dela como andam tentando fazer por aí.

Teve uma época que eu fumava uns 10 baseados por dia e isso foi durante muitos anos, e num teve uma única vez sequer que eu não tenha chapado de acordo ( mesmo fumando só prensado na época).

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