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Chile Pode Descriminalizar Consumo Coletivo De Maconha Em Locais Privados


classicalgas

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  • Usuário Growroom

Santiago do Chile, 27 ago (EFE).- O Governo chileno avalia a possibilidade de descriminalizar o consumo coletivo de maconha em espaços privados, informaram hoje fontes oficiais.

"Estamos estudando fazer uma proposta para que o consumo privado não seja considerado como uma infração, que o particular não tenha a ver com a justiça", disse hoje a diretora do Conselho Nacional para o Controle de Entorpecentes chileno (Conace, na sigla em espanhol), María Teresa Chadwick.

"Com esta iniciativa, a descriminalização cai no consumo e não nas drogas, já que estas continuam sendo ilegais", destacou Chadwick em declarações à edição eletrônica do jornal "La Tercera".

No Chile, a lei de drogas não pune o consumo privado de maconha e, desde 2005, considera que as pessoas que usam entorpecentes nestes espaços cometem uma infração e não um crime, mas sempre que o façam individualmente.

Na terça-feira, a Justiça argentina descriminalizou o consumo parcial de drogas e declarou como inconstitucional punir um adulto por consumi-la se não põe terceiros em risco.

"É bom que os países modifiquem suas legislações para que os consumidores não venham para as prisões, já que é preciso separar o consumo do tráfico", afirmou a diretora do Conace.

O Estudo Nacional de Drogas na População, que o Conace faz a cada dois anos, revelou uma alta em quatro pontos percentuais na oferta de maconha no Chile entre 2006 e 2008, somando 25%, ou seja, um em cada quatro jovens chilenos já recebeu ofertas para consumir a droga.

No Chile, por causa da legislação, se alguém é surpreendido portando ou consumindo maconha em um local público, habitualmente a Polícia o acusa de tráfico de drogas, sem importar a quantidade da substância ilícita apreendida.

Os juízes, frente a pequenas quantidades de droga, costumam considerar o ocorrido como uma infração e não um delito. O infrator é punido com o pagamento de uma multa, mas às vezes as reviravoltas da Justiça complicam a vida dos julgados por um longo tempo.

É o caso do árbitro peruano de futebol Georges Buckley, que na terça-feira passada deveria ter apitado em Santiago o jogo entre Unión Española (CHI) e La Equidad (COL) pela Copa Sul-Americana e não pôde fazê-lo porque foi detido no aeroporto.

Buckley tinha uma ordem de detenção contra si pendente em um tribunal de Santiago desde 1997, quando estudava Engenharia Comercial no Chile e foi surpreendido com um cigarro de maconha em um show de rock.

Embora a infração tenha sido considerada leve, o fato nunca desapareceu dos arquivos e fez Buckley passar por maus bocados. Apesar de seu comparecimento à Justiça chilena ter durado apenas cinco minutos, ele não conseguiu apitar o jogo. EFE

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  • Usuário Growroom

O negócio é tendencia mundial. O bush segurou o quanto pode nos últimos 8 anos, mas agora é como soltar o freio de mão.

As pessoas já estavam maduras para começar o debate no início do milenio. Agora parecem que elas estão exigindo.

Só para constar, eu fui para o Chile em 97. O povo chileno, para mim, se mostrou altamente conservador. Agora tá ai. Com uma presidente progressista e que, pelo menos aparentemente, voltada para o bem estar de seu povo.

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  • Usuário Growroom

Que bom! Parece que, de repente, todos estão mais conscientes. Muito legal. O negócio é colocar o assunto na mídia. Estou em contato com algumas repórteres amigas e estou convencendo-as a escrever sobre a legalização, com ênfase nas milhares de pessoas que plantam em casa hoje no Brasil. É uma assunto super interessante. Claro, tô indicando o Growroom como referência!

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  • Usuário Growroom

O que eu acho engraçado é que eles sempre discriminalizam o usuário, mas a venda continua proibida, logo não resolve o problema do tráfico.

Eu acho ótimo, desde que liberem o cultivo pra uso próprio. Mas o engraçado é que eu sempre achei que esse afroxamento nas leis viria pensando no problema da violência do tráfico, mas está vindo pensando no tratamento correto do usuário.

É isso aí galera, ta acontecendo por todo o lado! Não tem mais volta não! Daqui a pouco poderemos realizar uma Growroom Cannabis Cup! :)===~

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  • Usuário Growroom

Eu concordo com o classicalgas. Eu acho que caso a descriminalização venha a acontecer nestes termos, eu continuaria a ter cuidado redobrado. Afinal, uma lei elaborada de forma não cuidadosa provê brechas. O problema, neste caso, é que as brechas (não-abrangências, podemos dizer assim) podem trabalhar muito mais para a lei nos ferrar do que nos ajudar. A interpretação é onde reside o perigo.

Sempre votei que é um passo de cada vez. Por mim, descriminalize logo, de qualquer jeito, mal-feito ou não. Mas...

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  • Usuário Growroom

Também acho, mesmo legalizando geral eu tomaria cuidado, o preconceito não vai embora junto com a proibição. Mas independente do tipo de mudança que seja feita, o que importa é que seja para o caminho certo, aos poucos vai entrando na cabeça do povo e as coisas vão melhorando.

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