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A Droga Do Combate Às Drogas


Seamus67

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  • Usuário Growroom

A droga do combate às drogas

27 de julho de 2010 | 0h 00

Parece um terreno de areia movediça. Nele é cada vez maior o número de pessoas que se afundam e não conseguem voltar à superfície, movidas pelo transtorno, pelo engano de preferir, muito mais, a droga à própria vida. Isso acontece em nosso país de forma crescente e até o momento não emergiu um plano eficaz do Estado brasileiro que tenha a ventura de proteger a sociedade e livrar do sofrimento as famílias atingidas pelo desastre das drogas.

Parece incrível, décadas atrás o Brasil foi capaz de idealizar um programa de combate à aids, revestido de êxito, mas até agora, apesar do agravamento, nada que mereça respeito foi feito para enfrentar o tráfico de drogas e sua distribuição às pessoas. Vê-se que, recentemente, emergiu até mesmo um plano nacional envolvendo o lixo, algo absolutamente necessário, mas que serve para demonstrar a falta de coragem para agir da mesma forma em relação às drogas.

Dias atrás, o candidato José Serra mencionou publicamente que lhe parece assustador não termos um plano verdadeiro de combate às drogas, porém, por estar envolvido na disputa eleitoral, suas palavras foram tomadas como uma forma de agredir e diminuir seus competidores. Talvez por isso não repercutiram como mereciam.

Em verdade, o que ele disse é a expressão de uma infeliz realidade. Há pelo menos 70 anos entram no Brasil, produzidas no Paraguai, na Bolívia e na Colômbia, toneladas de maconha, cocaína e crack, sem que até o momento tenha sido idealizado um programa capaz de enfrentar esse câncer social, que antes corrompia os adultos, depois os jovens e agora alcança nossas crianças.

Nesse quadro sombrio, é de assustar a conduta de nosso presidente da República, que vive alisando e passando a mão na cabeça do presidente da Bolívia, um confesso produtor de coca, da qual é elaborada a cocaína vendida no Brasil e que degrada o tecido social, corrompendo a vontade de milhares de pessoas.

A importância econômica do Brasil e o destaque alcançado no continente permitiriam que o governo brasileiro se empenhasse num trabalho diplomático de eficácia junto aos países vizinhos para que houvesse um refreamento na produção de drogas. Especialistas dizem que de nada adianta combater internamente a ação dos traficantes se nos territórios próximos à nossa fronteira a droga continua a ser produzida e a entrar impunemente.

Quem milita na área do Direito bem sabe que na raiz de mais da metade dos delitos cometidos no País está a droga. O adolescente que pratica assalto nos cruzamentos das grandes cidades está desesperado à busca de dinheiro não para jantar com a namorada ou comprar uma roupa, mas para pagar ao traficante, porque, se não pagar com dinheiro, pagará com a própria vida.

A ética no trágico mundo das drogas envolve a confiança de fornecer, fornecer, fornecer e cobrar só depois. Fornecer, todos sabemos, significa criar a dependência química, aquela pela qual o organismo exige o produto acima de qualquer outra coisa. Esse inferno é proclamado publicamente a toda hora, mas a condenação não tem sido suficiente para afastar o aliciamento de novos viciados.

Desnecessário repetir que o prazer fugaz e enganoso proporcionado pela droga destrói vidas, destroça famílias e necrosa gradativa e crescentemente o tecido social. É incrível que isso continue a acontecer tendo como aliados o silêncio cúmplice e a indiferença de governantes, os quais, por sorte, não são eternos.

O pior é que nesse quadro sombrio e desanimador surgem a toda hora, lamentavelmente, como estímulos à disseminação das drogas, vozes bastante lúgubres, anunciando, por exemplo, que a maconha não é danosa ao organismo humano. São afirmações que servem apenas para exprimir a inteligência dos que as produzem.

Cientistas britânicos comprovaram cientificamente que o uso de maconha conduz a uma psicose de cura dificílima. Essas pesquisas demonstraram que entre dez pessoas, sendo três delas viciadas em maconha, a maneira de ver a vida é diversa: os sete não-usuários veem-na de uma forma e os três viciados de forma completamente diferente. É como se esses três viciados fossem seres fora do ninho, desajustados diante do mundo em que vivem. Permissíveis ao extremo, passam a aceitar qualquer degradação moral com naturalidade e vão afundando na areia movediça, primeiros os pés, depois as pernas, o corpo e finalmente a propriamente vida.

A maconha talvez seja a mais danosa de todas as drogas, porque representa o início do plano inclinado na vida dos que a experimentam. Esforços isolados são feitos pela iniciativa privada, por universidades e associações de classe, todas voltadas para a tentativa de recuperação dos viciados. Na Faculdade de Medicina federal de São Paulo esses esforços chegam a resultados excepcionalmente animadores, assim como a campanha desenvolvida pelo Centro de Integração Empresa-Escola, também de São Paulo, voltada para a conscientização dos jovens.

Tudo isso é necessário e merece estímulo, mas, sem nenhuma dúvida, falta uma ação programada de governo, um plano, enfim, que alimente a luta contra a produção de drogas. Sem a presença das drogas a criminalidade crescente, que deixa as famílias presas em casa, poderá gradativamente arrefecer, criando um clima de esperança em cada um de nós.

Cada vez que vejo, nos jornais e na televisão, a escalada criminosa decorrente das drogas, fico pensando: meu Deus, será que só eu estou enxergando isso? É claro que não, há uma infinidade de pessoas preocupadas e prontas para agir em conjunto, mas falta a ação programada que somente um governo de caráter terá o poder de desencadear.

Enquanto isso não vem, é necessário que cada um de nós, que nos sentimos humilhados e diminuídos por essa degradação, junte esforços para cobrar, para exigir mais atenção e mais coragem.

ADVOGADO, É DESEMBARGADOR APOSENTADO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO. E-MAIL: ALOISIO.PARANA@GMAIL.COM

O Estado de SP

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100727/not_imp586512,0.php

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  • Usuário Growroom

Caralho, quanta merda heim!!!!

Mandei um e-mail pro estadão pedindo que ouçam outra parte favorável a causa, pois o texto publicado hj é cheio de falhas e julgamentos morais sem comprovação.

Pedi pra tentarem falar com o Cinco ou com o pessoal do Growroom pra publicarem um outro ponto de vista sobre o mesmo tema, vamos ver se fazer algo.

Vai galera, vamos entupir o e-mail do estadão pedindo direito de resposta

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  • Usuário Growroom

Essas pesquisas demonstraram que entre dez pessoas, sendo três delas viciadas em maconha, a maneira de ver a vida é diversa: os sete não-usuários veem-na de uma forma e os três viciados de forma completamente diferente. É como se esses três viciados fossem seres fora do ninho, desajustados diante do mundo em que vivem. Permissíveis ao extremo, passam a aceitar qualquer degradação moral com naturalidade e vão afundando na areia movediça, primeiros os pés, depois as pernas, o corpo e finalmente a propriamente vida.

ADVOGADO, É DESEMBARGADOR APOSENTADO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO. E-MAIL: ALOISIO.PARANA@GMAIL.COM

O Estado de SP

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100727/not_imp586512,0.php

Esse é o problema!!! Eu não vejo a vida do mesmo jeito que você! :happydance:

Os sete caretas da pesquisa podem estar errados :segredinho: Você pode explicar porque eles estão certos? O certo é ficar no seu ninho? Me sentir desajustado nessa porcaria de sociedade é errado?

Sobriedade não é um valor MORAL pra mim! Embriagar-me faz parte da minha existência! ;)

Azar o seu se vc não gosta! Depois de décadas de proibicionismo seu nada mudou, quem quer se drogar se droga! Não vai mudar nunca!

Vai cuidar da tua vida que você ganha mais Aloisio!!!

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  • Usuário Growroom

A real é que esses proibicionistas estão todos ouriçados e assustados porque nossa luta está cada vez mais forte !

Primeiro passo : libera o auto-cultivo (vamos quebrar oparaguay),

Segundo passo: redução de danos, tratamento p/ dependentes químicos usando A MACONHAAAAAAAAAAA !

Falou da unifesp,mas não citou a pesquisa do Dr. Dartiu Xavier onde 68% dos viciados se reabilitaram com esse tratamento.

Quanta hipocrisia,enquanto isso, gente matando e morrendo !´

:roll-up::roll-up::roll-up::roll-up::roll-up::roll-up::roll-up::roll-up:

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Esse é o problema!!! Eu não vejo a vida do mesmo jeito que você! :happydance:

Os sete caretas da pesquisa podem estar errados :segredinho: Você pode explicar porque eles estão certos? O certo é ficar no seu ninho? Me sentir desajustado nessa porcaria de sociedade é errado?

Sobriedade não é um valor MORAL pra mim! Embriagar-me faz parte da minha existência! ;)

Azar o seu se vc não gosta! Depois de décadas de proibicionismo seu nada mudou, quem quer se drogar se droga! Não vai mudar nunca!

Vai cuidar da tua vida que você ganha mais Aloisio!!!

É por aí mesmo, a resposta é mais ou menos essa mesmo, devíamos mandar um email pra esse desembargador expondo mais ou menos isso que, temos que dabater com os que são contrários, que são proibicionistas, conservadores, temos que ampliar oalcance do debate. Podíamos até quem sabe nos organizar só pra encher o saco desses proibicionóides como esses, quem sabe chamá-lo pra um debate...

abraços aí pra geral

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  • Usuário Growroom

Esse cara deve estar se referindo aos perdidos por natureza, perdidos por depressao ou similar... sao os mesmos que tambem se acabam na bebida alcoolica, nas agreçoes domésticas, no abuso de remédios controlados...

Talvez esse povo perdido esteja assim por nao poder dar uma tragada e dar alguns passos necessários rumo a seus objetivos.

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  • Consultores Jurídicos GR
Parece um terreno de areia movediça. Nele é cada vez maior o número de pessoas que se afundam e não conseguem voltar à superfície, 1- movidas pelo transtorno, pelo engano de preferir, muito mais, a droga à própria vida. 2- Isso acontece em nosso país de forma crescente e até o momento não emergiu um plano eficaz do Estado brasileiro que tenha a ventura de proteger a sociedade e livrar do sofrimento as famílias atingidas pelo desastre das drogas.
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  • Usuário Growroom

Caro ex-Des. Aloisio Paraná,

Gostaria de compreender melhor a argumentação do Sr. quando afirma: "Cientistas britânicos comprovaram cientificamente que o uso de maconha conduz a uma psicose de cura dificílima. Essas pesquisas demonstraram que entre dez pessoas, sendo três delas viciadas em maconha, a maneira de ver a vida é diversa: os sete não-usuários veem-na de uma forma e os três viciados de forma completamente diferente. É como se esses três viciados fossem seres fora do ninho, desajustados diante do mundo em que vivem. Permissíveis ao extremo, passam a aceitar qualquer degradação moral com naturalidade e vão afundando na areia movediça, primeiros os pés, depois as pernas, o corpo e finalmente a propriamente vida. A maconha talvez seja a mais danosa de todas as drogas, porque representa o início do plano inclinado na vida dos que a experimentam. Esforços isolados são feitos pela iniciativa privada, por universidades e associações de classe, todas voltadas para a tentativa de recuperação dos viciados."

Quais são as fontes usadas? O Sr. poderia me informar o nome dos autores e dos livros citados? Alguma informação adicional sobre este assunto? Estou estudando sobre o tema para minha dissertação de mestrado na PUC-SP.

Obrigado,

(email enviado, aguardando resposta)

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