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Ciência E Fraude No Debate Da Maconha


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  • Usuário Growroom

artigos e debates da Folha de SP, jornal impresso de grande circulação em SP e no BR. (somente para assintantes UOL e Folha)

30/07

Ciência e fraude no debate da maconha

SIDARTA RIBEIRO, JOÃO R. L. MENEZES, JULIANA PIMENTA e STEVENS K. REHEN

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Causa-nos estranheza que psiquiatras venham a público negar o potencial terapêutico da maconha, medicamento fitoterápico de baixo custo

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O artigo contra o uso medicinal da maconha de Ronaldo Laranjeira e Ana C. P. Marques ("Maconha, o dom de iludir", "Tendências/Debates", 22/7) contém inverdades que exigem um esclarecimento.

A fim de desqualificar a proposta de criação de uma agência brasileira para pesquisar e regulamentar os usos medicinais da maconha, os autores citam de modo capcioso o livro "Cannabis Policy: Beyond the Stalemate".

Exatamente ao contrário do que o artigo afirma, o livro provém de um relatório com recomendações claramente favoráveis à legalização regulamentada da maconha.

Conclui o livro: "A dimensão dos danos entre os usuários de maconha é modesta comparada com os danos causados por outras substâncias psicoativas, tanto legais quanto ilegais, a saber, álcool, tabaco, anfetaminas, cocaína e heroína (...) O padrão generalizado de consumo da maconha indica que muitas pessoas obtêm prazer e benefícios terapêuticos de seu uso (...)

O que é proibido não pode ser regulamentado. Há vantagens para governos que se deslocam em direção a um regime de disponibilidade sob controle rigoroso, utilizando mecanismos para regular um mercado legal, como a tributação, controles de disponibilidade, idade mínima legal para o uso e compra, rotulagem e limites de potência. Outra alternativa (...) é permitir apenas a produção em pequena escala para uso próprio" (http://www.beckleyfoundation.org/policy/cannabis-commission.html).

Qualquer substância pode ser usada ou abusada, dependendo da dose e do modo como é utilizada.

A política do Ministério da Saúde para usuários de drogas tem como estratégia a redução de danos, que não exige a abstinência como condição ou meta para o tratamento, e em alguns casos preconiza o uso de drogas mais leves para substituir as mais pesadas.

O uso da maconha é extremamente eficiente nessas situações. A maconha foi selecionada ao longo de milênios por suas propriedades terapêuticas, e seu uso medicinal avança nos EUA, Canadá e em outros países.

Dezenas de artigos científicos atestam a eficácia da maconha no tratamento de glaucoma, asma, dor crônica, ansiedade e dificuldades resultantes de quimioterapia, como náusea e perda de peso.

Em respeito aos grupos de excelência no Brasil que pesquisam aspectos terapêuticos da maconha, é preciso esclarecer que seu uso médico não está associado à queima da erva. Diretores da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead) afirmam frequentemente que maconha causa câncer. Entretanto, ao contrário do que diz a Abead, a maconha medicinal, nos países onde este uso é reconhecido, é inalada por meio de vaporizadores, e não fumada.

Isso elimina por completo os danos advindos da queima, sem reduzir o poder medicinal dos componentes da maconha, alguns comprovadamente anticarcinogênicos.

Causa, portanto, estranheza que psiquiatras venham a público negar o potencial terapêutico da maconha, medicamento fitoterápico de baixo custo e sem patente em poder de companhias farmacêuticas.

Num momento em que o fracasso doloroso da guerra às drogas é denunciado por ex-presidentes como Fernando Henrique Cardoso, em que a ciência compreende com profundidade os efeitos da maconha e em que se buscam alternativas inteligentes para tirá-la da esfera policial rumo à saúde pública, é inaceitável a falsificação de ideias praticada por Laranjeira e Marques.

O antídoto contra o obscurantismo pseudocientífico é mais informação, mais sabedoria e menos conflitos de interesses.

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SIDARTA RIBEIRO é professor titular de neurociências da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).

JOÃO R. L. MENEZES é professor adjunto da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e coordenador do simpósio sobre drogas da Reunião SBNeC (Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento) 2010.

JULIANA PIMENTA é psiquiatra da Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro.

STEVENS K. REHEN é professor adjunto da UFRJ.

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  • Usuário Growroom

Muito bom, cada vez mais as pessoas têm ido a público para defender a maconha. Ótimo texto.

Mostrou muito bem o conflito de interesses, ou seja, o sr. Laranjeira é pago pela indústria médica para defender os interesses dos grandes laboratórios. O texto dele claramente não era imparcial, não tinha isenção.

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Que maravilha, texto claríssimo, de fuder. A resposta não está só a altura do texto ridículo desse Laranjeiras, como está muito mais ALTA :rasta2bigsmoke0gf: uheuehuehueh

Que os cientistas e pessoas dotadas de bom senso desse país sigam se manifestando dessa forma, pra acabar de vez com os argumentos que ainda persistem desde a década de 30, do tunel do tempo de onde vem esses babacas proibicionistas e moralistas.

:happydance: MACONHA LIVRE :happydance:

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  • Usuário Growroom

Tá pensando o que malandro!!!

Ninguém mexe com a hemp family!!! hahahaah

:rastabannab:

Chupa Essa!:chaudeslarmes::chaudeslarmes:

aê sano, nem precisamos perder nosso tempo terminando nossa resposta :thumb:

:ativismo::ativismo::ativismo::ativismo:

Como diz um grande amigo,

Num Fala Bosta PÔÔ!!!

Realmente não precisamos mais terminar aquela resposta.

Mas acho válido que o GR entre em contato com o Sidarta! Não só para manifestar apoio no confronto com o Laranjeiras, como também para ele saber que o GR ta crescendo e mostrando a cara.

O email dele é:

ribeiro@natalneuro.org.br

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  • Usuário Growroom

CHUUUUUUUUUPA QUE A ERVA É DOCE!!!

Muito boa a resposta, legal que mais e mais pessoas estão se manifestando, não deixando essas baboseiras proibicionistas passarem batiadas. Tem que desmascarar esses porcos e suas 2ªs intenções!! :rasta2bigsmoke0gf:

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  • Usuário Growroom

O sidarta Ribeiro eh muito bom mesmo. Tenho um livro que ele escreveu junto com outro pesquisador que agora me foge o nome: Maconha, cerebro e saude.

Realmente muito bom, recomendo a todos.

é o renato malcher lopes, pesquisador da UNB!

Em setembro, o Renato, o Sidarta e muitos outros estarão no cinema falando de Cannabis!

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