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Audiência Publica: Mudança Na Lei De Drogas - 13/8 - Rio De Janeiro


Picax

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  • Usuário Growroom

Então galera,

Me desculpem a demorar, mas eu passei a manhã na audiência e precisava terminar um prazo pra hj ainda!

Vou ser sucinto, e me ater ao que nos interessa, não queremos sair de cocaina e crack, ou de internação.

Então, essa audiência faz do Fórum por uma Política Democrática de Drogas, presidido pelo Deputado Carlos Minc.

Presentes autoridades públicas das áreas de segurança pública, saúde e educação, bem como o representante do CONAD, Dr. Domingos Bernado.

Da sociedade civil, presente academicos da UFRJ e UERJ, assim como diretores da Psicotropicus, representante do Hempadão e 3 membros do GROWROOM!

Todos se apresentaram, e o Minc abriu a sessão, apontando a necessidade de mais mudanças na Lei de Entorpecentes, para acabar com a criminalização, assim como com estigma social sofrido pelo usuário.

Após passou a palavra para o Dr. Domingos Bernado, que simplismente mandou muito bem, falou de mudanças a curto prazo na Lei, principalmente sobre a inversão no ônus da prova, ou seja, a polícia deve ter provas consistentes para acusar alguem de tráfico. Além disso ele apontou como o caminho mais coerente o da LEGALIZAÇÃO!

A polícia estava bem representada por 3 delegados, sendo um subsecretário de segurança pública, que também criticou a legislação atual, falando que parece que legislador teve medo de ir além nesta Lei, eis que considera o consumo como crime, mas não prevê nem o flagrante delito, nem a possibilidade de detenção.

Um outro delegado que estava presente, sugeriu um modelo onde o usuário flagrado consumido seria conduzido para um orgão próprio, onde teria seria entrevistado para averiguar a real natureza de sua conduta, evitando que seja enquadrado como traficante.

Outras palavras interessantes foi de um pesquisador da UFRJ, que afirmou claramente que o Brasil precisa denunciar a Convenção Única da ONU.

Também se manifestou o diretor da Psicotropicus, no sentido de que o usuários devem ser ouvidos, já que as políticas são feitas para atendê-los.

Eu, por minha vez, falei que um mundo livre das drogas é uma utopia, e que a própria ONU já vem considerando tal situação. Quanto a Legislação, fiz a critica de ser uma lei que generaliza as substancias, os indivíduos e as condutas. Também lembrei que enquanto estavamos ali naquela audiência, corre no congresso um projeto de lei do Sen. Demostenes Torres que volta a apenar com prisão os usuários e cultivadores domésticos. Dizendo o Minc que há outros projetos assim no congresso. Por fim, enfatizei que a Legalização da Cannabis pode tranformar o que hoje é um ônus pra sociedade, eu um bônus para todos, com o fim do mercado negro que sustenta a criminalidade.

Além de mim, estavam presentes o Mandacaru e o Verde Livre, que também falaram, mas vou deixar que cada um venha aqui expor o que foi dito.

A úncia coisa que gostaria de falar sobre a manifestação dos amigos, foi que o Mandacaru perguntou se a polícia estava aberta a ser capacitada para identificar um cultivo caseiro, para evitar a tipificação de growers como traficantes. E o melhor foi a resposta do delegado, afirmando que estava aberto para tal capacitação, bem como gostaria de uma aproximação com nosso movimento.

E no final ainda tivemos oportunidade de conversar informalmente com vários participantes, inclusive com os delegados, que esclareceram bastante qual é o papel do delegado, e como funciona seu convencimento na hora de determinar qual o crime cometido.

É isso, saldo super positvo. Três membros presentes, os três falando no microfone, muitas idéias boas, e pespectivas que só me fazem ter certeza que o Growroom precisa de um modelo de legalização para propor num momento desse.

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  • Usuário Growroom

Meus parabéns ao Sano, Mandacaru, e Verde Livre! É disso que o movimento precisa: de ativistas que querem mesmo expor suas ideias.

Um abração galera!!! Nosso ano está muito bom e 2011 promete ser ducá!!!

Ótima noticia para começar o final de semana!!! :happydance:

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  • Usuário Growroom

e ai galera do growroom.

então... venho aqui dar o meu parecer a respeito da audiência pública de hoje.

nosso camarada sano já fez um perfeito resumo do que rolou, então vou só complementar com a minha parte e opinião.

primeiro quero ressalvar minha opinião quanto à democracia que se fez presente no que diz respeito ao bom debate. saí de lá contente com isso, me surpreendeu. tirando a pequena limitação de tempo que o evento teve no encerramento, foi tudo perfeito, mas isso eu complemento no final. nosso querido Carlos Minc presidenciou a audiência com louvor, levando o debate para os pontos mais importantes a meu ver. O Dr. Domingos Bernardo também merece ser citado, pela qualidade de tudo que expôs em seus pronunciamentos.

bom, no momento em que me foi concedido o comentário eu disse resumidamente que na minha opinião não adianta decidir algo na audiência se as decisões não forem passadas ao povo que receberá a sua aplicação e à policia que é quem a fará. o grande problema que o usuário enfrenta não está na atual lei, mas sim na sua má aplicação principalmente por parte da polícia militar que é quem a aplica em primeiro momento. isso devido principalmente à falta de conhecimento do usuário à respeito de seus direitos. exemplifiquei com um encontro que tive com um policial que demonstrou não saber da mudança das consequências da lei em sua abordagem (talvez tendenciosamente). então, deveria ser feita uma conscientização da população/usuários, assim como dos policiais, a respeito do que determina tal lei e quais as consequências de sua aplicação em caso de "flagrante" (que não prevê privação de liberdade).

depois disso é claro que tive de falar da nossa causa. levantei novamente a má aplicação da lei que é feita em caso de flagrante de produção/cultivo de droga pra usos pessoais. levantei que muitas vezes baseam-se em argumentos vagos e fatos duvidosos e o cidadão acaba sendo enquadrado como traficante e então tem a privação de sua liberdade. lembrei que houveram alguns casos de grande repercussão recentemente (como nosso amigo Pedrada que foi lembrado e citado), em que o usuário foi preso como traficante para somente depois ser solto como usuário. então era necessário que houvesse novamente uma conscientização (deveria ter dito "mecanismo para determinar") a respeito do que é uma produção de droga para fins pessoais e o que é uma produção de drogas para fins de tráfico (nosso amigo mandacaru desenvolveu bem mais algo parecido em seguida, mas depois ele conta). isso para que não haja mais má interpretação das evidências e usuários auto-cultivadores sejam presos como traficantes.

terminei minha parte por aí, mas gostaria de ter falado mais. a raiva é que depois que terminei, começaram a vir outros pontos que queria ter dito e comecei a ficar puto comigo por julgar ter falado pouco. sempre rola esse arrependimento, mas pelo menos falei uns pontos que acho bem importantes. (e eles haviam pedido para as pessoas tentarem se limitar a 3 minutos também)

com relação ao final: lá para as tantas, Carlos Minc anunciou o fim previsto do evento para 12:30 (que só foi acabar quase 13:00, eu acho). a última colocação foi de um dos delegados da polícia, acho que o subsecretário de segurança pública, que veio a meu ver como uma réplica ao que nós, ativistas/civis, havíamos exposto. digo isso porque todos haviam falado apenas uma vez e ele recomeçou com sua "réplica" dizendo olhando para nós que a lei já previa que o usuário-cultivador não pode ser preso e começou a citar uma parte da mesma, terminando sua "citação" em uma parte muito tendenciosa a meu ver, levando-se em conta o que vinha a seguir no texto. em seguida ele elucidou, não sei por que motivo, uma apreensão de 1 tonelada de maconha pela polícia no complexo do alemão e dizendo mais algumas coisas terminou.

como o planejamento estava terminado e o tempo esgotado, não houve mais nada dito e essa foi a chave do evento. minha única crítica é quanto a esse último pronunciamento do delegado. na minha opinião foi completamente vazio, pois o fato de que a lei não prevê prisão já havia sido dito, a ressalva era para a má aplicação da mesma, levando à penas não previstas por ela. isso ele não explicou... em seguida o exemplo de apreensão que ele deu na minha opinião retrata circunstâncias bem diferentes das que nós estávamos expondo. afinal apreender x pés de maconha na casa de alguém e apreender 1 tonelada de maconha prensada no complexo de alemão são eventos um pouco diferentes. vocês não acham ?

espero que tenhamos representado a opinião da galera que não pode ir. de passos pequenos vamos a passos grandes e daqui a pouco já estamos lá. a legalização foi posta em pauta!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

bons cultivos

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  • Usuário Growroom

Po, Verde Livre, se for deixar agente falar tudo o que temos a dizer é melhor marcar uma audiência só pro Growroom! Relaxa cara, não fique puto, chegamos agora nesse debate, já fico feliz de cadu de nós ter sido ouvidos. Tenho q te parabenizar, vc mandou muito bem, se 10% do membros do GR tiverem a sua disposição, agente muda essa lei rápido.

Agora falta o Mandacaru vir aqui contar o que disse lá, só adianto que ele deu uma aula de cultivo caseiro!

Voltando a um assunto que ja rolou nesse tópico, realmente o Minc merece o trofeu Bong de Ouro! Além de toda força na Marcha, ele organiza esse fórum na ALERJ e hoje descobri que ele é Autor de uma Lei Estadual bem interessante, segue ela na íntegra:

LEI Nº 4074, DE 06 DE JANEIRO DE 2003.

DISPÕE SOBRE A PREVENÇÃO, O TRATAMENTO E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS DOS USUÁRIOS DE DROGAS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

A Governadora do Estado do Rio de Janeiro,

Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Para efeitos desta Lei, considera-se que:

I – A dependência de drogas expressa um sofrimento que se traduz em dificuldades físicas, psicológicas e sociais;

II – A dependência de drogas, mesmo a mais prolongada, deve ser sempre considerada uma situação provisória.

Art. 2º - São direitos fundamentais dos usuários de drogas:

I – Não sofrer discriminação em campanhas de drogas;

II – O acesso pleno à saúde;

III – Tratamentos que respeitem sua dignidade, lhes permitam reinserção social, e promovam uma vida livre e responsável;

IV – Ser informado, em caso de tratamento, de todas as etapas, desconfortos, riscos, efeitos colaterais e benefícios do tratamento;

V – O servidor público Estadual usuário de drogas, em tratamento, terá direito ao que preceitua o Inciso VI, do Art. 11, do Decreto-Lei nº 220/75, nas mesmas condições previstas para as demais doenças;

VI – Apoio psicológico durante e após o tratamento.

* VII- Fica estendido aos familiares de 1º grau ou responsáveis, a participação no tratamento psicológico do servidor público estadual , com a anuência do(s) profissional(is) responsável(is) .

* Incluído pela Lei nº 5408/2009.

Art. 3º - São deveres do Estado:

I – Desenvolver campanhas de prevenção, programas de tratamento que visem informar e conscientizar o conjunto da população, que estimulem o diálogo, a solidariedade e a inserção social dos usuários, não os estigmatizando ou discriminando;

II – Estabelecer políticas de prevenção, de tratamento e de reinserção que articulem os diferentes campos da saúde, educação, juventude, família, previdência social, justiça, emprego, estimulando e promovendo atividades públicas e privadas;

III – Prover as condições indispensáveis à garantia do pleno atendimento e acesso igualitário dos usuários de drogas aos serviços e ações da área da Saúde;

IV – Garantir que as instituições que trabalham no tratamento e recuperação de dependentes de drogas disponham de instalações físicas adequadas, pessoal com competência técnica específica e atuem consoante os princípios éticos de respeito ao paciente;

V – Assegurar a qualificação dos profissionais que trabalham com usuários de drogas, diretamente ou por meio de convênios, através de uma formação diversificada baseada nos saberes da área de saúde e das ciências humanas;

VI – Prevenir a infecção pelo HIV, Hepatite C e outras patologias, garantindo o acesso a preservativos:

a) - o teste anti-HIV deve ser recomendado a todas as pessoas, em particular aos usuários de drogas, sem constrangimentos ou obrigações. A testagem sorológica deve ser procedida de aconselhamento pré-teste e pós-teste.

B) - O resultado do teste deve permanecer estritamente protegido pelo segredo profissional;

c) - As pessoas soro positivas devem ser informadas do resultado do teste e amparadas do ponto de vista médico, psicológico, jurídico e social.

VII – Estimular a criação de redes intermunicipais e multidisciplinares, e financiar programas de estudo e pesquisas sobre o uso e dependência de drogas;

Art. 4º - Fica o Poder Executivo autorizado a destinar recursos orçamentários que garantam o fiel cumprimento da presente lei.

Art. 5º - O Poder Executivo deverá regulamentar esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias após a sua publicação.

Art. 6º - Revogam-se todas as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 06 de janeiro de 2003.

ROSINHA GAROTINHO

GOVERNADORA

Nosso nobre Deputado realmente merece o troféu!

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  • Usuário Growroom

Sano meus parabens por toda a luta, extensivo também é claro ao mandacaru, verde livre, toda a equipe do gr e demais membros engajados na luta....

Essa audiencia hoje foi um marco na nossa luta e vcs já estão na história (nem só por hoje).

Acho realmente que bater na tecla da sensibilização dos policiais e delegados para a correta aplicação da lei atual se faz tão importante como lutar pela legalização e regulamentação do cultivo caseiro (sem imposições...quem sabe quanto precisa/quer consumir é o usuário) porém com maior urgencia, pois dia após dia vemos se repetir casos como o do fabio e do pedrada que foram julgados, condenados e apenados (o primeiro se não me falha a memória ficou uns 30 dias encarcerado e o pedrada 14 dias) por delegados despreparados e ignorantes da lei atual....o que está acontecendo aqui é usurpação de poder pois delegados julgam e condenam a pena de prisão até que o grower e os advogados consigam reverter a acusação junto à promotoria e ao juiz.

30 ou 14 dias preso é pena restritiva de liberdade e pior sem julgamento formal...isso é coisa de estado de excessão...ditadura...bem parecido com o que os americanos fazem em guantanamo (a diferença é que growers tem acesso a advogados principalmente apoio dos consultores juridicos do gr que cedo ou tarde trazem a verdade a tona, o mesmo não acontece com usuários pobres que simplesmente por serem pobres e morar em uma favela são imediatamente taxados de traficantes e são condenados de fato (pois em cima desses é fácil forjar um flagrante, vide a quantidade de trabalhador morto por engano que aparece nas capas dos jornais sensacionalistas com uma arma colocada em sua mão depois de morto.....é auto de resistencia)

Ao agir assim (a meu ver) o delegado funciona como se fosse juiz e mesmo sabendo que o grower não será condenado por tráfico (por total falta de provas de comercio) resolve dar um castigo (as motivações ficam sob suspeita....será que prendeu porque não recebeu oferta de propina?) (Grower não oferece propina...quando vai preso tem a convicção que não fez nada errado (pelo contrário contribuiu para enfraquecer o tráfico) e que pela lei só irá assinar o tc).

Enquanto delegados que prendem growers sem provas não forem punidos exemplarmente as coisas não vão mudar.....a maior prova disso é essa boa lei do minc que vc colocou acima.....nem uma virgula dela é aplicada....leis assim ficam muito bonitas de se ler (quem lê pensa até que estamos em um país exemplar) mas na prática (sem que se cobre sua aplicação) são inúteis. Ou alguém aqui conhece algum dependente quimico que foi beneficiado por ela?

Acho que só no dia que o estado for condenado a pagar uma multa milionária para um grower que teve seus direitos suprimidos e ficaram presos injustamente é que delegados serão punidos (perdendo cargo, emprego ou até mesmo a liberdade) e passarão a aplicar rigorosamente a lei....ou seja levando o detido em flagrante a presença do juiz para a assinatura do tc.

Ai fica aquele negócio do engajamento....sei que deve ser horrivel ficar preso nem que seja por 1 hora...mas quando os caras são libertados acabam esquecendo o assunto e não correndo atrás dos seus direitos.

Acho que cabe até uma campanha para que growers que sofreram arbitrariedades entrem com processos contra o estado e talvés até contra os delegados que erraram (erro esse que pode até mesmo resultar em morte...vai que tem uma rebelião e o cara que tá preso injustamente morre? a culpa é de quem expos ele a esse risco.

desculpa ter escrito tanto e fugido um pouco do tema da audiencia mas esse assunto é tão abrangente que me empolguei.

novamente parabens e abs

oliguba

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  • Usuário Growroom

Cara, obrigado pela força!

Mas vou te ser sincero, o delegado q ouvi falar hj leu o artigo de cultivo, e foi bem convincente em Mostrar q sabe aplicar a lei!

Pra mim, o problema é a lei e não a policia! E tb acho ser mais fácil mudar a lei q a policia!

Estou ciente de muitos arbítrios q acontecem, mas vamos acabar com isso tirando a policia da questão, eles já tem muito trabalho com outros assuntos q precisam realmente deles! Mas estaremos sujeitos a outras autoridades, provavelmente a Anvisa!

Precisamos pensar num modelo de legislação proposto pelo growroom!

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salve irmandade! firme? seguinte, vou tentar atualizar vcs de acordo com o que vimos e ouvimos lá ok? carlos minc abre o fórum já levantando a questão de que a lei 11343 foi sem dúvida um avanço porém cultivadores em pequena escala estão sendo presos seja por uma interpretação da lei equivocada por parte das autoridades ou por que essa própria lei não apresente a transparência necessária. As colocações do professor domingos Bernardo foram brilhantes e partiram de algumas premissas como:

- em uma delegacia, nesses casos, a simples declaração do detido de que é só usuário lhe concede liberdade imediata! (baseado no princípio de que todos são inocentes até que se prove o contrário)

- a inversão do ônus da prova ( o usuário não necessitaria provar sua inocencia... a polícia é que tem que provar sua culpa!)

- processar por abuso de autoridade os policiais envolvidos nessas detenções em questão.

-a necessidade de uma manifestação da ANVISA sobre o que é, e o que não é droga, pois caso a ANVISA declare que maconha não é droga tudo ficaria bem diferente!

o sub secretário de segurança dá então, um exemplo clássico de prisão em boca de fumo de um jovem, com 20 papelotes de maconha em um saco típico dos vapozeiros, com quantidade de 400 reais em dinheiro miúdo. Com isso ele garante que não acredita em uma "despolicialização" da droga, pois fica bem claro que se trata de tráfico!

Através desse gancho, achei importante direcionar diretamente para ele minha pergunta que, entrou exatamente depois do Minc articular que, não se sabe ao certo se 50 pés de cannabis apreendidos, para consumo na casa de um casal p.ex, se configura tráfico pela quantidade...é muito? é pouco? como fica isso?

Minha colocação em seguida foi que o caso do garoto preso na favela a tipificação foi bem fácil,mas que gostariamos de saber qual seria a ação do sub secretário numa situação hipotética de 50 pés, pois talvez falte (entre nós...FALTA) conhecimento da morfofisiologia desta planta para determinar o que se trata de tráfico ou não, principalmente no que concerne a:

a) a cannabis ser dióica, ou seja, se manifesta como macho ou fêmea e que só as fêmeas tem serventia ao nosso propósito, seja ele medicinal, recereativo ou religioso. Com este fato, a determinado tempo d0 cultivo nossa grande plantação em questão se reduz a 25 plantas.

B) luta contra acidentes domésticos bola de criança, roupa que voa do varal etc... com isso tentei dar um ambiente sadio ao cultivador visualizado.

c) a variedade de cannabis e seus diferentes portes (sativasXindXhib) não permite que o número seja um limitador...uma planta pode render muito, outra quase nada assim como uma irregularidade genética.

d) ataque de pragas e animais que gostam... e são muitos.

e) secagem que reduz a 20-25% do peso final (isso eu não lembro se cheguei a colocar nessa hora mas em conversa posterior com ele eu falei!)

Também citei que muitas vezes essa caçada tem como única presa o pobre, pois segundo o livro "acionistas do nada" do delegado Zaccone, através do levantamento de prisões por tráfico nas áreas pobres do Rio (tipo bangú, vila cruzeiro, jacaré) e das prisões por exemplo na Barra da Tijuca (presos=zero!!!)poderíamos chegar a conclusão absurda de que "na barra da tijuca não se fuma maconha!" (risinhos contidos na mesa)

Com isso propus, mui respeitosamente, uma capacitação para os delegados expondo o caso do pedra (que já tinha sido comentado por um prof da UFRJ) como exemplo de falsa denúcia de tráfico que não se comprovaria a posteriori configurando uma situação de dor e constrangimento familiar.

Como o SANO disse antes, ele não só se mostrou aberto pra isso como acha importante essa aproximação conosco, pois como colocou o Luiz Paulo Guanabara em momento de suas colocações anteriores... NóS SOMOS OS ESPECIALISTAS E QUEREMOS SER OUVIDOS!

o PROFESSOR Domingos Bernardo TERMINOU SUAS COLOCAÇÕES COM A FRASE;

um mundo sem drogas é possível...quando o mundo não precisar mais delas!!

A conversa informal também foi importante pois o sub secretário realmente não mostrou preconceito nem ranço...me disse que a quantidade de pés não pode, não deve NUNCA ser usada como único fator determinante mas em conjunto com as outras observações que nós já conhecemos! Citei pra ele caso de companheiro nosso em que a planta, a raiz e a terra foram pesadas JUNTO! o que ele considerou um despreparo da autoridade e um absurdo! Ao me perguntar se haveria um número limite de plantas defendido por nós eu disse em tom de brincadeira pois o momento permitiu: -uns mil!! :rasta2bigsmoke0gf: ele riu!

galera, quanto aos nossos macetes pra cultivo (seeds fem/ aceleração da vega/ cultivo indoor etc...) achei que é melhor eles estudarem um pouco antes de discutir...quando eles aprenderem já foi!

Me alonguei muito mas espero ter conseguido transpor alguma coisa! forte abraço a todos os companheiros de caminhada e muita luz valew!!?

MINC...BONG DE OURO 2011!!

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  • Usuário Growroom

Do caraleo!!!!

Essa questao da capacitaçao é excelente. Imagina uma cartilha direcionada as Secretarias de segurança publica ou emails. Algo muito importante, me pergunto se a Delegacia de Toxicos daqui gostaria de tambem ser capacitada nesse sentido.

Parabens novamente

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Nem preciso comentar nada.

Sensacional!!

Parabéns ao Sano, Verde , Mandacaru...enfim...parabens á todos que foram lá!

Infelizmente estou entupido de trabalhos na faculdade (mal começou o periodo ¬¬) e o meu trabalho anda tenso...muitas viagens curtas pros municipios vizinhos, acaba que volto morto pro Rio...

Digo parabens não somente pelo fato de ter ido lá e simplesmente ter argumentado com as autoridades , e debatido sobre pontos de vistas...

Mas sim pela dedicação além da vida privada e profissional de voces.

Muito digno o que voces andam fazendo pelo Growroom, e espero que ninguem esqueça esses pequenos passos que voces estão dando pelo Grow...

Ao tipico comentario historico..."Este é um pequeno passo para o homem, mas um enorme salto para a humanidade".

Prometo futuramente me comprometer mais e mais ao GR, de forma gradual e que realmente possa acressentar ao GR...

Enfim, Parabens ai pra todos!!

Abraços bom final de semana!

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  • Usuário Growroom

Galera, vcs são lindos!! Nessas horas meu coração enche de esperança...

... o mês do cachoro louco ... O cenário está mudando, os vermes estão

cada dia mais preocupados com o nosso avanço, vamos lutar galera, é a hora!

Obrigado a todos os tres!!

ae Mandacarú, muito importantes as suas colocações, valeu!

...Que Deus os abençoem!

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  • Usuário Growroom

Parabéns Sano, Mandacaru e Verde Livre, e especialmente pro Carlos Minc por ter convocado a audiência e por todas as falas que tem feito favoráveis ao movimento. Agora é acumular mais forças pra realmente mudar as leis sobre cannabis no Brasil. Quem sabe na próxima legislatura... Mas dá pra ver que o movimento está se fortalecendo e o cenário geral pode mudar, mas vai demorar, pois ainda teríamos que vencer instituições muito conservadoras, como o Senado brasileiro.

Tem uma notícia no hempadão com fotos e relato da audiência pública:

http://hempadao.blogspot.com/2010/08/ed-76-chapa2-estado-e-sociedade-debatem.html

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  • Usuário Growroom

Mandacaru, você foi ao ponto, a sua fala aqueceu o debate, como você mesmo disse na hora, esperava um feedback dos representantes da segurança pública, e esse feedback veio. E assim como as falas do Domingos Bernardo, essa fala do Delegado foi bem positiva, falando claramente que o cultivador para uso próprio não pode ficar preso.

E esse feedback nos deu abertura para uma rápida conversa após a audiência. Onde você perguntou sobre a questão da quantidade de plantas, e eu perguntei sobre o papel da denúncia anônima na hora da formação do convencimento do delegado para determinar qual é a infração, consumo ou tráfico. A resposta foi que a denúncia somente serve para chegar ao local, o que realmente importa são os elementos colhidos no local que caracterizam tráfico (creio eu algo como balança, material para embalo, anotações envolvendo quantidade e dinheiro...).

Vamos ver como será essa aproximação, estamos abertos ao diálogo!

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ôpa galera! legal ouvir coisa boa de vcs mas tenho a CERTEZA de qualquer grower frequente daqui está apto a fazer ainda melhor! A verdade é que se muitos de nós aqui, optarmos por traficar ou fazer uma grana que seja com seu cultivo seria possível, MAS TEMOS COMO REGRA A NÃO COMERCIALIZAÇÃO DO QUE COLHEMOS!! sendo assim, a indignação, o receio ou insegurança de ter, de repente seu nome e sua cara estampados nos jornais,vinculado a denúncias de tráfico, com fotos de plantas de baixo pra cima pra apavorar ainda mais... isso FALA MAIS ALTO! nós estamos é indignados certo? fazemos um bem a sociedade e caimos em verdadeiras ARAPUCAS DA POLÍCIA! e foi quase uma ordem direta do sub sec aos seus subordinados de que NÚMERO DE PLANTAS NÃO É FATOR DECISIVO! são afirmativas entre aspas que devemos guardar para nossos arquivos de argumentações! valeeeeu aí!

PS. canadá, acho que escrevi meio ambíguo mesmo, mas eu tentei passar que reduz A 25% (1/4) o peso final...com o sec eu até falei que no final, se colhesse meio quilo só desfrutaria de aprox 100 g. mas aqui em casa também depois da cura a perda pro ambiente é máááxima! abç

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