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Revista Galileu - Outubro 2010


Seamus67

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  • Usuário Growroom

Temos que dar um salto nesses momentos em que somos atacados

Nós somos um movimento pacifico e nos atacam

Temos q escrever para a midia. Cartas, Emails, criticas aos jornalistas que fazem mal uso do meio

Nossas respostas tem q ser rápida! Enviada a midia, a rede...

Vamos la! Não é possivel que não tenham bons redatores aqui no GRowroom

me desculpem por voltar numa resposta antiga, mas gostaria de falar sobre profissionais aqui e abrir um topico sobre isso, mas nao achei pertinente na epoca.

como jah temos os consultores juridicos do growroom, sugiro expandir isso para outras areas, tais quais, redatores, designers, programadores, tradutores, jornalistas, publicitarios, produtores de video etc...tudo de forma voluntaria, para quem estiver engajado com o movimento e gostaria de dar sua contribuicao de uma outra forma alem de dinheiro.

acho que no momento que tivessemos esse mapeamento seria mais facil de nos organizarmos.

obrigado pela atencao

edit: se alguem podesse escaniar a reportagem ia ser legal para o expatriados q nao tem a oportunidade de comprar a revista rasta2bigsmoke0gf.gif

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  • Usuário Growroom

me desculpem por voltar numa resposta antiga, mas gostaria de falar sobre profissionais aqui e abrir um topico sobre isso, mas nao achei pertinente na epoca.

como jah temos os consultores juridicos do growroom, sugiro expandir isso para outras areas, tais quais, redatores, designers, programadores, tradutores, jornalistas, publicitarios, produtores de video etc...tudo de forma voluntaria, para quem estiver engajado com o movimento e gostaria de dar sua contribuicao de uma outra forma alem de dinheiro.

acho que no momento que tivessemos esse mapeamento seria mais facil de nos organizarmos.

obrigado pela atencao

edit: se alguem podesse escaniar a reportagem ia ser legal para o expatriados q nao tem a oportunidade de comprar a revista rasta2bigsmoke0gf.gif

Apoiado!

Acho que todos pode contribuir nessa luta! Só advogados não será suficiente para mudança!

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  • Usuário Growroom

Taí a matéria completa:

Maconha: a ciência da legalização

Os cientistas estão saindo de seus laboratórios para discutir se a droga deve ser legalizada. Do uso medicinal ao recreativo, saiba o que eles dizem

por Priscilla Santos e Felipe Pontes

PEDRO CAETANO > Saiu de casa numa quinta-feira de manhã e passou 14 dias na cadeia. Foi o estopim para o novo debate sobre a legalização da maconha. Dessa vez, entre cientistas

Crédito: Victor Affaro

Na véspera do jogo Brasil x Holanda na Copa do Mundo deste ano, o neurocientista carioca Stevens Rehen, um dos mais respeitados pesquisadores brasileiros de células-tronco, recebeu um telefonema do irmão. Do outro lado da linha estava o músico e antropólogo Lucas Kastrup Rehen, baterista da banda de reggae carioca Ponto de Equilíbrio. Contava que o guitarrista do grupo, Pedro Caetano, 29 anos, havia sido preso por cultivar dez pés de maconha em casa. Adepto da religião rastafári, seita de origem jamaicana que faz uso da droga em seus rituais, Pedro fora enquadrado como traficante por causa da ambiguidade da lei 11.343, de 2006, que não determina a quantidade exata de droga que separa usuários e fornecedores. E por isso ficou 14 dias na cadeia. A história teria sido mais uma nas páginas de jornal se não tivesse esquentado uma discussão que começava no meio científico, sobre a legalização da maconha no Brasil. O tema veio à baila diversas vezes desde que a Organização das Nações Unidas (ONU), em 1961, aconselhou todos os países signatários a proibi-la. A diferença é que, desta vez, os debatedores foram inéditos.

Em vez de políticos ou artistas com ideais liberais, quem levantou a bandeira da legalização foram quatro dos cientistas mais respeitados do Brasil: Stevens Rehen é diretor adjunto de pesquisa do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); João Menezes, neurocientista com Ph.D. no Massachusetts General Hospital e na Harvard Medical School, nos Estados Unidos, além de professor da UFRJ; Cecília Hedin, neurocientista e doutora em biofísica, divide com Menezes a direção do Laboratório de Neuroanatomia Celular do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ; e Sidarta Ribeiro, Ph.D. em neurociências pela Universidade Duke, nos Estados Unidos, é chefe do laboratório do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

A questão levantada pelos cientistas se resume em três pontos. No primeiro, argumentam que o que é proibido não pode ser regulamentado. A maconha vendida no mercado ilegal é mais nociva para a saúde de quem consome, uma vez que a erva pode ser misturada com outras substâncias mais pesadas, como o crack. O segundo ponto é o de que a Cannabis sativa (nome científico da maconha) pode ser usada como remédio no tratamento de diversas doenças. O terceiro, e principal ponto da argumentação, diz que a droga faz mal ao corpo - mas não tanto quanto já se pensou - e que esse problema é bem menor quando comparado aos males que seu comércio ilegal causa à sociedade. "Precisamos discutir o que é 'menos prejudicial': os efeitos da maconha no indivíduo ou a violência associada ao tráfico", diz Rehen.

Com esses argumentos na cabeça, os quatro neurocientistas publicaram no jornal Folha de S. Paulo, em julho, uma carta que criticava a prisão de Pedro Caetano. Diziam que a política de proibição da maconha é mais danosa do que seu consumo. Causaram polêmica. E inauguraram um debate incitado pela troca de artigos (ao todo quatro, dois a favor e dois contra, até o fechamento desta edição) a respeito da legalização da maconha, publicados no mesmo jornal. A discussão foi adiante e chegou-se ao ponto de questionar se esses profissionais deveriam marcar posição em questões sociais. "É comum o cientista achar que não é seu papel participar desses debates, sem perceber que sua disciplina é, muitas vezes, utilizada para justificar políticas públicas", afirma Menezes. "Muitos se julgam neutros, mas raramente um de nós de fato é."

Do lado de quem é contra a legalização, as principais preocupações passam pelo aumento do consumo da droga, pela descrença de que a legalização diminuiria o tráfico e pela falta de preparo do sistema de saúde pública para atender os usuários. "Sou contra qualquer mudança de política que tenha a chance de aumentar o consumo da maconha", diz o psiquiatra e pesquisador Ronaldo Laranjeira, que assinou as cartas-réplicas publicadas na Folha com sua colega no Instituto Nacional de Políticas do Álcool e Drogas, a psiquiatra Ana Cecília Roselli Marques, doutora em ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Laranjeira, que tem no currículo um Ph.D. em psiquiatria pela Universidade de Londres, na Inglaterra, é professor da Unifesp.

CANTEIRO DE ERVAS | Como uma plantação no quintal rendeu 14 dias de cadeia

Era uma quinta-feira, por volta das nove da manhã. Pedro Caetano saiu de casa, caminhou pela rua sem asfalto do bairro Engenho Mato, próximo à praia de Itacoatiara, em Niterói (RJ). O guitarrista da banda de reggae Ponto de Equilíbrio escolheu esse lugar afastado na cidade para viver com sossego. Comprou um terreno, construiu uma casa. "Aqui não chega água encanada, mas a polícia chegou", diz. Naquela manhã de 1º de julho de 2010, Pedro cruzou com duas viaturas policiais no final da rua. Uma delas parou para revistá-lo. "Tomei a dura. Aí, um policial recebeu um chamado no rádio e me falou: 'vamos para sua casa, temos uma denúncia'. Na hora eu já sabia o que era", afirma Pedro. Há cinco anos, o músico plantava maconha para consumo próprio. Quando morava em apartamento, fazia o cultivo em estufas. Depois que construiu sua casa, passou a usar o quintal. Foi lá que os policiais apreenderam dez pés da planta Cannabis sativa já adulta e cerca de oito mudas. "Levaram até os vasos", diz. Na delegacia, o músico não foi interrogado. O delegado o enquadrou como traficante. Durante as duas semanas que passou encarcerado, Pedro chegou a ficar em uma cela com 70 pessoas. Foi solto quando o caso chegou à promotoria, que considerou o enquadramento de tráfico descabido e o mandou de volta para casa. "Na prisão, quando eu conseguia dormir, sonhava com minha vida lá fora."

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  • Usuário Growroom

Entre o Bem e o Mal

A mais recente compilação de estudos sobre a maconha é um relatório da Beckley Foundation, instituição inglesa que desde 2000 estuda práticas de alterações de consciência e as políticas para regularizá-las, publicado em livro este ano. Em Cannabis Policy - Moving Beyond Stalemate (Política da cannabis - movendo-se além do impasse, ainda sem edição no Brasil), especialistas em saúde pública e criminologia analisaram a relação de custo-benefício da proibição das drogas. A frase inicial de um dos capítulos deixa claro que os autores não negam os riscos médicos da substância, mas questionam se isso justificaria proibi-la. "Nas sociedades modernas, uma descoberta de efeitos adversos não determina o status de legalidade ou não de um produto. Se fosse assim, álcool, automóveis e escadas seriam proibidos." E as justificativas seriam ainda mais contundentes. O risco de um usuário se viciar em maconha está em torno de 9% (sobe para 16% no caso de adolescentes). O de nicotina é 32% e o de álcool, 15%.

Em uma avaliação publicada em 2007 no periódico médico britânico The Lancet, os riscos de 20 drogas foram hierarquizados considerando-se: 1) dano físico; 2) potencial de vício; 3) impacto na sociedade. A maconha ficou em 11º lugar, o tabaco em 9º, o álcool em 5º e a heroína em 1º. Não há registros de morte por overdose de maconha. Também tornou-se obsoleta a ideia de que a erva poderia destruir neurônios. Um estudo holandês de 2007 demonstrou não haver perda detectável de tecido nervoso no cérebro de usuários crônicos de maconha, como acontece com outras drogas.

Os quatro neurocientistas que se manifestaram publicamente sobre a política de repressão à maconha no Brasil. "O que precisamos discutir são quais os tipos de malefícios "menos prejudiciais" à sociedade: os efeitos da maconha no indivíduo ou a violência associada ao tráfico?", diz Rehen

Crédito: Victor Affaro

Causar menos mal que outras substâncias, inclusive legalizadas, não significa não fazer mal algum. E o livro Cannabis Policy reconhece os danos. Entre os principais riscos físicos e psicológicos do uso de maconha, está o aumento da probabilidade de sofrer acidentes de carro, problemas cardíacos e respiratórios e, entre adolescentes, a chance de desenvolvimento de doenças psíquicas e déficit de aprendizado. Os problemas respiratórios, como bronquite, estão associados principalmente à maconha fumada (uma alternativa seria a vaporização). Já adultos mais velhos e com pressão alta correm o risco de piorar a situação quando usam a erva.

Mas o grupo de maior risco é mesmo o de adolescentes, mais vulneráveis a problemas cognitivos e psicológicos que poderiam ser provocados pela droga. A maconha prejudica a chamada memória curta, ou seja, a capacidade de lembrar de algo que se acabou de ver ou aprender. Como seu efeito agudo dura cerca de três horas, mas continua ativo no organismo por mais nove, o desempenho escolar tenderia a cair. A erva também faz subir os riscos de psicose e ataques de esquizofrenia nessa faixa etária. Em um estudo sobre a relação entre cannabis e esquizofrenia, pesquisadores acompanharam mais de 50 mil suecos durante 15 anos. Revelaram que aqueles que experimentaram maconha por volta dos 18 tiveram uma propensão 2,4 vezes maior à doença. De todos os efeitos indesejáveis apresentados pelo relatório, o único que o neurocientista Renato Malcher, co-autor, junto com Sidarta Ribeiro, do livro Maconha, Cérebro e Saúde, relativiza é a esquizofrenia. O argumento é que não se sabe o que vem antes, o ovo ou a galinha. Ou seja, se pessoas fumaram maconha e ficaram esquizofrênicas, ou se já eram esquizofrênicas antes da primeira tragada. "Muitos portadores da doença usam a droga para aliviar os sintomas", afirma Malcher. Afinal, os efeitos calmantes e sedativos são apenas um dos benefícios da erva já comprovados cientificamente.

NÃO À LEGALIZAÇÃO | Os argumentos de quem é contra

RONALDO LARANJEIRA

Crédito: Victor Affaro

Por que você é contra a legalização?

Sou contra qualquer mudança de política em relação à maconha que possa aumentar o consumo. No Brasil, de 2% a 3% da população fuma regularmente maconha. Em alguns países europeus, nos Estados Unidos e Austrália, a média é de 20%. Mas, ao contrário deles, nós não temos uma rede de proteção para as pessoas que desenvolvem transtornos mentais ou problemas sociais por causa da droga. É errado simplesmente discutirmos modelos que funcionam em outras nações, outras culturas. Eles podem servir de inspiração, mas nós precisamos estudar um pouco mais o impacto da nossa lei e, a partir daí, fazermos experiências em algumas cidades ou estados para ver qual seria o melhor modelo para o Brasil.

O problema seria de saúde pública?

A legalização aumentaria o consumo e facilitaria o acesso à maconha. Se fosse permitido que todo mundo plantasse maconha em casa, não só as pessoas que consomem plantariam. Os grandes traficantes também, para fornecer a droga. O afrouxamento dos controles sociais em relação à maconha seria exatamente o oposto do que tem sido feito com o tabaco e o álcool, e não resolveria o problema. Estamos frente a um contrassenso. Para mim, o argumento de que as pessoas têm o direito sobre o próprio corpo é muito mais sério do que falar que a legalização da maconha não vai ter consequências sociais e de saúde pública.

O tráfico não diminuiria?

Essa é uma grande ilusão, porque o tráfico é mais sofisticado do que pensamos. Para competir com ele, seria preciso ter uma maconha mais barata e concentrada. Porque se você vender um cigarro de maconha por R$ 5, o tráfico estará vendendo a R$ 1. Com a legalização, a oferta de maconha vai aumentar, além de o tráfico continuar a vender ilegalmente. E se colocarmos no mercado uma maconha mais pura e forte, do ponto de vista de saúde pública, seria uma temeridade. Não há uma solução simples, não basta apenas legalizarmos a maconha. Essa justificativa de combate ao tráfico é uma ilusão quase que pueril.

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  • Usuário Growroom

Remédio natural

Em maio deste ano, o psicofarmacologista do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas da Unifesp, Elisaldo Carlini, realizou um simpósio para discutir a criação de uma agência brasileira de cannabis medicinal, proposta ao governo. Carlini estuda o assunto desde a década de 50, quando ainda era aluno de medicina da Unifesp, mas o tema é bem anterior a isso. A mais antiga enciclopédia de medicamentos do mundo, o Shen-nung Pen-ts' ao Ching, escrita na China no século 1, indicava a maconha para tratamentos de doenças como dor reumática, constipação e malária. Desde então, a erva foi usada como remédio, inclusive vendida em boticas no interior do Brasil. Dos anos 30 em diante passou a ser considerada uma droga maldita para, nos anos 60, ser colocada pela ONU no mesmo balaio da cocaína e do ópio. Os estudos minguaram. Afinal, como conseguir recursos para investigar uma substância proibida?

Foi em Israel, que sempre adotou uma política mais liberal em relação à droga que, em 1964, o pesquisador Raphael Mechoulam isolou seu principal composto, o tetrahidrocanabinol, ou THC, um dos 70 canabinoides (substâncias químicas com estruturas semelhantes presentes na maconha), para estudar seu efeito. A experiência foi bastante empírica: Raphael preparou um bolo recheado com THC e o serviu a dez amigos. Alguns ficaram falando sem parar, outros sonharam acordados e outros disseram não sentir nada - e de repente disparavam a rir. Provou-se aí que o THC em si era o responsável por produzir os principais efeitos da maconha. Foi o primeiro passo para se entender sua atuação em nosso cérebro. E abriram-se as portas para uma guinada científica na história da droga, em 1988: a identificação dos endocanabinoides. Trata-se de um sistema de substâncias produzidas por nosso organismo, semelhantes às encontradas na maconha - e capazes de desencadear os mesmos efeitos. "Até então, não se sabia ao certo como era o funcionamento da erva em nosso corpo", diz Malcher.

Com a descoberta dos endocanabinoides foi possível avançar nos estudos desses efeitos e, como resultado, produzir os primeiros medicamentos à base de substâncias presentes na maconha. O THC, por exemplo, possui mais de dez propriedades médicas, entre elas a de analgésico, antináusea, sedativo e anticonvulsivo. Virou princípio ativo do Sativex, um dos pelo menos quatro medicamentos fabricados atualmente com substâncias da cannabis, comercializados em países onde o uso medicinal é permitido. O remédio é usado contra dores crônicas em portadores de esclerose múltipla. Para minimizar náuseas e vômitos provocados pela quimioterapia em pacientes com câncer e tratar caquexia, magreza extrema provocada por doenças como a Aids, está no mercado o Marinol. À base de THC, é aprovado pelo FDA, agência americana de controle de alimentos e medicamentos. Remédios fabricados com canabinoides também poderiam ser administrados em pacientes com Alzheimer. Em alguns casos, o uso da própria erva, vaporizada, seria recomendado. "Existe o lado bom de ter um pacote de efeitos que inclui a sensação de bem-estar", diz Malcher. "Não tem que olhar isso como um pecado do remédio, mas como vantagem."

Com tantos potenciais, é pouco comum encontrar especialistas que sejam contra o seu uso medicinal. Ainda que alguns façam ressalvas e acreditem que é necessário realizar mais testes. Nem de longe, porém, o tema gera tanta polêmica quanto o chamado uso recreativo, ou seja, consumir apenas para se divertir. Nesse caso, a questão não é somente médica, mas política e social.

SIM À LEGALIZAÇÃO | Os argumentos de quem é a favor

SIDARTA RIBEIRO

Crédito: Victor Affaro

Por que você defende a legalização?

Todo o conhecimento científico que temos sobre a maconha não justifica nada diferente disso. A maconha faz mal, mas não tanto. O argumento da proibição era: faz a pessoa virar assassina, depois, causa câncer (hoje se sabe que o que causa câncer é a fumaça), mata neurônio. Depois não faz tão mal assim, mas variedades que venham a ser feitas em laboratório podem fazer. Sempre tem um argumento apocalíptico. Não é dizer que maconha não faz mal, café faz mal, cigarro, álcool, e as drogas que nós receitamos? Mas tudo isso pode ser controlado. Porém só a legalização permite regulamentar e controlar uma droga. Quando se legaliza, a qualidade sobe. Tem que haver campanha de controle e informação, não de repressão. O mal causado pela maconha é menor do que o provocado pela proibição, que só impulsiona o tráfico. Defendo que os usuários plantem maconha em casa como forma de não alimentar o narcotráfico.

Cresceria o número de usuários?

Isso é uma falsa questão. Em primeiro lugar, em países com políticas mais liberais, como a Holanda, não houve um aumento vertiginoso. Mas suponhamos que houvesse crescimento: vai ter mais gente pedindo ajuda no hospital? Se for ter, são mais ou menos pessoas do que as que estão morrendo na guerra contra o tráfico? Acredito que muito menos. Esta guerra está nos dizimando, precisa ser transformada em uma questão de saúde pública. Há pessoas viciadas em açúcar, que é um problema sério de saúde. Mas quantas pessoas são suscetíveis a isso? Uma minoria. Então, o ideal seria tratar as pessoas que têm problema com uma determinada substância e deixar os demais fazerem uso recreativo dela. É mais fácil tratar o indivíduo do que acabar com o tráfico.

Não aumentariam outros tipos de crimes?

Se for legalizado rapidamente, a sociedade vai engasgar. As pessoas vão mudar de crime. Quando legalizar tem que dar emprego, informação. Outros tipos de crime, como assalto a banco, sequestro, podem aumentar. Mas são mais controláveis do que o comércio pulverizado da maconha. Um cara assalta um banco uma, duas, na terceira vez ele é pego. Quanto mais famoso fica, pior. Por que ex-presidentes da América Latina, como Fernando Henrique Cardoso, estão defendendo a legalização? Por que são jovens maconheiros hippies? Não. Porque entenderam que o combate ao narcotráfico não funciona. É tentar apagar fogo com gasolina. A única maneira de ganhar essa guerra é cortar o mal pela raiz: acabar com o mercado ilegal. Como? Legalizando-o.

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  • Usuário Growroom

O X da questão

Os neurocientistas não carregam sozinhos a bandeira da legalização da maconha. No ano passado, foi criada a Comissão Brasileira Sobre Drogas e Democracia, dirigida por Fernando Henrique Cardoso. O sociólogo e ex-presidente do Brasil segue os passos de outros dois ex-chefes de estado: César Gaviria, da Colômbia, e Ernesto Zedillo, do México. Esses líderes estudam uma política de diminuição dos danos das drogas, já que a guerra a seu combate demonstrou-se falida.

O mercado mundial de drogas ilícitas fatura por ano cerca de US$ 320 bilhões. Nem um centavo é revertido para o governo. Pelo contrário. Somente nos Estados Unidos, são gastos US$ 35 bilhões por ano em repressão ao tráfico. "Se investissem isso em campanhas de educação para as drogas, o resultado seria muito melhor", afirma Julita Lemgruber, diretora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro. A socióloga defende a legalização de todas as drogas, com regulamentação e taxação sobre elas e investimentos dos recursos recolhidos no tratamento de dependência química. Apesar de todo o aparato de repressão, no mundo cerca de 160 milhões de pessoas fumam maconha.

ANA CECÍLIA ROSELLI MARQUES > Para a psiquiatra da Unifesp, o Brasil não deve legalizar a cannabis. "Aqui qualquer um enche a cara e dirige. O mesmo impacto teria a maconha."

Crédito: Victor Affaro

No Brasil, o número de usuários está entre 2% e 3% dos 192 milhões de habitantes. Na Austrália, esse porcentual fica em torno dos 20%. Mas a América Latina segue como a maior exportadora mundial de maconha e de cocaína. Para manter esse mercado gigantesco por baixo dos panos, os traficantes se armam - assim como o Estado no intuito de combatê-los. Em suas orientações sobre políticas públicas, o livro Cannabis Policy defende que a tentativa de conter o mal causado por alguma coisa nunca pode gerar um mal maior do que a própria coisa. "Nos últimos anos, a polícia do Rio de Janeiro matou cerca de 10 mil pessoas por suspeita de narcotráfico. O número de mortos por efeitos adversos do uso de drogas ilícitas nesse período não chega a 1% disso", afirma o sociólogo Michel Misse, coordenador do Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana da UFRJ. "A única maneira de ganhar a guerra contra o tráfico é cortar o mal pela raiz: acabar com o mercado ilegal. Como? Legalizando-o", diz o neurocientista Sidarta Ribeiro.

Nesse momento, o que é justificativa para proibição pode se transformar em argumento de defesa da legalização. Para o neurocientista João Menezes, se o jovem é o maior alvo dos efeitos maléficos da planta, só a legalização poderia protegê-lo. "Seria possível regulamentar a venda da droga, proibi-la para menores de 21 anos e criar campanhas educativas sobre seus riscos", diz. Além disso, se passaria a cobrar impostos sobre a venda e multas no caso de comércio irregular. "Aí a fiscalização não seria mais realizada pela polícia, mas por agentes de vigilância sanitária e da receita federal. Não é o revólver, é a caneta", afirma. Para Sidarta, a regulamentação também seria uma forma de controlar a qualidade da droga. "Com ela, as impurezas caem. Quando o álcool era proibido, certamente se faziam bebidas com metanol em casa." Foi assim durante a Lei Seca que vigorou nos Estados Unidos entre 1920 e 1933 e que, em vez de diminuir os índices de violência, acabou por fortalecer as máfias locais. "A campanha deve ser de controle e informação, não de repressão", diz Sidarta.

O RISCO DAS DROGAS

*Publicado em 2007 por David Nutt, da Universidade de Bristol, na revista médica britânica The Lancet

O principal contra-argumento de quem se opõe à legalização é que a medida não diminuiria o narcotráfico. Segundo o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, para competir com o tráfico a maconha legal teria que ser mais barata e com maior concentração de THC. Pois, se um baseado custar R$ 5, o traficante vai vender por R$ 1. "Com a legalização, o tráfico vai continuar. Vai-se aumentar a oferta de maconha com o sistema legal e o ilegal em paralelo", diz. O medo aí é uma sobrecarga na saúde pública. Apesar disso não ter sido uma grande questão em países em que o regime de drogas se tornou mais liberal, a exemplo de Portugal e Holanda, a psiquiatra Ana Cecília Roselli Marques não acredita que o Brasil esteja preparado para essa mudança. "Não damos conta sequer dos problemas gerados pelas drogas lícitas, como o álcool e o tabaco." Ela não acredita que os impostos arrecadados com a maconha legalizada seriam reinvestidos em saúde pública. "Pode procurar: onde se encontra tratamento gratuito para tabagistas?"

Por mais que os estudos científicos tenham avançado e que comissões tenham sido criadas para pesquisar formas de diminuir os males sociais causados pela droga, a discussão está longe de um resultado concreto. Pelos neurocientistas que colocaram sua opinião abertamente para a sociedade, isso não é problema. Já que a intenção não é que se criem políticas públicas de imediato, mas incitar a discussão para uma transformação verdadeira. "O cientista é cidadão e tem o dever de informar. Não adianta só publicar artigos, se seu impacto na sociedade também pode vir da forma com que ele se expressa e como contribui para o debate", diz Stevens Rehen. Se conseguirem despertar essa mudança de perspectiva, por ora, os autores da carta que inaugurou essa nova polêmica já se darão por satisfeitos.

GLOSSÁRIO DA LEI

DESPENALIZAÇÃO: A posse, uso e comércio é crime. O usuário não pode ser preso, mas , em alguns casos, fica o registro em sua ficha criminal. São aplicadas medidas alternativas, como prestação de serviços à comunidade.

DESCRIMINALIZAÇÃO: A posse e uso deixam de ser crime, mas o comércio segue proibido. O consumo é considerado uma infração passível de multa.

LEGALIZAÇÃO: É permitido o uso e posse e o comércio é regulamentado. Não existe em nenhum país.

Consultoria: Luciana Boiteux, professora adjunta de Direito Penal da UFRJ

A LEI PELO MUNDO | Como alguns países julgam o consumo, comércio e uso medicinal da maconha

HOLANDA | (ILEGAL / DESPENALIZADO)

Ao contrário do que se pensa, não legalizou a maconha. Mas é pioneira em políticas liberais para a droga. Pode-se plantar ou portar até 30 gramas. Mais que isso, pode dar um mês de cadeia, com direito a fiança. A venda nos chamados coffee shops é descriminalizada para até cinco gramas por transação, até 500 gramas por dia. O país aprova o uso medicinal de algumas substâncias da maconha, sob prescrição controlada.

ESTADOS UNIDOS | (ILEGAL / DESCRIMINALIZADO EM ALGUNS ESTADOS)

A posse e consumo de quantidades pequenas de maconha é descriminalizada em 13 dos 50 estados do país. O uso medicinal da droga é autorizado em 14 deles e no Distrito de Colúmbia. Em novembro, a Califórnia realizará um plebiscito para decidir a legalização do cultivo, consumo e venda de maconha para maiores de 21 anos - o país ignora as convenções da ONU, contrária à ideia.

BRASIL | (ILEGAL / DESPENALIZADO)

A posse e consumo de pouca quantidade de maconha é despenalizada desde agosto de 2006. Usuários não podem ser presos. Sofrem advertências sobre os efeitos da droga. Podem ser obrigados a prestar serviços comunitários (por cinco a dez meses) e a comparecer a cursos educativos. Não autoriza uso medicinal.

SUÉCIA | (ILEGAL / O USUÁRIO PODE PEGAR TRÊS ANOS DE CADEIA)

Não diferencia a maconha de outras drogas, como cocaína. O usuário está sujeito à prisão de seis meses a três anos. Pode-se pagar fiança em casos considerados não graves. Há ocorrências de casos raros em que aceitou o uso medicinal de substâncias da maconha em doentes terminais.

CHINA | (ILEGAL / PENA DE MORTE PARA O TRAFICANTE)

Ditadura total. É proibida a posse, consumo e comércio de qualquer narcótico, inclusive a maconha. O usuário é coagido por lei a seguir um programa de desintoxicação. Sua reabilitação é acompanhada por cerca de quatro anos. Se for enquadrado como traficante, pode pegar pena de morte.

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  • Usuário Growroom

Tem um pequeno gráfico também:

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E as fotos. Primeiro a galera do bem:

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O Pedrada:

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O Sidarta, um de meus ídolos!

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E tem a foto do Laranjeiras pra todo mundo ter pesadelo essa noite! BUUUUUUUUUUUUUUUUUU!!

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(demorei meia hora pra upar as fotos. tô chapada demaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais)

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  • Usuário Growroom

É COMO FALEI

HA MALES QUE VEM PRA BEM

E ESSA PRISÃO DE PAI E FILHO NO rj

AINDA VAI NOS FORTALECER, VC VAI VER

Ai brother se tu ta falando dakeles dois que foram presos com 108 pes eu discordo totalmente de vc.. isso nao vbem a fortalecer p*&¨% nenhuma cara... aonde que 108 pés são pra consumo propio???? akilo sao dois traficante safado que plantam e depois ficam por ai pagando de gatão cheio de skunk vendendo pra playboyzada ao olho da cara.... isso soh enfraquece issu sim.... quem realmente eh usuario não tem tantos pés assim... digamos que vc use umas 200g por mes.... se um pé de sativa rende ai umas 25g 30g seco... uns 8 pés seriam suficiente pra se manter ou sei la uns 3 ou 4 madre e uns 8 clones clones...... ah não ser que vc seja o jorge cervantes kkkkkkkkkkkk

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  • Usuário Growroom

puta que pariu até nesse tópico tem nego julgando o professor e o filho. nego a favor da causa fica julgando e depois reclama que a sociedade é careta e nao muda!

E SE FOR PRA CONSUMO PRÓPRIO? quem é vc, quatroevinte, pra julgar?

pra julgar assim vc deve estar bem por dentro do assunto, né? entao me fala de provas de que parte da maconha deles era destinada ao tráfico. até agora nao vi nada.

vc viu o currículo do professor? ele deve tirar pelo menos 20 conto por mes. Cade a necessidade de traficar com um salário desses?

quatroevinte, um conselhor pra vc: leia o que nosso amigo psymentor escreveu no tópico da prisao do pai e do filho.

Eu queria dar minha singela opinião.

Na verdade, lançar algumas perguntas, acho que precisamos mais de perguntas do que de respostas.

Apesar de não estar plantando, estudo bastante e sei muito bem como as coisas funcionam.

Acho o seguinte: pra começar, se vc for um aposentado, ganhando 10 paus por mês e morando numa cobertura, com espaço sobrando, e gostar muito de fumar, vai plantar 5 ou 10 pés porque os cops podem te enquadrar como trafica? E não podem enquadrar como trafica com 5 ou 10 pés?

Digamos que eles sejam mesmo MUITO cabeçudos. Alguém aqui sabe detalhes sobre o padrão de consumo deles? Alguém sabe se eles faziam genética, cruzamentos? Alguém sabe como funciona o grow deles, se o grow funciona ininterruptamente, ou se eles estavam preparando um stash com várias strains diferentes pra aguentar o verão que vem aí?

Vocês realmente acham que o cara que planta pra ficar pesando os .3g de cada fino está mais certo do que quem tem as condições (espaço, tempo, $, paciência, know-how)pra ter seu stash A VONTADE sem precisar ficar pesando ou regulando quantidade?

Será que temos direitos de questionar e criticar os hábitos de consumo dos outros? Não é exatamente isso que a sociedade faz conosco todo santo dia? Fumou 1 fino ou 1 kilo, é MACONHEIRO. Pronto, tá estigmatizado, taxado.

E vou além. Vários aqui fazem uma enorme diferenciação entre o grower e o traficante. Cansei de ler declarações românticas e lindas, cheias de ideologia por aqui "vendeu tem que ser preso".

Senhores, a lei até bem pouco tempo nos qualificava como traficantes também, aliás, dependendo de quanto vc compre, vc é considerado traficante, eu já cansei de comprar e fumar quantidade.

Quantos aqui nunca compraram um peso pra dividir entre os amigos? Isso é tráfico.

Acho que alguns pensam que o grower de repente veste uma roupa mágica que tira ele automaticamente da linha de fogo por não vender, se torna um anjo caído do céu abençoado por Jah, e não é bem assim.

E SE eles vendessem o excedente deles? Não sabemos se ocorria isso, e os indícios mostram que não, que eram ricos suficiente pra ter fumo a vontade pelo tempo que quisessem, mas e se rolasse de vender o excedente? Muitos aqui vão me execrar, chamar de criminoso, bandido, dizendo que faço apologia do tráfico, bla bla.

Pensem bem: vocês não vêem mesmo diferença entre um grower que vende seu excedente para um traficante do CV, ADA, 3º COMANDO, PCC?

Acho que o grower que vende seu excedente está também contribuindo para a redução da violência, do crime organizado, do banditismo, das máfias, e será que não devia ser essa a nossa visão?

O problema é vender maconha, ou financiar as máfias que se aproveitam das drogas ilegais para crescer em poder e controle territorial?

O grower vendendo seu excedente é traficante e deve ir preso, ou está colocando mais fumo bom e de qualidade no mercado, baixando preços e gerando uma "concorrência" com o tráfico organizado?

Vejam bem, eu não tô aqui dizendo que quem planta deve vender seu excedente, ou dar motivos pra ser mais facilmente enquadrado como traficante.

Estou dizendo que essa visão "grower não vende, cada um que plante o seu, eu planto o meu e foda-se o resto" é de certa forma como eu falei, uma visão romântica da coisa.

Claro que a lei (muito mal) diferencia quem vende de quem planta, mas acho que esse preconceito de ideais não devia existir entre quem fuma, entre quem planta.

Se vc saiu permanentemente do ciclo comercial da coisa, não compra nunca mais, nem fumo, nem hash, parabéns! Você fez a sua parte.

E nenhum dos amigos vai fumar seu fumo? Já é tráfico, mesmo compartilhar seu fumo com 3ºs. E não estaria fazendo um bem AINDA MAIOR se esse excedente ajudasse ainda mais quem não pode ou não tem como fazer seu grow?

Eu acho que tem muito preconceito entre nós mesmos pra acabar antes de pensar no que fazer pra mudar a sociedade. Se grower acha que tem que contar quantos pés o cara tem no grow pra taxar ou não de trafica ou bandido, é uma lástima.

E acho também, (FODA-SE A LEI, É O QUE EU ACHO) que o papel dos growers deveria ser fortalecer essa rede de plantio, de fomentar esse underground sem preconceitos, sem críticas nem dogmas.

A lei tá errada, agente sabe. Mas enquanto o discurso for "pra mim a lei pode dizer 10 pés que tô satisfeito", a gente vai é legislar em causa própria, olhando pro seu umbigo.

O problema NÃO É o cara plantar, 5, 10, 200 pés.

O problema NÃO É o cara vender seu excedente. O problema é isso ser usado para fomentar o submundo, as máfias, a violência.

Enquanto aqui mesmo acharem que é a quantidade de pés que o cara tem no grow ou se ele vende o excedente dele que vai determinar se o cara é cidadão de bem ou bandido, a sociedade nunca vai mudar.

Não sei exatamente como nem o que pode ser feito pra ajudar na liberação deles, acho que os advogados estão se mexendo. Mas este caso vai nos ajudar da seguinte forma:

Na audiência pública na ALERJ, o representante do SENAD enumerou algumas diretrizes que estão estudando para atualizar a lei, e uma delas seria reverter o ônus da prova.

Neste caso, a POLÍCIA que teria que PROVAR que o cara é traficante e não o contrário. Devemos usar este caso como CASE para forçar o SENAD a incluir definitivamente esta alteração na lei, o que traria enormes benefícios ao grower, que teria a inocência presumida até que prove o contrário, exatamente como deveria ser e não é.

Se eles vão ser soltos, condenados ou não, não sei, torço pra que saiam logo. Mas este caso tem que transformar estes 2 em "MÁRTIRES" da causa, um exemplo da extrema liberdade que a polícia despreparada tem para agir nestes casos.

Espero que os questionamentos que coloquei aqui sirvam para que cada um reflita sua posição, e deixe de lado o seu mundinho, a sua quantidadezinha de pés para seu autosustento, e pense grande, pense maior, pense no coletivo, na causa.

Não tá preocupado com a causa, tá fazendo o que lendo aqui este tópico? Fofoca?

Eu não quero que o estado (e muito menos grower) me diga quantos pés eu posso ter pro meu consumo, nem quero ficar contando gramas pra apertar fino, eu quero ter direito de fazer igual num supermercado, que entro e compro 70 vodkas e ninguém vai me perguntar se vou beber tudo, se sou alcoólatra, ou se não tenho medo de cirrose. Querem ver meu cash e pronto.

Afinal, se posso fazer compras de mês, de ano, não posso fazer colheita de mês, de ano? Tenho que ter gramas contados? 1 strain? Legalizar o autocultivo é suficiente pra nós?

Enfim, VAMOS ACABAR COM PRECONCEITOS ENTRE NÓS.

Abram suas mentes.

Abraços,

por psymentor

Le ai e tenta ter bom senso antes de sair falando merda.

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  • Usuário Growroom

Comprei a revista achando que ia ser uma grande matéria mas fiquei decepcionado. Em primeiro lugar a capa com o Pedrada não é justificada na matéria. A entrevísta é mínima, irrelevante e não traz a questão dos growers. Depois botaram pessoas com argumentos contrários totalmente batidos e furados. Acho que não era preciso argumentos contra porque todos os argumentos contrários são amplamente divulgados e conhecidos. A lei já é contrária. A matéria deveria ser focada somente no que os cientistas tem a dizer à favor, isso sim é a novidade e não aqueles clichês proibicionistas. E para que a capa fizesse sentido, teriam que falar bastante da alternativa do cultivo defendida pelo Pedrada e pelos grandes PHDs!

O "debate" já é totalmente desfavorável a nós. Ainda temos que lidar com proibições até da marcha da maconha! Precisamos de reportagens como a do jornal o globo. Aquilo sim foi uma matéria altamente relevante e que contribiu para o debate apontando alternativas.

Quanto ao comentário do colega chamando o professor e o filho de traficantes safados, tomara que você nunca esteja numa situação onde um delegado te enquadre como traficante e um babaca te chame de safado ainda por cima.

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  • Usuário Growroom

TRAFICANTES SAFADOS??????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????VC É JUIZ GAROTAO????????????????????????????????????????????????????????????????????Da ate pena de ver como julgam antes da justiça!!!!!!!!!

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  • Usuário Growroom

:rastabannab: Bom galera não vou comentar da revista pois não li , mas falarem mal do pai e do filho porque? só porque eles moravam no recreio , na cobertura , pertinho da praia , com a vida pra lá de resolvida e ganhando maravilhosamente bem ; é isso deve incomodar .

Vamos olhar por outro lado ; pra quem conhece e pra quem não conhece tai a biblia de variedades com uma infinidade de genéticas ; ninguem até agora pensou : porra os caras devem criar várias e diversas strains , eis o porque de tantas plantas .

Condenar é sempre o 1º ato , mas quem com uma cobertura daquelas e com um salário daqueles tb não ia querer várias geneticas crescendo , eu sou um , pena que fica só pros sonhos , mas uma coisa eu digo , posso até estar errado , mas se foi por variedades de genéticas eu assino embaixo e peço autógrafo a eles . Vários tira gostos em casa , ô GLÓRIA!

Todos que fumam e kultivam MACONHA deviam ter a hombridade de apoiar pois nada foi provado e nada indicava que havia comercio e obtenção de lucros e patrimônios incondizentes com os seus rendimentos . Pensem a respeito! :cadeirada:

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  • Usuário Growroom

O maior preconceito esta nos próprios usuários de cannabis... um bando de maconheiros caretas que ficam julgando as pessoas pela quantidade de plantas que ela cultiva sem ver sua indole, sua ocupação e se são pessoas do bem... um bando de imbecís que só pq o cara planta 108 pés é bandido ... a merda com este tipo de visão careta... como vamos conseguir alguma coisa neste país se o entrave começa entre os próprios usuários... quanto careta que fuma maconha ...CREDO... a merda com esses numeros... vamos olhar e PENSAR DIFERENTE... é isso Paz e Pense Verde

ai quatrovinte se é um reacionário caretão que fuma maconha, acho que vc é um puta invejoso, pq o cara podia ter 108 pés e vc talves tenha um no seu PC ou nenhum...desculpe ai ...mas pelo que escreve é isso que penso sobre vc...

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  • Usuário Growroom

lfv roots, cara, valeu mesmo pelo quote, já achava que ia ser complicado pra ler tudo que escrevi (sou muito prolixo), quanto mais ser quotado como vc fez, sinal que a mensagem foi difundida, valeu!

Bem, comprei a revista, achei bem legal a matéria, discordo que foi superficial, é uma revista com milhares de assuntos, e colocou essa matéria NA CAPA.

Usou o Pedrada de gancho, e mostrou mesmo que rapidamente, que o caso dele foi uma barbaridade.

Acho que foi necessário o contraponto dos proibicionistas, e foi risível a comparação de argumentos entre os 2 lados, enquanto um dos lados usa e abusa da ciência, o outro usa e abusa do medo, do pavor, terror, ignorância.

O lado da legalização foi muito bem representado, 4 nomes expoentes no debate e pesquisa.

Uma pena que não se dê detalhes dos interesses comerciais que o R. Laranjeira tem, como a rede de clínicas que ele tem interesse em manter, patrocínios de laboratórios, etc.

Mas não podemos achar que qualquer iniciativa que seja aberta e exposta, principalmente quando avaliam nossa causa positivamente seja menosprezada, galera.

Não vai ser nada da noite pro dia, tem que ser um passo de cada vez, e estamos dando VÁRIOS, e teremos tropeços no caminho também.

Uma revista de circulação nacional, com chamada de CAPA,nas bancas de todo país, falando de forma embasada e científica, foi positivo sim!

Vamos desestigmatizar aos poucos e fazer o debate ser cada vez mais presente no nosso dia a dia, até que se torne absolutamente comum falar de drogas e legalização.

Abraços,

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  • Usuário Growroom

Cara o que mais me alegrou nessa reportagem é ficar sabendo que a maconha não destroi os neuronios como sempre foi falado.

Acho que temos que nos engajar em um novo movimento alem da Marcha da Maconha que reforce ainda mais nossa posição referente ao assunto.

Como foi citado na revista mes que vem tera na California um plebiscito para ver se podera ser utilizada por menores de 21 anos, acho que nesse dia deveriamos nos unir e fazer uma marcha de apoio ou como faz a galera dos flash mob nos encontrar-mos em um lugar e cada um leva um baseado a acendemos todos ao mesmo tempo ja pensou a midia que isso causaria 200 pessoas se juntam na paulista e acendem um baseado em protesto a lei no Brasil.

Quero ver prenderem 200 pessoas por causa de um unico baseado (de cada um) com a midia em cima, isso sim seria radicalizar, logo nossa atitude não seria esperar mais um velhinho ser preso por plantar e ir na bota da manchete dele vamos fazer a nossa.

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