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Resultados Das Pesquisas São Reais ?


bukergooney

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  • Usuário Growroom

Só to postando aqui uma matéria da superinteressante de agosto de 2009, não pé novidade mas serve pra galera entender melhor sobre como funcionam as pesquisas cientificas e o porque não se deve acreditar em tudo que se lê. Não consegui imprimir tudo em um só PDF então foram em 2 e compactei segue o link para download. Se tiver na área errada é só mover

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  • Usuário Growroom

Ok carlindo, eu só coloquei aqui uma matéria que vi que faz sentido, principalmente pelo enorme número de resultados contraditórios que se tem em pesquisas. A questão é que pesquisadores que não publicam pesquisas não conseguem tantos fundos quando os que publicam, ou seja existe uma boa pressão para produção de pesquisas e resultados.

Dessa forma vemos pesquisas que muitas vezes dizem coisas conflitantes.

A grande verdade que muitas vezes a visão dos pesquisadores é miope. Um grande exemplo disso é a descoberta da pelicilina. Durante dezenas de anos cientistas e pesquisadores sabiam que se uma lâmina de cultura de bactérias mofasse já era o mofo impedia o crescimento de bactérias era nescessário recomeçar pois a amostra estava contaminda. Ou seja, mofou, joga fora. Alexander Flemming (qua na ocasião pesquisava um substância bactericida da saliva) é que se atentou em pesquisar o porque disso, e assim mesmo só depois que algumas amostras mofaram, ou seja foi nescessário qua as lâminas de um pesquisador que pesquisava um bactericida (entre milhões de lâminas mofadas e de centenas de pesquisadores que pesquisavam bactericidas naquela época) para que o cara saisse da visão de túnel e redirecionasse as pesquisas para o mofo.

A verdade é toda e qualquer pesquisa pode ser manipulada (inclusive as de opinão) de forma consciente ou não. Pode ser por direcionamento de resultados como pela simples "visão de túnel" dos pesquisadores.

Realmente, não assino em baixo de tudo que a super publica, mas neste caso meu amigo, sou obrigado a concordar com eles.

Se você puder/quiser elaborar mais sua opinão, dizer se se refere diretamente a matéria acima colocada ou a revista no geral eu ficarei feliz em debater e inclusive concordar com você se for pertinente, mas críticas desta forma só atrapalham o diálogo e a livre troca de idéias simplesmente por serem vazias de argumentação.

Por favor sinta-se a vontade para defender os pesquisadores e seus resultados conflituosos para que possamos começar uma troca amistosa de opiniões.

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  • Usuário Growroom

É isso aí bukergooney. Argumentação perfeita.

Em inúmeros casos os cientistas(embriagados com suas descobertas materialistas, fazendo abstração do mundo psíquico e intelectual)são fortemente influenciados pelo pensamento dominante. Isso pode causar mudanças incríveis na forma de interpretação dos resultados das pesquisas. Ou seja, às vezes na ciência tem que ter fé também. hehehehe

O que às vezes me deixa triste na ciência é que, sendo essencialmente positivista, materialista e ceticista, busca-se uma falsa ideia da Verdade e Progresso. É certo que a precisão nos estudos do Universo visível é maravilhosa e necessária, mas me passa a impressão que, para a ciência, o desenvolvimento da humanidade se passa simplesmente com acúmulo de fatos e mais fatos em direção a uma "verdade" indefinida, indefinível e eternamente inacessível.

Creio mais na visão oriental e de alguns gregos que sabiam que o verdadeiro conhecimento reside no equilíbrio do conhecimento sumário do mundo físico, mas antes de tudo em nós mesmos, nos princípios intelectuais e espirituais.

E conhecer tecnicamente, filosoficamente e historicamente a ciência é pra poucos...

Desculpem o off topic.

Paz!

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  • Usuário Growroom

Olá, bukergooney.

Em primeiro lugar, peço desculpas se minha fala foi ofensiva e simplista. Realmente eu deveria ter ficado calado, não quis me dirigir concretamente a ninguém, apenas expus, de forma inadequada, minha opinião sobre a revista.

Mas então, vamos lá, vou comentar mais detalhadamente os pontos que serviam de pano de fundo para o meu comentário:

1) Sobre a Superinteressante ser para adolescentes: esse realmente é um dos principais públicos-alvo da revista. Podemos dizer isso pelos padrões visuais, pela forma simplista de organizar os textos, pelo tipo de capa que traz apelo ao público adolescente (capa sobre Homem-Aranha, matérias sobre Harry Potter, por exemplo.). A revista também lançou um produto denominado "Supermultimídia", "uma revista multimídia para adolescentes" [sic]. Não digo que a revista seja apenas para adolescentes, claramente ela também alcança o público masculino jovem. No Brasil uma revista de divulgação científica que era para adultos era a Scientific American. Compare com a Super e a diferença de públicos-alvo ficará clara.

2) Sobre a Superinteressante ser uma boa revista e divulgar ciência: esta é uma mentira. Alguém aqui consegue acreditar que testes de personalidade para você se comparar com os BBBs é algo de uma publicação séria? Os jornalistas que escrevem a super não são cientistas, não entendem de ciência e escrevem para pessoas que não entendem de ciência. Trata-se de uma revista apelativa que escreve asneiras sobre religião, ETs, seriados de TV, com um viés pseudocientífico, e cujo critério de abordagem é vender mais revistas. De forma alguma o critério é o compromisso com a veracidade da informação.

3) Sobre a reportagem em tela, aberta nesse tópico: Na moral, não achei a reportagem nada boa. A ciência realmente tem muitos problemas, mas a reportagem fica longe de tocá-los. A reportagem cita, mas não explica o que é a revisão por pares, não explica como funcionam as margens de erro, não explica o tipo de desenho de pesquisa possível, não explica quais as análises estatísticas adotadas, não explica como são construídas as amostras, não explica o que são meta-análises. A reportagem faz uso tecnicamente incorreto da palavra "teorias" (no subtítulo, ao falar de confirmar teorias opostas, o uso está incorreto) e não explica a relação entre testes de hipóteses e teoria.

Sobre o interesse econômico dos pesquisadores e financiadores, isso é, sim, relevante, e pode ser crítica a certos trabalhos científicos, mas o mesmo vale para essa revista. A Superinteressante se baseia fortemente em anunciantes da área médica, bancária, editorial, alimentar. Pelo menos na ciência temos mecanismos (como a revisão cega por pares) para evitar essa influência econômica, enquanto, na SuperInteressante, os critérios para elaboração de matérias são puramente econômicos (que tipo de coisa apela ao nosso público-alvo adolescente?).

A reportagem critica os erros da ciência, mas essa crítica é incorreta, pois os erros de hoje são a base da evolução da ciência amanhã.

Essa reportagem tem a seguinte frase: "A ciência não é o conjunto de verdades que gostaríamos que fosse". A Ciência não se propõe a ser isso, a grande contribuição da ciência é um conjunto de métodos (que sequer são discutidos pela revista). Essa frase mostra que o jornalista pensa que ciência é religião. A crítica dele é infundada.

Buscando no artigo original onde essa reportagem supostamente se baseou, vi que ele realmente não entendeu o que leu, e manipulou a fonte. O artigo trabalha fortemente com ideias como poder estatístico, que a Super sequer trata. Mais importante, no artigo fonte, no final, ele cita formas de tornar a ciência mais confiável, como o uso de meta-análises, mas a reportagem da Super sequer trata dessas estratégias de melhorar a qualidade da ciência. Ora, se existem tais estratégias, e se elas são descritas em detalhes no artigo fonte de tal matéria, escrever a matéria apenas criticando a ciência, sem apresentar tais estratégias, não é uma forma de manipulação? Para mim, sim.

Dá pra ver que o autor da reportagem não entendeu o que seria o α = 0.05. "erros assim ocorrem em mais ou menos 5% dos casos", essa informação da matéria está errada, não é citada a fonte, mas tudo me leva a crer que seja erro de interpretação do jornalista. Esse α indica o nível de significância, e pode ser definido de maneira arbitrária, em ciências sociais normalmente ele é de 0,05, em medicina pode ser mais preciso (0,01 ou menos).

A Superinteressante não é uma revista científica. É uma revista escrita por jornalistas leigos, para leitores leigos, e a ciência não é critério editorial definidor do que será publicado. A revista não dá elementos para que seus leitores tenham autonomia e pensamento crítico, não dá elementos para que eles entendam o básico da ciência e procurem por conta própria textos científicos ou os apliquem em suas vidas.

Resumindo, para quem quer aprender sobre ciência, eu não recomendaria ler a Superinteressante. Que tal ler a obra de Carl Sagan?

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