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Tráfico De Drogas Impulsiona Vioência E Faz De Alagoas O Estado Mais Violento Do País


DanKai

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25/02/2011 - 06:15

Especialistas nacionais se estarrecem com números da violência

Michelle Farias com Agências

O anúncio que Alagoas e Maceió são respectivamente o Estado e a Capital mais violentos do Brasil surpreendeu não só os especialistas locais mas autoridades nacionais em Segurança Pública, o Cadaminuto ouviu o Coordenador da regional Nordeste do Movimento Viva a Brasil, Fernando Rebelo e ele disse que os números do Estado são estarrecedores.

De acordo com o “Mapa da Violência 2011 – Os Jovens do Brasil”, elaborado pelo Instituto Sangari e divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Ministério da Justiça, a taxa de homicídios em Alagoas, em 2008, foi de 125,3 por cem mil habitantes. Após a divulgação o governo anunciou que tomará uma série de medidas para combater a violência, uma delas foi uma nova campanha sobre o desarmamento.

Para Fernando Rebelo, os dados que indicam a violência em Alagoas são alarmantes. Ele aponta que o principal fator para o crescimento da criminalidade é devido ao tráfico de drogas.

“Alagoas surpreende por ser um estado pequeno se comparado à outros estados mais populosos, como São Paulo que aprece na pesquisa com o menor índice. A questão chave para o problema seria o combate ao tráfico, pois a maioria dos homicídios são ligados ao consumo ou tráfico”, afirmou o coordenado Fernando Rebelo.

O Coordenador reforça que a medida anunciada pelo Ministério da Justiça, de relançar a campanha sobre o desarmamento, não funciona à curto prazo.

“A taxa geral o Brasil voltou a ter um número alarmante, com índices de 100 homicídios por habitante. A campanha do desarmamento só surte efeito em longo prazo, daqui há 20 anos. O problema do desarmamento é que as armas que estão nas mãos de traficantes não são contadas pela sociedade civil. Porque a campanha tem o objetivo de desarmar o cidadão que eventualmente utiliza a arma, que são legais”, disse o coordenador.

“Um Estado como Alagoas, que até poucos anos atrás apresentava taxas moderadas, abaixo da média nacional, em poucos anos passa a liderar o ranking da violência homicida, com crescimento vertiginoso a partir de 1999. De forma semelhante, Paraná e Pará, que em 1997 apresentavam índices relativamente baixos, em 2007 passam a ocupar lugares de maior destaque nesse mapa da violência. No sentido contrário, São Paulo, que com sua taxa de 29,1 homicídios em 1997 ocupava a 5ª posição nacional, em 2007, dez anos depois, com taxa de 17,1 homicídios em 100 mil habitantes, caiu para a 25ª posição”, aponta a pesquisa.

De acordo com o presidente do Movimento Viva Brasil, Bené Barbosa,Neste contexto, é possível observar a inexistência de projetos concretos e factíveis para o fortalecimento da segurança pública. Sem outra bandeira política para levantar, mais uma vez, recorre-se à defesa da implantação do desarmamento total do cidadão honesto.

"Aqueles que defendem o desarmamento, especialmente no Nordeste, parecem desconhecer a realidade da região, que possui a menor taxa de armas legais do País. Há apenas 1,4 unidade para cada 100 mil habitantes. Já na Região Sul, a mais armada, verificam-se 25,5 armas para cada 100 mil habitantes e uma taxa de homicídios bem menor."

Bené disse ainda que na prática, o Nordeste já é uma região desarmada. A proibição total da venda de armas em nada mudaria isso. Não existe sentido em aumentar a fiscalização de lojas e fábricas legais de armas, uma vez que elas já são duramente fiscalizadas pelas Polícias Civil e Federal e pelo próprio Exército brasileiro.

De acordo com a maioria dos especialistas ouvidos pelo Cadaminuto A escalada da insegurança em Alagoas, exposta pelo estudo , tem causas múltiplas. O aumento dos crimes no interior, o avanço do tráfico de drogas e a melhora nos registros públicos são os principais fatores para confirmar esta afirmação o estudo mostra ainda além do crescimento da violência em Maceió, a inclusão de outros sete municípios alagoanos entre os 200 mais violentos do Brasil, sendo dois deles, Arapiraca e Pilar entre os 20 mais.

Fonte: http://cadaminuto.com.br/noticias/imprimir/ano/2011/mes/02/dia/25/permalink/especialistas-nacionais-se-estarrecem-com-numeros-da-violencia-em-alagoas

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Em 10 anos, violência em Alagoas cresceu 177%, aponta estudo

por Marcela Oliveira com O Estado de S.Paulo

(24/02/2011 12:36)

O Mapa da Violência 2011, divulgado na manhã desta quinta-feira, 25, aponta Alagoas nas primeiras posições do ranking da violência e Maceió como a capital com a maior taxa de homicídios.

De acordo com a pesquisa, em Alagoas, a variação na taxa de homicídios (mortes a cada 100 mil habitantes) entre 1998 e 2008 é de 177,2%, o que deixa o estado na quarta posição. Quanto a taxa de homicídios entre jovens de 15 a 24 anos, nesse mesmo período, a variação foi de 125,3%, a maior do País. A violência no estado, segundo o estudo, cresceu 2,7 vezes.

No ranking da violência nas capitais, Maceió desponta em primeiro na taxa de homicídios, em 2008, com 107, 1%. Seguida de Recife (85,2) e Vitória (73,9). Segundo o Mapa, em 10 anos (1998 a 2008), a taxa de homicídios na capital cresceu 222%, perdendo apenas para Salvador, 289,1%.

O estudo ainda revela que a cidade mais violenta do Estado é o Pilar. No ranking dos 100 municípios mais violentos, Pilar aparece na 5ª posição. Logo abaixo são citados mais oito cidades alagoanas: Maceió (8º), Arapiraca (20º), Rio Largo (32º), Marechal Deodoro (39º), São Sebastião (48º), , União dos Palmares (76º), São Miguel dos Campos (81º) e Messias (100º).

Violência cresce em todo Nordeste

De acordo com o Mapa da Violência, o Nordeste é hoje o que pode ser chamado de a grande "chaga" da violência no País. O Sul-Sudeste, embora com grandes diferenças nos resultados, está conseguindo, ao menos, conter o crescimento da violência, de acordo com o relatório que consolida os dados da década entre 1998 e 2008. Já o Nordeste (com o Norte fazendo parte desta dinâmica) é a região que registra o maior aumento de mortes por causas externas violentas, uma verdadeira escalada de homicídios, acidentes de trânsito e suicídios.

Reprodução/Estadão

mapa_da_violencia.jpg

Enquanto a pobreza diminuiu na região, os homicídios aumentaram 65%, os suicídios, 80% e os acidentes de trânsito, 37%. Na população jovem os índices são ainda piores: um crescimento de 49% nos acidentes, 94% nos homicídios e 92% nos suicídios.

Estados como Alagoas e Bahia, que figuravam na parte de baixo do ranking da violência, agora pularam para as primeiras posições. Outros, como o Maranhão, quase quadruplicaram suas taxas de homicídio. Saíram de taxas quase europeias, de cinco assassinatos por 100 mil habitantes, para 20 por 100 mil - um número ainda baixo, mas que mostra um crescimento assustador (média de 170% de aumento).

Para o pesquisador que preparou o Mapa da Violência/2011, Julio Jacobo Waiselfisz, o fenômeno da "desconcentração da violência" pegou o Nordeste no rastro da chegada dos novos polos econômicos. Esses polos surgiram por todo o Nordeste e alguns Estados no Norte, como o Pará, criaram empregos e renda, mas sem a estrutura de segurança pública do Estado.

A região registra números crescentes de assaltos a banco, roubos de carros, tráfico de drogas, acidentes de moto, em locais onde mal existe uma delegacia e a fiscalização de normas de trânsito é praticamente inexiste.

Índice

O atual quadro brasileiro mostra que em nenhum Estado a taxa de homicídios fica abaixo de 10 por 100 mil habitantes, o máximo considerado aceitável. Em 1998, seis ostentavam números abaixo de 10. A menor taxa hoje é no Piauí, que apresenta um índice de 12,4 por 100 mil, mais isso é mais do que o dobro de 10 anos atrás.

Reprodução/Estadão

mapa_da_violencia_capital.jpg

O Maranhão, que era o 27º no ranking dos estados, quadruplicou o índice e só não aumentou mais sua posição no ranking - está em 21º - porque outros subiram mais ainda.

Pelo País, a taxa de 1998 - 25,9 homicídios em 100 mil habitantes - está bem próxima da encontrada em 2008: 26,4 homicídios em 100 mil habitantes.

Um grupo pequeno de estados, mas de grande peso demográfico - São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais - inicia um processo de forte reversão de seus índices, puxando as taxas nacionais para baixo. Mais São Paulo e Rio e, com menos intensidade, Minas.

Outros estados, como Pernambuco e Espírito Santo, historicamente polos dinâmicos do incremento da violência, incluindo aqui também Mato Grosso e Acre, praticamente estagnaram durante o período.

Outros dados impressionantes do Mapa da Violência:

- Alagoas passou de 11º para 1º, cresceu 2,7 vezes;

- Pará, passou de 19º para 4º, cresceu 2,95 vezes;

- Bahia, passou de 22º para 8º lugar, cresceu 3,89 vezes;

- Goiás, de 18º para 12º, cresceu 2,23 vezes;

- Sergipe passou de 21º para 14º, aumento de 2,75 vezes

Fonte: Estado de São Paulo

Campeã de mortes, Alagoas tem 'Iraque' e 'Vietnã'

'Aqui dívida de droga é cobrada à bala', diz autônomo; na região metropolitana, traficantes já adotaram até pedágios nas ruas

25 de fevereiro de 2011 | 0h 00

Ricardo Rodrigues - O Estado de S.Paulo

Alagoas, o Estado com o menor Índice de Desenvolvimento Humano do País, 0,677, tem, hoje, mais problemas para cuidar além da miséria. A violência chegou a uma situação tão crítica que lugarejos passaram a ser tratados como praças de guerra e ganharam nomes como Iraque, Coreia e Vietnã. São bairros da periferia ou povoados da região metropolitana, onde impera a "lei do silêncio" e quem reclama ou dedura os traficantes pode pagar com a própria vida.

Em dez anos, a violência cresceu 2,7 vezes e o Estado lidera no País em mortes de mulheres, moradores de rua e sem-terra. Além disso, o Mapa da Violência 2011 mostra que dez municípios alagoanos fazem parte das cem cidades brasileiras consideradas as mais violentas. Entre os jovens, notam-se sintomas de catástrofe: o número de homicídios cresceu 343% e a taxa por 100 mil habitantes quadruplicou. Entre jovens e negros é ainda pior: alcançou 155,6 por 100 mil - para cada jovem branco assassinado, morrem outros 15 negros. Esse número só é pior na Paraíba, onde morrem quase 20 jovens negros para cada branco.

"Aqui dívida de droga é cobrada à bala. É por isso que dou graças a Deus de não ter filho viciado", diz o autônomo José Claudio da Silva, de 57 anos, pai de nove filhos, o menor deles com 13 anos. Ele mora em uma das 4 mil casas do conjunto Habitacional Nova Esperança, que de tão violento passou a ser conhecido como Iraque, em uma referência ao país do Oriente Médio.

Localizado na zona rural de Marechal Deodoro, primeira capital do Estado e berço do proclamador da República, o conjunto foi construído há menos de dez anos. Em pouco tempo, os moradores viraram reféns de traficantes. Quem não colaborava ou se intrometia nos negócios morria.

Após uma chacina, a polícia começou a investigar a ação dos bandos na região. "Somente com a prisão dos chefões do tráfico e dos principais colaboradores a violência diminuiu, mas o medo continua", afirma o radialista José de Lima, de 44 anos.

Pedágio. O avanço do tráfico faz pessoas pagarem pedágio a traficantes para poder transitar em bairros populares, nos grotões e na Grande Maceió, em Rio Largo, Pilar, Marechal Deodoro, Satuba e Paripueira.

Mas a situação de violência é histórica. Nos anos 50, durante a Guerra das Coreias, parte do bairro do Ouricuri virou "Coreia", pela quantidade de homicídios registrados naquela região, no Centro de Maceió.

O secretário de Defesa Social, coronel Dário César, admite que a situação é grave, mas pode ser revertida. "Por isso, implementamos o projeto de Polícia Comunitária." Já o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL), Gilberto Irineu de Medeiros, diz que os crimes praticados contra moradores de ruas, viciados, homossexuais e moradores de rua precisam ser logo solucionados. "A impunidade é quem alimenta o crime no Estado e isso ocorre porque as vítimas são pobres."

DUAS PERGUNTAS PARA...

Julio Jacobo, SOCIÓLOGO, COORDENADOR DO MAPA

1.Os dados do último Mapa da Violência mostram um crescimento desproporcional em todos os tipos de mortes violentas na Região Nordeste. Qual a explicação?

Há quem fale em uma "nordestinização". Eu não diria isso. Eu falo de espalhamento da violência. Há Estados da Região Norte e também da Região Sul em que acontece exatamente o mesmo fenômeno. Estados como o Pará e o Paraná, em que está acontecendo a mesma coisa. É uma desconcentração da violência.

2.O que aconteceu nessa década (1998-2008) para que regiões e cidades antes pouco violentas passassem, em pouco tempo, para os primeiros lugares em assassinatos?

Há um processo de desconcentração econômica, com o aparecimento de polos de crescimento no interior. Eles emergem com força e peso econômico, mas não têm quase a presença do Estado em serviços como a segurança pública. É atrativo para a população, para o investimento, mas a estrutura do aparelho do Estado continua praticamente à míngua. Também, em um determinado momento, capitais e regiões metropolitanas começam a receber investimentos para melhoria do aparelho de repressão e mais eficiência policial. Mas as regiões do interior, antes consideradas calmas, ficam desprotegidas. / LISANDRA PARAGUASSU

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110225/not_imp684263,0.php

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  • Usuário Growroom

Ha ta bom, quer dizer entao que os traficantes ai do Alagoas matam sumariamente seus "clientes" inadimplentes as centenas? nao acredito.

Quer dizer que o trafico de drogas é o principal responsavel pelo aumento da violencia em todo brasil? mentira!

Quer dizer que durante decadas gastou-se bilhoes para combater o trafico de drogas no mundo e dia a dia mais quarteis se formam, se fortalecem e enriquecem rapidamente as custas do proibicionismo? IMPOSSIVEL!!!

Ninguem em sua sã conciencia seria tao estupido de apoiar tal politica proibicionista por anos se ela nao estivisse dando resultados satisfatorios, "NINGUEM" :naparede:

As contas bancarias escondidas de muitos funcionarios do "alto escalão" que o digam quanto satisfatorio vem sendo essa politica.

E o povo aplaudindo clap:cadeirada::cadeirada::cadeirada:

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  • Usuário Growroom

O aumento do consumo/venda de crack esta diretamente relacionado ao aumento da violência!! Pelo menos é o que eu vou querer provar no trabalho que tou fazendo pra universidade.

Proibição: + Violência

- Saúde

Legalização: - Violência

+ Saúde

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  • Usuário Growroom

Causas da violencia (minha opiniao):

1- Falta de educacao , saude , alimentacao e saneamento basico.

2- Falta trabalho que remunere com dignidade o trabalhador.

3-Indole do ser humano.

4-Drogas ilegais (Trafico).

5-Drogas legais.

6- Sociedade violenta.

7- Politicas injustas

8- Petroleo

9- Dinheiro

10- Inveja

Foi isso que veio na minha cabeça , desculpem alguma viagem...., podem ter certeza que tem justificativa rasta2bigsmoke0gf.gifrasta2bigsmoke0gf.gifrasta2bigsmoke0gf.gif

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