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Droga Que Mistura Pílula Anti-Hiv Com Veneno De Rato


Amnésia!

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  • Usuário Growroom

DURBAN - Um novo coquetel que mistura medicamentos anti-Aids com detergente e veneno de rato está ameaçando a saúde de portadores do vírus HIV na comunidade sul-africana de Umlazi, na província de KwaZulu-Natal.

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BBC/DivulgaçãoCoquetel que compõe a 'whoonga'

é altamente tóxico e pode levar usuários à morte

Pacientes cujas vidas dependem do antirretroviral Stocrin para conter o avanço do vírus se tornaram vítimas frequentes de gangues de ladrões que procuram matérias-primas para a fabricação da chamada "whoonga", uma droga recreacional.

A mistura de substâncias químicas, altamente tóxica e viciante, tem como um dos ingredientes as pílulas antirretrovirais, que são misturados a outras substâncias e adicionadas a cigarros de maconha. Os traficantes crêem que a droga anti-HIV potencializa os efeitos alucinógenos da marijuana - embora não haja provas científicas de tal efeito.

"Por um lado, estamos em uma batalha para permanecer vivos. Agora, temos de nos cuidar contra vândalos que querem roubar a nossa única chance de vida - porque é isso que eles estão levando quando roubam o nosso medicamento", resume Phumzile Sibiya, que toma o antirretroviral há seis meses. Por causa do risco de roubos, em vez de levar os medicamentos para casa, ela agora visita a clínica em grupo para tomar a pílula.

"Simplesmente não me sinto segura para coletar as pílulas. Nunca se sabe o que pode acontecer. É muito doloroso", diz Sibiya, enquanto espera na fila de uma clínica ao sul da cidade de Durban.

O chefe de polícia da África do Sul, Bheki Cele, descreveu o coquetel como "um grande problema nacional" e disse que a sua contribuição para os números do crime está sendo investigada pela força de elite sul-africana, os Hawks.

Crise de abstinência. A clínica de Ithembalabantu é o maior ponto de distribuição de drogas anti-Aids nesta parte de KwaZulu-Natal, a província com o maior número de infecções por HIV no país.

O diretor da clínica, o médico Bright Mhlongo, diz que o uso de Stocrin na whoonga "limita os nossos já restritos recursos em termos de tratamento com antirretroviais na África".

"A pílula é a espinha dorsal do tratamento, é o que usamos para a maioria dos nossos pacientes", disse. "Se deixarmos de utilizá-la como a base do tratamento, podemos ser obrigados a usar medicamentos que são muito mais caros e não estão facilmente disponíveis."

Comparada a outras drogas, a whoonga é barata: um tablete custa apenas 20 rands (cerca de R$ 5). Mas os viciados na mistura precisam de várias doses por dia, segundo Vukani Mahlase, que conseguiu abandonar o vício, e que passou o último ano preso por roubo.

"Quando bate a necessidade e está sem dinheiro (para comprar outra dose), você topa qualquer coisa. Eu e meus amigos podíamos usar armas de fogo e facas, qualquer coisa ao alcance, para conseguir algum dinheiro para comprar um pouco mais", afirma.

"Os médicos me disseram que se eu continuar a fumar a whoonga, pode afetar a maneira como meu corpo responde ao tratamento", conta.

Entre outros riscos da whoonga apontados pelos médicos estão hemorragias internas, úlceras de estômago e, em alguns casos, até a morte.

'Gosto amargo'. Outro dependente de whoonga, que não quis ser identificado, afirmou que, como é comumente o caso, a experiência com o novo coquetel começa como "um barato" e termina com gosto amargo.

"(A whoonga) é altamente viciante. Você precisa fumar só para se sentir normal", contou o jovem, usuário da droga há três anos. "Quando a vontade chega tenho dores nas juntas e dores fortes no estômago. É como se os órgãos internos estivessem em chamas. Preciso fumar só para aliviar a dor."

Jovens participantes do projeto Whoonga Free, na comunidade de KwaDabeka, nos arredores de Durban, responsabilizam a pressão dos amigos pelo vício. Thabane Chamane, 21, diz que "não há emprego suficiente aqui e você acaba se envolvendo com as coisas erradas".

"Whoonga era o que havia no meu tempo e foi por isso que comecei a fumar. Eu queria ser igual a todo mundo", disse Chamane.

Siphesihle Pakisi, 19, concorda: "Eu tinha muitas dificuldades de lidar com o divórcio dos meus pais e meus amigos me contaram que a droga fazia esquecer tudo isso. Eles diziam que tirava todo o estresse - e funcionou, mas por pouco tempo".

Pakisi e seus amigos gastavam até 200 rands por dia (R$ 50) em whoonga. Quando um deles morreu de overdose, ele conta, veio a decisão de abandonar o vício. "Meu amigo morreu bem debaixo do meu nariz. Ele vomitou até as tripas. Foi assustador e eu não queria que o mesmo acontecesse comigo", diz Pakisi, olhando para o horizonte.

Vida nova. Até 2008, o tratamento de HIV/Aids na África do Sul com antirretrovirais enfrentava limitações por causa do alto custo das drogas.

Estima-se que em 2007 as mortes por Aids na África do Sul alcançaram 350 mil. O país tem 1,4 milhão de órfãos da Aids.

O presidente sul-africano, Jacob Zuma, eleito há dois anos, prometeu aumentar a distribuição dos medicamentos. Mas o governo precisa garantir que os medicamentos acabem nas mãos certas.

Além disso, Thokozani Sokhulu, que fundou o Whoonga Free em 2008, diz que é preciso também oferecer possibilidades de uma vida melhor para os jovens que acabam se viciando na droga pela falta de perspectiva.

"Não basta prender os traficantes; é preciso oferecer alternativas para os usuários", diz Sokhulu. "Nossos jovens estão pedindo ajuda."

BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Fonte:http://www.estadao.com.br/noticias/geral,droga-que-mistura-pilula-anti-hiv-com-veneno-de-rato-ameaca-pacientes-na-africa,685529,0.htm

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  • Usuário Growroom

caaaara, que doideira.

Sinto que fumando prensado posso estar sujeito à algo do tipo a qualquer momento.

Por que o governo não entra nessa? Regulamenta, cria segurança e combate de outra forma.

Essa necessidade dos poderosos de ter de querer controlar tudo.

Fora a grana né que rola por trás ...

;/

:335968164-hippy2:

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  • Usuário Growroom

fiz uma pesquisa rápida e descobri que tem heroína na sua composição ,por isso ela é tão aditiva . O uso do retroviral Stocrin serve apenas para diminuir os efeitos da abstinencia.

whoonga : veneno de rato, maconha, heroína, dagga , detergente e + um monte de merda junto!

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    • Salve galera, tudo certo?! Alguns anos sem entrar aqui na casinha, mas como eu vi que tem alguns Growers retornando à casa e outros novos chegando, resolvi postar uma "atualização jurídica" (que não é tããão atual assim) para todos os usuários que já "rodaram/caíram" nesses anos todos de cultivo!!  Todos nós sabemos do julgamento do RE 635.659 (Recurso no STF para descriminalização do porte de maconha), agora chegou o momento de revisar as antigas condenações.  Sabe aquela transação penal assinada? Aquela condenação pelo 28 (que não foi declarada inconstitucional na época)?? Aquela condenação do seu amigo pelo 33, mas que se enquadrava nos parametros de um grower??? Pois então, chegou o momento de revisar todos esses processos para "limpar" a ficha de todos(as) os(as) manos(as) jardineiros(as)!! "O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) dará início, em 30 de junho, ao mutirão nacional para revisar a situação de pessoas presas e/ou condenadas por porte de até 40 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas. A realização do mutirão cumpre determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) ao julgar recurso sobre o tema em junho de 2024, que resultou na fixação de parâmetros para diferenciar o porte de maconha para uso pessoal do tráfico. Entre o dia 30 de junho e 30 de julho, os tribunais da Justiça Estadual e regionais federais farão um esforço concentrado para rever casos de pessoas que foram condenadas por tráfico de drogas, mas que atendam aos critérios do STF: terem sidos detidos com menos 40 gramas ou 6 pés de maconha para uso pessoal, não estarem em posse de outras drogas e não apresentem outros elementos que indiquem possível tráfico de drogas. De acordo com da Portaria CNJ n. 167/2025, os tribunais atuarão simultaneamente para levantar os processos que possam se enquadrar nos critérios de revisão até o dia 26 de junho. Este é o primeiro mutirão realizado no contexto do plano Pena Justa, mobilização nacional para enfrentar a situação inconstitucional dos presídios reconhecida em 2023 pelo STF. O CNJ convidará representantes dos tribunais que atuarão diretamente na realização do mutirão para uma reunião de alinhamento na próxima semana, além de disponibilizar o Caderno de Orientações." LINK DO CNJ Caso o seu caso se enquadre, ou conheça alguém que também passou por essas situações, sugerimos buscar um Advogado de confiança ou entrar em contato aqui neste tópico mesmo com algum dos Consultores Jurídicos aqui da casinha mesmo!! Bless~~
    • Curitiba é sempre pior parte hahahaha!
    • o teu chegou? o meu já passou por Curitiba mas tá devagar (pelo menos o pior já passou) kkkkkkkkkk
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