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Uma Boca De Fumo Na Cadeia


BC_Bud

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  • Usuário Growroom

Enquanto isso, no sistema proibicionista da atualidade, o crime organizado enriquece, se fortalece e reina solto.

http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3285379.xml&template=3898.dwt&edition=16965&section=846

24 de abril de 2011 | N° 9149

CRIME ORGANIZADO NO ESTADO

Uma boca de fumo na cadeia

Um ponto de venda de drogas com a “grife” PGC dentro das cadeias catarinenses. Esta foi a maneira encontrada para conseguir dinheiro e financiar o plano de expansão traçado pela cúpula da organização criminosa. Os líderes pretendiam controlar o tráfico de maconha e cocaína dentro das unidades prisionais para fazer caixa. Uma cela em cada galeria serviria como local de comércio. A polícia não confirma se o plano está dando certo.

O plano era composto por oito itens. Logo no primeiro justificava que, no sistema prisional, a maconha funciona como moeda e pode ser fonte de grandes lucros para quem controla as vendas. O detento Amaral explicou o plano numa carta que chegou à Polícia Civil.

Nela, o preso comentava que havia vários integrantes do PGC interessados em atuar em conjunto e dois já teriam aderido à proposta. Estes detentos receberiam drogas durante as visitas e aceitariam comercializar parte com a organização criminosa.

Com cálculos, ele demonstrava como um baixo investimento poderia resultar em ganhos expressivos (veja ao lado). O projeto mencionava multiplicar por 40, em dois meses, o valor inicial investido e obter lucros gigantescos em um ano.

O planejamento incluía dividir a receita obtida em dois destinos. Metade seria reinvestida no negócio. O restante iria para um caixa da organização criminosa e serviria para os propósitos da facção.

A introdução do texto da proposta de expansão explicava que a ideia era arrecadar mais dinheiro para comprar armas, drogas e outras necessidades do criminosos dentro e fora das cadeias.

Estímulo à maconha e cuidado com o crack

Na empreitada, houve cuidado em preservar e fortalecer os membros do PGC que também vendiam drogas nas cadeias. Eles venderiam parte à organização criminosa e seria importante também ganharem para manter o fornecimento. Outra precaução foi evitar o comércio de crack, porque os dependentes usavam mais do que a capacidade pagamento. Além de inadimplência, a pedra gerava conflitos e pessoas fora de controle.

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23/04/2011

Facção criminosa PGC cresce com estrutura de empresa

Grupo tem conselhos de líderes, cargos e tarefas claras

Felipe Pereira | felipe.pereira@diario.com.br

Com planejamento e estrutura que lembram empresas, o Primeiro Grupo Catarinense (PGC) se fortaleceu e atualmente está presente fora do sistema prisional. Até sorteios de motos e TVs LCD foram feitos para tentar a expansão no Norte, Vale do Itajaí e Grande Florianópolis, onde a facção é uma realidade. Controla o tráfico em São José e em todas as regiões da Capital com exceção do Morro do Mocotó, no Centro da cidade.

Os outros traficantes cederam para garantir segurança e liberdade de circulação enquanto cumprem pena. Eles permitiram ao PGC ocupar parte dos pontos de venda e forneceram armas. O único que resistiu pagou o preço. O chefe do Mocotó perdeu o comando que exercia desde o começo do milênio. Ele está detido na ala Sul da Penitenciária de Florianópolis e sabe que a transferência é morte certa porque o PGC também cresceu dentro das cadeias.

Integrantes do Departamento de Administração Prisional confirmam que todas as unidades prisionais da Grande Florianópolis mais Itajaí, Chapecó, Joinville, Lages, Blumenau e Criciúma são dominadas pela organização. Uma carta de maio do ano passado, apreendida por agentes prisionais, faz comentários sobre o recrutamento em Joinville. O texto fala que um detento chamado Bolívia “está batizando geral”. O trabalho de investigação sinalizou que, na cidade, além de Itajaí e Navegantes, o grupo está se fortalecendo fora das cadeias.

A mesma carta revela que, desde aquela época, há estudos de atentados contra instituições de segurança pública. O plano se materializou e neste mês foram quatro ataques. O poder de fogo é consequência da expansão do PGC e resultado de um plano elaborado por um grupo central. A execução fica a cargo de estruturas pré-definidas que cumprem as regras estipuladas com determinação militar.

A entrega ao projeto não é opcional. Ao aderir à facção criminosa, o detento se compromete a acatar uma série de normas, e o descumprimento pode significar ser assassinado. A doutrina do PGC continua sendo de defesa dos presos e enfrentamento das polícias Civil e Militar. Mas está ocorrendo uma mudança na mentalidade com o envio de líderes para as penitenciárias federais. Uma aproximação com o Comando Vermelho está em curso e a agressividade vem crescendo.

O secretário-executivo de Justiça, coronel João Botelho, não considera que existem motivos para pânico. Afirma que há uma valorização exagerada da facção e ressalta que, até hoje, nunca houve nada de grave. Reforçou ainda que isto não deve acontecer. Ele credita os atentados recentes ao trabalho de repressão nas cadeias, cortes de regalias aos envolvidos e transferência dos líderes do PGC.

O delegado-geral da Polícia Civil, Aldo Pinheiro D’Ávila, garante que há investigação por parte do Departamento de Inteligência. Ele prefere manter sigilo para preservar o trabalho.

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  • Usuário Growroom
O planejamento incluía dividir a receita obtida em dois destinos. Metade seria reinvestida no negócio. O restante iria para um caixa da organização criminosa e serviria para os propósitos da facção.

"os propósitos da facção"...

E tem gente que fala que a legalização não mudaria nada porque os criminosos continuariam sendo criminosos. O que eles não entendem é que o poder desses criminosos diminuiria. Eles tratam criminosos como Fernandinho Beira-mar como "traficante". Ele é o líder de uma organização criminosa que tem como uma de suas muitas atividades o tráfico de drogas. Mas o tráfico de drogas é importantíssimo porque é a atividade que mais da dinheiro e acaba financiando todo o resto. Tirando esse lucro da mão deles eles iam perdem muita força.

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  • Usuário Growroom

Perfeito!

Sempre digo que o Trafico de Drogas é o alicerce do crime organizado, é o ganha pão cotidiano que financia outras açoes bem mais violentas que o ato de "traficar".

Infelizmente essa é a pura realidade apoiada por grande parte de nossa sociedade completamente alienada! :chaudeslarmes:

É e ate piada esse lançe de "boca" em cadeia, em cadeia rola drogas a vontade, e todos sabem disso, mais um caso de "mais do mesmo" dessa nossa midiazinha merdiana! :cadeirada:

"os propósitos da facção"...

E tem gente que fala que a legalização não mudaria nada porque os criminosos continuariam sendo criminosos. O que eles não entendem é que o poder desses criminosos diminuiria. Eles tratam criminosos como Fernandinho Beira-mar como "traficante". Ele é o líder de uma organização criminosa que tem como uma de suas muitas atividades o tráfico de drogas. Mas o tráfico de drogas é importantíssimo porque é a atividade que mais da dinheiro e acaba financiando todo o resto. Tirando esse lucro da mão deles eles iam perdem muita força.

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